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Distúrbios de aprendizagem ou dificuldades de ensino? (DADE) Sumário UNIDADE I .......................................................................................................... 3 I-I Introdução .................................................................................................... 3 I-II Noções básicas referentes aos principais tipos e causas das dificuldades e distúrbios da aprendizagem .......................................................................... 4 I-III Legislação Educacional Brasileira ........................................................... 22 UNIDADE II ....................................................................................................... 24 II.I - Competências Pedagógicas Mediadoras do Processo de Ensino Aprendizagem de Alunos Com Dificuldades ou Distúrbios da Aprendizagem ...................................................................................................................... 24 UNIDADE III ...................................................................................................... 30 III–I Introdução analítica ao tema “FRACASSO ESCOLAR” em todos os níveis educacionais ........................................................................................ 30 UNIDADE IV ...................................................................................................... 34 IV-I Avaliação Geradora ou Inibidora de Fracassos na Aprendizagem .......... 34 IV-II Considerações finais .............................................................................. 36 BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA ...................................................................... 37 UNIDADE I I-I Introdução Ao abordar a temática das dificuldades e distúrbios da aprendizagem, o presente estudo foi subdividido em 4 unidades. O ponto de partida são noções básicas referentes ao referido tema, dando foco à teoria da aprendizagem na perspectiva de Jean Piaget. Na primeira unidade o texto aborda os aspectos relacionados tanto às dificuldades de aprendizagem, quanto em relação aos distúrbios da aprendizagem. Alguns distúrbios ganham foco especifico: afasia, apraxia, disartria, discalculia, acalculia, disgrafia, dislexia, disortografia, dispraxia, distúrbios de abstração, distúrbios de integração, distúrbios de memória, distúrbios de percepção auditiva, distúrbios de sequência, gagueira, TDAH. O texto discorre também sobre a questão do amparo legal garantido às pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem por meio da Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96 no Art. 2: Para aprofundar conhecimentos sobre a legislação brasileira referente à inclusão escolar, o presente texto disponibiliza anexo um quadro de informes sobre a referida legislação. A segunda unidade aborda as competências pedagógicas mediadoras do processo de ensino aprendizagem de alunos com dificuldades ou distúrbios da aprendizagem, dando foco à importância do Projeto de desenvolvimento individual (PDI). Nesta perspectiva, ao abordar a temática da proposta pedagógica voltada para os casos de distúrbios da aprendizagem, o presente estudo toma como foco a experiência de aprendizagem mediada (AEM), norteada por estudos de Feuerstein e Feuerstein (1991) e Tzuriel (1999) apud CUNHA, A.C.B.; ENUMO, S.R.F.; CANAL, C.P.P. (2006). Tendo apresentado os princípios norteadores da experiência da aprendizagem mediada, cabe dizer que essa estratégia metodológica foi escolhida para exemplificar uma intervenção pedagógica por estar em consonância com a visão de homem e de mundo da autora. Portanto cabe dizer que a proposta pedagógica apresentada como estratégia de intervenção não se coloca como receita de bolo doméstico. Dessa forma cada educador poderá elaborar sua estratégia de intervenção pedagógica em consonância com sua própria visão de homem e de mundo. A unidade três dá foco aos distúrbios da aprendizagem na interface com o fracasso escolar e a quarta e última unidade versa sobre a avaliação geradora ou inibidora de fracassos na aprendizagem. Por todo o exposto o texto ora apresentado longe de se considerar acabado, pretende antes de tudo provocar em seus leitores o interesse em aprofundar e compartilhar conhecimentos sobre o referido tema. Cabe dizer que as pesquisas nesta área podem contribuir significativamente para aprimorar e favorecer o processo pedagógico, referente às dificuldades e distúrbios da aprendizagem. I-II Noções básicas referentes aos principais tipos e causas das dificuldades e distúrbios da aprendizagem Ao abordar a temática das dificuldades e distúrbios da aprendizagem, torna-se pertinente conhecer um pouco sobre a teoria da aprendizagem na perspectiva de Jean Piaget. Para esse autor o processo de aprendizagem está diretamente relacionado às fases do desenvolvimento da criança. Estas fases são subdivididas em quatro estágios: o sensório-motor e o começo da percepção – 0 a 2 anos, pré-operatório e a representação – 2 a 7 anos, operatório-concreto e o pensamento lógico – 7 a 12 anos e o operatório-formal e a assimilação de hipóteses – 12 anos. Cabe dizer que conhecimento relativo às fases do desenvolvimento infantil, pode facilitar tanto aos educadores quanto aos pais e familiares a perceberem se o processo de ensino aprendizagem da criança encontra- se em consonância com seu estágio de desenvolvimento humano, ou se apresenta algum atraso ou se apresenta altas habilidades etc. São vários os aspectos que compõem o processo de aprendizagem entre os quais são observados o meio ambiente, o educando e o educador, o estado emocional etc. Diante disso todas as pessoas comprometidas com o processo de ensino-aprendizagem de pessoas com essas características https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/psicologia/o-processo-aprendizagem-sob-perspectiva-piagetiana.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/psicologia/o-processo-aprendizagem-sob-perspectiva-piagetiana.htm necessitam buscar o conhecimento relativo a esses transtornos, considerando que os equilíbrios entre as experiências vivenciadas pelo homem facilitam a adaptação do sujeito com o ambiente por meio da assimilação que corresponde ao elemento-chave do processo de aprendizagem. Tendo em vista que o processo de aprendizagem está diretamente relacionado com o processo de desenvolvimento humano, é comum que os primeiros sinais de dificuldades ou distúrbios desta natureza, sejam manifestos e percebidos na primeira infância e nos primeiros anos escolares, mas não se limitam apenas a este ciclo vital. Dificuldades de aprendizagem As dificuldades de aprendizagem são originadas por obstáculos encontrados na relação do aluno com o meio ambiente e podem ser transitórias quando suas causas são tratadas ou eliminadas. Aspectos relacionados às dificuldades de aprendizagem Baixo QI (Quociente de Inteligência) Inadequação metodológica Comprometimentos neurológicos Material didático inadequado Conflitos familiares Mudanças no padrão de exigências da escola Deficiências na estrutura da educação: salas superlotadas; professores mal remunerados, pouco treinados e sobrecarregados. Problemas de ordem psicopedagógica Desmotivação Problemas genéticos Desnutrição Problemas na audição Diferenças culturais Problemas na visão Falta de interesse Sono irregular Muito embora, não haja consenso entre autores e profissionais da área da educação com relação às diferenças entre os termos dificuldades, e distúrbios da aprendizagem, espera-se que o aprendizado obtido com este estudo, possa contribuir para que o educador consiga identificar a necessidade e a