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Compliance e 
Atividade Empresarial
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Felippe Mendonça
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema;
• Orientações para Leitura Obrigatória.
Objetivos
• Conhecer o combate global à corrupção e a pluralidade de personagens que dialogam em 
busca da mesma finalidade;
• Perceber o deslocamento do combate à corrupção que antes era quase exclusivamente 
matéria de Direito Penal e hoje é interdisciplinar, primordialmente de Direito Administra-
tivo e com imposição de deveres às pessoas jurídicas de combate à corrupção, não sendo 
mais, portanto, uma prerrogativa exclusiva do Estado.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para 
o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no 
material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades 
solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, 
você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos 
ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como suges-
tões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpre-
tação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns 
de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, 
além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico 
espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Fonte: Getty Im
ages
UNIDADE 
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Introdução ao Tema
O combate à corrupção se tornou, nos últimos anos, uma área do conhecimento 
de conteúdo próprio – interdisciplinar por natureza –, que envolve inúmeros profis-
sionais, fazendo surgir novos campos de trabalho com a necessidade de percepção 
da existência de diversos meios possíveis de se alcançar a finalidade almejada, de 
forma complexa e inteligente, com a racionalidade norteando todas as atividades.
A primeira percepção deve ser da própria finalidade de um combate à corrupção. 
Embora pareça evidente, é relevante observar que a finalidade do combate à corrup-
ção é combater a corrupção. Sim, claro! Óbvio! Entretanto, a absoluta maioria da 
população aparenta ter por finalidade combater o corrupto, a pessoa corrupta – e 
não a corrupção em si. Se estivéssemos em uma leitura religiosa, certamente seria 
citada a passagem bíblica que diz que é o pecado que deve ser combatido – e não o 
pecador. A diferença parece sutil, mas é significativa quando se percebe, através dos 
estudos sobre corrupção, que o fator “delinquência” está bem longe de ser predomi-
nante entre os motivos que fazem com que uma pessoa participe de um esquema 
de corrupção.
Inúmeros fatores podem fazer com que um esquema de corrupção se instale 
dentro de uma determinada atividade econômica e impeça que práticas honestas 
prosperem. Não se trata de um afastamento do fator delinquência, mas de uma 
percepção de que muitos outros fatores podem ocasionar a corrupção, como a na-
turalização cultural de uma prática corrupta ou um falso dilema moral em que o em-
presário se vê em uma encruzilhada entre demitir milhares de funcionários e colocar 
em risco a própria subsistência ou aceitar participar de um esquema de corrupção 
que, de tão antigo, já é tratado como natural em sua atividade – dizem, “por aqui é 
assim que as coisas funcionam!”
Destacada a finalidade, é preciso conhecer o caráter global desse combate à corrupção.
Tem-se por global aquilo que envolve inúmeros personagens, nacionais, interna-
cionais e transnacionais, pessoas físicas e jurídicas, do setor público e da sociedade 
civil organizada. Em outras palavras, o combate à corrupção não é mais uma prer-
rogativa (dever) do Estado, nem mais se concentra em soluções criminais – como 
será visto adiante. A corrupção passou a ser combatida por uma teia que envolve a 
participação de várias pessoas físicas e jurídicas; instituições públicas e privadas; de 
caráter nacional, internacional e transnacional; que faz com que velhos paradigmas 
do Direito e da política sejam rompidos.
Quando uma relação envolve dois ou mais países é dita “internacional”. Global é o 
termo utilizado para uma relação mais complexa, que envolve, inclusive, instituições 
que superam as fronteiras geopolíticas.
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Como entidades públicas nacionais podemos destacar o Ministério Público, as di-
versas instituições policiais, Controladorias dos Poderes Executivos Federal, Estadual 
e Municipal, Poder Legislativo de todos os entes da Federação, Tribunais de Contas, 
Poder Judiciário Federal e Estadual, dentre outras. A Enccla forma uma rede que 
envolve todas essas entidades, permitindo estudos e desenvolvimento de políticas 
públicas pertinentes que alcancem a finalidade do combate à corrupção.
