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Curso Enfermagem Disciplina Seminário Integrativo Docente Letícia Braz CASO CLÍNICO – CIRÚRGICO Paciente M. A. J., 58 anos encontra-se na recuperação anestésica (RA) de um hospital geral, da rede privada de Salvador. Os dados pré-operatórios demonstram que há 8 anos, a paciente foi submetida à uma quadratectomia de mama devido a um adenocarcinoma, com tratamento de quimioterapia e radioterapia adjuvantes. Desde então, tem realizado acompanhamentos por imagem, e a tomografia pulmonar recente, acusou vários nódulos pulmonares de até 1,2 cm. Foi submetida a uma cirurgia eletiva, iniciada por toracoscopia para exploração, a qual foi ampliada para toracotomia com retirada dos nódulos pulmonares, que sofreram biopsia de congelamento e apresentaram-se negativos à malignidade. Na sala de operações (SO), o procedimento anestésico cirúrgico foi realizado sob anestesia geral, com intubação seletiva, e peridural com cateter para analgesia no período pós-operatório. Foi passado cateter venoso central (CVC), com infusão de cristaloide, e introduzido cateter vesical de demora. Não foram realizadas intervenções de prevenção de hipotermia. A duração do procedimento anestésico-cirúrgico foi de aproximadamente 3 horas e não apresentou intercorrências. Ao término da cirurgia, a paciente foi levada à RA. O histórico de enfermagem relata que a paciente não apresenta outros distúrbios, nega hipertensão arterial e diabetes. Os sinais vitais de pré-operatório foram: PA = 120x70mmHg; FC= 72 bpm; FR = 13 irpm e T = 36,1o C. Exame Físico A paciente chegou a RA sonolenta, com agitação psicomotora, apresentando tremores e pele fria. À monitoração: PA = 110x 60 mmHg; FC= 102bpm; FR = 12irpm; respiração superficial com SpO2 = 95%; força muscular diminuída e referindo intensa dor torácica. Recebeu oxigenoterapia em máscara a 3l/min. Infusão de cristaloide em CVC, cateter peridural, cateter vesical de demora e dreno torácico com pequena quantidade de secreção sanguinolenta. Após 15 minutos de RA, apresenta-se mais sonolenta, com respiração superficial, não responsiva aos chamados. FC = 47bpm, queda de saturação para 82% mesmo com O2 suplementar por máscara, com queda de 2 pontos na nota de escala de Aldrete Kroulik. Foi colhida gasometria arterial que demonstrou pH baixo, paCO2 alto e paO2 baixo. Questionamentos: 1. Defina as intervenções cirúrgicas realizadas na paciente. 2. Com relação ao caso, quais as principais condutas da enfermagem no SRPA? 3. Com base no conhecimento da escala de Aldrette Kroulik a paciente tem indicação de alta? Por quê? 4. Levante 5 diagnósticos de enfermagem e seus cuidados pertinentes. 1. Intervenções Cirúrgicas Realizadas: - Exploração toracoscópica. - Toracotomia para retirada dos nódulos pulmonares. - Biópsia de congelamento dos nódulos. - Intubação seletiva. - Passagem de cateter venoso central (CVC). - Introdução de cateter vesical de demora. 2. Condutas de Enfermagem na SRPA: - Avaliação constante dos sinais vitais, incluindo frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória e saturação de oxigênio. - Monitorização da oxigenação e administração de oxigênio suplementar conforme necessário. - Avaliação da dor e administração de analgesia adequada, considerando a presença de cateter peridural. - Observação da consciência e do estado neurológico, especialmente após a administração de medicações anestésicas. - Monitoramento da saída do dreno torácico. - Manutenção da infusão de cristaloide através do CVC. - Manutenção e observação do cateter vesical de demora. 3. Escala de Aldrete Kroulik e Alta: A paciente não está indicada para alta de acordo com a escala de Aldrete Kroulik. Ela apresenta uma pontuação baixa devido à sonolência, respiração superficial e baixa saturação de oxigênio. A pontuação de 2 pontos na escala indica que a paciente não está consciente e não está respondendo adequadamente aos estímulos. 4. Diagnósticos de Enfermagem e Cuidados Pertinentes: a. Alteração na Perfusão Tissular (Risco de): - Monitorar continuamente os sinais vitais, especialmente a saturação de oxigênio. - Administrar oxigênio suplementar conforme necessário. b. Disfunção Respiratória (Real): - Avaliar a função respiratória, incluindo a frequência e profundidade respiratória. - Manter a paciente em posição semi-Fowler para facilitar a expansão pulmonar. c. Dor Aguda Relacionada à Cirurgia: - Avaliar a intensidade da dor usando escalas de avaliação da dor. - Administrar analgesia conforme prescrição médica, considerando o uso do cateter peridural. d. Alteração na Perfusão Cerebral (Real): - Monitorar o nível de consciência da paciente e as respostas aos estímulos. - Avaliar os resultados da gasometria arterial para identificar distúrbios metabólicos e respiratórios. e. Risco de Complicações Relacionadas à Cirurgia: - Monitorar o dreno torácico para identificar qualquer sangramento excessivo ou saída anormal. - Manter a incisão cirúrgica limpa e seca, observando sinais de infecção. É importante notar que a paciente apresenta sinais de insuficiência respiratória pós-operatória e necessita de intervenções imediatas para melhorar a oxigenação e a consciência. Além disso, a causa subjacente dessas complicações deve ser investigada e tratada adequadamente pela equipe médica. image1.png image2.png image3.png
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