pertinência de encaminhamento dos alunos que apresentam tais características para serem atendidos e acompanhados por profissionais especializados. (Psicólogo, Fonoaudiólogo, Neurologista, etc.). Todavia o presente estudo seatém mais especificamente aos distúrbios da aprendizagem sobre os quais passamos a discursar. Distúrbios da aprendizagem Os distúrbios da aprendizagem são originados no Sistema Nervoso Central (SNC) e comprometem algumas áreas específicas da aprendizagem. A realização do diagnóstico compete a profissionais especializados e depende de um conjunto de fatores e exames específicos. Cabe aos profissionais da saúde, educadores, pais e familiares aprenderem a lidar com as limitações apresentadas, buscando alternativas e reconhecendo as potencialidades dos mesmos por menor que sejam, para que as pessoas possam conviver da melhor forma possível com suas limitações, pois os mesmos se caracterizam como disfunção neurológica, de ordem vitalícia e não são passiveis de curas definitivas. Os distúrbios de aprendizagem são classificados como um problema neurológico que dificulta o aprendizado da criança, comprometendo a forma como as informações relacionadas à visão ou à audição chegam ao cérebro e são reencaminhadas aos olhos e ouvido da criança e podem se apresentar como distúrbios de entrada ou de saída, sendo classificados conforme o quadro abaixo: DISTURBIOS DE ENTRADA DISTURBIOS DE SAIDA 1 Distúrbios de Percepção Visual (Dislexia de leitura) 7 Distúrbios de Linguagem Distúrbios de Atividade Motora Distúrbio de Linguagem Distúrbios de Atividade Motora Fina: se caracteriza pela dificuldade para realizar tarefas que exijam que os músculos trabalhem em conjunto. Ex.: dificuldades para escrever, a velocidade da mão não acompanha a velocidade dos pensamentos. Espontânea: As Pessoas apresentam 2 Distúrbios de Percepção Auditiva 8 dificuldades para iniciar uma conversa com outra pessoa ou se confundem nas palavras e se comunicam de forma inadequada Distúrbio de Linguagem de Distúrbios de Atividade Motora Grosseira se caracteriza como dificuldade em usar grandes grupos musculares. Ex.: criança se desequilibra com facilidade e cai em cima das coisas (desajeitada). Apresenta dificuldade para nadar, para correr etc. Demanda: Distúrbios de Pessoas com este tipo de Integração (estão distúrbio geralmente não ligados também a compreendem a pergunta 3 outros sentidos diferentes da visão e 9 da primeira vez, e pedem para ser repetida como da audição). forma de ganhar tempo para organizar as palavras para responder e geralmente se confundem nas emissões da resposta. 4 Distúrbios de Sequência 10 Distúrbios de Atividade Motora (quando se dá problemas na realização de atividades musculares) 5 Distúrbios de Abstração 6 Distúrbios de Memória DISTURBIOS DA APRENDIZAGEM Afasia A afasia é um distúrbio neurológico, caracterizado por lesões cerebrais ocasionadas por acidentes vasculares cerebrais, infecções e outros. As áreas do cérebro responsáveis pela comunicação são afetadas e a pessoa apresenta como sintoma a perda das capacidades e habilidades de comunicação escrita e falada. A afasia pode ser classificada de acordo com a região do cérebro afetada (afasia expressiva e receptiva, congênita e adquirida). Afasia de Broca (de expressão ou motora ou não fluente) Caracteriza-se pelo comprometimento de estruturas localizadas nas porções mais anteriores como a porção posterior do giro frontal inferior ou área de Broca. Afeta uma região do cérebro humano, conhecida como “Broca”. Ela causa dificuldades na área de cálculo e escrita. Dificuldade no reconhecimento e articulação de sons, dificuldade de formar frases completas, omissão de conjunções, artigos ou verbos de ligação. Utiliza frases curtas, agramáticas e amelódicas. A compreensão da linguagem verbal geralmente encontra-se preservada e a capacidade de repetição, comprometida. Dificuldade na procura por palavras adequadas para as diferentes situações, podendo ter problemas para utilizar termos que conferem orientação temporal ou espacial, como “para cima”, “para baixo”, “esquerda”, “direita”, “antes”, “após”. Afasia de Wernicke (Afasia de compreensão) De origem neurológica, diagnosticada por métodos de imagem que revelam lesões têmporo-parietais no hemisfério esquerdo, no território de irrigação do ramo inferior da artéria cerebral média ipsolateral. Gera problemas de compreensão, com o paciente apresentando discurso incoerente, sendo que o mesmo não percebe seu próprio problema e essa incoerência, às vezes utilizando palavras que sequer existem na nossa língua. • Ao conviver com pessoas com afasia é importante facilitar a comunicação, utilizando perguntas simples e objetivas para que eles possam responder em poucas palavras ou apenas com SIM/NÃO; A compreensão da linguagem verbal e a repetição encontram-se intensamente comprometidas. Afasia Global Nesse caso as áreas responsáveis pela compreensão e pela expressão são afetadas em conjunto, resultando em um misto de afasias de Wernicke e Broca que se caracteriza por intensa dificuldade de compreender e formar frases. Afasia Global (Afasia Mista) Distúrbio significativo dos processos de compreensão e expressão da linguagem. Geralmente associado à hemiparesia direita, determinado por extensas lesões nas áreas da linguagem, acometendo o território de irrigação da artéria cerebral média esquerda. A Afasia Progressiva Primária se configura como síndrome degenerativa que evolui com perda gradual da capacidade de linguagem na ausência de demência generalizada. Diagnostico clinico Exames de Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância magnética (RM): Dicas • O uso de linguagem gestual também é um bom mediador de pontos chaves da comunicação; • Estabeleça o diálogo em tópicos. Apraxia A apraxia está ligada à incapacidade de realização de atividades motoras a partir de um comando ou imitação. Isso pode ser causado pela ausência de sensibilidade ou até mesmo de força muscular. Esse distúrbio também pode ser chamado de afasia aferente por apresentar algumas características ligadas à afasia. A apraxia é dividida em três tipos diferentes: 1. Apraxia ideomotora Provoca dificuldades como a de se realizar atos motores motivados por comandos verbais. Ainda que esse seja, normalmente, um ato espontâneo, para o apático constitui uma tarefa bastante complexa. 2. Apraxia ideatória É a incapacidade de realizar movimentos sequenciais na realização de um ato, embora os movimentos de forma separada sejam realizados com facilidade. 3. Apraxia construtiva É a incapacidade de reprodução de um modelo visual. Disartria Distúrbio neurológico, caracterizado por lesão na parte responsável pela coordenação das sequências dos movimentos e do controle do equilíbrio e da postura, fazendo com que os mesmos apresentem má coordenação dos músculos responsáveis pela fala. A pessoa que apresenta disartria, normalmente tem uma fala pastosa, o tom da voz oscila ora falando muito baixo e às vezes muito alto. Alterações no ato de mastigar e dificuldade na conexão das silabas e palavras, falta de controle no volume da voz, o exagero nos músculos do maxilar e dos lábios ao falar, alterações no controle da mastigação e a dificuldade na conexão de sílabas e palavras. Outros sintomas que podem aparecer é a tosse frequente, sangramento nasal, taquicardia, respiração pela boca, sofrimento de fadiga, palpitação, podendo ocorrer desmaios, entre outros sintomas. Há necessidade de acompanhamento sistemático com profissional da fonoaudiologia. Discalculia Pessoas que apresentam discalculia têm dificuldades para efetuarem operações matemáticas. São capazes de aprender, mas não conseguem colocar o