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CONTESTAÇAO COM RECONVENÇÃO FINAL - CLAUDIA

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Prévia do material em texto

#6778011 Sun Feb 18 22:39:41 2024
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA (XX) COMARCA (XXXX)
PROCESSO Nº XXXXXXX
 
CLÁUDIA , (estado civil), (nacionalidade) , inscrito no CPF sob nº (XXX) , RG nº (XXX), residente e domiciliado á (XXX) , (XX) , (XX) , na Cidade de (XX), (XXX), por meio do seu Advogado, infra assinado, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar sua
CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO
Em face da ação de reparação por danos em veículo, indevida, movida por CARROS PARA ALUGUEL S.A , pelos fatos e direito que seguem.
 I – BREVE SÍNTESE 
	
Trata-se de Ação contestação com reconvenção, na qual narra o Autor ao deixar o carro estacionado na rua em um dia, uma forte chuva causa um alagamento na área onde o carro estava, danificando-o sem reparações. 
Ocorre que, diferentemente do que foi narrado na inicial, no contrato não estava previsto reparação dos danos causados no veículo neste tipo situação. 
II - MÉRITO DA CONTESTAÇÃO
A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o que se contrapõem com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos.
III - DOS DANOS MATERIAIS
Narra o Autor que teria sofrido inúmeros prejuízos com o alegado, ocorre que tal pedido não merece prosperar por inúmeros motivos.
O Autor argumenta tratar-se de responsabilidade do Réu os danos relatados, quando na verdade trata-se de um fato ocorrido exclusivamente por motivos de força maior, chuva, enchente, nos exatos termos do artigo 393 do Código Civil:
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Portanto, manifestamente improcedentes os pedidos ventilados na inicial por tratar-se de responsabilidade exclusiva do Autor da ação a ocorrência dos referidos prejuízos.
Nesse sentido são os precedentes sobre o tema:
RESPONSABILIDADE CIVIL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DOS ALEGADOS DANOS – EXISTÊNCIA DE CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR – CHUVAS TORRENCIAIS – ESTADO DE EMERGÊNCIA DECRETADO NA CIDADE – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA RÉ – IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO – RECURSO PROVIDO. Não há comprovação dos danos materiais alegados pela autora nestes autos. Ademais, é patente a existência de caso fortuito e força maior em decorrência da chuva torrencial e imprevisível que atingiu todo o município, e não só a rua em que a autora reside. Os documentos juntados aos autos não comprovam inequivocamente culpa da ré no desabamento do muro na rua em que reside a autora, não podendo lhe ser imputada responsabilidade pelo evento. Ação improcedente.
(TJ-SP - AC: 10038319720188260587 SP 1003831-97.2018.8.26.0587, Relator: Paulo Ayrosa, Data de Julgamento: 03/09/2019, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 03/09/2019)
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DA JUSTIÇA. TESE AFASTADA. RESPONSABILIDADE CIVIL. INCIDÊNCIA DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL. QUEDA DE (...) DO IMÓVEL DA RECLAMADA. VEÍCULO ESTACIONADO EM FRENTE AO ESTABELECIMENTO. AVARIAS. TEMPORAL QUE ASSOLOU O MUNICÍPIO NO DIA DO FATO. AUSÊNCIA DE PROVA DA NEGLIGÊNCIA DO PROPRIETÁRIO. OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. PREVISÃO CONTIDA NO ARTIGO 393 DO CÓDIGO CIVIL. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. AUSÊNCIA DE ATO ILÍCITO. INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS CARACTERIZADORES DO DEVER DE INDENIZAR. REPARAÇÃO INDEVIDA(..)
