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instalações prediais

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Manual de instalaçõ es prediais 
hidra ulicõ-sanita rias e de ga s 
Perspectiva das instalações hidráulico-sanitárias no Brasil 
As instalações hidráulico-sanitárias são regidas por normas da ABNT que estão em constante 
evolução, portanto sujeitas a alterações visando adequá-las à realidade. As normas são 
dinâmicas, precisam de constantes revisões. 
Os projetos de instalações prediais precisam ser integrados aos projetos estruturais e as 
interferências devem ser analisadas e reduzidas ao mínimo. 
Os projetos devem ter um nível de detalhamento que garantam a execução na obra, sem 
improvisações; esta é a solução mais econômica e eficaz. 
Na prática verifica-se certo desprezo para com os projetos de instalações prediais e mais tarde, 
após a implantação da obra, vários problemas irão surgir, relacionados com a hidráulica e estes 
poderiam ter sido eliminados se fosse dada a devida importância que o assunto requer. 
Faz-se necessário obrigar a incorporação da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) ao 
projeto, bem como instituir uma fiscalização rigorosa deste e de sua execução. 
Instalações hidráulico-sanitárias mínimas 
As instalações prediais de água e esgotos têm como finalidades fazer a distribuição da água, 
em quantidade suficiente, e promover o afastamento adequado das águas servidas, criando, 
desta forma, condições favoráveis ao conforto e segurança dos usuários. 
Toda habitação, por mais simples que seja, deve possuir sistema de abastecimento de água e 
condições satisfatórias de esgotamento dos resíduos. Atendendo às exigências sanitárias 
mínimas, consegue-se atenuar o perigo das contaminações; mas este perigo não é eliminado 
completamente, razão pela qual é necessário que as populações e os governos adotem 
critérios nos quais as atividades sanitárias sobreponham às de ordem econômica. 
As instalações podem ser classificadas em internas, quando estiverem no interior das 
edificações; e externas, que são as obras públicas de saneamento. 
As instalações residenciais mínimas compreendem as seguintes peças de utilização: uma bacia 
sanitária, um lavatório, um chuveiro, uma pia de cozinha, um ralo sifonado e um tanque. Em 
projetos especiais podem ser suprimidas e/ou acrescentadas algumas peças, obedecendo, 
porém, as recomendações da tabela abaixo. 
 
 
 
 
Número mínimo de aparelhos 
Tipo de edifício 
ou ocupação 
Lavatórios Banheiras ou 
chuveiros 
Bebedouros 
instalados fora 
dos 
compartimentos 
sanitários 
Vasos sanitários Mictórios 
Residências ou 
apartamentos 
1 p/ cada residência ou 
apartamento 
1 p/ cada 
residência ou 
apartamento e 
chuveiro para 
serviço 
 1 p/ cada residência ou 
apartamento e 1 para serviço 
 
Escolas primárias 1/ cada 60 pessoas 1 p/ cada 20 
alunos (caso 
haja educação 
física) 
1 p/ cada 75 
alunos 
Meninos: 1 p/ cada 100 
Meninas: 1 p/ cada 25 
1 p/ cada 30 meninos 
e/ou rapazes 
Escolas 
secundárias 
1 p/ cada 100 pessoas Rapazes: 1 p/ cada 100 
Moças: 1 p/ cada 45 
Escritórios ou 
edifícios públicos 
 1-15 
16-35 
36-60 
61-90 
91-125 
1 
2 
3 
4 
5 
 1 p/ cada 75 
pessoas 
 1-15 
 16-35 
 36-55 
 56-80 
 81-110 
111-150 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Quando há mictórios 
instalar 1 vaso 
sanitário p/ cada 
mictório, contanto que 
o número de vasos 
não seja reduzido a 
menos de 2/3 do 
especificado 
Acima de 125, adicionar 1 aparelho 
p/ cada 45 pessoas 
Acima de 150, adicionar 1 
aparelho p/ cada 40 pessoas 
Estabelecimentos 
industriais 
Nº de pessoas Nº de 
aparelhos 
1 chuveiro para 
cada 15 pessoas 
dedicadas a 
atividades 
contínuas ou 
expostas a calor 
excessivo ou 
contaminação 
da pele com 
substâncias 
venenosas, 
infecciosas ou 
irritantes 
1 p/ cada 75 
pessoas 
Nº de 
pessoas 
Nº de aparelhos Mesma especificação 
feita para os 
escritórios ou 1 p/ 
cada 50 operários 
1-100 1 p/ cada 
10 
pessoas 
 1-9 
10-24 
25-49 
50-74 
75-100 
1 
2 
3 
4 
5 
Mais de 100 1 p/ cada 
15 
pessoas 
Acima de 100, adicionar 1 
aparelho para cada 30 
empregados 
Cinemas, teatros, 
auditórios e locais 
de reunião 
Nº de 
pessoas 
Nº de 
aparelhos 
 1 p/ cada 100 
pessoas 
 Nº de pessoas Nº de 
aparelhos 
Nº de 
pessoas 
Nº de 
aparelhos 
MASC FEM MASC 
 1-200 
201-400 
401-750 
1 
2 
3 
 1-100 
101-200 
201-400 
1 
2 
3 
1 
2 
3 
 1-100 
101-200 
201-400 
1 
2 
3 
Acima de 750, 
adicionar 1 aparelho 
para cada 500 
pessoas 
Acima de 400, adicionar 1 
aparelho para cada 500 homens 
ou 300 mulheres a mais 
Acima de 400, 
adicionar 1 aparelho 
para cada 300 homens 
a mais 
Dormitórios 1 para cada 12 
pessoas. Acima de 12 
adicionar 1 lavatório 
para cada 20 homens 
ou para cada 15 
mulheres 
1 para cada 8 pessoas. No 
caso de dormitórios de 
mulheres, adicionar 
banheiras na razão de 1 para 
cada 30 pessoas a mais 
1 para cada 75 
pessoas 
Nº de pessoas Nº de 
aparelhos 
1 para cada 25 
homens. Acima de 150 
pessoas adicionar 1 
aparelho para cada 20 
pessoas a mais 
MASC FEM MASC FEM 
1-10 1-8 1 1 
Acima de 10 homens adicionar 
um aparelho para cada 25 
homens a mais e acima de 8 
mulheres 1 aparelho para cada 20 
mulheres a mais 
Acampamentos e 
instalações 
provisórias 
 1 para cada 30 operários 1 para cada 30 operários 1 para cada 30 
operários 
 