aprendizado em prática, porque acabam trocando e invertendo as ordens das operações.Com a subsequência de erros a pessoa acaba ficando confusa e temerosa, se esquivando de novas vivências relacionadas aos cálculos matemáticos, desencadeando um estado de sentimentos de menos valia, vitimado por críticas de colegas e familiares e por não se sentir compreendida em sua dificuldade. Mesmo na vida adulta esse sentimento se perpetua porque ela continua com dificuldades com a matemática e não consegue nem resolver situações simples do cotidiano. Características comuns • Dificuldades em Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior; • Dificuldades em sequenciar números; • Dificuldades em classificar números; • Dificuldade na memória em determinada atividades que incluem contagem; • Dificuldades em contar através dos números cardinais e ordinais; • Dificuldades em estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras, porexemplo. Acalculia Diretamente relacionada à discalculia, porém a pessoa não apresenta dificuldade em resolver as operações matemáticas e sim como relacionar isso ao mundo que a cerca. Em se tratando de sequela há algum tipo de lesão cerebral, como por exemplo: (acidente vascular cerebral ou um traumatismo craniano), podendo ocorrer a perda das habilidades matemáticas já adquiridas; sendo que a perda pode se dar em níveis variados para a realização de cálculos matemáticos. Disgrafia A principal característica da disgrafia é a "letra feia", e ilegível, os traços são imprecisos e descontrolados, às vezes há pouca ou quase nenhuma pressão no lápis e ás vezes os traços são muito fortes com letras extremamente juntas entre si ou exageradamente espaçadas começando a escrever uma frase em uma linha e continuando em outra de forma desordenada. A criança tem dificuldade em ver o texto e copiar porque não consegue coordenar as informações visuais com a realização motora do ato de escrever. Dicas • Incentivar a realização de atividades esportivas e exercícios com o ombro, cotovelos, punhos e mãos; que exijam, pouco a pouco, mais rapidez e controle do ato motor; • Não impor modelo de letra, mas respeitar o seu jeito de escrever desde que a letra seja legível e consiga transmitir a linguagem oral com o máximo de eficiência sem o desprendimento de grandes esforços; • A postura das crianças se assentarem é muito importante. A forma de pegar no lápis e organizar e posicionar corretamente o caderno ou a folha em cima da mesa para escrever. Dislexia de leitura A dislexia é um distúrbio neurológico, genético e hereditário cujos sintomas se manifestam de diversas formas, entre os quais tem destaque a incapacidade de assimilar os símbolos da linguagem gráfica. Este tem sido o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Apresenta-se como um distúrbio de percepção visual, mas é um problema neurológico que dificulta a leitura, deixando as letras como se estivessem embaçadas ou em movimento. https://www.youtube.com/watch?v=iHU-UyZyFG0) O que não significa que a criança tenha problemas visuais como, por exemplo, a miopia e o astigmatismo. As pessoas enxergam muito bem, mas diante de um texto, apresentam dificuldades para continuarem lendo. Um exame especifico avalia como a pessoa trabalha com a informação visual, buscando identificar se ela tem conforto em situações de maior ou menor claridade e se ela consegue se lembrar do que acabou de ler, ou se apresenta uma sensação de mal-estar físico, achando que o texto não está nítido ou apresenta movimentação. São sinais de desconforto visuais. Uma grande preocupação é o público que está sendo alfabetizado, sendo muito comum que a criança comece a se esquivar da leitura, chegando a ser confundido como déficit de atenção; às vezes a criança é considerada como preguiçosa. Nesse tipo de dificuldade visual, a entrada da informação para o Sistema Nervoso Central ocorre de forma contrária ou “girada”. Por isso a pessoa apresenta dificuldade em definir a posição e ou a forma das letras, que podem lhe ser codificadas como letras ao contrário ou giradas. Um exemplo claro é a confusão visual entre as letras b com o d, o g com o q, o f com o v, levando o indivíduo a se confundir com as palavras faca e vaca. Principais sintomas e características da Dislexia Os sintomas da dislexia são vários, mas geralmente não são evidenciados antes da idade escolar. Quando a pessoa com dislexia é apresentada aos símbolos gráficos, os primeiros sintomas da dislexia começam a se manifestarem como se houvessem sido adquiridos naquela idade. Um sintoma que pode aparecer antes da idade escolar, por exemplo, é a confusão referente ao tempo e à direção, mas em função da pouca idade os pais podem achar que é porque a criança ainda não aprendeu. No entanto, ao ser inserida na vida escolar torna-se perceptível em função das tarefas escolares. Seguem abaixo várias características da dislexia: Dificuldade Consequência Dificuldade na percepção visual. Faz com que a criança pule palavras e salte linhas na hora da leitura. Dificuldades em entender o que está escrito. Copiam as palavras de forma errada, mesmo observando no quadro como são escritas. Percepção inadequada da distância (erros de profundidade). Faz com que a criança se esbarre com frequência nas portas e paredes. Percepção inadequada da velocidade. Faz com que ela apresente dificuldade de praticar o esporte com bola. Não consegue perceber sua posição no espaço e nem a posição da bola para calcular a correlação da velocidade com o tempo e o movimento necessário para alcançar a bola em tempo hábil. Dificuldade com a noção de lateralidade. Não consegue saber qual é a esquerda e qual é a direita e também não apreende a noção de em cima e embaixo. Tendo em vista que o cérebro envia mensagens erradas para o corpo, ela apresenta dificuldade de perceber sua posição no espaço. Podendo levar a criança a se confundir em locais como campos abertos ou ginásios. OUTROS SINTOMAS Dificuldade de escrever o que está pensando; Dificuldades evidentes na soletração e na pronúncia de monossílabos; Falhas na elaboração de orações complexas e na redação espontânea. Inversão de letras e números; Inversão de palavras de maneira parcial ou total; Dificuldade em acompanhar histórias; Pobreza de vocabulário; Atraso no desenvolvimento da linguagem falada e escrita; Disortografia A disortografia também se classifica como distúrbio de linguagem que se manifesta pela dificuldade da criança em falar e escrever na medida em que não consegue lidar com os sinais gráficos. Manifesta-se pela troca de grafemas (unidades gráficas). Principais características • A criança não tem vontade de escrever; • Não consegue perceber as sinalizações gráficas (parágrafos, travessão, pontuação e acentuação); • Não utiliza adequadamente a coordenação/subordinação de orações; • As letras são aglutinadas ou separadas indevidamente. Para realização do diagnóstico deste tipo de distúrbio é importante que o professor observe: • Qual a correlação entre a compatibilidade do desempenho da criança com o seu nível escolar. • Quais são os erros mais frequentes? Com que frequência eles aparecem? • A frequência das palavras no vocabulário do aluno e outras. Dispraxia - FALTA DE JEITO OU DISPRAXIA? (Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação) A dispraxia é uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente. O problema reside na ligação entre o intelecto e os membros, entre o psíquico e o motor e diante disso fica comprometida a capacidade de planejamento na sequência de movimentos coordenados e também no plano de execução. Um exemplo é a incapacidade da criança em amarrar os sapatos.https://www.youtube.com/watch?v=reLRRiX_Yvo