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A Batalha de Culloden em 1746 - Último confronto da Revolta Jacobita na Escócia. A Batalha de Culloden, ocorrida em 16 de abril de 1746, foi o último confronto da Revolta Jacobita na Escócia. Essa revolta foi uma tentativa de restaurar a dinastia Stuart, representada por Charles Edward Stuart, conhecido como Bonnie Prince Charlie, ao trono britânico. A Revolta Jacobita foi um conflito prolongado que teve início em 1688, quando James II da Inglaterra e VII da Escócia foi deposto do trono por Guilherme III de Orange durante a chamada Revolução Gloriosa. Os jacobitas, partidários da família Stuart, opuseram-se ao governo protestante na Inglaterra e Escócia, e fizeram várias tentativas de restaurar um monarca católico no trono britânico. A Batalha de Culloden marcou o clímax dessa revolta. As forças jacobitas lideradas por Bonnie Prince Charlie enfrentaram o exército hanoveriano, leal ao governo britânico, sob o comando do Duque de Cumberland. As tropas jacobitas eram compostas principalmente por escoceses das Highlands, que eram leais à causa de Bonnie Prince Charlie. Eles eram conhecidos por suas táticas de guerrilha e habilidades na luta nas terras altas da Escócia. Por outro lado, as tropas hanoverianas eram treinadas de acordo com os métodos da época, com formações rígidas e disciplina militar. A batalha ocorreu em Culloden Moor, perto de Inverness, nas Highlands escocesas. As forças jacobitas tentaram lançar um ataque surpresa ao exército hanoveriano, mas foram mal-sucedidas. O ataque foi repelido pelas fileiras inquebráveis das tropas leais ao governo britânico, que utilizaram o poder de fogo de mosquetes e a cavalaria para derrotar os jacobitas. A batalha durou menos de uma hora e resultou em uma vitória esmagadora para o exército hanoveriano. Estima-se que cerca de 1.500 jacobitas tenham sido mortos ou feridos, enquanto as perdas hanoverianas foram muito menores. A derrota na Batalha de Culloden marcou o fim da Revolta Jacobita e trouxe consequências significativas para as Highlands escocesas. As autoridades britânicas retaliaram com duras medidas contra os clãs escoceses, proibindo o uso do tartan e dos gaitas de fole, e desmantelando o poder político dos chefes dos clãs. A batalha também teve um impacto cultural e social duradouro na Escócia. A luta foi retratada na literatura escocesa e nas canções tradicionais, criando uma imagem romântica da luta dos escoceses contra um governo centralizado. A história da batalha e da revolta permanece parte importante da identidade escocesa e do imaginário coletivo até os dias de hoje.
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