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Carl Linnaeus Biografia

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Carl Linnaeus, ou Lineu em língua portuguesa, nasceu em 3 de maio de 1707, na vila Råshult, Smaland, Suécia, filho do clérigo Nils Ingermarsson Linnaeus e Christina Linnaea. Lineu tinha dois anos de idade quando a família foi viver em Stenbrohult, devido a nomeação do seu pai como vigário da paróquia. Nils se interessava muito por plantas, isto explica a inclinação de Lineu logo cedo pela natureza.
	Aos sete anos de idade Lineu começou a aprender a ler e escrever com o seu tutor Johan Telander, com quem Carl foi para Växjö, à cinquenta quilômetros de Stenbrohult, assim, ele só voltava para casa quando havia feriados longos. Somente aos nove anos Lineu foi aceito na escola, a qual preparava os alunos para estudar as Ordens Sagradas. Pela vontade dos pais, Lineu seria padre, mas o gosto pela botânica o levou a se envolver até mesmo em jogos para sair do ambiente escolar e estudar plantas. Os professores eram rígidos e não valorizavam o interesse do jovem pela natureza. No entanto, o professor de ciências naturais, Dr. Rothman, percebe que o curso de medicina, que na época abrangia todas as ciências naturais, poderia ser uma solução para Lineu. 
Em agosto de 1727, Lineu inicia o curso de medicina na Universidade de Lund. O jovem universitário alugou um quarto na casa do médico Kilian Stobaeus, o qual tinha uma boa coleção de plantas e animais, além de uma biblioteca que deixava Lineu fascinado. No primeiro momento, o médico não permitia Lineu ter acesso à biblioteca, mas o jovem era tão gracioso que logo conquistou seu anfitrião. Em Lund permaneceu somente um ano, mas foi o tempo suficiente para fazer expedições nos arredores da cidade. Mais uma vez, orientado pelo antigo professor, Dr. Rothman, Lineu transferiu-se para a Universidade de Uppsala no ano seguinte, ambos sabiam que nessa instituição haviam melhores oportunidades.
Em meados de 1728, Lineu retoma seus estudos em medicina na mais antiga universidade da Escandinávia, lá havia um descuidado jardim botânico de mais de meio século. Lineu era um autodidata e esse jardim foi seu material de estudo por diversas vezes. Foi lá que conheceu o professor de Teologia, Olaf Celsius, a quem Lineu também conquistou pelos seus conhecimentos em botânica. Celsius logo o convidou para morar em sua casa. Como forma de agradecimento, Lineu dedicou a Celsius seu primeiro ensaio sobre a sexualidade das plantas - Praeludia sponsaliorum plantarum, em 1729.
Lineu se tornou popular na academia com seu escrito de 1729, não totalmente de maneira boa, mas conseguiu um emprego como guia do Jardim Botânico de Uppsala, com seu talento atraiu muitos visitantes. O futuro taxonomista também fez amizade com o estudante de medicina, Peter Artedi, e juntos exploraram a natureza. Anos mais tarde, quando ele morre afogado em Amsterdã, Lineu é quem consegue vender os pertences do amigo para imprimir manuscrito de Artedi não publicado sobre peixes.
Em 1732 Lineu viaja para explorar a Lapônia, ele foi selecionado pela Sociedade de Ciências de Uppsala para essa tarefa. Com sorte, Lineu retorna com vida após sete meses, período suficiente para conseguir tantas plantas a ponto de reunir a flora da Lapônia, além de inúmeros animais, conchas, minerais. Essa expedição foi reconhecida como uma das mais importantes da história da Suécia.
No natal de 1733, Lineu é convidado pelo amigo e estudante de medicina Claes Sohlberg, para ir a Falun, Dalarna. Lá ele conheceu o governador da província, Nils Reuterholm, a quem relatou sua jornada à Lapônia, o governador logo sugeriu uma expedição em Dalarna, a qual Lineu tomou frente. Então, no ano seguinte, o chefe da expedião passou quarenta e cinco dias explorando Dalarma, estudou minerais, renas selvagens e pássaros. Em Falun, Lineu se apaixonou por Sara Lisa, filha do médico da cidade, porém o pai da moça exigiu, para que houvesse o casamento, que Lineu obtivesse doutorado e provasse capaz de sustentar uma família, mas na Suécia não existia doutorado em medicina. 