 
 
 
A distribuição da água quente em instalações prediais tem por finalidade atender aos usos 
domésticos como banho, lavagem de roupas e utensílios de cozinha, tornando-se 
indispensável em ambientes de maior conforto. O seu emprego é muito difundido em 
indústrias, lavanderias, laboratórios e hospitais. É utilizada também para calefação, mas este 
fim não é de corrente uso no Brasil e sim em países de clima frio. 
As água pluviais deverão ser conduzidas, por instalações especiais, aos cursos d'água 
disponíveis na região. A ligação do esgotamento das águas pluviais das edificações à rede 
pública é feita através de uma caixa de areia ou de um poço de visita. 
As instalações de proteção e auxílio ao combate a incêndios são independentes das instalações 
de distribuição de água, porém utilizando o mesmo reservatório. Ocupam lugar de destaque 
especial num projeto, pois é sabido que sua ausência ou má execução causam prejuízos 
irreparáveis às populações. O valor de uma vida humana justifica todas as despesas, por mais 
elevadas que sejam, com o objetivo de resguardá-la das consequências de um incêndio. 
Instalações prediais e respectivas normas 
Instalações prediais de água fria 
NBR 5626/98 da ABNT 
A distribuição de água potável poderá ser feita através dos seguintes sistemas: 
1) Distribuição direta 
Os pontos de saída de água serão alimentados diretamente da rede pública, quando houver 
pressão suficiente e continuidade no sistema público de abastecimento de água. Neste caso 
não existe reservatório domiciliar e a distribuição de água no interior da edificação é 
ascendente (figura). 
Distribuição direta 
 
 
2) Distribuição indireta 
Este sistema de distribuição exige o uso de reservatórios de acumulação para atender às 
eventuais interrupções de fornecimento ou quando a pressão da rede pública não for 
suficiente para elevar a água até o reservatório superior. 
Podem ser adotados três casos: 
a) Distribuição indireta, sem recalque 
A água potável vem diretamente da rede pública, quando houver pressão suficiente até o 
reservatório superior, que alimenta por gravidade os pontos de saída de água. Este 
reservatório fica situado acima do pavimento mais elevado do prédio (figura). 
 
Distribuição indireta, sem recalque 
 
b) Distribuição indireta, com recalque 
Quando a pressão da rede pública não for suficiente para alimentar o reservatório 
superior, utiliza-se outro de cota reduzida, geralmente localizado no pavimento térreo, 
denominado reservatório inferior (ou subterrâneo) de onde a água é recalcada, por maio 
de bombas, para o reservatório superior (ou elevado) e a partir deste é feita a distribuição 
por gravidade para o interior da edificação(figura). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição indireta, com recalque 
 
c) Distribuição indireta, hidropneumática 
Este processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é ascendente, a partir de 
um reservatório de aço onde a água fica pressurizada. Este reservatório hidropneumático 
é alimentado por bombeamento a partir do reservatório inferior. Estes equipamentos 
requerem manutenção preventiva periódica (figura). 
 
Distribuição indireta, hidropneumática 
 
3) Distribuição mista 
Trata-se de uma associação dos sistemas direto e indireto, ou seja, parte da edificação tem os 
pontos de saída de água alimentados pela rede púbica e parte alimentada pelo reservatório 
superior ou hidropneumático (figura). 
Distribuição mista 
 
Cada um dos sistemas relacionados apresentam vantagens e desvantagens, que devem ser 
analisadas pelo projetista, conforme a realidade local em que esteja trabalhando. 
A NBR 5626/98 recomenda que a utilização dos sistemas de distribuição de água direto ou 
hidropneumático sejam devidamente justificados. 
Instalações prediais de água quente 
NBR 7198/93 da ABNT 
O aquecimento da água para fins domésticos normalmente é realizado pelos seguintes 
sistemas: 
a) Individual 
O sistema de aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de utilização. Ex.: 
chuveiros, torneiras. 
b) Central privado 
O sistema de aquecimento é central privado quando alimenta várias peças de utilização de um 
único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de água quente. 
c) Central coletivo 
O sistema de aquecimento é central coletivo quando alimenta peças de utilização de vários 
domicílios ou várias unidades. Ex.: prédio de apartamentos, hotéis, hospitais. 
Instalações prediais de esgotos sanitários 
NBR 8160/99 da ABNT 
 O despejo de esgoto sanitário pode ser feito através das seguintes formas: 
a) Direto 
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando a profundidade 
do mesmo não exceder a do coletor público (figura). 
Esgotamento direto 
 
b) Indireto 
O esgoto é recolhido em uma elevatória, quando a profundidade do coletor predial exceder à 
do coletor público e, em seguida, é recalcado para o mesmo (figura). 
Esgotamento indireto 
 
Instalações prediais de águas pluviais 
NBR 10844/89 da ABNT 
O esgotamento poderá ser direto ou indireto (tal qual o de esgoto sanitário) para os coletores 
públicos de águas pluviais ou sarjetas dos logradouros. O mesmo deverá ser projetado através 
do menor percurso e consequentemente ser feito no menor tempo possível. 
O esgotamento das águas pluviais deverá ser independente do de esgoto sanitário, eliminando 
assim a possibilidade de penetração de gases no interior das edificações. 
Além da NB 611/81 da ABNT, as instalações prediais de águas pluviais são regidas também 
pelos códigos de obras municipais, que normalmente proíbem a queda livre das águas dos 
telhados das edificações, bem como em terrenos vizinhos. 
Instalações prediais de prevenção e auxílio ao combate a incêndios 
 