https://www.youtube.com/watch?v=Hok-I3FLQ-Y Diagnóstico Geralmente o diagnóstico é realizado no período que compreende os 3 a 5 anos de idade, evidenciando que a inadequação do funcionamento dos neurônios é a principal causa, mas não implica em dano ocasionado ao cérebro. É muito comum a pessoa diagnosticada com dispraxia apresentar também outros comprometimentos de saúde como atrasos no desenvolvimento na linguagem, deficiência auditiva e/ou dificuldade de cognição. Causas Trata-se de um distúrbio de causas multifacetárias, entre as quais podem ser citadas: hereditariedade, traumas ou lesões sofridas pelo cérebro que o impedem de funcionar de maneira normal. Dispraxia motora Advém de problemas neurológicos e é popularmente chamada de “síndrome da criança desajeitada”. As crianças apresentam importante déficit na escrita que comprometem seu processo de ensino aprendizagem, incluindo dificuldades ao nível do esquema corporal e atraso na organização motora (vestir, comer, etc.). Pode, igualmente, estar associada à lentidão, imprecisão e dificuldades de planificação de movimentos simples: quando se chama vulgarmente uma criança de desajeitada ou atrapalhada. Características: • Frequentemente irritadas; • Dificuldades na alimentação; ( processo de mastigação difícil); • Lentidão para atingir metas pré-estabelecidas; • Não gostam de fazer atividades que exigem domínio e destreza manual; • Caem com facilidade, esbarram nas portas e em objetos; • Dificuldade de manusear os talheres; preferem comer com as mãos; • Sujam-se muito para comer quando comparadas às crianças da mesma idade; • Letra ruim. Dispraxia espacial Caracterizada por uma desorganização do gesto, do esquema corporal e das relações com o espaço. Podem surgir, dificuldades de seriação e classificação, bem como de utilização de conceitos (ex.: alto, baixo, etc.). Distúrbios de abstração Nos casos de distúrbios de abstração, a criança recebe, registra e coloca a informação na sequência correta, mas não consegue correlacionar uma coisa com a outra, dando–lhe significado, transferindo a apreensão do conhecimento para a vida real. Exemplo: Um educador pode ler uma história sobre dentistas e perguntar para a criança se ela conhece algum dentista que seja da família ou alguém com quem tenha contato. Essa criança não tem capacidade para responder a esse questionamento, pois ela consegue falar apenas do dentista da história de forma específica e não sobre esses profissionais de forma geral. Não conseguindo fazer a transferência do conhecimento para a vida real. Distúrbios de integração Os distúrbios de integração classificados como distúrbios de entrada podem estar relacionados também a problemas de visão ou de audição. Quando as informações chegam ao cérebro, elas precisam ser compreendidas, o que se dá em dois momentos: a sequência e a abstração. As pessoas que apresentam o distúrbio da integração podem ser acometidas tanto no momento sequencial, quanto na abstração ou até mesmo nos dois aspectos. Distúrbios de memória Os distúrbios da memória se caracterizam pelo comprometimento da memória de curto prazo, e diante disto torna-se difícil a criança conseguir prosseguir no processo de ensino aprendizado porque se esquece imediatamente de uma informação recebida, não conseguindo fazer um arquivo mental que possa lhe ser útil em outro momento. Sendo difícil dar continuidade ao aprendizado. Para que a criança consiga memorizar, às vezes é necessário que uma informação seja repetida muitas vezes, ao passo que em situação normal bastariam entre 2 a 5 repetições. Mas em contrapartida, também pode ocorrer que a memória retrograda fique preservada e a pessoa consiga repetir uma história com riqueza de detalhes. Semelhante ao que ocorre com pessoas com mal de Alzheimer. (Comum em pessoas idosas). Distúrbios de percepção auditiva Os distúrbios da percepção auditiva se caracterizam como distorção na transformação do som para uma informação. A entrada do som ocorre de forma lenta se caracterizando como retardo auditivo e o conteúdo sonoro é recebido de forma distorcida como se as palavras estivessem sendo pronunciadas com falhas ou trocas de palavras. Alguns exemplos: A pessoa apresenta dificuldades em diferenciar os sons entre as algumas palavras fazendo com que a mensagem seja obtida de forma incorreta. Como por ex.: Confundir bala com bola. Dificuldades com a relação figura e fundo. Exemplo: Se a criança estiver em um local no qual haja vários ruídos e alguém a chamar em ouro espaço próximo, ela não conseguirá separar o som que chama por seu nome dos ruídos do local onde se encontra e irá demorar a perceber que alguém está falando consigo. Isto faz com que essas crianças em muitas situações sejam inadequadamente rotuladas como desatentas e como crianças que não prestam atenção nas coisas que lhes são ditas. Como estratégia de intervenção convém que o discurso endereçado a elas seja pausado e dito gradativamente coisa por coisa para que assim a criança consiga captar a mensagem que está recebendo. Distúrbios de sequência As crianças que apresentam distúrbios de sequência compreendem as informações recebidas, mas não conseguem repassar a mesma informação a outras pessoas. Não conseguem, por exemplo, recontar uma história de forma sequenciada, chegando a trocar a ordem em que as coisas aparecem na história, contando a história de traz para frente etc. Também é comum apresentarem dificuldades para realizar as operações matemáticas pelos mesmos motivos por inverter as ordens em que os numerais e resultados devem ocupar: Exercício: 3 + 2 = 5? Resposta dada pela criança: 3 + 5 = 2 Outra dificuldade notável nos casos de distúrbios de sequência está relacionada ao desempenho em jogos de tabuleiro, na organização dos pratos e talheres de forma adequada à mesa para as refeições e até mesmo os erros na ordenação das letras ao escrever algumas palavras, trocando as letras de lugar. • Dificuldade de sequência ao que se vê = distúrbio de sequência visual. • Dificuldade em dar sequência ao que se ouve = distúrbio de sequência auditiva. Gagueira Consiste num distúrbio de linguagem cujos sintomas se manifestam por meios bloqueios da fala, fazendo com que a pessoa tente falar e o cérebro se atrase em enviar o comando necessário para que a pessoa consiga pronunciar a sílaba ou o vocábulo que está por vir em seu discurso. É como se a pessoa precisasse ouvir primeiro o som que vai emitir e a mesma não ouvisse em tempo hábil o seu discurso, provocando uma parada na expectativa de que a palavra lhe venha à boca como se fosse num passe de mágica. Outo sintoma muito comum em pessoas acometidas pela gagueira é o desenvolvimento de tiques nervosos involuntários, como por exemplo, piscar os olhos repetidas vezes, gesticulações faciais como se estivesse fazendo caretas, respiração descompassada etc. Sua etiologia ainda se encontra em estudo, mas alguns estudiosos defendem a ideia de que seja por hereditariedade, alterações cerebrais, prematuridade e questões de ordem emocionais. Há quem defenda a ideia de que a gagueira seja um distúrbio emocional em função das variações de fluência. Mas sobretudo é importante considerar que mesmo que haja um componente de ordem psicológica, a gagueira é classificada como um distúrbio neurológico de acordo com Código Internacional de Doenças (CID-10) com os caracteres F98.5. Sendo considerada como um distúrbio de fluência da fala. O problema central na gagueira consiste em uma dificuldade do cérebro para sinalizar o término de um som ou uma sílaba e passar para o próximo. Desta forma, a pessoa consegue iniciar a palavra, mas fica presa em algum som ou sílaba (geralmenteo