	Por isso, em abril de 1735, Lineu parte para Holanda para fazer o doutorado em medicina, na universidade do porto de Harderwijk, Lineu permaneceu três anos na Holanda, mas ainda no primeiro ano Lineu defendeu sua tese sobre malária. Foi o ano também em que escreveu o livro que lhe daria grande destaque, o Systema Naturae. Lineu não apresentava boas condições financeiras ainda quando chegou à Holanda, mas logo conseguiu um emprego com o professor Johannes Burman, responsável pelo Jardim Botânico de Amsterdã, para um projeto de complementação da flora de uma determina região. Certa vez, Lineu juntamento com Burman foi à mansão do financista George Clifford, ele ficou maravilhado com os jardins botânicos e zoológicos de lá, e Clifford estava justamente precisando de alguém como Lineu para cuidar de tudo, Burman aceitou trocar Lineu por um livro. 
	Clifford ofereceu a Lineu todo o conforto necessário para que ele pudesse escrever os trabalhos mais importantes da sua vida, entre eles, Flora Lapônica de1737. O jovem prodígio também foi honrado como o primeiro a conseguir cultivar bananas na Europa. Nos próximos dois anos Lineu viaja à Paris, conhece botânicos famosos, depois retorna a Suécia e abre um consultório médico em Estocolmo, com o qual obteve sucesso, agora ele pôde casar-se com Sara Lisa. Além disso, Lineu ajuda a fundar e se torna presidente da Academia Real de Ciências da Suécia
Em 1741 é nomeado professor de medicina da Universidade de Uppsala, e então Lineu começa incansavelmente restaurar o velho Jardim Botânico da instituição, em colaboração com um famoso arquiteto Carl Hårleman. Da residência de Lineu ele podia ver seu jardim acadêmico, o qual era sua sala de aula. De manhã ele fazia uma caminhada em torno das plantas ainda de camisola. Lineu é o primeiro botânico a preocupar-se em controlar a temperatura das plantas, juntamente com engenheiros conseguiu fazer com que o termômetro fosse funcionalmente projetado, o “Termômetro de Lineu” que é o termômetro em graus Celsius que usamos hoje. 
	Ainda em 1741 o primeiro filho de Lineu e Sara nasce, apesar desse fato, Lineu é mandado por três semanas para uma expedição no Báltico, ilhas de Öland e Gotland, pelo parlamento Sueco, com a finalidade de encontrar recursos naturais úteis para o comércio. Lineu teve sete filhos com Sara, dos quais cinco chegaram a maior idade. 
	O entusiasmo de Lineu como professor atraia os alunos, inclusive estrangeiros. Ele recebia inúmeros presentes das expedições feitas por seus alunos e por isso teve a possibilidade de incluir muitas espécies exóticas de animais e plantas no seu sistema binominal, que seria publicado alguns anos mais tarde. Ele fazia excursões de história natural ao redor de Uppsala, com centenas de alunos, sua maneira diferente de ensinar o fazia adorado por muitos, mas também odiado por alguns outros professores.
	Em 1757, Lineu foi nomeado cavalheiro, pelos seus grandes feitos à ciência e passa a ser chamado de Carl von Linné. O naturalista reconhecia sua potencialidade, quando escreve em uma de suas autobiografias, por exemplo “Ninguém escreveu mais livros, mais corretamente, mais metodicamente, a partir de sua própria experiência.” E de fato, Lineu escreveu 72 livros e mais de 300 artigos científicos durante toda sua vida. Responsável também por fornecer aos humanos o nome de Homo sapiens e nos colocar ao lado dos macacos apesar de não compactuar com a ideia de evolução.
	Antes de morrer, Lineu pediu que em seu funeral ele fosse colocado com a barba por fazer no caixão, vestido em um lençol e que fechassem rapidamente, para que ninguém pudesse ver sua miséria. Próximo da sua morte Lineu estava com a saúde um tanto quanto debilitada. Faleceu em 10 de janeiro de 1778, aos 71 anos. Seu filho ocupou a cadeira do professor de Uppsala, mas também faleceu cinco anos depois. Sara vendeu tudo que Lineu adquiriu durante toda a vida para o inglês Edward Smith. As coleções hoje são mantidas pela Sociedade Lineana de Londres. Lineu é um dos poucos suecos reconhecidos mundialmente, ele destacou-secom as ideias de um sistema sexual entre as plantas, com sua classificação da natureza e o sistema binominal que é utilizado por todos nos dias atuais.
Referências
Universidade de Uppsala: Linné on line http://www2.linnaeus.uu.se/online/index-en.html
Biografias e Curiosidades: Biografia de Lineu http://biografiaecuriosidade.blogspot.com/2014/01/biografia-de-lineu.html
Prestes, M. E. B., Oliveira, P., & Jensen, G. M. (2009). As origens da classificação de plantas de Carl von Linné no ensino de biologia. Filosofia e história da Biologia, 4(1), 101-137.

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