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Práticas Integrativas e Complementares

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PRÁTICAS 
INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES
Possibilidades e desafios 
 na Saúde Pública
RICARDO HUGO GONZALEZ
ORGANIZADOR 
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES:
Possibilidades e desafios na Saúde Pública
AVALIAÇÃO, PARECER E REVISÃO POR PARES 
Os textos que compõem esta obra foram avaliados por pares e indicados para publicação.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária responsável: Aline G. Benevidez CRB-1/3889
E26 Práticas integrativas e complementares: possibilidades e desafios
1. ed. na saúde pública [recurso eletrônico] / [org.]. Ricardo Hugo 
 González. – 1.ed. – Curitiba-PR, Editora Bagai, 2024. 175p.
 Recurso digital.
 Formato: e-book
 Acesso em www.editorabagai.com.br 
 
 ISBN: 978-65-5368-312-9 
 1. Saúde Pública. 2. Terapias Complementares. 
 3. Atenção Primária à Saúde. I. Gonzalez, Ricardo Hugo.
10-2023/78 CDD 796
Índice para catálogo sistemático:
1. Saúde Pública - 613
R
 https://doi.org/10.37008/978-65-5368-312-9.24.11.23
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia da Editora BAGAI por qualquer processo, meio 
ou forma, especialmente por sistemas gráficos (impressão), fonográficos, microfílmicos, fotográficos, videográficos, repro-
gráficos, entre outros. A violação dos direitos autorais é passível de punição como crime (art. 184 e parágrafos do Código 
Penal) com pena de multa e prisão, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610 de 19.02.1998, 
Lei dos Direitos Autorais).
Este livro foi composto pela Editora Bagai.
www.editorabagai.com.br /editorabagai
/editorabagai contato@editorabagai.com.br
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES:
Possibilidades e desafios na Saúde Pública
Ricardo Hugo Gonzalez
Organizador
1.ª Edição - Copyright© 2023 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Bagai.
O conteúdo de cada capítulo é de inteira e exclusiva responsabilidade do(s) seu(s) respectivo(s) autor(es). As normas 
ortográficas, questões gramaticais, sistema de citações e referencial bibliográfico são prerrogativas de cada autor(es).
Editor-Chefe Cleber Bianchessi
Revisão Os autores
Diagramação Lucas Augusto Markovicz
Imagens da capa Ana Soraya Santos
Adequação da capa Brenner Silva
Conselho Editorial Dr. Adilson Tadeu Basquerote – UNIDAVI
Dr. Anderson Luiz Tedesco – UNOCHAPECÓ
Dra. Andréa Cristina Marques de Araújo - CESUPA
Dra. Andréia de Bem Machado – UFSC
Dra. Andressa Graziele Brandt – IFC - UFSC 
Dr. Antonio Xavier Tomo - UPM - MOÇAMBIQUE
Dra. Camila Cunico – UFPB
Dr. Carlos Alberto Ferreira – UTAD - PORTUGAL
Dr. Carlos Luís Pereira – UFES
Dr. Claudino Borges – UNIPIAGET – CABO VERDE
Dr. Cledione Jacinto de Freitas – UFMS
Dra. Clélia Peretti - PUCPR
Dra. Daniela Mendes V da Silva – SEEDUCRJ 
Dr. Deivid Alex dos Santos - UEL
Dra. Denise Rocha – UFU
Dra. Elnora Maria Gondim Machado Lima - UFPI
Dra. Elisângela Rosemeri Martins – UESC
Dr. Ernane Rosa Martins – IFG
Dra. Flavia Gaze Bonfim – UFF
Dr. Francisco Javier Cortazar Rodríguez - Universidad Guadalajara – MÉXICO
Dra. Geuciane Felipe Guerim Fernandes – UENP
Dr. Hélder Rodrigues Maiunga - ISCED-HUILA - ANGOLA
Dr. Helio Rosa Camilo – UFAC
Dra. Helisamara Mota Guedes – UFVJM
Dr. Humberto Costa – UFPR
Dra. Isabel Maria Esteves da Silva Ferreira – IPPortalegre - PORTUGAL
Dr. João Hilton Sayeg de Siqueira – PUC-SP
Dr. João Paulo Roberti Junior – UFRR
Dr. Joao Roberto de Souza Silva - MACKENZIE
Dr. Jorge Carvalho Brandão – UFC
Dr. Jorge Henrique Gualandi - IFES
Dr. Juan Eligio López García – UCF-CUBA 
Dr. Juan Martín Ceballos Almeraya - CUIM-MÉXICO
Dr. Juliano Milton Kruger - IFAM
Dra. Karina de Araújo Dias – SME/PMF
Dra. Larissa Warnavin – UNINTER
Dr. Lucas Lenin Resende de Assis - UFLA
Dr. Luciano Luz Gonzaga – SEEDUCRJ
Dra. Luísa Maria Serrano de Carvalho - Instituto Politécnico de Portalegre/CIEP-UE - POR
Dr. Luiz M B Rocha Menezes – IFTM
Dr. Magno Alexon Bezerra Seabra - UFPB
Dr. Marciel Lohmann – UEL
Dr. Márcio de Oliveira – UFAM
Dr. Marcos A. da Silveira – UFPR
Dra. María Caridad Bestard González - UCF-CUBA 
Dra. Maria Lucia Costa de Moura – UNIP
Dra. Marta Alexandra Gonçalves Nogueira - IPLEIRIA - PORTUGAL
Dra. Nadja Regina Sousa Magalhães – FOPPE-UFSC/UFPel
Dra. Patricia de Oliveira - IF BAIANO
Dr. Porfirio Pinto – CIDH - PORTUGAL
Dr. Rogério Makino – UNEMAT
Dr. Reiner Hildebrandt-Stramann - Technische Universität Braunschweig - ALEMANHA
Dr. Reginaldo Peixoto – UEMS
Dr. Ricardo Cauica Ferreira - UNITEL - ANGOLA
Dr. Ronaldo Ferreira Maganhotto – UNICENTRO
Dra. Rozane Zaionz - SME/SEED
Dr. Stelio João Rodrigues - UNIVERSIDAD DE LA HABANA - CUBA
Dra. Sueli da Silva Aquino - FIPAR 
Dr. Tiago Tendai Chingore - UNILICUNGO – MOÇAMBIQUE
Dr. Thiago Perez Bernardes de Moraes – UNIANDRADE/UK-ARGENTINA
Dr. Tomás Raúl Gómez Hernández – UCLV e CUM – CUBA
Dra. Vanessa Freitag de Araújo - UEM
Dr. Willian Douglas Guilherme – UFT
Dr. Yoisell López Bestard- SEDUCRS
APRESENTAÇÃO
Esta obra é fruto de um trabalho coletivo que tive o privilégio 
de conduzir na disciplina Tópicos Especiais em Saúde Pública do pro-
grama de Pós-graduação em Saúde Pública da Universidade Federal do 
Ceará. A primeira turma presencial após o distanciamento da pandemia 
do COVID-19. Foi muito bom se conhecer pessoalmente e vivenciar 
algumas práticas durantes a aulas. Os capítulos foram elaborados a partir 
de reflexões e as vivências profissionais, revisões e investigações sobre 
as Práticas Integrativas e Complementares.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares 
continua oportunizando a mapear, apoiar, incorporar e implementar 
experiências desenvolvidas na rede pública de saúde dos municípios e 
estados brasileiros. Tais práticas terapêuticas buscam o bem-estar de 
indivíduos e coletividades através de uma perspectiva holística. Assim 
promover a recuperação da saúde e melhor qualidade de vida. 
Ressalta-se que as PICS não substituem o tratamento tradicional, 
mas atuam de forma conjunta e complementar. O uso dessas práticas 
tem crescido de forma global. E sua utilização proporciona a visão 
ampliada do processo saúde-doença, assim como propicia aos indiví-
duos o desenvolvimento de maior autonomia sobre sua própria saúde, 
contribuindo para a promoção do autocuidado.
É com grande satisfação que apresentamos essa obra aos nossos 
leitores e desde já fazemos votos que todos tenham uma ótima leitura.
Prof. Dr. Ricardo Hugo Gonzalez
Instituto de Educação Física e Esportes 
Programa de Pós-graduação em Saúde Pública 
Universidade Federal do Ceará
PREFÁCIO
Inicialmente quero falar da alegria pelo convite para prefaciar 
esta obra. A alegria vem em parte por ver essa temática se expandir nos 
espaços acadêmicos, mas também de reencontrar nesta escrita muitas 
pessoas com quem pude conviver em minhas andanças no campo da 
saúde, da educação, dos movimentos sociais e populares. Vem ainda 
de perceber que sujeites que caminham em campos diversos se encon-
tram para refletir sobre o vivido, sobre o que Freire (1987) nomeou de 
saber-de-experiência-feito. Freire considerou essa categoria como fun-
dante da construção do conhecimento nos lembrando da potência das 
experiências no sentido de lançar luzes sobre os processos e vislumbrar 
possibilidades coletivas de superação. 