primeiro) até que o cérebro consiga gerar o comando necessário para dar prosseguimento com o restante da palavra. A gagueira é involuntária, a pessoa não consegue controlar o episódio de gagueira que pode se manifestar como um bloqueio da fala, onde a pessoa abre a boca e não consegue emitir o som ou repete a mesma sílaba várias vezes enquanto a próxima sílaba não lhe é entregue pelo comando cerebral. Existe um tipo de gagueira que passa despercebido, se caracterizando como Gagueira encoberta porque as manifestações de bloqueios ou de repetições de vocábulos ocorrem poucas vezes ou podem até não se manifestarem. Algumas pessoas aprendem estratégias hábeis para burlarem a gagueira, fazendo uso de palavras de interligação ao seu discurso com, por exemplo: (olha, bom, então, etc.), em momentos de bloqueios manifestos por pausas no discurso elas prontamente dizem assim: (éh, ãh). Esses comportamentos verbais se caracterizam como uma estratégia de fuga da situação de gagueira e do estigma social.ao qual é submetida, podendo inclusive ser vítima de bullying, tanto no contexto escolar quanto fora dele, culminando em situações de constrangimento, vergonha e também comprometendo sua comunicação com as outras pessoas e por vezes até seu desempenho escolar e laboral. Normalmente o aparecimento da gagueira ocorre por volta dos 2 e 3 anos. Sugere-se que o tratamento da gagueira deva começar antes da criança começar a frequentar a escola, normalmente por volta dos 5 anos de idade. Os pais, amigos e familiares precisam ser orientados a se comportarem com naturalidade diante do ataque de gagueira da criança para não causar constrangimento e a mesma ficar com receio de falar, provocando também um quadro de timidez. É importante que a criança se expresse da forma como consegue para que aos poucos possa melhorar. Geralmente esse processo ocorre no início de um discurso, ou seja, em situações de necessidade de fala espontânea. Em situações de fala programada e também com pouco conteúdo a ser dito, a gagueira tende a diminuir. Um exemplo de fala programada é o canto. Muitas pessoas que apresentam gagueira são capazes de cantar uma música inteira sem gaguejar. Existem outras estratégias que podem ser utilizadas como, por exemplo, (falar com outro sotaque, falar de forma silabada, falar no ritmo de um metrônomo, ler em coro). TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) A principal característica é a falta de atenção, a agitação e a impulsividade frequente da criança. As crianças conseguem aprender, mas em função de seu padrão comportamental acelerado elas acabam apresentando dificuldades de aprendizagem por causa do impacto que seus sintomas provocam. http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=46 Características • Fala exagerada, não consegue fazer uma atividade em silêncio; • Dificuldades em manterem-se quietas e ou assentadas; • Não conseguem ouvir o outro sem interromper a conversa e as atividades; • Esquecem onde estão seus objetos pessoais o tempo todo porque não conseguem se organizarem; • Não gostam de fazer tarefas longas e nem que exijam muito esforço mental; • Esquecem com facilidade o que aprenderam; • Existem graus variados de TDAH. Em alguns casos há necessidade de tratamento medicamentoso sistemático; • Em outros casos podem ser utilizados, simples programas de modificação do comportamento para diminuir o nível de atividade ou desatenção. Dicas Sempre recompense com algum tipo de reforço positivo, quando uma criança com TDHA emitir um comportamento adequado ou quando conseguirem terminar tarefas de modo correto. O reforço positivo faz com que elas emitam esse comportamento adequado mais vezes. Sobretudo deve-se ter o cuidado de não reforçar algo que não deverá ser repetido. I-III Legislação Educacional Brasileira A lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96 no Art. 2 diz: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Em consonância, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA) – Art. 53, incisos I, II e III. “A criança e ao adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado pelos seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores”. A Constituição Federal de 1988, a Lei 9.394/96 e a legislação do Conselho Nacional de Educação dão amplo amparo às pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem (dislexia, disgrafia e disortografia). Os disléxicos não se classificam como deficientes, mas se caracterizam como pessoa com necessidade educativa especial de forma bem específica no quesito leitura. Nesta perspectiva, são amparados por essa lei, assim como também o são as pessoas que apresentam distúrbio de disgrafia e disortografia em cumprimento da Lei 9.394/96. Quanto ao Autismo, a Associação Brasileira de Dislexia orienta que a Lei 12.764 de 27/12/2012 que determinou no artigo 1º, § 2º que “a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.” Essa mesma lei no parágrafo único do artigo 3º reza que em caso de necessidade comprovada o educando com espectro autista deverá ser incluído nas salas comuns do ensino regular nos termos do inciso IV do art. 2º, lhe sendo garantido o direito a acompanhante especializado”. Por último, o artigo 4º, inciso III, a LDB explicita que o Estado toma para si o dever e a responsabilidade com a educação escolar de forma pública, garantindo o “atendimento”. UNIDADE II II.I - Competências Pedagógicas Mediadoras do Processo de Ensino Aprendizagem de Alunos Com Dificuldades ou Distúrbios da Aprendizagem O Projeto de desenvolvimento individual (PDI) Trata-se de um instrumento obrigatório para acompanhamento, avaliação, regulação da aprendizagem, regulamentado pela Resolução CEE 460, de 12 de dezembro de 2013. O PDI se configura como ferramenta pedagógica necessária para que o educador ao identificar as dificuldades de aprendizagem apresentadas consiga visualizar as possibilidades de intervenção pedagógica, buscando mediar o desenvolvimento das potencialidades do referido aluno. Sobretudo a elaboração do referido PDI, exige que o professor busque estudar as características da necessidade educativa do aluno, identificando se a mesma é oriunda de uma dificuldade, ou se já se configura como distúrbio da aprendizagem. Tendo em vista que são vários os distúrbios da aprendizagem, foi necessário delimitar o estudo. Neste contexto, o distúrbio da dislexia foi escolhido sob constatação de que há um alto índice de pessoas que apresentam esse tipo de distúrbio da aprendizagem. Ao aprofundar conhecimentos sobre essa temática tem-se a perspectiva de poder orientar de forma mais efetiva a pais e educadores que lidam diretamente com essa questão. Ao abordar a temática da proposta pedagógica voltada para os casos de distúrbios da aprendizagem, o presente estudo toma como foco a experiência de aprendizagem mediada (AEM) norteada por estudos de Feuerstein e Feuerstein (1991) e Tzuriel (1999) apud CUNHA, A.C.B.; ENUMO, S.R.F.; CANAL, C.P.P. (2006). Para esses autores existem doze critérios ou características de mediação conforme a Teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein. Esses critérios são traduzidos por comportamentos identificados como: • Intencionalidade e reciprocidade; • Transcendência;• Mediação do significado; • Mediação do sentimento de competência; • Mediação do controle do comportamento; • Mediação do comportamento de compartilhar; • Mediação da individuação e diferenciação psicológica; • Mediação da busca, planejamento e alcance dos objetivos; • Mediação da busca da adaptação a situações novas e complexas. • Mediação da consciência da Modificabilidade; • Mediação da alternativa positiva; • Mediação do sentimento de pertença. Antes de darmos continuidade ao nosso estudo sobre experiência de aprendizagem mediada (AEM) cabe dizer que Feuerstein propõe uma substituição do conceito de inteligência pelo termo "Modificabilidade". Nesta perspectiva, o autor propõe cinco axiomas que se caracterizam como pedra fundamental da teoria da mediação da aprendizagem. No entanto, essa estratégia metodológica só poderá ser aplicada por uma pessoa que deseja se tornar um mediador e acredite na Teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva, teoria essa norteada pelos seguintes axiomas: 1)"Todas as pessoas são modificáveis" - é o axioma principal. 