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67 Umberto Mannarino | ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 ) ( 7 ) ( 8 ) ( 9 ) ( 10 ) ( 11 ) do que isso. Ela também exige que o estudante demonstre compreensão do tema, e esse parágrafo tem pouca relação com a ideia de “manipulação do comportamento do usuá- rio pelo controle de dados na internet”. Não há uma única menção à internet, e o termo “manipulado” aparece apenas na última linha, de relance. Ou seja: o parágrafo inteiro está tangenciando o tema, porque fica a dúvida: qual a relação dele com o resto do texto? Não chega a ser uma fuga ao tema, mas foi quase. Tome cuidado com isso!! O uso de elementos dissertativos fortes como “alienar” e “prejudicar” fortalecem a autoria, contribuindo para a competência 3. Conclusão Logo, como dificilmente há como controlar esse tipo de prática ( 1 ), visto que estamos nos expondo cada vez mais as ( 2 ) tecnologias, torna-se importante educar ( 3 ) a população desde a infância, ( 4 ) assim ( 5 ) a escola deve preparar a sociedade para esse tipo de abor- dagem, por meio de palestras que esclareça ( 6 ) tanto para os estudantes, quanto para os pais, o modo que os meios de informação pode ( 7 ) usar seus dados para influenciar seu comportamento, ( 8 ) a fim de incentivar a busca por conhecimento ( 9 ) diversos e mos- trar que elas ( 10 ) também podem tomar decisões e ter diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto e não ser vítima ( 11 ) da ignorância influenciada. Mais uma vez um elemento de retomada genérico. Para especificar, poderia acrescentar um adjetivo com posicionamento claro (“prática agressiva”), ou então um complemento (“prática por parte das empresas”). Seja como for, é bom usar elementos de retomada um pouco mais concretos do que “essa prática” ou “aquelas sugestões”, para que o corretor entenda logo de cara ao que se referem. Acento grave em “as” para indicar crase: “às tecnologias”. Educar em que sentido? “Educar” pode tanto se referir à escola tradicional quanto à conscien- tização em relação à problemática. Melhor dedicar um pouco mais de espaço para detalhar essas pequenas coisas e tornar a leitura mais fluida. Esse parágrafo inteiro é composto por apenas uma frase. Como já discutimos em redações an- teriores, frases grandes demais “diluem” os argumentos, tornando-os fracos. Vou sugerir dois pontos finais neste parágrafo: um aqui e um em (8). Vírgula obrigatória após “Assim”. O correto é “esclareçam”, no plural para concordar com “palestras”. O correto é “podem”, para concordar com “meios de informação”. Um ponto final aqui seria bom para enfatizar os elementos individuais da proposta de inter- venção. Poderia terminar a frase e recomeçar com um conectivo para ligar os dois períodos. O correto é “conhecimentos”, no plural para concordar com “diversos”. O elemento de retomada “elas” naturalmente se refere a um termo feminino no plural. Então o único termo no parágrafo a que “elas” poderia estar se referindo é “palestras”, porque todos os outros termos desse parágrafo estão ou no masculino ou no singular (“pais”, “população”, “sociedade”, etc.). E não faz sentido que palestras tomem decisões, então tem alguma coisa errada aí! Para retomar “os estudantes e os pais”, o correto seria “eles”, não “elas”. No entanto, fica a minha sugestão: “eles” e “elas” são elementos de retomada genéricos, e, mesmo que o estudante tome cuidado, podem sem querer acabar se referindo a mais de um termo ao mes- mo tempo. Para evitar ambiguidades (competência 4), prefira elementos de retomada mais específicos, como “esses indivíduos” ao invés de “eles”. Como estamos falando de estudantes e pais, no plural, o correto seria “vítimas”. Transaction: HP15615591375004 e-mail: victormiranda13v@gmail.com 68 | Onde Já Se 1000 Comentários Gerais: Comentário sobre a Conclusão A escola (quem) deve preparar a sociedade para esse tipo de abordagem (o quê), por meio de palestras que esclareçam (...) influenciar seu comportamento (como), a fim de incentivar (...) ignorância influenciada (para quê + detalhamento). A estudante respondeu as 5 perguntas, então tirou nota máxima na competência 5. Repare que ela propôs apenas uma intervenção bem detalhada, nada mais. E é isso que eu sugiro você de fazer para evitar problemas na hora da correção. A redação está bem escrita, mas os muitos erros de grafia e de concordância ao longo do texto fizeram a estudante perder 40 pontos na competência 1. Se fosse apenas 1 ou 2 erros, isso não afetaria a nota, mas foram muitos, e repetidos. Por isso fica a minha sugestão: ao longo deste ano, dedique-se minimamente a ler um pouco todo dia. Isso vai ampliar o seu vocabulário e vai te ajudar a não cometer erros de grafia, porque o jeito certo de escrever já vai estar entranhado na sua cabeça. O motivo provável de a estudante não ter tirado nota máxima na competência 2 foi o fato de o segundo desenvolvimento ter sido praticamente uma fuga ao tema. Então tenha sempre a seguinte autocrítica na hora de escrever: se você acha que o argumento não é tão perti- nente, prefira mudá-lo logo na hora do rascunho para não perder tanto tempo nele na hora da prova. Não tenha medo de se criticar. A hora do rascunho é a hora de ser mau consigo mesmo!! Depois que chegar em casa, aí você abre uma barra de chocolate para se redimir :) Na competência 3, a tese incompleta e a ausência de termos dissertativos no desenvolvi- mento 1 foram as prováveis causas de não tirar nota máxima. Quanto à competência 4, alguns elementos de retomada genéricos deixaram a leitura pou- co dinâmica, com margem a ambiguidades. Os corretores julgaram que as frases não esta- vam explícitas o suficiente, e tiveram que ler alguns trechos novamente para entender do que se tratavam. Para ajudar nessa competência, a estudante também poderia ter escrito frases menores, a fim de conseguir encaixar mais conectivos e promover melhor a progres- são temática entre os períodos. Na competência 5, a estudante respondeu perfeitamente todas as perguntas. Toptoptop! Transaction: HP15615591375004 e-mail: victormiranda13v@gmail.com