Essa alegria se manifesta ainda na boniteza de perceber que a saúde 
coletiva passa a ser considerada como tarefa de todes e não apernas de 
pessoas que trilharam a formação no campo da saúde. Que ela se faz 
na escola, na comunidade, nas relações cotidianas. 
Essa obra nos convida a trilhar pelo cuidado em saúde olhan-
do-o em uma perspectiva mais ampla como nos ensina Boff (1999) 
como essência humana, como relação amorosa para com a realidade 
orientada na defesa da vida, das relações solidárias e pacíficas entre os 
seres humanos e com os demais seres da natureza. Nos remete a incluir 
dimensões como a espiritualidade, a solidariedade, a cordialidade e a 
convivialidade estreitando as relações.
Ao colocar práticasinseridas em uma política do SUS, que, embora 
criada em 2006 ainda caminha sem um lugar bem definido, sem finan-
ciamento e sem uma proposta efetiva de formação dos trabalhadores, 
os textos aqui reunidos nos lembram da importância que essas práticas 
vêm assumindo no cotidiano de serviços de saúde e para além deles, no 
sentido de contribuir para a efetivação de um dos princípios centrais da 
nossa política de saúde que é o da integralidade.
Sabemos que apesar da integralidade se constituir princípio ético 
do SUS, ainda vivenciamos muitas contradições na organização dos 
serviços de saúde que se pauta hegemonicamente pela racionalidade 
biomédica e que, mesmo com as medicinas tradicionais dos povos origi-
nários, tendo sido incluídas no arcabouço teórico da Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares(PNPIC), elas seguem excluídas, 
invisibilizadas e não reconhecidas pela grande maioria dos que pensam 
e executam a política em seu cotidiano.
Nesse sentido é importante lembrar que, apesar da importância 
inquestionável das práticas da biomedicina ofertadas à população, não 
podemos negar outros itinerários terapêuticos que as pessoas trilham 
cotidianamente, na sua busca de recuperação da saúde e superação dos 
agravos vivenciados (DANTAS, 2020). 
Sem dúvida a criação da PNPIC e a inclusão de novas práticas ao 
arsenal de opções proposto mais recentemente, representam avanços 
fundamentais, especialmente no contexto da Estratégias Saúde da Famí-
lia, da Saúde Mental, no que diz respeito às possibilidades de repensar 
os rituais de cuidado e promoção à saúde considerando as pessoas em 
sua totalidade e o respeito às peculiaridades, necessidades e identidades 
culturais das comunidades e de interagir e aprender com os sujeitos 
populares suas vivências de cuidado.
Em um país de dimensões continentais como o nosso, algumas 
dessas práticas conseguem apontar possibilidades de interfaces com a 
formação acadêmica e com a produção de saberes sobre o cotidiano 
do trabalho em saúde e educação, como alguns dos textos contidos 
neste livro de modo a ampliar a perspectiva dos profissionais sobre a 
realidade dos territórios onde atuam. 
No contexto dessa produção, algumas das práticas tomadas como 
foco de reflexão, além de chamarem à dimensão da integralidade vendo 
os sujeitos em sua inteireza Dantas (2020), trazem experiências e con-
tribuições de culturas locais e chamam a dimensão da integralidade 
vendo os sujeitos em sua inteireza. Calcadas em uma compreensão 
do adoecer que incorpora a intuição, a espiritualidade, a cultura tendo 
como centralidade a saúde. Temos preferido nomeá-las como práticas 
populares de cuidado porque reconhecem e legitimam crenças, valores, 
conhecimentos, desejos e necessidades das classes populares, refletindo 
sua leitura do mundo, estando no geral, referenciadas na ancestralidade, 
nas experiências e condições de vida, no contexto sociocultural. 
Oriundas de territórios, países e até continentes diferentes, vão 
apontando possibilidades de diálogos interculturais e de construção da 
interação entre serviços de saúde, movimentos sociais e academia. Desde 
as genuinamente cearenses como a Terapia Comunitária Integrativa e as 
Farmácias Vivas, passando pela Biodança originalmente nascida no Chile, 
práticas de medicinas tradicionais orientais como a Medicina Tradicional 
Chinesa, e a maravilhosa Shantala criação de uma mãe Indiana em cuja 
homenagem assim é nomeada, a leitura dessa bela produção nos leva a 
refletir e sobre a importância dessas práticas no contexto de políticas 
públicas, não apenas no Brasil mas também na Centro-América e as 
possibilidades que a partir delas se delineiam no cuidado de crianças, 
idosos e outros grupos etários. 
Nos remete a pensar na perspectiva de construção de formas 
coletivas de cuidado e promoção da saúde que rompam com a medica-
lização e se pautem na interação na visibilização de saberes populares e 
tradicionais e que apontem possibilidades de construção de autonomia 
nos processos de cuidar abrindo lugar para dimensões como a amoro-
sidade e a corresponsabilidade dos(as) sujeitos(es).
Dessa leitura e suas potencias também emergem reflexões para 
seguirmos problematizando sobre a importância da implementação e 
fortalecimento das práticas integrativas no SUS com o cuidado para que 
não sejam capturadas pela lógica hegemônica da biomedicina, muitas 
vezes produtora de dependência e alienação do cuidado por parte de 
cidadãos (ãs) que buscam o cuidado. 
Que ampliem os diálogos e a interação com as dinâmicas popu-
lares coletivas que em geral não cabem nos protocolos assistenciais dos 
serviços de saúde, mas que apontam para a reinvenção nos modos de 
cuidar e produzir saúde, de tecer redes que se movimentam.
Que as evidências tão requeridas sobre essas práticas possam 
ampliar possibilidades de se pensar ciência não apenas sob a ótica car-
tesiana, eurocêntrica mas considerando a perspectiva de que apren-
demos, produzimos conhecimentos considerando o nosso ser inteiro 
“sentipensante como propõe o colombiano Orlando Fals Borda em que 
sujeites partícipes de processos de produção de conhecimento possam 
ser considerados seres “sentipensantes”, e que os olhares singulares 
experenciados pelos diversos sujeitos/as/es possam ser levados em 
conta no percurso da produção de conhecimento.
De uma ciência não fragmentadora da realidade, e que possa ser 
inclusiva e propulsora de um pensar que se faz crítica de forma inte-
gral e integrada, acolhendo, razão pensamento, emoção, sensibilidade, 
amorosidade, espiritualidade, para analisar crítica e cooperativamente 
situações-limite e sonhar nossos inéditos viáveis 
Que inclua aspectos como a criatividade, a arte como possibili-
dades de expressar e gerar conhecimentos para um cuidado em rede 
como expressão de amorosidade e compromisso com a defesa da vida.
Por fim fazendo um convite a você leitor(ra) a se debruçar sobre 
os escritos aqui colocados, penso que nos lembram de que trabalhadores 
e trabalhadoras da saúde e da educação ao comporem essa coletânea, 
expressam reflexões produzidas em um espaço acadêmico mas que traz 
implícitas as experiencias vividas em seus cotidianos o que nos remete 
ao que nos aponta Oscar Jara Holliday (2006) sobre a possibilidade de 
construir reflexões por meio de um processo dialético, que considera a 
historicidade, a criticidade para efetivação de uma prática transformadora.
A rica produção desse coletivo de sujeites sobre o tema das prá-
ticas integrativas nos faz mover-nos em esperança e nos leva ao encon-
tro de Paulo Freire a nos dizer: 
É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar, porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é 
esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar 
é juntar-se com outros para fazer de outro modo (FREIRE, 2002).