A distribuição da água para combate a incêndios poderá ser feita através de reservatório 
elevado, preferivelmente, ou por reservatório subterrâneo. 
No caso do reservatório ser elevado, a adução será por gravidade e quando o reservatório for 
subterrâneo, por recalque de acionamento automático. 
As instalações de prevenção e auxílio ao combate a incêndios serão regidas por norma da 
ABNT, por decreto municipal e/ou por critérios do grupamento de incêndio de cada localidade. 
Instalações prediais de água fria 
Princípios gerais para água fria 
A norma NBR 5626/98 prescreve os requisitos técnicos mínimos para que as instalações 
prediais de água fria sejam projetadas e construídas de tal maneira que: 
 garantam o fornecimento suficiente de água; 
 minimizem os ruídos; 
 tenham pressão mínima necessária; 
 mantenham a qualidade da água. 
Reservatórios 
Prescrições para reservatórios 
Segundo a norma NBR 5626/98 os reservatórios devem ser projetados e construídos de 
maneira que: 
 sejam perfeitamente estanques; 
 possuam paredes lisas, executadas com materiais que não alterem a qualidade da água e 
que resistam ao ataque da mesma; 
 impossibilitem o acesso de elementos que poluam ou contaminem a água; 
 possuam abertura para inspeção, limpeza e eventuais reparos; 
 sejam dotados de extravasor; 
 tenham canalização para esgotamento e, quando a área do fundo for superior a 2 m², esta 
deverá ser inclinada a fim de permitir o seu perfeito esvaziamento. 
OBS.: Alguns códigos municipais estabelecem que os reservatórios com capacidade superior a 
4000 ℓ devem ser divididos em dois compartimentos iguais, sendo estes interligados através 
de um barrilete. 
Consumo diário 
Quando não for conhecida a população da edificação, para fins de cálculo determina-se a 
mesma através da tabela abaixo. 
Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local 
Natureza do local Taxa de ocupação 
Prédio de apartamentos Duas pessoas por quarto 
Prédio de escritórios de: 
 uma só entidade locadora 
 mais de uma entidade locadora 
 
Uma pessoa por 7 m² de área 
Uma pessoa por 5 m² de área 
Restaurantes Uma pessoa por 1,5 m² de área 
Teatros e cinemas Uma cadeira para cada 0,7 m² de área 
Lojas (pavimento térreo) Uma pessoa por 2,5 m² de área 
Lojas (pavimentos superiores) Uma pessoa por 5 m² de área 
Supermercados Uma pessoa por 2,5 m² de área 
Shopping centers Uma pessoa por 5 m² de área 
Salões de hotéis Uma pessoa por 6 m² de área 
Museus Uma pessoa por 8 m² de área 
 
Em caso de residências normalmente estima-se duas pessoas para cada quarto e uma pessoa 
para quarto de empregada. Depois de conhecida a população, calcula-se o consumo diário 
através da tabela abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estimativa de consumo diário de água 
Tipo de prédio Unidade Consumo 
ℓ/dia 
1. Serviço doméstico 
Apartamentos per capita 200 
Apartamentos de luxo por quarto 
por quarto de empregada 
300 a 400 
200 
Residência de luxo per capita 300 a 400 
Residência de médio valor per capita 150 
Residências populares per capita 120 a 150 
Alojamentos provisórios de obras per capita 80 
Apartamento de zelador per capita 600 a 1000 
2. Serviço público 
Edifícios de escritório por ocupante efetivo 50 a 80 
Escolas, internatos per capita 150 
Escolas, externatos por aluno 50 
Escolas, semi-internato por aluno 100 
Hospitais e casas de saúde por leito 250 
Hotéis com cozinha e lavanderia por hóspede 250 a 350 
Hotéis sem cozinha e lavanderia por hóspede 120 
Lavanderias por kg de roupa seca 30 
Quartéis por soldado 150 
Cavalariças por cavalo 100 
Restaurantes por refeição 25 
Mercados por m² de área 5 
Garagens e postos de serviços para 
automóveis 
por automóvel 
por caminhão 
100 
150 
Rega de jardins por m² de área 1,5 
Cinemas, teatros por lugar 2 
Igrejas por lugar 2 
Ambulatórios per capita 25 
Creches per capita 50 
3. Serviço industrial 
Fábricas (uso pessoal) por operário 70 a 80 
Fábrica com restaurante por operário 100 
Usinas de leite por litro de leite 5 
Matadouros por animal abatido (de grande 
porte) 
idem de pequeno porte 
 
300 
150 
 
Cd = P*q 
Sendo, 
Cd – consumo diário, em ℓ/dia 
P – população 
q – consumo per capita, em ℓ/dia. 
Dimensionamento dos reservatórios 
Conforme item anterior do primeiro capítulo, a distribuição de água fria poderá ser feita 
através dos sistemas de distribuição direta, indireta sem recalque, com recalque e 
hidropneumática ou mista. No Brasil, são encontradas em quase todas as localidades 
deficiências quanto ao abastecimento de água, razão pela qual normalmente não é usado o 
sistema de distribuição direta. Em função disto é usual prever os reservatórios com capacidade 
superior ao consumo diário. Alguns autores preveem reservatórios com capacidade suficiente 
para dois dias de consumo. Pela nossa vivência achamos desnecessáriaa previsão para dois 
dias. Dimensionaremos, então, nossos reservatórios com capacidade suficiente para o 
consumo diário acrescido de 25% do mesmo, para que alguma eventual intermitência do 
abastecimento da rede pública não interfira na distribuição predial. 
No caso de se usar o sistema de distribuição indireta sem recalque, o volume de água 
estimado ficará armazenado no reservatório superior. Já no caso de se usar o sistema indireto 
com recalque, o reservatório inferior deverá armazenar 60% do volume estimado, enquanto 
que o superior armazenará os 40% restantes. 
Além do consumo predial, deverá ser previsto também a reserva de incêndio de acordo com as 
normas vigentes. 
Dimensionamento do alimentador predial e do ramal predial 
Alimentador predial 
Tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de flutuador 
do reservatório. 
Ramal predial 
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial. O 
limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento da 
companhia concessionária de água local. A figura abaixo complementa estas definições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentador predial e ramal predial 
 
Para o dimensionamento do alimentador predial tem que ser considerado o sistema de 
distribuição a ser adotado. 
Se a distribuição for direta, o cálculo do alimentador predial se faz como o do barrilete de 
distribuição de um reservatório, conforme será visto em outro item. Já no caso da distribuição 
ser indireta ou mista, admite-se para o cálculo que o abastecimento da rede seja contínuo e 
que a vazão que abastece o reservatório seja suficiente para suprir o consumo diário. 
Qmin = Cd / 86400 
Sendo, 
Qmin – vazão mínima, em ℓ/s 
Cd – consumo diário, em ℓ. 
Na prática adota-se a velocidade do alimentador predial oscilando entre os valores de 0,6 a 1,0 
m/s. Conhecida a vazão mínima e fixada a velocidade, o diâmetro do alimentador predial pode 
ser obtido pelos ábacos de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de aço galvanizado ou de cobre 
e plástico. 
O alimentador predial tem o mesmo diâmetro do ramal predial. 
As companhias de saneamento apresentam tabelas que relacionam o diâmetro do ramal 
predial em função do número de economias. A duas tabelas seguintes são da COPASA-MG, que 
adota o diâmetro mínimo de 15 mm para atender até a 4 economias, e da CEDAE-RJ, com 
diâmetro mínimo de 20 mm. 
 
