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28 Prof. Toni Burgatto AULA 06 – Óptica geométrica I Imagem direita. Imagem menor que o objeto. Imagem está entre o vértice e o foco. 4) (2018/ESPCEX/AMAN) O espelho retrovisor de um carro e o espelho em portas de elevador são, geralmente, espelhos esféricos convexos. Para um objeto real, um espelho convexo gaussiano forma uma imagem a) real e menor. b) virtual e menor. c) real e maior. d) virtual e invertida. e) real e direita. Comentários Um espelho convexo sempre gera uma imagem virtual, direita e menor de um objeto real. Gabarito: “b”. 3.7. Equação de gauss para espelhos esféricos Considere um feixe de raio para-axiais paralelos que saem de um ponto 𝑂, sobre o eixo principal. Após a reflexão no espelho atinge um ponto 𝐼, também sobre o eixo principal do espelho. Figura 36: Espelho côncavo sendo incidido por raios para-axiais. Da geometria e, portanto, dos ângulos externos de triângulos, vem: 𝛼 + 𝜃 = 𝛽; 𝛽 + 𝜃 = 𝛾 e 𝛼 + 𝛾 = 2𝛽 Como estamos trabalhando com raio para-axiais, temos a seguinte aproximação: 29 Prof. Toni Burgatto AULA 06 – Óptica geométrica I 𝛼 ≈ 𝑡𝑔𝛼; 𝛽 ≈ 𝑡𝑔𝛽 e 𝛾 ≈ 𝑡𝑔𝛾 E, portanto, temos: 𝑉𝑃̿̿ ̿̿ → 0, ou seja, 𝑉 ≡ 𝑃 Isso, implica que: 𝑡𝑔𝛼 + 𝑡𝑔𝛾 = 2𝑡𝑔𝛽 ⇒ ℎ 𝑂𝑃 + ℎ 𝐼𝑃 = 2 ⋅ ℎ 𝑅 ⇒ 1 𝑝 + 1 𝑝′ = 2 𝑅 Como o foco é metade do raio de curvatura, chegamos na equação dos pontos conjugados: 1 𝑝 + 1 𝑝′ = 1 𝑓 Para o referencial de Gauss, devemos ter: Espelhos côncavos: 𝑓 > 0 Espelhos convexos: 𝑓 < 0 Espelho plano: 𝑓 → ∞ 3.8. Aumento linear O aumento é a medida do poder de ampliação ou redução de um instrumento ópticos. Para os espelhos esféricos o aumento é linear e é dado por: 𝐴 = ℎ𝑖 ℎ𝑜 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜 Considere um objeto e uma imagem, produzida por um espelho côncavo. Utilizando o raio quatro, mostrado no tópico acima, temos: Figura 37: Determinação do aumento linear para um espelho côncavo. 30 Prof. Toni Burgatto AULA 06 – Óptica geométrica I 𝑡𝑔𝛼 = 𝐴𝑂 𝑃𝑂 = 𝐴′𝐼 𝑃𝐼 ⇒ ℎ𝑜 𝑝 = −ℎ𝑖 𝑝′ ⇒ ℎ𝑖 ℎ𝑜 = − 𝑝′ 𝑝 Desta forma, temos: 𝐴 = ℎ𝑖 ℎ𝑜 = − 𝑝′ 𝑝 Apesar da demonstração ser feita para o espelho côncavo, ela também é válida para espelhos convexos. Pela equação dos pontos conjugados, podemos reescrever o aumento linear da seguinte forma: 1 𝑝 + 1 𝑝′ = 1 𝑓 ⇒ 𝑝′ 𝑝 + 1 = 𝑝′ 𝑓 ⇒ 𝑝′ 𝑝 = 𝑝′ 𝑓 − 1 ⇒ 𝑝′ 𝑝 = 𝑝′ − 𝑓 𝑓 ⇒ − 𝑝′ 𝑝 = 𝑓 − 𝑝′ 𝑓 Ou ainda: 1 𝑝 + 1 𝑝′ = 1 𝑓 ⇒ 1 𝑝′ = 1 𝑓 − 1 𝑝 ⇒ 𝑝′ = 𝑝 ⋅ 𝑓 𝑝 − 𝑓 ⇒ 𝑝′ 𝑝 = 𝑓 𝑝 − 𝑓 ∴ 𝐴 = ℎ𝑖 ℎ𝑜 = − 𝑝′ 𝑝 = 𝑓 𝑓 − 𝑝 3.8.1. Classificação da imagem quanto a orientação. Podemos classificar a imagem quanto a sua orientação, dizendo se ela está na orientação do eixo vertical do referencial de Gauss ou no sentido oposto. Quando a imagem está no mesmo semiplano do objeto, tomando como referência o eixo principal, então a imagem é direita. Quando a imagem e o objeto estão em semiplanos opostos, em relação ao eixo principal, então a imagem é invertida. (I) Imagem invertida (𝑨 < 𝟎): Uma imagem é invertida se o seu aumento é negativo. (II) Imagem direita (𝑨 > 𝟎): Uma imagem é direita se o seu aumento é positivo. 5) Um espelho esférico que respeita a aproximação de Gauss forma uma imagem não invertida de 5 𝑐𝑚 de altura de um objeto real de 10 𝑐𝑚 de comprimento vertical. Se a distância horizontal entre o objeto e o vértice do espelho é de 80 𝑐𝑚, a distância focal e o tipo de espelho serão a) 40 cm, espelho côncavo.