Professora Dr. Vera Lúcia De Azevedo Dantas 
Espaço Ekobé – Pró-Reitoria de Extensão 
Universidade Estadual do Ceará
https://www.uece.br/proex/category/espaco-ekobe/
SUMÁRIO
A SHANTALA COMO FERRAMENTA DO CUIDADO DE LACTENTES 
E CRIANÇAS ............................................................................................................ 13
Tayná Vieira da Silva | Marcos Roberto Figueira Ferreira | Gabriela Nogueira Cavalcante | 
Ricardo Hugo Gonzalez
APLICAÇÃO DA AROMATERAPIA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO 
INTEGRATIVA .......................................................................................................23
Gabriela Nogueira Cavalcante | Tayná Vieira da Silva | Marcos Roberto Figueira Ferreira | 
Ricardo Hugo Gonzalez
ARTETERAPIA E PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL NA ESCOLA: 
RELAÇÃO DE SENTIMENTOS, EMOÇÕES E EXPRESSIVIDADE .....33
Shirleibergue Feijó Moreira Sousa | Francisca Yara de Oliveira | Ana Soraya Santos | 
Kelen Gomes Ribeiro
EXPERIÊNCIA DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVANA 
ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA ..............................................................43
Francisca Yara de Oliveira Mota | Ana Soraya Santos | Shirleiberg Feijó Moreira Sousa | 
Ricardo Hugo Gonzalez
O CORPO GORDO E A PRÁTICA DO YOGA: BENEFÍCIOS, DESAFIOS 
E POTENCIALIDADES ........................................................................................57
Vanessa Siebra de Mesquita | Kelen Gomes Ribeiro
DANÇAR A VIDA: BIODANÇA NO CONTEXTO DA SAÚDE .................. 71
Ana Soraya Santos | Francisca Yara de Oliveira Mota | Shirleiberg Feijó Moreira Sousa | 
Ricardo Hugo Gonzalez
DANÇAS CIRCULARES COMO PRÁTICAS INTEGRATIVAS 
COMPLEMENTARES ...........................................................................................83
José Helder Diniz Junior
OSTEOPATIA E QUIROPRAXIA.......................................................................95
 Vyna Maria Cruz Leite
FITOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA E COMPLEMENTAR 
NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ................................................................... 111
Kelly Rose Tavares Neves | Karisia Caldas Tavares | Álvaro Jorge Madeiro Leite
PRACTICAS INTEGRATIVAS Y COMPLEMENTARIAS EN SALUD: 
ACUPUNTURA ..................................................................................................... 127
Marco Tulio Gerardo Solano García
PUBLICIDADE E PRÁTICAS INTEGRATIVAS: COMO LEVAR O REIKI 
AO PÚBLICO GERAL E PROFISSIONAIS DE SAÚDE .............................141
Marcelo Giacomini
OZONIOTERAPIA - A TERAPIA COM O GÁS OZÔNIO: O CÉNARIO 
NO ANO DE 2023 ..................................................................................................161
Marcos Roberto Figueira Ferreira | Gabriela Nogueira Cavalcante |Tayná Vieira da Silva 
Ricardo Hugo Gonzalez
SOBRE O ORGANIZADOR ............................................................................... 169
SOBRE OS AUTORES ......................................................................................... 170
ÍNDICE REMISSIVO .......................................................................................... 173
13
A SHANTALA COMO FERRAMENTA DO 
CUIDADO DE LACTENTES E CRIANÇAS
Tayná Vieira da Silva 
Marcos Roberto Figueira Ferreira 
Gabriela Nogueira Cavalcante 
Ricardo Hugo Gonzalez
O presente capítulo tem como objetivo mostrar como a Shantala 
pode ser utilizada para promover o vínculo materno com seu filho e 
auxiliar no desenvolvimento infantil da criança devido aos estímulos 
realizados durante o momento em que as técnicas são aplicadas. O 
estudo justifica-se pela falta de conhecimento dos usuários acerca das 
técnicas de aplicação da Shantala e da necessidade de implantação dessa 
prática para promoção da saúde da criança e fortalecimento do vínculo 
com seu(s) cuidador(es) como forma de transmitir segurança, acon-
chego, carinho, alívio, dentre outras sensações ao bebê. O toque é um 
mensageiro importante no processo de reconhecimento e a Shantala 
permite além dele uma troca de energia e olhar entre o bebê e cuidador, 
podendo ser utilizada sempre que desejado e até como rotina de cui-
dados. Justifica-se essa discussão pela contribuição que a Shantala tem 
no processo de desenvolvimento da criança e na formação de vínculo 
com o seu meio social, podendo ser aplicada não apenas no contexto de 
Atenção Primária e devendo ser ensinada, por profissionais capacitados 
para a execução correta das técnicas, beneficiando pais e filhos a partir 
do fortalecimento de vínculos e auxílio no desenvolvimento infantil.
O VÍNCULO COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento infantil é um processo gradual no qual o 
indivíduo aprende, a partir dos estímulos externos, aspectos socioemo-
cionais e da linguagem, a evoluir constantemente (FERNANDESet al., 
2020). Tais evoluções são interdependentes, mas estão inter-relacionadas 
14
não apenas com a própria evolução natural do ser, mas também com 
o meio no qual vive, condições socioeconômicas, nutricionais, estimu-
lação cognitiva por meio dos familiares, suporte e instrução familiar, 
acompanhamento profissional durante a primeira infância, dentre outros 
aspectos (BLACK et al, 2017; VILLAR et al, 2019).
A gestação traz consigo muitas transformações e novos atribu-
tos sociais para a família que está se formando, sendo o vínculo uma 
formação necessária de amparo tanto para o bebê quanto para a mãe 
que sofre diversas alterações psíquicas, físicas, emocionais e sociais 
(SIMAS et al, 2013). A rede de apoio dessa mulher torna-se fundamen-
tal nesse novo ciclo, influenciando diretamente na relação mãe-bebê, 
nos cuidados maternos e no desenvolvimento da criança ao longo dos 
tempos (FREITAS; MARQUES, 2022). 
Assim, é possível perceber como o vínculo é capaz de estabelecer 
conexões necessárias para o binômio mãe-bebê, a fim de ofertar inúme-
ros benefícios, como troca de afeto, olhares, gestos e cuidado mútuo, 
a ambos. Isso perdura durante a vida de ambos, refletindo no cuidado 
e no desenvolvimento da criança no decorrer dos anos, ofertando a 
mãe uma maior segurança dos cuidados prestados. Uma rede de apoio 
é fundamental nos momentos iniciais, pois há uma adaptação de toda 
a nova rotina que está sendo criada, porém é fundamental para ambos 
esses momentos de cuidado para além do vínculo formado durante os 
momentos de amamentação. É válido ressaltar que a Shantala pode ser 
ofertada por demais membros da família, como o pai e os avós.
A formação de vínculo entre a mãe e o bebê ocorre desde o 
momento intrauterino, quando, na gestação, essa mulher tem seus momen-
tos íntimos com o novo ser que vem sendo gerado, como conversas 
entre ambos, músicas cantadas para o bebê, massagens e/ou toques no 
ventre e até a interação entre mãe, pai e bebê em um momento mais 
intimista. No momento extrauterino, esses vínculos se fortalecem através 
do cuidado físico, da compreensão de estímulos e sensações, do acalanto 
15
ao choro, da amamentação e até mesmo no momento do banho e de 
ninar para dormir (CARLETTO, 2019). 
É nesse processo de formação de vínculo extrauterino e trazendo 
mais um momento de conexão entre a mãe e o bebê que se pode incluir 
a Shantala na rotina do binômio mãe-filho. Esta Prática Integrativa e 
Complementar em Saúde (PICS) oriunda da Índia e é própria para ser 
aplicada em bebês e crianças, não apenas com a finalidade de estreitar 
os laços, mas também de melhorar o relaxamento, sono, cólicas e outras 
necessidades fisiológicas do bebê, além de ajudar no seu desenvolvi-
mento infantil (LEBOYER, 2009).
A partir do exposto, é vista a necessidade de promoção do vín-
culo entre o binômio mãe-filho e como a Shantala pode auxiliar nesse 
processo, além de trazer uma gama de benefícios à saúde do bebê. 
Assim, é necessário estimular a formação de profissionais direcionada 
para a aplicação e a orientação das técnicas dessa massagem aos pais 
dentro do seu contexto de atuação de cuidados à família, propagando 
o uso dessa técnica e fomentando o cuidado através do toque, trazendo 
melhorias para o seio familiar e para o desenvolvimento da criança 
em um aspecto biopsicossocial.
SHANTALA: APLICABILIDADE E REFLEXOS NO 
CUIDADO INFANTIL
Frédérick Leboyer, em 1976, médico e obstetra francês, observou 
na cidade de Calcutá, Índia, mulheres massageando seus bebês sempre 
com os mesmos movimentos e aquilo o deixou encantado. Resolveu 
então colocar o nome dessa técnica de Shantala, devido a uma mulher 
paraplégica, que foi acolhida juntamente com seus filhos por freiras em 
um albergue e para recompensar aquele ato de caridade, cuidado e amor 
resolveu aplicar as técnicas de massagens nos bebês que ali se encontra-
vam. A partir disso, o médico produziu um filme com a demonstração 
da sessão de massagem Ayurveda adaptada para bebês que vem sendo 
difundida no decorrer dos anos e, em especial no Brasil, a partir de 1986, 
16
por meio da publicação de um livro de Leboyer no qual ensina essas 
técnicas (LEBOYER, 2009; LEBOYER, 2010).