 
 
Diâmetro do ramal predial – COPASA-MG 
Número de 
economias 
Diâmetro do ramal predial e do hidrômetro – polegada 
(milímetro) 
até 4 ½ (15) 
de 5 a 7 ¾ (20) 
de 8 a 11 1 (25) 
de 12 a 21 1 ½ (40) 
de 22 a 300 2 (50) 
maior que 300 a ser estudado pela COPASA 
 
Diâmetro do ramal predial – CEDAE-RJ 
Número de economias Diâmetro do ramal predial – polegada (milímetro) 
de 1 a 5 ¾ (20) 
de 6 a 10 1 (25) 
de 11 a 20 1 ½ (40) 
de 21 a 80 2 (50) 
de 81 a 400 3 (75) 
de 401 a 600 4 (100) 
 
A COPASA faz as seguintes recomendações para a montagem do padrão-cavalete onde será 
instalado o medidor de vazão ou hidrômetro: 
 o local deve ser de fácil acesso à leitura; 
 deve ter um afastamento máximo de 1,5 m do alinhamento da rua; 
 utilizar uma das divisas laterais do lote para a montagem do padrão-cavalete; 
 os tubos (pernas) devem ter 50 cm cada um; 
 dos 50 cm, 35 devem ficar externos e 15 cm enterrados sob uma ancoragem de concreto 
para fixação; 
 deixar a ponta do tubo no passeio, já rosqueada, a 25 cm para fora do muro da testada do 
lote e a 30 cm de profundidade, para receber a ligação externa. 
A figura abaixo exemplifica a ligação predial de acordo com as recomendações da COPASA. 
 
 
 
 
 
 
 
Cavalete, padrão COPASA-MG 
 
Dimensionamento do extravasor e limpeza 
O diâmetro do extravasor e da tubulação de limpeza é determinado adotando-se uma bitola 
comercial imediatamente superior à bitola do alimentador predial ou da tubulação de recalque 
(figura). 
 
 
 
 
 
 
 
Extravasor e tubulação de limpeza 
 
Condução de água fria 
Quanto à pressão máxima e mínima 
a) Pressão máxima 
Admite-se uma pressão estática máxima de serviço de 400 KPa (40,0 mH2O). Em 
edificações onde a pressão de serviço ultrapasse este valor, utilizam-se caixas 
intermediárias ou válvulas redutoras de pressão. O segundo método é o mais econômico 
sendo o mais utilizado nas edificações. 
b) Pressão mínima 
Para que as peças de utilização tenham um funcionamento perfeito, necessitam de uma 
pressão mínima de serviço. Esta pressão mínima oscila entre os valores de 5 KPa (0,5 
mH2O) a 20 KPa (2,0 mH2O). normalmente os aparelhos sanitários funcionam com 
pressões que variam de 24 KPa (2,4 mH2O) a 28 KPa (2,8 mH2O) de pressão no ramal. 
Quanto à velocidade máxima do fluxo 
De acordo com a NBR 5626/98, a velocidade máxima do fluxo não poderá ultrapassar a 2,5 
m/s, porque acima deste valor provoca um ruído desagradável, podendo, além disto, chegar a 
ocasionar o golpe de aríete. A velocidade do fluxo não deve ultrapassar também o valor 
encontrado pela fórmula 
V = 14 D1/2 
Sendo, 
V – velocidade de fluxo, m/s 
D – diâmetro nominal, m. 
Quanto ao golpe de aríete 
Quando um líquido escoa numa calha e é parado bruscamente, ele sobe de nível podendo até 
causar o seu transbordamento. Ora, quando isto ocorre num tubo, o líquido não tendo por 
onde sair aumenta de forma elevada a pressão em seu interior, forçando as paredes do tubo e 
demais peças que compõem a tubulação. 
Denomina-se golpe de aríete ao choque violento produzido sobre as paredes da tubulação 
quando o escoamento é interrompido bruscamente. 
O golpe de aríete origina depressões e sobre pressões que são prejudiciais ao desempenho das 
tubulações. As depressões podem permitir infiltrações de fora para dentro, enquanto que as 
sobre pressões forçam as juntas quanto a sua estanqueidade. A sobre pressão, além de causar 
barulho excessivo, pode chegar até o rompimento da tubulação. 
Alguns recursos podem ser adotados para atenuar os efeitos do golpe de aríete: 
 limitação da velocidade nas tubulações; 
 fechamento lento das válvulas e registros; 
 emprego de válvulas anti-golpe; 
 emprego de válvulas de alívio; 
 emprego de caixa de quebra pressão. 
Tubos, conexões e outros acessórios devem ser criteriosamente selecionados, a fim de garantir 
que o material de que são fabricados resistirá aos impactos resultantes do golpe de aríete. A 
escolha do material é de fundamental importância. 
As figuras abaixo ilustram a ocorrência do golpe de aríete e seus efeitos sobre as tubulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorrência do golpe de aríete 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorrência do golpe de aríete 
 