A leitura do Quem Somos, no site da Enccla, é suficiente para a compreensão dessa entidade:
A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), criada em 
2003, é a principal rede de articulação para o arranjo e discussões em conjunto com uma diver-
sidade de órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal e estadual 
e, em alguns casos, municipal, bem como do Ministério Público de diferentes esferas, e para 
a formulação de políticas públicas voltadas ao combate àqueles crimes. O Departamento de 
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado à Secretaria Na-
cional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, atua como secretaria-executiva 
da Enccla, por intermédio da Coordenação-Geral de Articulação Institucional do DRCI.
Leia na íntegra em: https://bit.ly/35wrVR6
Como entidades internacionais podemos citar os diversos órgãos dos demais paí-
ses que participam junto aos brasileiros de eventos periódicos, como os do Fórum de 
Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Focco), dentre outros, que buscam 
interligar as atividades para ampliar a eficácia desse combate.
Para a compreensão do Focco, acesse: https://bit.ly/38Mwh8D
Como transnacionais destacam-se a Organização das Nações Unidas (ONU), a 
Transparência Internacional (ambas diretamente empenhadas no combate à corrup-
ção) e até mesmo entidades como a Federação Internacional de Futebol (Fifa), que 
acabam inseridas nesse contexto por serem utilizadas por corruptos principalmente 
para lavagem de dinheiro.
Já pela sociedade civil, a atuação determinante de inúmeras organizações – erro-
neamente chamadas de Organizações Não Governamentais (ONG) –, que permitem e 
otimizam a participação social de indivíduos que se empenham em exercer o controle 
das atividades públicas, e as empresas, que através de um programa de integridade 
interno (compliance) alimentam os diversos personagens do combate à corrupção.
O deslocamento do combate à corrupção – que antes era quase que exclusivo do 
Estado e passou a ser multifacetário – é um dos aspectos relevantes da matéria que 
permite percebermos que existem milhares de meios possíveis de se combater a 
corrupção, sendo a criminalização do corrupto apenas um deles.
Especificamente sobre o ponto da criminologia determinante para as atividades empre-
sariais, leia o artigo intitulado A criminalidade empresarial e a cultura de compliance, 
 disponível em: https://bit.ly/36Bco1K
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UNIDADE 
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Em outras palavras, há um aspectoimportante da criminologia que precisa ser 
apreciado pelos estudantes e profissionais do combate à corrupção, qual seja, a efi-
cácia dos meios eleitos para se combater condutas indesejadas.
A criminologia é a Ciência que estuda de forma interdisciplinar os meios pelos 
quais uma conduta considerada nociva para a sociedade deve ser afastada. É, por ex-
celência, uma ciência empírica, ou seja, seu principal objeto de análise é o acúmulo 
de conhecimento, otimizando os meios que alcancem as suas finalidades, afastando 
aqueles que não o fazem. 
O debate dentro da criminologia abrange diversas condutas e tem como Norte 
a racionalidade.
Racionalidade é a lógica existente entre os meios e fins, em que os meios esco-
lhidos precisam ser capazes de produzir os fins almejados. Compreende-se, também, 
como racional a lógica existente entre os meios, os fins e o resto do ordenamento 
jurídico, pois os fins não justificam os meios.
Tanto os meios quanto os fins devem estar de acordo com o ordenamento jurídico. Assim, 
por exemplo, a tortura não pode ser escolhida como meio apto a combater a corrupção, 
pois o combate à tortura está igualmente inserido dentro desse ordenamento jurídico.
Além disso, há uma pluralidade de meios que, interligados, acabam por produzir 
o fim, ou seja, para se combater a corrupção elegem-se diversos meios que precisam 
funcionar concomitantemente, fazendo com que um complemente o outro. É nesse 
contexto que surge o compliance, “programa de integridade”, que foi introduzido no 
Brasil pela Lei n.º 12.846, de 1º de agosto de 2013 (Lei de Combate à Corrupção) 
e pelo Decreto n.º 8.420, de 18 de março de 2015, que lhe regulamenta.