Ademais, pertinente transcrever parte da reportagem outrora indicada, in verbis: ?Forte chuva e rajadas de vento de 70 km/h contribuíram para a queda do telhado. De acordo com o gerente do Centro de Informações Metereológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), (...), as chuvas na região foram de 7,8 milímetros (mm) a 52,8mm em apenas duas horas, dependendo do ponto da cidade. Ou seja, pancadas de chuvas típicas de verão que, associadas a rajadas de ventos acima de 70 quilômetros por hora (km/h), podem ter derrubado a estrutura.? 13 ? Assim, tratando-se de motivo de força maior, o que afasta o nexo causal, não pode a parte recorrida ser responsabilizada pelos prejuízos experimentados pela parte recorrente. 14 ? (...) Desse modo, não havendo caracterização de culpa por parte da administração, não há se falar em responsabilidade subjetiva, resultando na exclusão do dever de indenizar. VII. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO para julgar improcedentes os pedidos iniciais. (TJ-GO. 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais. Recurso n. 5150615-28.2021.8.09.0074. Rel. JOSE CARLOS DUARTE. Publicado em 07/10/2021). 18 - Logo, não comprovado o ato ilícito cometido pela recorrida, carece o caso em comento da existência dos requisitos caracterizadores do dever de indenizar, previstos nos artigos 186 e 927 do Código Civil, não havendo que se falar, portanto, em reparação moral e material. 19 ? Recurso conhecido e desprovido. Sentença mantida incólume por estes e seus próprios fundamentos. (TJGO, PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO -> Recursos -> Recurso Inominado Cível 5347174-27.2022.8.09.0169, Rel. MÔNICA CEZAR MORENO SENHORELO, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais, julgado em 30/05/2023, DJe de 30/05/2023)
Portanto, tratando-se de sua exclusiva responsabilidade, não há que se pleitear qualquer indenização, por manifestamente incabível.
Desta forma, manifestamente improcedente os pedidos da inicial, devendo culminar com a imediata improcedência do pedido.
IV - DAS PROVAS TRAZIDAS AOS AUTOS 
No art. 320 do CPC, "a petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação." Nesse mesmo sentido é o disposto no Art. 373 do CPC:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
No presente caso, o Autor que teria que apresentar contrato com cláusula que assegurasse o direito pleiteado do Autor, no entanto, não traz nenhuma prova para evidenciar o alegado.
Em conformidade com nossas Cortes Superiores:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ÔNUS DA PROVA DO AUTOR. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO ALEGADO DIREITO. ERROR IN PROCEDENDO AFASTADO. I - Nos termos do art. 373, I, CPC/15, o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do direito pleiteado compete ao autor da demanda, exigindo-se que demonstre, de modo inequívoco, fatos constitutivos do direito perseguido na inicial, sob pena de improcedência de sua pretensão. No caso dos autos, extrai-se que o autor/apelante não se desincumbiu do ônus de comprovar os fatos constitutivos do pretenso direito, restando evidenciado, que houve a regular contratação e existência do débito inadimplido pelo autor, razão pela qual a improcedência do pleito mostrou-se solução inarredável ao feito. II - O simples julgamento contrário aos interesses das partes não configura nulidade processual ou mesmo error in procedendo, não se podendo falar em vício do ato sentencial, porquanto devidamente fundamentado e de acordo com as provas constantes no feito. III - Evidenciada a sucumbência recursal, impende majorar a verba honorária anteriormente fixada, conforme previsão do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil, ressalvando, porém, a suspensão de sua exigibilidade, por ser a parte beneficiária da gratuidade da justiça (art. 98, § 3º, CPC/2015). APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA.
(TJ-GO 53780441620208090140, Relator: ADEGMAR JOSÉ FERREIRA - (DESEMBARGADOR), 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: 02/12/2021)
Portanto, é dever do Autor instruir a inicial com as provas de seus argumentos, o que não ocorre no presente caso, devendo levar à imediata improcedência da ação:
APELAÇÃO CÍVEL. (...). DANOS MATERIAIS E PERDAS E DANOS. IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. AUSÊNCIA DE PROVAS. (...). Não comprovados os danos materiais alegados, a pretensão não merece acolhida. (TJ-MG - AC: 10118150000362001 MG, Relator:Amauri Pinto Ferreira, Data de Julgamento: 28/03/2019, Data de Publicação: 09/04/2019, #23240435)
Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas insuficientes a comprovar o alegado.
Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do CPC, instruir a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a total improcedência da ação.
V - DA RECONVENÇÃO
Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC, pode o Réu em sede de contestação arguir a Reconvenção, o que faz pelos fatos e direito a seguir.
Conforme narrado, o Autor, além de não ter direito ao requerido, deve arcar com Danos Morais.
DO DIREITO
VI - DOS DANOS PELO DESVIO PRODUTIVO
Conforme disposto nos fatos iniciais, o Consumidor teve que desperdiçar seu tempo útil para solucionar problemas que foram causados pelo requerido, não demonstrou nenhuma intenção na solução do problema, obrigando o ingresso da presente ação.
Este transtorno involuntário é o que a doutrina denomina de DANO PELA PERDA DO TEMPO ÚTIL, pois afeta diretamente a rotina do consumidor gerando um desvio produtivo involuntário, que obviamente causam angústia e stress.
Nesse sentido:
"Então, a perda injusta e intolerável do tempo útil do consumidor provocada por desídia, despreparo, desatenção ou má-fé (abuso de direito) do fornecedor de produtos ou serviços deve ser entendida como dano temporal (modalidade de dano moral) e a conduta que o provoca classificada como ato ilícito. Cumpre reiterar que o ato ilícito deve ser colmatado pela usurpação do tempo livre, enquanto violação a direito da personalidade, pelo afastamento do dever de segurança que deve permear as relações de consumo, pela inobservância da boa-fé objetiva e seus deveres anexos, pelo abuso da função social do contrato (seja na fase pré-contratual, contratual ou pós-contratual) e, em último grau, pelo desrespeito ao princípio da dignidade da pessoa humana." (GASPAR, Alan Monteiro. Responsabilidade civil pela perda indevida do tempo útil do consumidor. Revista Síntese: Direito Civil e Processual Civil, n. 104, nov-dez/2016, p. 62)
O STJ, nessa linha de entendimento já reconheceu o direito do consumidor à indenização pelo desvio produtivo diante do desperdício do tempo do consumidor para solucionar um problema gerado pelo fornecedor, afastando a ideia do mero aborrecimento, in verbis:
"Adoção, no caso, da teoria do Desvio Produtivo do Consumidor, tendo em vista que a autora foi privada de tempo relevante para dedicar-se ao exercício de atividades que melhor lhe aprouvesse, submetendo-se, em função do episódio em cotejo, a intermináveis percalços para a solução de problemas oriundos de má prestação do serviço bancário. Danos morais indenizáveis configurados. (...) 
 (AREsp 1.260.458/SP - Ministro Marco Aurélio Bellizze)
Trata-se de notório desvio produtivo caracterizado pela perda do tempo que lhe seria útil ao descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba sendo destinado na solução de problemas de causas alheias à sua responsabilidade e vontade.
A perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da prestação do serviço não constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro impacto negativo em sua vida, devendo ser INDENIZADO.
VII - DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:
A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da presente demanda, com a condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;
A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a testemunhal
Por fim, manifesta o interesse na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc. VII do CPC.
Do valor da causa à Reconvenção: R$ XXXX
Termos em que, 
pede e espera deferimento. 
CIDADE, xx de xxx de xxxx. 
________________________ 
 Advogado – OAB – XXX
FACULDADE DE DIREITO DE ALTA FLORESTA – FADAF
PRATICA JURÍDICA SIMULADA I
ALUNO: GUSTAVO CHAGAS DE CASTRO
PROFº: FERNANDO FERRO
PETIÇÃO 07
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO- COM RASCUNHO
ALTA FLORESTA 
MT

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