Quanto à perda de carga 
A diferença de energia inicial e energia final de um líquido, quando o mesmo flui numa 
tubulação de um ponto a outro, denomina-se perda de carga. Esta diferença de energia é 
dissipada sob a forma de calor. Observa-se que junto às paredes da tubulação não há 
movimento do líquido e que a velocidade é máxima no eixo da tubulação criando várias 
camadas em movimento com velocidades diferentes, ocasionando a dissipação de energia. 
As perdas de carga poderão ser: 
a) Distribuídas 
As perdas de carga distribuídas são ocasionadas pelo movimento da água na tubulação. 
b) Localizadas 
As perdas de carga localizadas são ocasionadas pelas conexões, válvulas, registros, 
medidores, etc., que pela forma e disposição elevam a turbulência, provocando assim 
atrito e choque de partículas. 
A perda de carga é função dos elementos que interferem no deslocamento do líquido como: 
 rugosidade da tubulação; 
 viscosidade e densidade do líquido; 
 velocidade de escoamento; 
 grau de turbulência de fluxo; 
 distância percorrida pelo fluido; 
 mudança de direção do fluxo. 
Cálculo das perdas de carga 
No cálculo das instalações de recalque e da rede de distribuição de água de uma edificaçãoé 
indispensável a determinação das perdas de carga. 
As perdas de carga são de fundamental importância no cálculo de bombas e em todos os itens 
implicados no escoamento de fluidos em tubulações. 
O cálculo das perdas de carga será subdividido em: 
a) Perdas de carga distribuídas 
A norma NBR 5626/98 recomenda as fórmulas de Flamant e de Fair-Whipple-Hsiao para o 
cálculo das perdas de carga nas tubulações. 
As fórmulas de Fair-Whipple-Hsiao são usadas para tubulações de diâmetro de até 4" (100 
mm). 
Para tubos de aço galvanizado e ferro fundido a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao é 
J = 0,002021 Q1,88/ D4,88 
Para tubos de cobre e PVC a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao é 
J = 0,00086 Q1,75 / D4,75 
Sendo, 
J – perda de carga unitária, m/m; 
Q – vazão de água, m³/s; 
D – diâmetro das tubulações, m. 
b) Perdas de carga localizadas 
As perdas de carga localizadas poderão ser calculadas utilizando-se de diferentes métodos. 
Adotaremos o método dos comprimentos equivalentes, ou seja, cada conexão, válvula, 
etc., produz uma perda de carga semelhante à que seria produzida num determinado 
comprimento de tubulação de mesmo diâmetro. Este é o método recomendado pela 
norma NBR 5626/98. Se somarmos os comprimentos equivalentes de todas as peças ao 
comprimento real da tubulação, obteremos o comprimento total. A partir daí procedemos 
como se tivéssemos somente tubulações retas, sem peças especiais, donde caímos no 
cálculo das perdas de carga distribuídas. 
Para a determinação dos comprimentos equivalentes utilizam-se as tabelas abaixo, 
dependendo do caso a ser calculado. 
 
 
 
 
 
 
Perdas de carga localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de aço galvanizado 
ou ferro fundido 
 
Perdas de carga localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de PVC rígido ou 
cobre 
 
 
 
 
 
 
 
Perdas de carga localizadas – comprimentos equivalentes em metros de tubulação de aço 
galvanizado para bocais e válvulas 
 
Quanto à vazão e diâmetros 
a) Vazão mínima 
A norma NBR 5626/98 fornece a vazão mínima das peças de utilização, conforme a tabela 
abaixo, para que elas tenham um perfeito desempenho. 
Vazões mínimas das peças de utilização 
Peça de utilização Vazão (ℓ/s) 
Bacia sanitária com caixa de descarga 0,15 
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,90 
Banheira 0,30 
Bebedouro 0,05 
Bidê 0,10 
Chuveiro 0,20 
Lavatório 0,20 
Mictório de descarga contínua, por metro ou por aparelho 0,075 
Mictório de descarga descontínua 0,15 
Pia de despejo 0,30 
Pia de cozinha 0,25 
Tanque de lavar 0,30 
 
b) Diâmetros mínimos 
A norma NBR 5626/98 recomenda também que o diâmetro mínimo das tubulações não 
seja inferior aos da tabela abaixo. 
 
 
 
Diâmetros mínimos dos sub-ramais 
Peças de utilização Diâmetro nominal 
Milímetro Polegada 
Aquecedor de baixa pressão 15 ½ 
Aquecedor de alta pressão 20 ¾ 
Bacia sanitária com caixa de descarga 20 ¾ 
Bacia sanitária com válvula de descarga DN 20 mm 32 1 ¼ 
Bacia sanitária com válvula de descarga DN 25 mm 32 1 ¼ 
Bacia sanitária com válvula de descarga DN 32 mm 40 1 ½ 
Bacia sanitária com válvula de descarga DN 38 mm 40 1 ½ 
Banheira 15 ½ 
Bebedouro 15 ½ 
Bidê 15 ½ 
Chuveiro 15 ½ 
Filtro de pressão 15 ½ 
Lavatório 15 ½ 
Máquina de lavar prato 20 ¾ 
Máquina de lavar roupa 20 ¾ 
Mictório de descarga contínua, por metro ou aparelho 15 ½ 
Mictório autoaspirante 25 1 
Pia de cozinha 15 ½ 
Pia de despejo 20 ¾ 
Tanque de lavar roupa 20 ¾ 
 
Sistema elevatório 
Para a elevação da água do reservatório inferior até o reservatório superior utiliza-se a bomba, 
que é uma máquina geratriz hidráulica. A operação realizada pela bomba, em virtude da 
energia transmitida pela mesma ao líquido, deslocando-o de um reservatório a outro, 
denomina-se bombeamento. 
O bombeamento será realizado através do sistema elevatório, mostrado na figura abaixo, que 
se constitui de: 
a) Tubulação de sucção; 
b) Conjunto motor-bomba; 
c) Tubulação de recalque. 
Sistema elevatório 
 