O preâmbulo da Lei de Combate à Corrupção já nos revela uma característica 
essencial da matéria:
“Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas 
pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá 
outras providências”. (Grifo nosso)
Percebe-se, portanto, que já não se trata mais de matéria penal, embora eviden-
temente com ela se comunique. Trata-se de matéria de Direito Administrativo e de 
Direito Civil.
A interdisciplinaridade não se limita a essas áreas e tampouco ao Direito.
Outras leis se somam a essa e formam o que atualmente vem sendo chamado de 
microssistema jurídico, que inclui a Lei Complementar n.º 131, de 27 de maio 
de 2009 (Lei da Transparência), Lei n.º 12.527, de 18 de novembro de 2011
(Lei de Acesso à Informação), Lei n.º 12.850, de 2 de agosto de 2013 (Lei do 
Crime Organizado), Lei n.º 13.460, de 26 de junho de 2017 (Código de Defesa 
dos Usuários de Serviços Públicos), Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei 
Geral de Proteção de Dados – LGPD), dentre outras.
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Ao se analisar esse microssistema jurídico, percebe-se a interdisciplinaridade tanto 
de matérias do Direito quanto de outras áreas do conhecimento como, por exemplo, 
a Informática, Administração de Empresas, Sociologia, Antropologia, Psicologia etc.
Assim, para introduzir a todos no combate à corrupção, chama-se a atenção para 
esse caráter global, multifacetário e interdisciplinar, de modo que a partir deste ponto 
é possível tratar exclusivamente do compliance.
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UNIDADE 
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Orientações para Leitura Obrigatória
BLOK, M. Compliance e governança corporativa. [S.l.]: Freitas Bastos, 2018.
Complementa o conteúdo desta Unidade, trazendo outras informações e dados relevantes 
a leitura do primeiro capítulo (p. 15-32) da obra de Marcella Blok. 
O material indicado é completo e aborda os principais pontos aqui discutidos. 
Além disso, inúmeros artigos são facilmente acessados pelo Google Acadêmico, in-
clusive com uma pré-seleção utilizada como Material Complementar desta Unidade.
Bom estudo!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Compliance e governança corporativa
BLOK, M. Compliance e governança corporativa. Freitas Bastos Editora, 2018. 
p. 104.
 Leitura
A nova Lei Anticorrupção e a importância do compliance para as empresas 
que se relacionam com a administração pública
https://bit.ly/3lCO6KY
O Programa de Integridade e a Responsabilidade Administrativa da Pessoa 
Jurídica na Lei n.º 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) – novos tempos
https://bit.ly/2H3eQp0
Accountability: quando poderemos traduzi-la para o português?
https://bit.ly/3cg7E6b
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UNIDADE 
O que é Compliance? Contextualização Histórica: 
o Cenário Internacional e sua Chegada ao Brasil
Referências
BLOK, M. Compliance e governança corporativa. [S.l.]: Freitas Bastos, 2018.
CAMPOS, A. M. Accountability: quando poderemos traduzi-la para o português? Revis-
ta de Administração Pública, v. 24, n. 2, p. 30-50, 1990. Disponível em: <http://biblio-
tecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/view/9049/8182>. Acesso em: 25 /10/2020.
DINIZ, E. S. A criminalidade empresarial e a cultura de compliance. Revista Eletrônica 
de Direito Penal, v. 2, n. 1, 2014. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/
index.php/redpenal/article/view/14317>. Acesso em: 25 /10/2020.
OLIVEIRA, L. P. S.; BERTOLDI, M. R. A importância do soft law na evolução do 
Direito Internacional. In: CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI, 19, 2010. 
Site Visitado
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das Melhores 
Práticas de Governança Corporativa. 5. ed. [S.l.], 2015. Disponível em: <https://conheci-
mento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=21138>. Acesso em: 25 /10/2020.
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