Esta técnica indiana se aplicana superfície corporal do bebê atra-
vés do toque executado pela mãe. É composta por um passo a passo de 
técnicas sendo elas: preparação do ambiente; deslizamento em “X” no 
tronco e abdômen do bebê; torcedura de braços e punhos; deslizamento 
com polegares em sentido horário no abdômen; torcedura em pernas e 
tornozelos; em decúbito ventral, realizar o deslizamento das mãos em 
toda região dorsal, incluindo nádegas e pernas; retornar o bebê para o 
decúbito dorsal e fazer técnicas de deslizamento com a ponta dos dedos 
em toda a superfície facial; realizar alongamento de braços e pernas – 
favorecendo o estímulo dos movimentos dos membros e os reflexos já 
existentes – e o momento pode ser finalizado com um banho relaxante 
(LEBOYER, 2009). É válido ressaltar que o bebê é quem conduz o 
momento e mostra se está sendo prazeroso e saudável para ele. 
A Shantala é considerada uma das terapias mais antigas e tradicio-
nais e atua não somente como terapia, mas como modo de reconheci-
mento do bebê à diferença do ambiente interno e externo ao útero. Tais 
técnicas auxiliam principalmente nesse período de transição e, em sua 
aplicabilidade, deve-se utilizar óleos essenciais aquecidos com a fricção 
das mãos, preparar o ambiente para realizar o momento e haver uma 
orientação prévia e adequada para aplicação das técnicas promovendo, 
assim, relaxamento e bem-estar ao bebê e/ou criança, auxílio do desen-
volvimento dos sistemas circulatório, respiratório, digestivo, linfático 
e cognitivo. Esta terapia também contribui na regulação da pressão 
arterial, aumentando a distribuição de sangue para órgãos e tecidos 
e no sistema imunológico, favorecendo o funcionamento metabólico 
(CAMPADELLO, 2006; CARNEIRO et al, 2020).
A Shantala consiste em técnicas benéficas para pais e filhos, pro-
porcionando uma maior qualidade de vida, redução de estresse, cólicas 
abdominais e reforçando o vínculo afetivo, mostrando a beleza da comu-
nicação com a troca de olhares, sorriso e amor, sendo este um método 
17
de baixo custo e, por isso, seu uso deve ser mais estimulado e ensinado 
(CANAÃ et al, 2021), corroborando com as afirmativas Bowden e Grenn-
berg (2019), que afirmam que a massagem integra o campo de ações 
que buscam auxiliar no manejo da dor através do estímulo, com base 
em uma descarga sensorial positiva promovendo a circulação sanguínea.
No Brasil, a Shantala passou a ser implantada nos serviços de saúde 
do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), através da Portaria GM 
n° 849/2017, que descreve como uma técnica de massagem para bebês 
e crianças, composta por séries de movimentos pelo corpo, permitindo 
despertar e ampliar o vínculo do cuidador com o bebê, promovendo 
a saúde integral e reforçando vínculos afetivos, confiança, criatividade, 
dentre outros, além de harmonizar e equilibrar os diversos sistemas cor-
póreos como circulatório, respiratório e linfático. Os estímulos também 
reforçam o movimento das articulações e musculatura, auxiliando no 
desenvolvimento motor e em movimentos como rolar e andar.
Um estudo realizado em 2021 afirma a potência existente nessa 
técnica no que tange a tranquilidade e a recepção ao toque, mostrando 
que, na sua amostragem, cerca de 31% das mães afirmam que os bebês 
se tornaram mais tranquilo, dos quais, cerca de 16% apresentaram uma 
melhora no padrão do sono e 8% na recepção do toque e melhora da 
atenção. É também revelada uma melhora do funcionamento intestinal 
em 6,2% e de 12,5% da habilidade motora (CUNHA, 2021).
Outro estudo, realizado por Anziliero e Dal Molin (2020), mos-
tra os efeitos da Shantala na redução da frequência cardíaca do bebê 
em cerca de 14 batimentos por minuto e 9 incursões respiratórias por 
minuto após ser submetido às técnicas de massagem, evidenciando 
o relaxamento e a influência direta da Shantala no sistema nervoso 
parassimpático. Ressalta-se ainda que essa é uma intervenção que pode 
ser realizada tanto pelo profissional de saúde dentro de um ambiente 
hospitalar quanto pelo cuidado e ou/pais do bebê, promovendo uma 
melhora do estado geral e agitação.
18
A partir de um estudo, realizado em 2020, aplicando técnicas de 
massagem em cinquenta crianças hospitalizadas também foi possível 
evidenciar uma diminuição da dor, frequência cardíaca e respiratória 
em números consideráveis, principalmente, no que tange a categoria 
dor leve. Apesar da existência de tecnologias leves, essas pouco são 
aplicadas dentro do ambiente hospitalar, sendo evidenciadas por meio 
das prescrições nas quais o único meio descrito para alívio da dor era 
uso de analgésicos quando necessário (SILVA et al, 2020). 
É percebendo as evidências científicas produzidas que podemos 
observar os diversos meios de proporcionar conforto e vínculo à criança 
sem que sejam utilizados medicamentos ou objetos e máquinas. A Shantala 
vem para promover uma interação da criança com o seu cuidador, dan-
do-lhes intimidade e podendo ser utilizada nos mais diversos ambientes 
do cuidado, seja em domicílio, no contexto da AB ou nos serviços de 
atenção secundária e terciária. Sua aplicabilidade está diretamente ligada ao 
contexto no qual o usuário e sua rede de apoio está inserida, sendo total-
mente adaptável às necessidades inerentes naquela determinada ocasião.
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O ENSINO DA 
APLICABILIDADE DA SHANTALA
A formação de profissional para aplicação das PICS é algo escasso 
quando se é associado à oferta de cursos de capacitação pelo Ministério 
da Saúde ou pelas prefeituras municipais. Relatos mostram que, quando 
essas formações ocorrem de modo gratuito, elas são rápidas, de curta 
duração e muitas vezes, ao final, não se sente seguro para aplicar as téc-
nicas devido ao pouco tempo de prática vivenciado. Os cursos de maior 
duração partem de um investimento particular realizado pelos profis-
sionais e seu interesse em aprender acerca das PICS (SILVA et al, 2021).
Estudos sobre a atenção básica demonstraram a necessidade 
de se desenvolver profissionais de Enfermagem capazes de atuar no 
Sistema Único de Saúde com os princípios que norteiam a Política de 
Atenção Básica, local onde técnicas eficazes e de baixo custo podem 
19
ser muito úteis (FÉLIX; MAIA; SOARES, 2019). Corroborando com 
a ideia, Camilo (2022) traz a reflexão que grande parte dos acadêmicos 
dos cursos de enfermagem tem receio na atuação de novas diretrizes 
e que o modelo biomédico é limitante, fazendo com que a formação 
acadêmico-profissional também seja. Desse modo, as PICS não constam 
como disciplina da grade curricular das universidades ou estão como 
disciplinas optativas e que a maioria dos acadêmicos têm conhecimento 
das práticas devido a saberes populares (CAMILO, 2022).
Uma experiência exitosa para a formação de profissionais foi 
testada em Recife, no ano de 2018, quando surgiu a necessidade de se 
ampliar a formação de profissionais e de oferta das PICS em um deter-
minado território, sendo essa necessidade identificada através de registros 
das conferências municipais e congressos acadêmicos. Assim, surgiu o 
Projeto Salutar que tinha como objetivo ampliar os pontos de cuidados 
integrativos, sendo uma parceria da Universidade de Pernambuco com 
a Prefeitura de Recife, e capacitaram 141 pessoas entre profissionais 
na AB e do NASF, alunos da graduação e residentes. Foram ofertadas 
onze modalidades de PICS, dentre elas, a Shantala, através de oficinas 
que variavam de vinte a cem horas aula (NASCIMENTO et al, 2020).
Diversas experiências acerca da formação dos profissionais em 
PICS podem ser encontradas na literatura como nos mostra Barboni 
(2023), Nunes et al (2022), Carrer et al (2022) e Silva et al (2019), que 
realizou um estudo em que foram entrevistados vinte profissionais acerca 
da sua formação e capacitação para aplicação das PICS em seu cenário 
de atuação, sendo evidenciado que apenas dois profissionais aplicavam 
Shantala e não possuíam curso específico. Issomuito preocupa, pois, 
enquanto nas outras PICS eram ofertados cursos de curta duração sendo 
presenciais ou online, a modalidade Shantala não possuía nenhuma das 
opções, mostrando uma fragilidade de pessoas capacitadas para o ensino 
da técnica. Persistiram nesse estudo os relatos da necessidade de se ter 
cursos com uma carga horária mais abrangente e de modo presencial 
20
e que o conhecimento inicial acerca das PICS não foi na graduação ou 
em outro espaço formativo e sim por meio da internet, livros e revistas. 