Tubulação de sucção 
As linhas de sucção deverão ser projetadas e construídas obedecendo aos requisitos técnicos 
mínimos, conforme abaixo: 
 A sucção deve ser a mais curta possível, nunca ultrapassando a 7,5 m, que é o limite 
prático. Sempre que possível deve ser inferior a 5,0 m; 
 À altura de sucção somadas as perdas de carga e a pressão de vapor da água não deverão 
ultrapassar os limites práticos de capacidade de sucção das bombas, indicados pelos 
fabricantes; 
 Deverá ser estanque, evitando assim a entrada e formação de bolhas de ar; 
 A redução entre a bomba e a tubulação de sucção deverá ser excêntrica, evitando assim a 
formação de bolhas de ar; 
 O registro de gaveta deverá ser colocado na horizontal (haste na horizontal), para evitar 
também a formação de bolhas de ar; 
 A válvula de pé deverá ser bem dimensionada e especificada; 
 Para impedir que objetos estranhos danifiquem a bomba, um crivo deverá ser instalado no 
início da sucção, tendo 3 a 4 vezes a área da tubulação. 
Tubulação de recalque 
As linhas de recalque deverão ser projetadas e construídas obedecendo aos requisitos técnicos 
mínimos, conforme abaixo: 
 Colocar na saída da bomba, em primeiro lugar, uma válvula de retenção e depois um 
registro de gaveta. A válvula de retenção irá proteger a bomba contra: 
 Pressão excessiva; 
 Efeito do golpe de aríete, quando da parada da bomba; 
 A possibilidade de a mesma girar em sentido contrário. 
O registro de gaveta tem por finalidade possibilitar a manutenção e poderá ainda ser usado 
para a regulagem da vazão. 
Vazão a considerar para a bomba 
O sistema elevatório deverá ter, segundo a norma NBR 5626/98, uma vazão mínima horária 
igual a 15% do consumo diário, ou seja, o sistema deverá funcionar durante 6,66 horas por dia. 
Baseado em inúmeras instalações executadas, adotaremos como base os seguintes tempos de 
funcionamento diário: 
 Prédio de apartamentos e hotéis: três períodos de 1 hora e 30 minutos cada; 
 Prédios de escritórios: dois períodos de 2 horas cada; 
 Hospitais: três períodos de 2 horas cada. 
A vazão da bomba será: 
Q = 0,15 * Cd ou Q = Cd / h 
Sendo, 
Cd – consumo diário, ℓ; 
h – horas de funcionamento da bomba. 
A vazão pode ser expressa em várias unidades sendo as mais empregadas: ℓ/s; m³/s; ℓ/h; e 
m³/h. 
Dimensionamento de recalque e de sucção 
Na teoria, o diâmetro da tubulação de recalque pode ser qualquer um. Se for escolhido um 
diâmetro relativamente grande, têm-se perdas de carga pequenas, e em consequência, um 
conjunto elevatório com uma potência instalada pequena. Neste caso as bombas para o 
sistema elevatório terão um custo baixo e as tubulações um custo elevado. Se ao contrário do 
que foi visto anteriormente, for escolhido um diâmetro pequeno, as perdas de carga serão 
significativas, exigindo com isto bombas para o sistema elevatório com uma potência maior. Já 
neste caso, o custo das tubulações será baixo, com as bombas a um custo de instalação e 
funcionamento altos. 
O ideal é que o sistema elevatório seja eficaz a um custo de instalação e funcionamento 
mínimo. 
Para alcançar este objetivo em instalações prediais de recalque e a fim de reduzir as perdas de 
carga nas tubulações de sucção e recalque, adotam-se valores reduzidos para as velocidades 
de escoamento dos líquidos. Geralmente as velocidades nas tubulações de sucção e recalque 
oscilam entre 0,55 m/s e 2,40 m/s, sendo que, nas tubulações de recalque com grandes 
extensões, a velocidade deve ser baixa, oscilando entre 0,65 m/s e 1,30 m/s. 
A norma NBR 5626/98 recomenda a utilização da fórmula de Forchheimmer para o 
dimensionamento da tubulação de recalque. 
A fórmula de Forchheimmer é 
Dr = 1,3 * Q
1/2 * X1/4 
Sendo, 
Dr – diâmetro da tubulação de recalque, m; 
Q – vazão da bomba, m³/s; 
h – horas de funcionamento da bomba no período de 24 horas; 
X = h / 24 
A tubulação de sucção é determinada adotando-se umabitola comercial imediatamente 
superior à bitola da tubulação de recalque. 
Bombas 
Normalmente o bombeamento de água nas edificações é feito através de bombas centrífugas 
acionadas por motores elétricos. 
Ao se dimensionar uma bomba, é preciso conhecer a vazão e a altura manométrica. A figura 
abaixo ilustra as bombas centrífugas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bomba centrífuga 
 
Altura manométrica 
A altura manométrica é a soma das alturas manométricas de recalque e sucção 
H = Hr + Hs 
Sendo, 
H – altura manométrica, m; 
Hr – altura manométrica de recalque, m; 
Hs - altura manométrica de sucção, m. 
a) Altura manométrica de recalque 
A altura manométrica de recalque é a diferença das cotas entre os níveis de saída do líquido no 
reservatório superior e do centro da bomba acrescida das perdas de carga entre os níveis 
citados. 
Hr = hr + Jr 
Sendo, 
Hr - altura manométrica de recalque, m; 
hr – altura estática de recalque, m; 
Jr – perdas de carga no recalque, m. 
b) Altura manométrica de sucção 
A altura manométrica de sucção é a diferença das cotas do nível do centro da bomba e do 
nível da superfície livre do reservatório inferior, acrescida das perdas de carga entre os níveis 
citados. 
Hs = hs + Js 
Sendo, 
Hs - altura manométrica de sucção, m; 
hs – altura estática de sucção, m; 
Js – perda de carga na sucção, m. 
Rendimento do conjunto motor bomba 
Rendimento é a relação entre a potência aproveitável pelo líquido no escoamento e a potência 
do motor que aciona a bomba. 
R = Pa / Pm 
Sendo, 
R – rendimento do conjunto motor bomba; 
Pa – potência aproveitável pelo líquido no escoamento, CV; 
Pm – potência do motor que aciona a bomba, CV. 
O rendimento é função da vazão, da altura manométrica e do número de rotações. O valor do 
rendimento é obtido nos catálogos dos fabricantes. Como estimativa de potência motriz 
adota-se para bombas pequenas um rendimento de 40% a 60% e para bombas médias de 70% 
a 75%. 
Cálculo da potência 
a) Potência necessária ao acionamento da bomba 
Para se ter a potência necessária ao acionamento da bomba em CV, usa-se a fórmula: 
P = Q * H / (75 * R) 
Sendo, 
P - potência necessária ao acionamento da bomba, CV; 
Q – vazão do sistema elevatório, l/s; 
R – rendimento do conjunto motor-bomba. 
Quando não se tem catálogos de fabricantes, calcula-se a potência aproximada com o 
emprego da fórmula dada, porque o valor do rendimento será arbitrado. 
b) Potência instalada 
Na prática é recomendável que a potência instalada seja a potência do motor comercial 
imediatamente superior à potência necessária ao acionamento da bomba. 
Desta forma será dada uma margem de segurança para evitar que o motor venha a operar em 
sobrecarga. A margem de segurança é de fundamental importância, e alguns projetistas 
recomendam que a mesma tenha as proporções citadas na tabela abaixo. 
Margem de segurança 
Potência calculada Margem de segurança 
até 2 CV 50% 
de 2 a 5 CV 30% 
De 5 a 10 CV 20% 
De 10 a 20 CV 15% 
Acima de 20 CV 10% 
 