2. Esta criança específica que estou educando (qualquer uma que poderíamos talvez duvidar da Modificabilidade) pode ser ajudada a modificar-se. 3. Eu próprio sou um mediador capaz de, efetivamente, ajudar essa criança a modificar-se. 4. Eu mesmo sou modificável. 5. A Sociedade, e a opinião pública, na qual estou inserido, pode ser modificada por mim ou por qualquer outro indivíduo inserido nela. (FEUERSTEIN, 1997, p.5) apud MEIER M, 2004, pág. 57. Tendo apresentado os princípios norteadores da experiência da aprendizagem mediada, cabe dizer que essa estratégia metodológica foi escolhida para exemplificar uma intervenção pedagógica por estar em consonância com a visão de homem e de mundo da autora. Portanto, cabe dizer que a proposta pedagógica apresentada como estratégia de intervenção não se coloca como receita de bolo doméstico. Dessa forma cada educador poderá elaborar sua estratégia de intervenção pedagógica em consonância com própria sua visão de homem e de mundo. CRITÉRIOS IMPRESCINDIVEIS À EXPERIENCIA DA APRENDIZAGEM MEDIADA Critérios Categorias Comportamentais Exemplos 1 A intencionalidade EOI - Explicitar o objetivo da Posso fazer medida com palitos de churrasco? Vamos contar? Agora vamos medir o quadro com um palmo e reciprocidade interação Ocorre quando um mediador intencionalmente chama a atenção da criança para um objeto e ela responde a este estímulo SOA - Solicitar Atenção Psiu: 1, 2, 3 gente não é necessário, Maria, por favor! Eu estou falando SAR - Solicitar Auto- Regulação Antônio, por favor, fica quieto. Aline gostaria de saber por que você está em pé? José, por favor, senta. O professor se mostra preparado para a aula, organizando a sala de acordo com as necessidades pedagógicas dos alunos em relação ao conteúdo a ser ensinado. Isso demonstra intencionalidade. O mediador desperta o interesse e a motivação dos alunos para o tema da sala e obtém o retorno deles. O mediador é capaz de reformular o assunto que não foi bem compreendido, mostrando interesse especial pelos alunos passivos e mais lentos. O mediador se mostra atencioso e interessado nos alunos e em seus trabalhos, mostrando sua satisfação ao constatar que os mesmos estão obtendo sucesso e progredindo no aprendizado.Os alunos ouvem e respondem ao professor num clima que facilita o processo de ensino aprendizagem. Critérios Categorias Comportamentais Exemplos 2 Transcendência PCT - Ponte Cognitiva Temporal Ex.: “Sabe igualzinho dia.”. sim, aquele A transcendência diz respeito à atitude do mediador em uma situação de interação educador-educando. O mediador deve favorecer a generalização da aprendizagem de regras, estratégias e princípios de uma situação de experiência concreta ocorrida naquele momento (aqui e agora), transferindo para situações novas. Critérios Categorias Comportamentais Exemplos 3 Mediação de significado FEI - Informativo Oferecer Feedback Guilherme eu perguntei o que você tem em casa. Se você tem um dos dois levanta a mão. O comportamento do mediador em enfatizar a importância de um estímulo, por meio da expressão de afeto e pela indicação do valor e significado do mesmo. De acordo com este princípio, a criança aprende o significado dos estímulos em uma situação de aprendizagem mediada e internaliza este processo, passando, mais tarde, espontaneamente, a buscar o significado de novas informações, sem ficar passivamente esperando por ajuda do outro. 4 Atenção partilhada Uma atitude do mediador de olhar e/ou comentar sobre um objeto do foco de atenção e de iniciativa da criança. 5 Competência/ Regulação na Tarefa DIC - Apresentar Dicas É como escrever a fé, do café. 6 Competência/ Elogiar - encorajar FEP - Dar Feedback Positivo Oh! Como é bom ter alunos inteligentes. 7 Competência/ Desafio DES - Oferecer Desafios Mediação da busca da adaptação a situações novas e complexas. O desafio. Hoje nós fizemos medida de que comprimento? E depois levante a mão quem consegue fazer a lição. 8 Responsividade contingente: Atitude do mediador que demonstre sua habilidade em responder a criança, em tempo e maneira apropriados; 9 Envolvimento afetivo Atitude do mediador em demonstrar para a criança seu sentimento de atenção/interesse e satisfação em relação a ela. UNIDADE III III–I Introdução analítica ao tema “FRACASSO ESCOLAR” em todos os níveis educacionais Os distúrbios da aprendizagem na interface com o fracasso escolar Ao apresentarem-se de forma diferente da maioria das crianças de sua faixa etária, muitas crianças com distúrbios da aprendizagem, se transformam em vítimas de bullyng na escola. Essa é uma questão que tem atingido tanto crianças, quanto adolescentes impondo-lhes rótulos de cunho pejorativos os classificando como: burros, idiotas, preguiçosos, retardados, sem interesse, sonsos etc. Ao serem submetidas a esse tipo de discriminação, corre-se o risco de que seja desenvolvido na criança um estado de baixa autoestima de difícil remissão, podendo se estender por muitos anos ou até mesmo por toda a vida do educando, comprometendo ainda mais o processo de ensino aprendizagem não somente no contexto educacional, mas também em outras esferas da vida. Um risco que deve ser evitado é a evasão da criança do contexto escolar, sob alegação de que o comprometimento do processo de ensino da criança com distúrbio da aprendizagem seja simplesmente uma consequência de limitações. Diante dessas questões, cabe ressaltar a importância de compreender que o processo de ensino aprendizagem ocorre numa via de mão dupla e, portanto, o sistema de ensino não ficará isento de erros ou defasagens da maestria de seus profissionais da educação. Necessário se faz que todos busquem se capacitar pedagogicamente, tanto para mediarem de forma eficaz e eficiente o processo de ensino aprendizagem dessas crianças, quanto também para realizarem atividades de combate às práticas de bullyng no contexto escolar. Os professores ao se depararem com o desafio do ensino a alunos com distúrbios da aprendizagem necessitam ajustarem seus planejamentos escolares juntamente com o monitor na sala de aula para que assim o processo de ensino aprendizagem possa evoluir positivamente, independente das limitações e potencialidades dos educandos. Porque a limitação evidenciada na questão também não pode trazer ao docente a sensação de impotência, e isso certamente não ocorrerá se o trabalho pedagógico estiver alinhado a uma equipe interdisciplinar comprometida com a causa. Todavia cabe dizer que toda a comunidade acadêmica se encontra envolvida com esta questão, independente da funçãodo profissional. Dentro dos muros de uma escola todos os atores devem ser conscientizados que todos são educadores, independente, se seu objeto de trabalho é a vassoura, o quadro branco ou negro, as canetas e os pincéis ou a enxada que capina os matos e ervas daninhas que insistem em brotar entre as plantinhas do jardim, da horta ou do pátio da escola. Todos são educadores. A temática dos distúrbios da aprendizagem deve fazer parte da formação e capacitação profissional de toda a comunidade acadêmica e colegiado