Percebe-se, assim, que os usuários que têm acesso às PICS afirmam 
a necessidade de ampliá-las e com o êxito dos cursos e das aplicações das 
práticas é necessário investimento das Prefeituras Municipais para capaci-
tar de profissionais que possam executar as PICS. Um dos investimentos 
seria parcerias com Universidades que possuem projetos com as PICS, 
que utilizam dela no meio acadêmico e contribuindo para um dos tripés 
da universidade que é a extensão. Salienta-se a necessidade de um investi-
mento financeiro para a aquisição de materiais necessários não só para o 
ensino das práticas, mas também a execução delas no ambiente desejado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A concreta implantação das PICS dentro do SUS deve ser repensada 
dentro de uma premissa da real valorização da aplicação dos cuidados nos 
usuários, sendo destinados recursos financeiros próprios para se propor-
cionar ambiente e material adequado para realização de cursos e oficinas 
com os pacientes que frequentam o espaço e se interessam pela temática.
A partir do presente estudo foi percebida a influência que a Shan-
tala tem para melhorar efetivamente o vínculo do cuidador com o 
bebê além de influenciar diretamente no processo de desenvolvimento 
infantil e amenizar desconfortos, como as cólicas, comuns nessa fase 
de adaptação com o meio externo.
Apesar de ser uma técnica que pode ser utilizada em diferentes 
ambientes, ainda se faz necessária a qualificação de profissionais para 
orientar corretamente os pais/cuidadores a realizar as técnicas de Shan-
tala de modo eficiente e que não venha a causar desconforto ou demais 
danos ao bebê. Desse modo, é necessário investimento público para a 
realização de cursos presenciais ou mistos com carga horária suficiente 
para que haja uma boa compreensão dos profissionais acerca das técnicas 
que são utilizadas na Shantala. 
21
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23
APLICAÇÃO DA AROMATERAPIA EM 
CRIANÇAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Gabriela Nogueira Cavalcante 
Tayná Vieira da Silva 
Marcos RobertoFigueira Ferreira 
Ricardo Hugo Gonzalez
INTRODUÇÃO
A saúde da criança foi definida pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) como estratégia prioritária, enfatizando que, em todo lugar do 
mundo, deve-se agir para a garantia de direitos de cada criança, pela sua 
saúde física e mental e seu bem-estar, enfatizando que cada um deve 
ter iguais oportunidades no âmbito social e econômico e que cresçam 
numa sociedade próspera e sustentável (OMS, 2016).
Na infância, os agravos predominantes na população de 0 a 5 anos 
são infecções respiratórias agudas (IRA), a diarreia e a anemia, como os 
mais comuns (BELTRÃO et al, 2020). A OMS e a Organização Pan-
-Americana de Saúde (OPAS) formularam um manual com estratégias 
para o enfrentamento dessas doenças mais prevalentes (OPAS, 2022).
Esse manual, chamado Atenção Integrada das Doenças Preva-
lentes na Infância (AIDPI), é uma metodologia utilizada para reduzir 
a mortalidade infantil no Brasil, por meio do auxílio a profissionais de 
saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) no atendimento às crianças 
nos primeiros 5 anos de vida (OPAS, 2022).
Tendo em vista o cuidado à saúde no contexto da APS, o AIDIPI 
fornece recomendações de simples execução para uma resposta ágil ao 
processo saúde-doença, com foco da atenção de um olhar mais com-
plexo e integrado para o conjunto de doenças de maior prevalência na 
infância (OPAS, 2022; BRASIL, 2017).
24
Para a garantia de saúde integral da criança é importante que 
se utilize estratégias viáveis e acessíveis para todos, considerando as 
características socioeconômicas. Por exemplo, a Medicina Tradicional 
(MT) é geralmente de baixo custo e de fácil acesso e manipulação. A 
MT tem sua origem em crenças culturais de determinados povos, carac-
terizadas por práticas que atravessaram gerações e permanecem vivas 
até a atualidade (OPAS, 2023). 
Ao longo das últimas décadas, as MT estão sendo muito incen-
tivadas nos sistemas de saúde, especialmente na APS. No Brasil, a 
regulamentação das práticas da MT está contida na Política Nacional 
de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS) (BRA-
SIL, 2006; BELTRÃO et al, 2020).
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) 
contemplam sistemas médicos complexos que buscam estimular os 
mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde 
por meio de tecnologias eficazes e seguras (BRASIL, 2006).
Dentre as PICS, a aromaterapia pode ser utilizada para o cui-
dado ao público infantil. Caracteriza-se como prática terapêutica 
secular que consiste no uso de concentrados voláteis extraídos de 
vegetais, os óleos essenciais (OE), a fim de promover ou melhorar a 
saúde e o bem-estar (BRASIL, 2018).
A despeito do uso da aromaterapia no público pediátrico, Ghaderi 
e Solhjou (2020), ao aplicarem OE de lavanda em crianças de sete a nove 
anos para alívio do estresse e da percepção de dor, encontraram redução 
do cortisol salivar, diminuição da frequência respiratória e cardíaca.
O presente estudo foca na melhora do nível de conhecimento 
sobre a aplicação de aromaterapia em crianças, pois essa prática pode 
auxiliar na atenção ao público infantil, incluindo as doenças prevalentes. 
Diante de tais motivações, o objetivo do presente estudo é realizar uma 
revisão integrativa de literatura sobre o tema aromaterapia para analisar 
a aplicabilidade desta prática de cuidado no campo da saúde pediátrica, a 
25
fim de auxiliar a prática de profissionais de saúde e os familiares enten-
derem os benefícios da aromaterapia para o público infantil.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, que se caracteriza pela reu-
nião e síntese de resultados de estudos acerca de determinado tema ou 
objeto, de forma ordenada, seguindo um delineamento. É uma meto-
dologia mais abrangente, pois permite a inclusão simultânea de tipos 
de estudos como quase-experimentos, diferente da revisão sistemática, 
tornando mais ampla a compreensão do objeto ou tema investigado 
(CAVALCANTE; OLIVEIRA, 2020). 
A construção da revisão integrativa percorre seis etapas: identifica-
ção do tema e elaboração da questão de pesquisa; estabelecimento dos cri-
térios de inclusão e exclusão para seleção dos estudos; definição das infor-
mações a serem extraídas dos estudos selecionados; avaliação dos estudos 
incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; e apresen-
tação da síntese dos resultados (CAVALCANTE; OLIVEIRA, 2020). 
Foi definida como pergunta de pesquisa: Qual o uso de aromate-
rapia em crianças e quais os seus efeitos? Para resolver esse problema, 
foi utilizada a estratégia de busca construída em blocos temáticos deno-
minada PIC. Esse é um acrônimo onde P é a população abordada, I é a 
intervenção ou fenômeno de interesse e C é o contexto (ARAÚJO, 2020). 
No presente estudo, P- crianças, I- aromaterapia, C- efeitos do 
uso da aromaterapia em crianças. Essa ferramenta foi importante para 
a seleção dos descritores para realizar a estratégia de busca nas bases 
de dados. Foi buscado na PubMed, Bdenf e Lilacs, com os descritores 
“Criança” e “Aromaterapia” de acordo com o DeCS/MeSH (Descritores 
em Ciência da Saúde), nos idiomas inglês, português e espanhol. 
Ao buscar nas bases de dados, foram utilizados os descritores 
mencionados, nos três idiomas, com os operadores booleanos AND e 
26
OR, da seguinte forma: Aromaterapia OR Aromatherapy OR Aromatera-
pia AND Criança OR Child OR Niño.
Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis na íntegra, 
nos idiomas português, inglês e espanhol e data de publicação de 2019 
a 2023, com o objetivo de coletar dados mais atualizados, dos últimos 
cinco anos. O critério de exclusão foi artigos que não respondem a 
pergunta de pesquisa. A busca foi realizada por apenas um pesquisa-
dor, no dia 18 de maio de 2023.
Para coleta e organização dos dados foi utilizado o programa Excel 
do Microsoft Office Profissional Plus 2016, com as seguintes questões 
de pesquisa: título do artigo, autor, periódico publicado, banca de busca, 
ano da publicação, tipo de publicação, local da pesquisa, amostra dos 
estudos, objetivo da pesquisa e resultados referentes às perguntas uso 
da aromaterapia e seus efeitos.
RESULTADOS
Foram identificadas um total de 58 publicações com a estraté-
gia de busca mencionada na plataforma Nacional Library of Medicine 
(MEDLINE/PUBMED), sendo que sete atenderam aos critérios de 
inclusão. Na Base de dados da Enfermagem (BDENF), 24 foram encon-
trados, mas nenhum foi selecionado. Enquanto na Literatura Latino-
-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), 21 artigos, 
sendo dois selecionados. Totalizando, o total de nove artigos para leitura 
aprofundada e caracterização da revisão integrativa, conforme quadro 1. 
Sobre os periódicos, três foram da área temática da odontologia, 
três da área pediátrica e os demais de revistas e jornais multiprofis-
sionais conforme demonstrado no quadro abaixo. Quanto ao ano de 
publicação, houve uma concentração maior no ano de 2021, com três, 
seguido de 2020, com duas, e as demais, com uma publicação para 
cada ano de 2018, 2019 e 2023.
