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O que é o CEST

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O que é o CEST? 
O Código Especificador da Substituição Tributária (CEST) é 
um método utilizado para estabelecer uma regra padrão de modo a 
facilitar a identificação das mercadorias e bens que estão sujeitos à 
Substituição Tributária e à antecipação de ICMS. 
Este código será informado em cada produto e deve constar em todos 
os documentos fiscais emitidos com Substituição Tributária. 
Ao descobrir o que é CEST, você perceberá que ele é composto por 7 
numerais agrupados da seguinte maneira: 
 os dois primeiros dígitos correspondem ao segmento da 
mercadoria; 
 do terceiro ao quinto, os números se referem ao item de um 
segmento de mercadoria ou bem; 
 os dois últimos dígitos correspondem às especificações. 
Atualmente, a legislação descreve 28 tipos de segmentos, 
subdividindo os produtos ou bens. 
Bom, agora que você já teve uma breve apresentação sobre o que é o 
CEST e como ele funciona, o próximo passo é entender o que 
significa os termos “substituição tributária” e “ICMS”, para linkar essas 
informações. Vamos lá? 
O que é o ICMS? 
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é 
uma das principais fontes de arrecadação tributária do país, cobrado 
https://enotas.com.br/blog/o-que-e-o-icms/
sobre cada mercadoria e incide tanto sobre pessoas físicas quanto 
jurídicas. 
Portanto, é considerado contribuinte todo aquele que faz operações de 
circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Observação: A instituição do ICMS fica a serviço dos estados e do 
Distrito Federal, observando as diretrizes da Lei Complementar Nº 
87/1996, que regulamenta o assunto. 
O que significa Substituição Tributária? 
Substituição tributária é a “troca” do responsável pelo recolhimento do 
ICMS. 
Explicando melhor: o ICMS é um tributo estadual e, por isso mesmo, o 
Estado pode geri-lo da forma que melhor lhe servir. 
Ele pode, até mesmo, conferir a responsabilidade do pagamento 
desse tributo a outro contribuinte, que não representa o gerador inicial 
da venda. E é exatamente isso que representa a substituição 
tributária. 
O intuito desse processo é facilitar a tributação de produtos que 
transitam por vários intermediários até chegar nas mãos do 
consumidor final. 
Assim, nesses casos, o dever de pagar o imposto recai apenas a um 
dos contribuintes desse processo. Esse evento assegura uma maior 
efetividade na cobrança tributária e reduz o índice de inadimplência. 
Um exemplo de produtos que se encaixam nesse meio são os 
combustíveis, as bebidas e os automóveis que estão passíveis à 
substituição tributária em praticamente todos os estados brasileiros, 
uma vez que a sua rede de circulação é constituída de diversas 
etapas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm
Quem deve usar o CEST? 
Conforme a legislação, o CEST se aplica a todos os contribuintes do 
ICMS, optantes ou não, pelo Regime Especial Unificado de 
Arrecadação de Tributos e Contribuições — Simples Nacional. 
Essa resposta nos leva a uma segunda pergunta, que é: quando usar o 
CEST? 
Bom, para isso deve-se acompanhar o Convênio ICMS 146/15, que 
lista as mercadorias e bens que devem mencionar o respectivo CEST 
no documento fiscal que acobertar a operação. 
Vale dizer: ainda que o bem ou mercadoria não estejam inseridos nos 
regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento 
do ICMS, deverão constar os códigos CEST referentes a eles no 
comprovante fiscal. 
Onde encontrar a tabela e como achar o CEST de 
uma mercadoria? 
A tabela original, que contém a listagem dos produtos com os devidos 
códigos CEST, está contida no Convênio 92/2015. Entretanto, ocorreu 
uma atualização e diversas alterações foram realizadas. 
Assim, institui-se o Convênio 146/2015. Ele é a referência que você 
deve seguir no momento de fazer consulta de CEST de um produto. 
Nesta tabela, ainda consta o NCM (Nomenclatura Comum do 
Mercosul), que traz a correspondência de cada mercadoria. 
Observação: O NCM é um código criado pelo governo brasileiro para 
reconhecer as mercadorias. É a partir dele que você encontrará o CEST 
do produto desejado. 
Se um determinado NCM está presente nos Anexos II a XXIX do 