com vistas à redução do bullyng e com vistas ao aprimoramento da aprendizagem de todos os educandos, entre os quais aqueles que apresentam necessidades educativas especiais. Necessário se faz que as necessidades educativas especiais não sejam vistas como justificativas para a não aprendizagem e nem tão pouco para que o fracasso escolar seja justificado por isso. Ao abordar a temática do fracasso escolar, cita-se estudo recém- publicado por Damasceno e Negreiros (2018), pesquisadores da Universidade Federal do Piauí. O trabalho intitulado como: Professores, Fracasso e Sucesso Escolar: Um Estudo no Contexto Educacional Brasileiro, abordou como tema os conhecimentos elaborados pelos professores sobre seu papel no fracasso escolar: a uma população de 562 professores, oriundos de cinco regiões brasileiras, divididos entre: Norte, 112 professores, Nordeste, 113, Centro- oeste, 112, Sudeste, 113 e Sul, 112 profissionais. Os participantes responderam à seguinte questão: Qual o papel do professor diante do sucesso/fracasso escolar? O método de estudo foi o da abordagem qualitativa do tipo ex post facto. (do ponto de vista de seus objetivos, visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos em estudo). As respostas obtidas trouxeram contribuições tanto quanto ao papel do professor diante do sucesso/fracasso escolar, quanto em relação à função do professor no fracasso escolar” e também sobre as estratégias necessárias ao sucesso. Tanto sobre o papel, quanto sobre a função do professor diante do sucesso/fracasso escolar, os resultados indicaram que o professor necessita estar constantemente buscando novas práticas no intuito de combater o fracasso. Sobre as estratégias necessárias ao sucesso as respostas obtidas indicaram que o professor deve atuar para que o fracasso escolar não ocorra e desenvolver atividades estimulantes que sejam favoráveis ao sucesso. Outra classe de respostas trouxe contribuições com vistas ao professor como principal agente no processo de aprendizagem cujos resultados abordam a importância do professor como agente fundamental, ao passo que também o classifica como mediador e responsável pelo processo de aprendizagem. Sobre a função do professor no fracasso escolar, os resultados obtidos por este estudo atribuíram de forma expressiva aos professores o papel de mediador comprometido com a promoção do sucesso no processo ensino aprendizagem, atuando de forma ativa no processo educacional, buscando novos conhecimentos, e desenvolvendo dinâmicas capazes de prender a atenção e o interesse dos alunos. Nesta perspectiva, Del Prette e Martini (2002) apud Damasceno e Negreiros (2018), ressaltam que, como agente mediador, o professor não deve apenas deter conhecimento ou habilidades pedagógicas, mas também deter crenças que se alimentem reciprocamente, facilitando assim o diálogo entre ele e o aluno, fornecendo uma aproximação de sua realidade. As autoras ressaltam que o professor deve ter plena consciência de suas crenças e do que elas geram ao aluno, usando-as para favorecê-lo de modo a enxergar outras possibilidades de análise e outros fatores que influenciem seus processos de aprendizagem. Sobre o fracasso escolar Alves-Mazzotti e Wilson (2016) apud Damasceno e Negreiros (2018), atribuem ao professor uma parcela de responsabilidade à exclusão de alunos, que apresentam comportamentos de desinteresse e falta de capacidade de aprender, culminando em fracasso e evasão escolar. As autoras ainda ressaltam que alguns profissionais ao serem questionados, sobre esse assunto o tratam com naturalidade. Neste contexto, faz-se necessário que essas práticas sejam desmitificadas com vistas à superação do fracasso e para que as respostas manifestadas pelos professores não sejam de conformidade ao fenômeno do fracasso e evasão escolar. UNIDADE IV IV-I Avaliação Geradora ou Inibidora de Fracassos na Aprendizagem Um estudo realizado por MASSENA, J.H (2017) no munícipio de Eldorado do Sul/RS, tomou como tema as propostas curriculares. A questão a ser respondida era a seguinte: Práticas avaliativas e progressão continuada na rede municipal de Eldorado do Sul/RS: a ênfase está nas aprendizagens dos alunos? Para responder a esta problemática a autora realizou entrevistas com professoras da rede municipal. Os resultados obtidos indicaram que a proposta de progressão continuada nos anos Iniciais, naquele município estava norteada pela ideia da etapa anual e da retenção. A autora destaca que na organização estrutural da escola em regime de progressão continuada seguiu-se normalmente com a organização escolar seriada e também com a prática da reprovação sob a justificativa de que a mesma se configura como elemento marcante. Observou-se que, na organização da escola em regime de progressão continuada, não houve rupturas com a organização escolar seriada e também com a reprovação, pois essa aparece como “elemento” marcante, concebida pelos docentes como mediadora de melhora significativa na aprendi\agem dos alunos. Nesta perspectiva, torna-se fator mediador para o sucesso da proposta. Considerando principalmente que se a escola não ensinar o aluno não vai aprender e que o mais importante não é o aluno permanecer na escola e sim a mediação da aprendizagem do aluno. A crítica ou a recusa da organização da escola em ciclos foi justificada sob a alegação de que o aluno “passa de ano” sem saber conteúdos básicos; em contrapartida também foram identificadas respostas em favor dos ciclos, não colocando a culpa da reprovação no aluno, mas atribuindo à escola a culpa por não proporcionar condições favoráveis de aprendizagem. Os resultados indicam que mesmo a rede de ensino pesquisada, adotando oficialmente a progressão continuada no ciclo de alfabetização - três primeiros anos do ensino fundamental – as ações cotidianas continuam organizadas de forma seriada sob a justificativa de manter homogeneização das turmas, o sistema de avaliação continua centrado no método de notas, classificando os educandos, e reforçando os elementos da avaliação informal que permeia todo o sistema. Diante disto a concepção dos professores evidenciou que a organização da rede municipal de ensino em ciclo, tem se classificado apenas como medida paliativa, buscando regularizar o fluxo de alunos e a distorção idade/série. Respondendo ao objetivo da pesquisa de MASSENA, J.H (2017) foi evidenciada a falta de envolvimento e participação dos educadores no processo de formulação e implementação da proposta de progressão continuada na rede municipal de Eldorado do Sul/RS. As respondentes afirmaram que não haviam sido preparadas para a implementação da referida proposta e nem tão pouco sob a temática da retenção nos anos iniciais do ensino fundamental, e quando isto ocorreu foi insuficiente. No ano de 2012 o Conselho Municipal de Educação, encaminhou um texto aos professores buscando saber a opinião deles sobre a questão da progressão continuada, e as respostas obtidas indicaram que eles não sabiam nada a respeito ou não eram a favor desta prática, por considerarem que o município não oferecia o suporte necessário. Os dados conclusivos indicaram que mesmo tendo consciência dos efeitos prejudiciais da reprovação, as participantes da pesquisa continuaram defendendoa ideia de que a reprovação serve para controlar a disciplina e promover nos alunos a consciência de que precisam estudar. Por todo o exposto conclui-se que é imprescindível que os docentes busquem conhecimentos e se comprometam quanto aos impasses e valores ideológicos que norteiam suas práticas pedagógicas e se percebam enquanto parte do processo de implantação de novas propostas. Torna-se necessário compreender a importância do