27
Dois estudos são transversais, dois cortes, dois estudos descriti-
vos, um estudo qualitativo, uma revisão de literatura e um ensaio clínico 
randomizado, com o nível de evidência avaliado segundo a escala Gra-
ding of Recommendatons Assessment Development and Evaluaton (GRADE) 
discriminado no quadro abaixo (BRASIL, 2014). 
A despeito do uso da aromaterapia em crianças, em dois estudos foi 
realizada a intervenção para ansiedade relacionada a procedimento odon-
tológico. Além disso, foi relatado o uso para epilepsia, bruxismo, redução 
de dor, infecções agudas do trato respiratório, erro inato do metabolismo, 
doenças reumáticas, febre, problemas de sono, tosse, entre outros.
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29
DISCUSSÃO
A presente revisão de literatura tratou de tema importante para a 
atenção à saúde da criança. A aromaterapia mostrou-se ferramenta no tra-
tamento de crianças. Lucas et al (2019), em estudo na Austrália, demonstrou 
que a aromaterapia é utilizada no cuidado às doenças prevalentes, como 
a Infecção Respiratória Aguda (IRA), que está como uma das responsá-
veis pela mortalidade de crianças de zero a cinco anos (BRASIL, 2017).
O AIDIPI, manual criado para o enfrentamento das doenças 
prevalentes na infância, orienta sobre a importância da utilização prefe-
rencial de medidas caseiras em relação aos medicamentos convencionais. 
Dentre essas medidas caseiras, está a oferta de mel de abelha e efusão 
de plantas medicinais, por exemplo (BRASIL, 2017).
Essas medidas caseiras citadas são exemplos de PICS, como a 
aromaterapia, prática que pode contribuir com o Sistema Único de 
Saúde, não somente por trazer benefícios aos pacientes, como também 
colaborar com a economia de gastos da instituição pública. A prática 
reduz custo, pois a matéria-prima utilizada possui custo relativamente 
baixo em comparação com suas vantagens (BRASIL, 2018).
A mortalidade infantil é um indicador de saúde que expressa 
as condições de vida de uma população (BRASIL, 2021). Portanto, é 
necessário que seu cuidado seja transversalizado na Rede de Atenção à 
Saúde, com atenção multiprofissional.
Os OE são utilizados por profissionais de diferentes áreas, como 
enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, médicos, veterinários, terapeutas 
holísticos, naturistas, dentre outros (BRASIL, 2018). Porém, nessa revi-
são, houve mais publicações na odontologia, demonstrando que esses 
profissionais estão trabalhando com aromaterapia para o público infantil. 
É importante relatar que, na base de dados da enfermagem, não 
foi encontrado estudo da aromaterapia aplicado ao público infantil, 
embora tenham sido achadas muitas pesquisas com aplicação da prática 
voltada para a saúde do trabalhador da enfermagem. É preciso que seja 
30
incentivada a pesquisa e a atuação multiprofissional na aromaterapia, o 
ganho é do público infantile seus familiares.
A redução da ansiedade relatada no estudo de Nirmala e Kama-
tham (2021), na Índia, traz um nível de evidência alto, pois se trata 
de um ensaio clínico randomizado, com bom desenho metodológico, 
demonstrando que a aromaterapia pode ser utilizada para crianças 
(APÓSTOLO, 2017). Efeito que já é visto na literatura, como o estudo 
de Ghaderi e Solhjou, com intervenção de estresse e percepção de dor 
relacionada a procedimentos odontológicos no Irã.
Ademais, outras condições de saúde precisam ser mais estudadas, 
pois ainda existem poucas pesquisas, como bruxismo, epilepsia e erro 
inato do metabolismo, que, no presente estudo, evidenciou-se os OE 
como ferramentas no seu tratamento. 
A despeito da aromaterapia, algumas situações de saúde são tra-
balhadas mais, como a ansiedade, mas através dessa revisão integrativa 
é possível perceber que há outros campos de atuação dessa prática. 
Apesar da contribuição desse estudo para familiares de crianças 
e profissionais da saúde no uso da aromaterapia, o delineamento dessa 
revisão integrativa apresenta uma limitação de produzir evidência científica 
com baixa qualidade, por isso é necessário que sejam realizadas revisões 
sistemáticas com metanálise para garantir a força das recomendações 
dos achados de pesquisa, incentivando a ampliação das PICS no Brasil. 
CONCLUSÃO
Os conhecimentos e evidências na literatura sobre a aromaterapia 
na atenção à saúde da criança podem ser utilizados na ansiedade rela-
cionada a procedimento de saúde, devido a qualidade das evidências de 
um ensaio clínico randomizado.
Sobre a ansiedade, através da melhora nos sinais vitais, foi possível 
visualizar os efeitos biológicos dessa prática, por exemplo, a redução 
do ritmo cardíaco e aumento da saturação de oxigênio. Ademais, estu-
31
dos qualitativos com maior rigor metodológico também podem ter 
força de recomendação importante.
A aromaterapia mostrou ser utilizada em várias situações de saúde, 
sobretudo no cuidado às doenças prevalentes, como estratégia para a 
redução da mortalidade infantil. Porém, a literatura trouxe outros usos 
da prática que precisam ser estudados com melhor delineamento. Por 
exemplo, a respeito de algumas condições de saúde, devido ao número 
reduzido de artigos e alguns com desenho metodológico que não pro-
duzem bom nível de evidência científica, como o bruxismo, erro inato 
de metabolismo, epilepsia, dentre outros citados.
As PICS são recursos terapêuticos acessíveis para o enfrentamento 
de diversas condições de saúde que atingem as crianças, por isso devem 
ser realizadas pesquisas com a temática para incentivar o conhecimento 
da população sobre os seus benefícios e a capacitação multiprofissional 
para disseminação dessas práticas com cuidado de saúde.
REFERÊNCIAS
APÓSTOLO, João Luís Alves. Síntese Da Evidência No Contexto Da Translação Da 
Ciência. Coimbra: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, 2017. 136 p.
ARAÚJO, Wánderson Cássio Oliveira. Recuperação da informação em saúde: construção, 
modelos e estratégias. Convergências em Ciência da Informação, Santa Catarina, v. 3, n. 2, 
p. 100-134, ago. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. DIRETRIZES METODOLÓGICAS: sistema GRADE: manual 
de graduação da qualidade da evidência e força de recomendação para tomada de decisão em 
saúde. Brasília: Editora Ms, 2014. 74 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de quadros de procedimentos: Aidpi Criança: 2 meses a 
5 anos / Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Fundo das Nações Unidas 
para a Infância. Brasília: Ministério da Saúde, 74 p., 2017. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006. Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares (Pnpic) no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: 
Editora MS, 2006. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de 
Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017. Brasília, DF: Editora Ms, 2018. 
32
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Mortalidade infantil no Brasil. Secretaria 
de Vigilância em Saúde. Brasília, v.52, 15 p., out. 2021.
CAVALCANTE, Lívia Teixeira Canuto; OLIVEIRA, Adélia Augusta Souto de. Métodos de 
Revisão Bibliográfica nos Estudos Científicos. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 26, 
n. 1, p. 83-102, abr. 2020.
GHADERI, Faezeh; SOLHJOU, Neda. The effects of lavender aromatherapy on stress and pain 
perception in children during dental treatment: A randomized clinical trial. Complementary 
Therapies In Clinical Practice, Irã, v. 40, n. 1, p. 1-5, 28 abr. 2020.
MATTOS, S. et al. Elaboração e validação de um instrumento para mensurar Autopercepção 
de Saúde em adultos. Saúde Debate, p. 366–377, jun. 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Committing to implementation of 
the Global Etrategy for Women’s, Children’s and Adolescents’ Health. 2016. Disponível em: 
<https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/252782/A69_R2-en.pdf?sequence=1&i-
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nas-tradicionais-complementares-e-integrativas#:~:text=A%20medicina%20tradicional%20
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1 jun. 2023.
33
ARTETERAPIA E PSICOMOTRICIDADE 
RELACIONAL NA ESCOLA: RELAÇÃO DE 
SENTIMENTOS, EMOÇÕES E EXPRESSIVIDADE
Shirleibergue Feijó Moreira Sousa 
Francisca Yara de Oliveira 
Ana Soraya Santos 
Kelen Gomes Ribeiro
INTRODUÇÃO
Cada vez mais percebe-se, no âmbito educacional, discurssão e estu-
dos sobre a necessidade de efetivar um modelo de educação que considere 
o sujeito como um ser completo, que não possa ser tratado, corpo, mente e 
emoções como aspectos isolados. De acordo a BNCC tem demonstrado de 
forma mais evidente a prioridade que é o desenvolvimento da saúde emocional 
de alunos no ambiente escolar. O documento se apresenta especificando 10 
“Competências Gerais da Educação Básica”. A oitava competência, se refere 
a: “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com-
preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos 
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.” (BRASIL, 2017, p. 10). 