Convênio ICMS 146/15, os produtos que se enquadram nesse NCM 
estão sujeitos ao regime de substituição tributária de ICMS. 
https://enotas.com.br/blog/pagamento-impostos-simples-nacional/
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2015/CV146_15
https://enotas.com.br/blog/ncm-nomenclatura-comum-do-mercosul/
Veja o passo a passo de como consultar o CEST da sua mercadoria: 
1 - Tenha em mãos o NCM da sua mercadoria; 
2 - Acesse o Convênio ICMS 146/15; 
3 - Utilize o comando “CTRL + F” e digite o NCM desejado; 
4 - Identifique se a descrição da mercadoria é a correta. 
ATENÇÃO! 
É possível que um mesmo NCM apareça como resultado para mais de 
uma categoria na tabela CEST. Acompanhe abaixo um exemplo prático: 
O produto com o NCM 2201.10.00 representa a água mineral e 
gaseificada. Para este cenário, poderá haver 6 CESTs diferentes, que 
dependerá do tipo de embalagem. 
Assim, a conclusão é a seguinte: o NCM é apenas um código de 
referência, o que você precisa considerar é a descrição do produto, 
que também aparece na tabela. 
Se houver relação com a mercadoria que você deseja, então basta 
visualizar a qual CEST ele pertence. Este será o código que a nota 
fiscal deverá conter no arquivo .XML — mesmo que não seja exigido 
a substituição tributária para este objeto. 
O que é o CEST em operações de venda porta a 
porta? 
Uma operação de venda porta a porta significa que o vendedor visita 
os possíveis consumidores nos locais onde estes se encontram para 
realizar a venda. 
O Anexo XXIX do Convênio ICMS 146/15 regulamenta os CESTs para 
as operações de venda porta a porta. 
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2015/CV146_15
https://enotas.com.br/blog/o-que-e-nota-fiscal-eletronica/
https://enotas.com.br/blog/o-que-e-nota-fiscal-eletronica/
https://enotas.com.br/blog/o-que-e-arquivo-xml-da-nfe/
Observação: Para realizar vendas a partir desse segmento, é 
necessário indicar o CEST que consta no Anexo XXIX, mesmo que ele 
também apareça listado em anexos anteriores. 
Esse apontamento é feito pela cláusula terceira destacada a seguir: 
“III — o § 4º à cláusula terceira: 
§ 4º As operações que envolvam contribuintes que atuem na 
modalidade porta a porta devem observar o CEST previsto no Anexo 
XXIX, ainda que as mercadorias estejam listadas nos Anexos II a 
XXVIII deste convênio.” 
Para entender melhor, acompanhe um exemplo prático: 
Pedro comercializa águas-de-colônia e realiza suas vendas por meio 
do segmento porta a porta. Então, por pertencer a esse segmento, 
Pedro deverá usar o CEST do produto que consta no anexo XXIX. 
Porém, a mercadoria vendida por Pedro também consta na tabela do 
Anexo XXI, entretanto, com um número CEST diferente. 
Por isso, é preciso muita atenção no momento de definir qual CEST 
usar. Se possível, peça ajuda a um contador, afinal, todo esforço é 
válido para deixar seu negócio funcionando na legalidade e livre de 
problemas fiscais, não é mesmo? 
Preciso classificar todos os meus produtos 
manualmente? 
Essa resposta depende das ferramentas que você utiliza no seu 
negócio. Caso você conte com um bom software de gestão (ERP), 
provavelmente, ele disponibilizará meios de automatizar esses 
processos. 
https://enotas.com.br/blog/o-que-faz-um-contador/
https://enotas.com.br/blog/erp/
Se você não conta com essas ferramentas de automação, a má 
notícia é que você terá de fazer todo o procedimento manualmente e 
poderá perder um bom tempo realizando essa atividade. 
Por isso, vale reforçar: se você deseja tornar essa tarefa mais prática 
e rápida, conte com o auxílio de um ERP eficiente e com a ajuda de 
um profissionalcontábil. 
Há sistemas específicos para cada área como, por 
exemplo: logística, construção civil, industrial e muitos outros. 
Então, procure um que se adeque à sua área de atuação. 
Seja qual for a solução encontrada, não deixe de ficar por dentro das 
novidades do mercado e de se atualizar quanto às mudanças na 
legislação tributária. 
Entender sobre notas fiscais é fundamental para conseguir gerir o seu 
negócio conscientemente e por dentro da legalidade. 
 
https://enotas.com.br/blog/erp-para-logistica/
https://enotas.com.br/blog/erp-para-construcao-civil/
https://enotas.com.br/blog/erp-industrial/

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