c) Potência comercial de motores elétricos 
Para facilitar a indicação da potência instalada, na falta de catálogos de fabricantes, segue 
abaixo a relação dos motores elétricos nacionais, dada sua potência em CV, até 250 CV. 
Potência dos motores nacionais 
Potência dos motores nacionais (CV) 
¼ 1 ½ 7 ½ 25 50 150 
1/3 2 10 30 60 200 
½ 3 12 35 80 250 
¾ 5 15 40 100 - 
1 6 20 45 125 - 
 
d) Escolha da bomba utilizando os catálogos dos fabricantes 
Conhecidas a vazão e a altura manométrica é usual, na prática, recorrer aos catálogos dos 
fabricantes de bombas. 
Os fabricantes organizam tabelas e traçam curvas que representam a variação de uma 
grandeza em função da outra, mantendo uma terceira grandeza fixa. 
São usuais as curvas traçadas para certo número de rotações fixo e mantendo as dependências 
entre: 
H = f (Q) 
A altura manométrica sendo função da vazão. 
P = f (Q) 
A potência em função da vazão. 
R = constante 
As curvas de igual rendimento. 
Os catálogos apresentam um gráfico constituído de quadrículas, que permite, entrando com os 
valores da vazão e da altura manométrica, escolher a bomba num tipo padronizado pelo 
fabricante. Após a escolha da bomba deve-se recorrer às curvas correspondentes à mesma. A 
figura abaixo mostra um gráfico para a escolha prévia da bomba de acordo com sua cobertura 
hidráulica. 
Gráfico de escolha prévia da bomba 
 
A figura abaixo representa as curvas características para um determinado tipo de bomba 
Curvas características das bombas K-50-40 
 
Dimensionamento dos sub-ramais 
Sub-ramal é a tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho 
sanitário. A NBR 5626/98 recomenda os diâmetros mínimos para os sub-ramais segundo a 
tabela (Diâmetros mínimos dos sub-ramais) apresentada anteriormente. 
Dimensionamento dos ramais de alimentação 
Ramal é a tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais. 
No dimensionamento dos ramais de alimentação são considerados os seguintes sistemas: 
a) Máximo possível 
Nesse sistema considera-se que todas as peças de utilização alimentadas pelo ramal 
funcionem simultaneamente, em locais onde há horários rigorosos para a utilização da água, 
como por exemplo: indústrias, estabelecimentos de ensino, quartéis, etc.. "O 
dimensionamento é feito usando o método das seções equivalentes, onde os diâmetros serão 
expressos em função de ½" (15 mm). A correspondência dos diversos diâmetros com o de 15 
mm encontra-se na tabela abaixo. 
Correspondência de tubos de diversos diâmetros com o de ½" (15 mm) 
Diâmetro do 
encanamento 
Número de encanamentos de 15 mm com a mesma 
capacidade 
mm Polegadas 
15 ½ 1 
20 ¾ 2,9 
25 1 6,2 
32 1 ¼ 10,9 
40 1 ½ 17,4 
50 2 37,8 
60 2 ½ 65,5 
75 3 110,5 
100 4 189,0 
150 6 527,0 
200 8 1200,0 
 
b) Máximo provável 
Este método considera difícil que todas as peças de utilização, alimentadas pelo mesmo ramal, 
funcionem simultaneamente e que a probabilidade de uso simultâneo decresce com o 
acréscimo do número de peças. 
Para este sistema o método de dimensionamento adotado pela norma NBR 5626/98 é 
baseado na probabilidade de uso simultâneo das peças de utilização. 
A tabela abaixo fornece os pesos correspondentes a cada peça de utilização, que serão usados 
no cálculo da vazão, empregando a fórmula: 
Q = 0,30 * (ΣP)1/2 
Sendo: 
Q – vazão, ℓ/s; 
P – peso. 
Vazões e pesos, NBR 5626/98 
Peças de utilização Q Peso 
Bacia sanitária c/CD 0,15 0,3 
Bacia sanitária c/VD 1,90 40,0 
Banheira 0,30 1,0 
Bebedouro 0,05 0,1 
Bidê 0,10 0,1 
Chuveiro 0,20 0,5 
Lavatório 0,20 0,5 
Máquina de lavar pratos e roupa 0,30 1,0 
Mictório c/CD não aspirante 0,15 0,3 
Mictório c/VD autoaspirante 0,5 2,8 
Mictório c/VD não aspirante 0,15 0,3 
Pia de cozinha 0,25 0,7 
Pia de despejo 0,30 1,0 
Tanque de lavar roupa 0,30 1,0 
 
O ábaco da figura abaixo fornece o diâmetro do ramal de alimentação em função da vazão 
calculada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diâmetro e vazões em função da soma dos pesos 
 
A figura abaixo representa um isométrico onde é possível distinguir os ramais e sub-ramais de 
alimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
Ramais e sub-ramais 
 
Dimensionamento do barrilete 
Método de Hunter 
Barrilete é a tubulação que interliga o reservatório superior às colunas de distribuição de água 
(figura). 
 