combate à exclusão escolar e social. IV-II Considerações finais O texto que ora escrevemos se configura apenas como um convite a aprofundar conhecimentos sob a fatídica pergunta: Dificuldade de aprender ou dificuldade de ensinar? Conclui-se que não há uma resposta conclusiva, mas parte deste estudo evidencia a dificuldade de muitos professores em se comprometerem com as propostas educacionais com vistas à redução do fracasso escolar. Logo podemos inferir que a dificuldade do aluno em aprender também pode estar correlacionada com a dificuldade do professor em continuar aprendendo e nesse contexto culmina em dificuldade de ensinar. No século XXI vivemos a era do livre acesso à informação e à comunicação mediada pelo aceso ao conhecimento em tempo real por meio das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Neste contexto, o conhecimento foi relativizado e o processo de avaliação do conhecimento apreendido pelos educandos deste século também precisa ser relativizado. Por todo exposto conclui-se que a dificuldade de ensinar parece se configurar antes de tudo como dificuldade de aprender. Será que essa questão advém de um modelo educacional, pautado na reprovação e na representação social do professor ainda ocupando o lugar do suposto saber? Não há espaço para o suposto saber, antes, porém o conhecimento precisa ser compartilhado como forma de se multiplicar e cumprir o seu papel de mediador do desenvolvimento do senso de pertencimento sociocultural e do exercício de cidadania como cidadão de plenos direitos. Tomo a palavra e como grifus meus ouso escrever que não há dificuldade de ensinar, porque o que permeia essa dificuldade é antes de tudo a dificuldade de aprender a aprender como processo continuo por parte do ensinante. BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA REFERÊNCIAS BÁSICAS ROTTA, Newra Tellechea. Dificuldades para a aprendizagem. IN: ROTTA, Newra T.; Ohlweiler L; Riesgo R S. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e Multidisciplinar. Artmed, 2006. MEIER, M. . O professor mediador na ótica do aluno do ensino médio. Curitiba 2004 (Dissertação de Mestrado). UFPR, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRASIL. Parecer, nº 17, Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: Conselho Nacional de Educação, 2001. CUNHA, A.C.B.; ENUMO, S.R.F.; CANAL, C.P.P. Operacionalização de escala para análise de padrão de mediação materna: um estudo com díades mãe- criança com deficiência visual. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v.12, n.3, p.393-412, 2006. DAMASCENO, Monica Araújo; NEGREIROS, Fauston. Professores, Fracasso e Sucesso escolar: Um Estudo no Contexto Educacional Brasileiro. Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, v. 10, n. 1, p. 73-89, ago. 2018. ISSN 2175- 5027. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/2572. Acesso em: 30 jul. 2019. doi:https://doi.org/10.18256/2175-5027.2018.v10i1.2572. POKER, R. B.; MARTINS, S. E. S. de O.; GIROTO, C. R. M. Análise de uma Proposta de Plano de Desenvolvimento Individual: o Ponto de Vista do Professor Especialista. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v.2, n.1, p. 55-72, Jan.-Jun. 2015. SANT’ANA, I. M. Educação inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 227-234, mai. /Ago. 2005. FONTES UTILIZADAS https://srefabricianodivep.files.wordpress.com/2019/02/cartilha-pdi-plano-de- desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf. Acesso 29 julho 2019. http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=29. Acesso 26 julho 2019. https://sites.google.com/site/byalessandrateixeira/Home/modificabilidade- cognitiva-estrutural. Acesso 27 julho 2019 https://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/2572 https://doi.org/10.18256/2175-5027.2018.v10i1.2572 http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=29 https://sites.google.com/site/byalessandrateixeira/Home/modificabilidade-cognitiva-estrutural.%20Acesso%2027%20julho%202019 https://sites.google.com/site/byalessandrateixeira/Home/modificabilidade-cognitiva-estrutural.%20Acesso%2027%20julho%202019 Programa Bem-Estar - FALTA DE JEITO OU DISPRAXIA? - Rede Globo ÍNTEGRA https://www.youtube.com/watch?v=reLRRiX_Yvo. Exibido dia 31/10/2017. Acesso 29 julho 2019. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/dificuldade-de- aprendizagem-ou-de-ensinagem/45131. Acesso 30 julho 2019. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 18462019000300601&lng=es&nrm=iso&tlng=pt#B6. Acesso 29 julho 2019. https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/psicologia/o-processo-aprendizagem- sob-perspectiva-piagetiana.htm. Acesso 30 julho 2019. http://www.scielo.br/pdf/pee/v21n3/2175-3539-pee-21-03-387.pdf. Acesso 29 julho 2019. file:///C:/Users/User/Downloads/Cartilha_da_Inclusao_Escolar.pdf. 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Tratam da implantação da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nas escolas. 2004 Lei nº 10.845/2004 Garantida a universalização do atendimento especializado de educandos com deficiência, cuja situação não permita a integração em classes comuns de ensino regular. 2005 Regulamentação pelo Decreto Federal de 2002 5.626/2005 2007 Portaria nº 948/07 Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Fundamentação Filosófica e tais normatizações não trazem os aspectos específicos da aprendizagem em cada deficiência, mas fornecem apenas reflexões teóricas sobre o assunto e a transversalidade do ensino. 2007 Ocorreu a Convenção Internacional sobre osDireitos das Pessoas com Deficiência em Nova York. O propósito desta Convenção foi promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.. 2009 Resolução nº.4/2009 São instituídas diretrizes operacionais para o atendimento especializado. 2009 Decreto n. 6.949 Promulgação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas. 2010 Lei Federal 12.303/2010 Instituído a obrigatoriedade da realização gratuita do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas, em todos os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências, facilitando assim, a detecção precoce da Deficiência Auditiva. 2012 Portaria nº 1.328/SAS/MS de 2012 2011 Resolução CNE/CEB n. 02/2011 artigo 5 - definidos critérios para classificar os educandos com necessidades educacionais especiais. 2011 Transtorno do Desenvolvimento Intelectual Nota Técnica 06/2011- MEC/SEESP/GAB, que dispõe sobre a avaliação dos escolares com esse transtorno. 2012 Lei Federal Nº 12.764/12 regulamentada pelo Decreto Federal 8368/14 Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 2014 2013 Portaria Nº 1.274;2013 Trata da utilização do Sistema de Frequência Modulada Pessoal. Sistema FM é um dispositivo que tem a função principal de eliminar o efeito da distância. 2015 Lei nº 13.146/2015 Destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Síntese de Exemplos de outros Países: ESTADOS UNIDOS Apenas no que se refere aos Transtornos de Aprendizagem, foi encontrada nos Estados Unidos a seção 504 do Ato de Reabilitação (1998) onde há centenas de recomendações a serem seguidas por todas as escolas públicas do país. Além disso, existem dois setores dentro do Departamento de Educação deste país, que são designados a fiscalizar as leis, quais sejam: Office for Civil Rights (OCR), The Office of Special Education and Rehabilitative Services (OSERS). ESPANHA Também existe legislação específica para os indivíduos com dificuldades de aprendizagem (Ley Orgánica 02/2006). No Boletín Oficial del Estado - Legislación Consalidada, em seu artículo 79 constam as medidas de escolarização e atenção a esses sujeitos.
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