Diante desta confirmação, podemos afirmar que a proposta 
da Psicomotricidade Relacional tem uma relação com o conceito no 
documento oficiail da BNCC. Segundo Vieira, Bellaguarda e Lapierre ( 
Vieira; Batista; Lapierre, 2005).
A Psicomotricidade Relacional é um método de trabalho 
que proporciona um espaço de legitimação dos desejos 
e dos sentimentos no qual o indivíduo pode se mostrar 
na sua inteireza, com seu medos, desejos, fantasias e 
ambivalências, na relação consigo mesmo, com o outro e 
com o meio, potencializando o desenvolvimento global, 
a aprendizagem, o equilíbrio da personalidade, facilitando 
as relações afetivas e sociais. 
34
Portanto, para que as crianças vivenciem situações que sejam capazes 
de realizar seu papel ativo, faz-se necessário a existência de ambientes que 
propiciem o desenvolvimento de habilidades para enfrentar desafios e resolver 
problemas, construindo significados. Na Base Nacional Comum Curricular, 
fala-se que a interação durante o brincar caracteriza o cotidiano infantil, 
possibilitando aprendizagens diversas e potenciais para o desenvolvimento 
integral das crianças. É possível observar na convivência das crianças entre 
si e com os adultos a troca de afetos, a mediação das situações de frustração, 
conflitos e a regulação das emoções (BRASIL, 2018).
A partir desse contexto, me veio o desejo de relatar minha expe-
riência vivenciadana sala (setting) da psicomotricidade relacional na escola 
e descrever a relevância da mediação feita com arteterapia, por meio do 
movimento e do corpo, como forma de ajudar as crianças a se expressarem 
livremente, seus registros de memórias. 
A temática da arteterapia na escola é pouco discutida, ainda se limita 
ao campo da Psicologia. A inclusão da arteterapia não é para um tratamento 
terapêutico, mas para ajudar as crianças que sentem dificuldades em falar no 
coletivo, de expressar seus sentimentos livremente de maneira espontânea 
e intuitiva sem interferência dos adultos. Para a criança, desenhar é uma 
brincadeira prazerosa e tem sentido simbólico. Sendo assim, sem perceber, 
a criança, através do desenho, sinaliza seus sentimentos como: alegrias, 
angústias, medos, dificuldades, entre outros. “A emoção é movimento, 
a imaginação dá forma e densidade à experiência de perceber, sentir e 
pensar, criando imagens internas que se combinam para representar essa 
experiência” (BRASIL, 2017, p. 30). 
A arteterapia, por estar presente em todos os âmbitos sociais, edu-
cacionais e na saúde, é uma importante alternativa para ser utilizada dentro 
das sessões da psicomotricidade relacional, pois ambos têm a mesma con-
formidade: cuidar da saúde mental do indivíduo. Nesse sentido, a expressão 
corporal é um dos canais expressivos da arteterapia e as interfaces entre 
corpo, movimento e arte são essenciais para a formação do ser integral. 
35
Por fim, esse relato pretende viabilizar, no âmbito escolar, que a junção 
da Psicomotricidade Relacional com a Arteterapia não é só um momento de 
recreação para preencher tempo na rotina escolar, e sim contribuir para pro-
cessos de ensino-aprendizagem das crianças em uma interdisciplinaridade com 
movimento, corpo e arte, uma construção da criatividade e expressividade. 
PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL E ARTETERAPIA 
NO AMBIENTE ESCOLAR
A Psicomotricidade “é um termo empregado para uma concepção 
de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas 
pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e 
sua localização” (ABP, s/a). A Psicomotricidade Relacional (PR) é uma das 
vertentes que, segundo Batista (2021, p. 6), 
[...] favorece a expressão espontânea de conteúdos conscien-
tes e inconscientes por meio da via corporal, evidenciados 
no jogo espontâneo. Há, inclusive, o conceito de que, na 
abordagem da Psicomotricidade Relacional, um dos prin-
cipais diferenciais consiste na participação ativa da criança 
na atividade proposta em grupo. 
A Prática da PR na escola tem finalidade preventiva, dentro de uma 
perspectiva inclusiva que visa potencializar o equilíbrio emocional, a socia-
lização e o desenvolvimento cognitivo. De acordo com a CIAR - Centro 
Internacional de Análise Relacional, a Psicomotricidade Relacional (PR) 
consiste em um método inovador que permite acessar motivações incons-
cientes que modulam o comportamento humano. Dessa forma, a PR tem 
o objetivo de provocar autoconhecimento que possibilita a regulação das 
emoções e ajustes para uma melhor convivência da pessoa consigo, com 
os outros e com o meio em que vive (CIAR, 2022).
O atendimento da PR em uma escola pública de Fortaleza é feito em 
uma sala, chamada de setting, com crianças dos 1º e 2º anos, uma vez por 
semana. Cada sessão tem no primeiro grupo, no máximo, 12 crianças, e a 
outra metade fica com a professora do ensino regular em sala de aula para 
36
serem atendidos no segundo tempo. Este combinado é realizado em comum 
acordo entre a professora. Tal divisão é feita para auxiliar no sentido de que 
a professora alfabetizadora possa dar um acompanhamento mais específico 
na leitura e na escrita das crianças. 
O setting é organizado, configurando a sessão com início, meio e fim, 
com duração de 1:15min., contendo as seguintes características: Ritual de 
entrada: Verbalização inicial no tapete (construção de regras) – significado 
simbólico da casa, local de segurança, proteção e acolhimento; O brincar 
(jogo simbólico): com duração máxima de 40 minutos, o jogo simbólico 
é feito com materiais clássicos da Psicomotricidade Relacional (toda sessão 
exige um material diferente, a escolha depende da necessidade do grupo); 
Relaxamento: a volta à calma, momento em que a criança relaxa e reflete 
sobre o que vivenciou na sessão; Tempo para organização dos materiais; 
Verbalização final no tapete: o tempo de escuta e o tempo de fala sobre 
sua vivência; e Momento final: registro da sessão através do desenho.
Em relação aos materiais utilizados, estes são compostos por: bolas 
de vinil infláveis de cores e tamanhos distintos; bambolês de diferentes 
diâmetros e cores; cordas de espessuras, cores e tamanhos diversificados; 
tecido de cores, texturas e padrões diversos; bastões de espumas, cores e 
tamanhos diversos; caixas de papelão de vários tamanhos e jornais. 
Esses materiais assumem valor simbólico e sua finalidade é inter-
mediar a relação corporal e facilitar projeções de conteúdos simbólicos 
que mostram indícios importantes para leitura e decodificação dos dizeres 
inconscientes dos participantes.
O registro feito após a sessão é um momento no qual a criança 
materializa em seu desenho imagens que criou internamente para dar conta 
das suas emoções, reconhecendo, organizando e elaborando suas emoções. 
“Desenhar não é apenas um momento de prazer. Por meio da expressão 
artística do desenho infantil, as crianças conseguem compreender suas 
próprias emoções, desejos e medos. É pelo desenho que os pequenos 
compreendem o mundo ao seu redor também, já que ainda não dominam 
a linguagem escrita” (PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA, 2021).
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No entanto, a arteterapia após a sessão tem como objetivo trabalhar 
os traços da subjetividade, mas, também as fases do desenvolvimento 
cognitivo, psicomotor, socioemocional, oralidade, expressão e criatividade. 
Alguns Registros de Memórias
Figura 1 - Desenho
Fonte: Aluno do 2º ano. Escola Municipal José Carlos da Costa Ribeiro.
Nessa sessão com caixas, que simbolizam a casa, espaço de segurança, 
aconchego, útero ou berço, o aluno se expressa com sentimento de alegria, 
saindo de casa a caminho da escola, fazendo um elo entre sua escola e sua casa, 
lugares que lhe fazem feliz: “Amo vir pra escola, ela é minha segunda casa”.
Figura 2 – Desenho
Fonte: Aluna do 1º ano. Escola municipal José Carlos da Costa Ribeiro.
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Percebe-se ser uma criança descontraída, alegre, curiosa, que 
reconhece seu espaço e que tem uma boa relação na família, quando 
representa desenhando sua casa. Seu desenho com traço elaborados, 
demonstra ser uma criança com autoestima em construção.
Nessa sessão com bolas que representam mãe, cuidado, proteção, 
maternagem e bastões que estão ligados à agressividade, poder, limite e 
que fazem referência ao masculino, ao pai. O desenho expressa meninas 
contra meninos. Lara (de vestido amarelo) gosta de desafios, mas não 
aceita perder. Quando não consegue o que quer, chora ou fica com 
birra, nega as frustações. O desenho apresenta uma criança dominante 
com conotações de controle e domínio sobre as meninas, puxando-as, 
tentando juntas dominarem os meninos.