 
 
 
 
 
 
Barrilete 
 
O dimensionamento do barrilete poderá ser feito pelo sistema máximo provável, porém neste 
manual será desenvolvido o método de Hunter. 
No método de Hunter é atribuído um peso para cada tipo de peça de utilização. Estabelece 
também dependência entre as descargas das peças de utilização e a soma dos pesos de todas 
as peças. Para determinar os pesos, Hunter considerou o seguinte: 
 Consumoda peça de utilização; 
 Se a instalação é de uso privado ou de uso público; 
 Se as peças contem válvulas de descarga ou não; 
 Se as peças estão agrupadas em compartimentos ou se localizadas isoladamente; 
 Se há água fria ou quente que possam ser utilizadas simultaneamente. 
Para o cálculo observar o seguinte roteiro: 
a) Desenhar o barrilete colocando as cotas, colunas a alimentar e trechos a dimensionar; 
b) Relacionar as colunas de distribuição que serão alimentadas por cada trecho do barrilete; 
c) Pela tabela abaixo se obtém os pesos das peças de utilização por pavimento; 
d) Após determinar os pesos por pavimento, calcular os pesos acumulados nas diversas 
colunas; 
e) Determinar os pesos acumulados em cada trecho do barrilete; 
f) Conhecendo os pesos acumulados em cada trecho do barrilete, determinar as vazões em 
ℓ/s através da tabela abaixo; 
g) Determinar os diâmetros dos trechos do barrilete de acordo com a tabela abaixo (perda de 
carga máxima fixada em 8%); 
h) Conhecida a vazão e o diâmetro determina-se a perda de carga unitária e a velocidade com 
as fórmulas da hidráulica; 
i) Determina-se o comprimento total da tubulação, valor que é a soma do comprimento real 
e do comprimento equivalente obtido nas tabelas; 
j) Conhecidos o comprimento total e a perda de carga unitária, determina-se a perda de 
carga total em cada trecho da tubulação; 
k) Determinam-se então as pressões disponíveis nas derivações e nos topos das colunas de 
distribuição de água. 
Pesos dos aparelhos segundo Roy B. Hunter 
Aparelhos Uso coletivo Uso privado 
Banheiras 4 2 
Bidês 2 1 
Chuveiros 4 2 
Lavatórios 2 1 
Mictórios de parede c/VD 10 - 
Mictórios de piso c/VD 5 - 
Mictórios c/CD 3 - 
Pias de cozinha 4 2 
Pias de despejo 5 3 
Tanque de lavar roupa - 3 
W.C. c/CD 5 3 
W.C. c/VD 10 6 
Conjunto de banheiro (c/CD para o W.C.) - 6 
Conjunto de banheiro (c/VD para o W.C.) - 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relações pesos x vazões (método de Hunter) 
Peso total Vazão (ℓ/s) 
Com predominância de VD Aparelhos comuns 
10 1,9 0,5 
20 2,3 1,0 
30 2,8 1,3 
40 3,2 1,7 
50 3,5 1,9 
60 3,7 2,2 
70 3,9 2,4 
80 4,1 2,6 
90 4,3 2,8 
100 4,5 3,0 
110 4,7 3,2 
120 4,9 3,3 
130 5,1 3,5 
140 5,3 3,7 
150 5,4 3,8 
160 5,6 4,0 
170 5,8 4,1 
180 5,9 4,2 
190 6,1 4,4 
200 6,2 4,5 
210 6,3 4,6 
220 6,4 4,7 
230 6,5 4,8 
240 6,6 4,8 
250 6,7 4,9 
300 7,3 6,0 
350 7,9 6,6 
400 8,5 7,2 
500 9,5 7,9 
600 10,7 9,7 
700 11,4 10,7 
800 12,4 12,0 
900 13,0 12,7 
1000 14,0 14,0 
 
 
 
 
 
 
Vazões máximas permissíveis nos barriletes (Jmax = 0,08 m/m) 
Diâmetros Vazões 
milímetros polegadas ℓ/s m³/d 
25 1 0,50 43 
32 1 ¼ 0,90 78 
40 1 ½ 1,40 121 
50 2 3,1 268 
60 2 ½ 5,5 475 
75 3 9,0 777 
100 4 18,0 1555 
 
Dimensionamento das colunas de distribuição 
Método de Hunter 
As colunas de distribuição de água fria derivam do barrilete, na posição vertical, e alimentam 
os ramais nos pavimentos (figura). 
Coluna de distribuição de água fria - AF 
 
O dimensionamento das colunas poderá ser feito pelo sistema máximo provável, usado no 
dimensionamento dos ramais. O método mais utilizado no dimensionamento é o método de 
Hunter. 
Para o cálculo pelo método de Hunter, observar o seguinte roteiro: 
a) Desenha-se a coluna, colocando as cotas, ramais a alimentar e trechos a dimensionar. É 
preferível a criação de novas colunas para evitar que os ramais se alonguem. A coluna que 
alimenta aparelhos que utilizam válvulas de descarga deverá ser independente das 
demais; 
b) Relacionar os ramais que serão alimentados por cada coluna; 
c) Pela tabela de Hunter obtêm-se os pesos das peças de utilização por pavimento; 
d) Após determinados os pesos por pavimento faz-se a soma, de baixo para cima, 
encontrando assim os pesos acumulados em cada trecho da coluna; 
e) Encontrados os pesos acumulados em cada trecho da coluna, determinam-se as vazões, 
em ℓ/s, através da tabela; 
f) Conhecida a vazão determina-se o diâmetro dos trechos da coluna de acordo com a 
tabela; 
g) Conhecida a vazão e o diâmetro, determina-se a perda de carga unitária e a velocidade 
que deve ser comparada aos valores da tabela; 
h) Determina-se o comprimento total da tubulação, valor este que é a soma do comprimento 
real mais o comprimento equivalente que é obtido nas tabelas; 
i) Conhecidos o comprimento total e a perda de carga unitária, determina-se a perda de 
carga total, de cada trecho da coluna (J = L x Ju); 
j) Determinam-se então as pressões disponíveis nas derivações da coluna de distribuição. 
Velocidades e vazões máximas permissíveis nos encanamentos 
Diâmetros Velocidade máxima Vazão máxima 
mm Polegadas m/s ℓ/s m³/d 
15 ½ 1,60 0,2 17 
20 ¾ 1,95 0,6 52 
25 1 2,25 1,2 104 
32 1 ¼ 2,50 2,5 216 
40 1 ½ 2,50 4,0 346 
50 2 2,50 5,7 493 
60 2 ½ 2,50 8,9 769 
75 3 2,50 12,0 1037 
100 4 2,50 18,0 1555 
125 5 2,50 31,0 2678 
150 6 2,50 40,0 3456

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