A professora relata que a mesma em sala de aula, tenta aproxima-
ção com seus colegas de sala, mas tem comportamento agressivo, não 
aceita regras. A maioria dos colegas reclamam de seu comportamento. 
Nas sessões, foi observado que ela usa os objetos como forma de se 
aproximar, de construir uma relação entre as crianças. Em sua fala, Laura 
expressou: “hoje foi muito legal, brincamos de princesas e príncipes”. Na 
realidade, o que ela gostou foi se sentir aceita no jogo, compartilhando o 
espaço, os materiais com os mesmos objetivos e aprendendo a compar-
tilhar. “A agressividade infantil pode ser encarada como a manifestação 
da emoção no comando de uma situação que traz certa insegurança na 
criança frente aos desafios”. (BRITES, 2018).
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Figura 3 - Desenho
Fonte: Aluna do 1º ano. Escola municipalJosé Carlos da Costa Ribeiro.
Nas primeiras sessões a aluna apresentava um comportamento 
apático que revelava insegurança. No decorrer das vivências, ela começou 
a explorar o espaço, preferindo os cantos, que, simbolicamente, revela 
a necessidade de contenção afetiva. Aos poucos, a criança reconhece 
esse espaço como um espaço seguro, onde ela pode ser ela mesma, se 
ariscando, experimentando novas relações e construído vínculos. 
O brincar tem um papel fundamental na Educação Infan-
til, pois ele expressa a forma como uma criança reflete, 
ordena, desorganiza, destrói e constrói o mundo a sua 
maneira. É também um espaço onde a criança pode 
expressar, de modo simbólico suas fantasias, seus desejos, 
medos, sentimentos e os conhecimentos que vão cons-
truindo, enriquecendo a sua identidade, experimentando 
as outras formas de ser e pensar, interagindo e elaborando 
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o sentido próprio de moral e justiça. Brincar é mais do 
que uma atividade sem consequência para a criança. Brin-
cando, ela não apenas se diverte, mas recria e interpreta 
o mundo em que vive, se relaciona com este mundo. 
Brincando a criança aprende (RYMOVICZ, 2013, p. 7).
Ao término de cada sessão ou nos planejamentos dos professores 
de salas que os alunos são atendidos, é feito um feedback sobre os avanços 
no processo de desenvolvimento do aluno. 
A L., que é uma aluna do 1º ano, obteve vários avanços 
em termos de comportamento, a qual, no começo do ano, 
foi constatada muita agressividade, inquietações [...] hoje 
eu posso observar que é uma criança mais calma, alegre, 
consegue interagir com os colegas e realizar atividades 
em grupo. A aluna obteve resultados satisfatórios bem 
significativos (Prof.ª do 1º ano – Escola Municipal José 
Carlos da Costa Ribeiro - 2022).
As aulas estão cada vez melhores, pois a turma aguarda 
com alegria o dia da Psicomotricidade Relacional. [...] 
os conflitos estão diminuindo e há um melhor relacio-
namento entre os alunos. (Prof.ª do 2º ano – Escola 
Municipal José Carlos da Costa Ribeiro - 2022).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
É necessário que se pense a arteterapia enquanto política pública, 
a saber os benefícios que ela traz para os estudantes, por ser uma forma 
ensino que dá importância não apenas à quantidade que o aluno resulta 
na sala de aula, mas a qualidade de seu resultado. Dar atenção às emo-
ções, sentimentos e criatividade das crianças promove a autoconfiança e 
a capacidade cognitiva delas, sabendo que todo o corpo está conectado 
para o melhor funcionamento intelectual, emocional e físico.
Foi possível observar que a arteterapia apresenta-se como uma 
intervenção complementar ao movimento da psicomotricidade relacional. 
Por meio da produção artística, a criança consegue acessar seus con-
teúdos internos, como medo, raiva, autoaceitação, alegria, entre outros. 
Quando a criança não consegue verbalizar, é importante favorecer um 
instrumento no qual facilite expressar-se livremente sem forçá-la. As 
duas práticas, arteterapia e PR, têm um objetivo comum, auxiliar para 
potencializar os aspectos biopsicossociais. É necessário que se pense 
enquanto política pública os benefícios que ela traz para os estudantes. 
Por fim, compreendemos que a maioria das dificuldades cogniti-
vas relacionadas à linguagem e à aprendizagem estão ligadas ao campo 
emocional enfraquecido. Portanto, torna-se fundamental procurar meios 
para compreender a origem e suas consequências, levando o cuidado e 
a atenção as suas necessidades, visando uma melhor qualidade de vida.
A minha intenção com esse relato é despertar a importância dessas 
práticas no cotidiano escolar no sentido de contribuir para o processo 
de educação. Espera-se que as escolas criem um espaço de tempo para 
os alunos, de forma lúdica e criativa, propício aos jogos e brincadeiras 
simbólicas, com objetivo de fazer demostrar seus conflitos profundos, 
viver suas fantasias, expressar sem palavras, de maneira totalmente livre 
e sem julgamentos, pois há uma necessidade urgente diante dos desafios 
sociais que estão sendo impostos na sociedade contemporânea.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE (ABP). O que é Psicomotrici-
dade. Rio de janeiro: ABP, [s/a]. Disponível em: https://psicomotricidade.com.br/sobre/o-
-que-e-psicomotricidade. Acesso em: 26 jul. 2023.
BATISTA, M. I. B. Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Formação Especializada em Psicomo-
tricidade Relacional, 2017, Fortaleza-se. Tópico temático da disciplina psicomotricidade 
relacional: teoria e prática. Fortaleza: CIAR, 2017. 
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Curricular 
Comum (BNCC). Brasília, DF: MEC, 2018a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
wpcontent/uploads/2018/06/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 24 jul. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Conti-
nuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. 
Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Acesso: 25 jul. 2023.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. 
Brasília: MEC/SEF, 1997. 130 p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
livro06.pdf. Acesso em: 23 jul. 2023.
BRITES, C. Neurociência explica a agressividade infantil. Londrina: Neurosaber, 2018. 
Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/neurociencia-explica-a-agressividade-in-
fantil/. Acesso em: 27 jul. 2023.
CENTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA (CIAR). A importância do desenho infantil. 
Curitiba: CIAR, 2022. Disponível em: https://www.ciar.com.br/formacao-continuada. Acesso 
em: 16 dez. 2022. 
PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA. A importância do desenho infantil. Pedagogia ao Pé 
da Letra, 2021. Disponível em: https://pedagogiaaopedaletra.com/desenho-infantil. Acesso 
em: 26 jul. 2023.
RYMOVICZ, M. T. P. O brincar na educação infantil: a compreensão de pais das crianças de 3 
anos do CMEI Pedacinho do céu de São Mateus do Sul – Paraná. 2013. 31 f. Monografia (Espe-
cialização em Docência na Educação Infantil), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013. 
SANTOS, H. U. B; JOÃO, R. B., CARVALHO, J. O. A psicomotricidade relacional como propul-
sora do desenvolvimento psicoafetivo e da socialização em alunos da educação infantil. R. bras. 
Ci. e Mov., [S.l.], v. 27, n. 2, p. 83-96, 2019. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/bibliore-
f/2019/08/1009179/a-psicomotricidade-relacional-como-propulsora.pdf. Acesso em: 14 jul. 2023.
VIEIRA, L. BATISTA, M.I.B. LAPIERRE. A. Psicomotricidade Relacional: a teoria de uma 
prática. Curitiba : Filosofart/Ciar, 2005.
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EXPERIÊNCIA DA TERAPIA COMUNITÁRIA 
INTEGRATIVA NA ESCOLA PÚBLICA DE 
FORTALEZA
Francisca Yara de Oliveira Mota 
Ana Soraya Santos 
Shirleiberg Feijó Moreira Sousa 
Ricardo Hugo Gonzalez
A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma prática de cuidado 
coletivo em saúde, na qual as pessoas compartilham seus sofrimentos 
psíquicos e buscam, através do diálogo e dos exemplos de superações 
dos participantes, encontrar meios de amenizar esses sofrimentos e 
assim seguirem suas vidas de maneira mais leve. 
Podemos admitir, diante dessa atual realidade, que a escola além 
de trabalhar na construção da aprendizagem nas suas mais diversas áreas 
do conhecimento, também deve ser um espaço promotor de saúde, pois 
estamos vivendo um tempo em que se faz necessário rever as atuais 
necessidades que os alunos enfrentam no campo da saúde mental. 
“[...] assim, constatamos que a educação se centrou, ultimamente, no 
acúmulo de conhecimento e preparação intelectual e tecnológica tanto 
dos educandos quanto dos educadores, esquecendo outras dimensões 
de necessidades do ser humano” (CAVALCANTE, 2006, p. 10). 
É necessário admitir que a escola também deve ser um espaço de 
prevenção, promoção em saúde e que o cuidado na

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