Prévia do material em texto
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM TAFNES DA SILVA HALPES R.A. 8130646 PROJETO DE PRATICA-ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA E SAÚDE MENTAL. CURITIBA 2023. Atividade referente à disciplina de Enfermagem psiquiátrica e saúde mental, sob orientação da professora Sueli Aparecida de Castro. Conteúdo: Aplicação prática do aprendizado: Estudo de casos psiquiátricos - Orientações e Descrição da Tarefa: A partir dos casos acima, o aluno deverá identificar três (3) diagnósticos de enfermagem e as intervenções de enfermagem para cada diagnóstico identificado. Caso 1 Diz que desde que a sua esposa o deixou, há seis meses, tem esse problema para dormir. Ele também bebe de seis a 12 cervejas por dia, assim como algumas doses de bebida de alto teor alcoólico. Relata que agora precisa de mais álcool do que antes para “relaxar”. O paciente teve vários “blackouts” provocados pela bebida no último mês. Admite que, muitas vezes, a primeira coisa que faz pela manhã é beber para não sentir tremores. Tentou parar de beber algumas vezes, porém, não conseguiu, mesmo depois de ser deixado pela esposa e de ter recebido várias represarias no trabalho, por atraso e mau desempenho. No exame do estado mental está alerta e orientado para pessoa, lugar e tempo. Parece abatido, mas, sua higiene é boa. Sua fala tem ritmo e tons normais, e ele coopera com o médico. Apresenta-se mais deprimido e com afeto congruente, embora com variação completa. Fora isso, nenhuma normalidade é percebida. Diagnostico 1) Distúrbio no padrão de sono, relacionado com fatores externos, evidenciado por insônia a cerca de seis meses. Características definidoras: • Dificuldade para iniciar o sono. • Dificuldade para manter pó sono. • Insatisfação com o sono. • Não se sentir descansado. Fatores relacionados: • Padrão de sono não restaurador. • Relacionamento ineficaz. Intervenção: • Orientar sobre a importância do estilo de vida saudável. • Auxiliar o paciente a identificar pontos positivos e a reforça-los. • Auxiliar quanto as situações estressantes. • Orientar sobre a importância do sono. • Acolhe-lo transmitindo tranquilidade e segurança. • Avaliar o ambiente. • Modificar o ambiente, mudando os fatores que provocam ruídos e luminosidade intensa. 2) Ansiedade, relacionada a solidão, evidenciado pelo abatimento do individuo. Características definidoras: • Insônia. • Preocupações em razão de mudanças em eventos da vida. • Produtividade diminuída. • Agonia. • Apreensão. • Tremores. • Capacidade diminuída para solucionar problemas. • Tendência a culpar os outros. Fatores relacionados: • Abuso de substancias. • Necessidades não atendidas. • Estressores. Intervenções: • Ouvir com atenção o adulto que começa falar sobre os próprios problemas. • Providenciar medicamentos ansiolíticos, conforme necessário. • Orientar o paciente sobre métodos para reduzir a ansiedade, conforme apropriado. • Estimular a expressão dos sentimentos. 3) Memória prejudicada, relacionada com consumo excessivo de bebidas alcoólicas, evidenciado por episodio de blackouts. Características definidoras: • Incapacidade persistente de recordar se uma ação foi efetuada. • Incapacidade persistente de recordar informações sobre fatos ou eventos. Fatores relacionados: • Alteração no volume de líquidos. • Prejuízo cognitivo relacionado ao alcoolismo. Intervenção: • Educação em saúde. • Orientar sobre os malefícios do álcool. • Treinamento psicossocial. • Motivação para mudança de hábitos. Caso 2 Lúcia, 32 anos, faz acompanhamento no Hospital Dia há aproximadamente um ano, devido o diagnóstico de transtorno da personalidade borderline. O marido compareceu junto à paciente no serviço, relatando que a encontrou cortando as próprias pernas com uma lâmina de barbear no banheiro. É de conhecimento da equipe que Lúcia apresenta histórico de automutilações, no entanto, atualmente ela escondia as lesões tanto do seu marido, quanto da equipe de saúde. Devido a esta situação vem fazendo acompanhamento no Hospital Dia. A terapia revelou que Lúcia tinha sofrido abusou físico e sexual, quando criança, tanto pela mãe dela, quanto pelo pai, ambos agora falecidos. Ela admitiu que tinha depressão crônica, e o marido relatou episódios de reações de raiva. Ao questionar a paciente sobre ideações suicidas, esta relata que são pensamento constantes. Após fazer um contrato de não suicídio com a equipe, ela teve permissão para deixar a unidade, e voltar novamente no dia seguinte para nova avaliação. Quando ela retornou à unidade no dia seguinte, disse à enfermeira: “Eu acabo de tomar vinte comprimidos de Sertralina enquanto eu estava sentada no meu carro no estacionamento”. 1) Risco de envenenamento, relacionado com a ingestão de substancia ou produtos perigosos em dose suficiente que pode comprometer a saude, evidenciado pela ingestão de vinte comprimidos de sertralina. Fatores de risco: • Acesso ao agente farmacêutico. • Acesso a produto perigoso. • Transtorno emocional. Condição associada: • Alteração na função cognitiva. Intervenção: • Realizar medidas de suporte frente ao caso ocorrido. • Avaliar o nível de consciência e reatividade das pupilas. • Manter paciente aquecido. • Observar alterações neurológicas. • Monitorar SSVV. • Orientar familiares sobre o perigo causado pelo excesso de substancias. • Observar se o comportamento é agressivo ou suicida a terceiros. • Colocar a pessoa em ambiente seguro e monitorado. 2) Controle de impulsos ineficaz, relacionado com reações rápidas e na planejadas sem considerar as consequências negativas, evidenciado pela automutilação. Características definidoras: • Agir sem pensar. • Busca de sensações. • Explosões de temperamento. • Comportamento violento. Fatores relacionados: • Transtorno do humor. • Alteração na função cognitiva. • Transtorno da personalidade. Intervenção: • Estabelecimento de limites. • Fortalecimento da autoestima. • Terapia de enfrentamento. • Assistência no controle da raiva. • Terapia socioambiental. 3) Processo familiar disfuncional, relacionado com a falha de proteção dos pais na infância, evidenciado pelo quadro depressivo. Características definidoras: • Abuso de pai/mãe. • Culpar a si mesmo. • Incapacidade de lidar com experiências traumáticas de forma construtiva. • Habilidade insuficiente para solucionar problemas. • Depressão. • Vulnerabilidade. • Problemas familiares crônicos. Fatores relacionados: • Estratégias de enfrentamento ineficaz. • Habilidades insuficientes para a solução de problemas. Intervenção: • Transmitir segurança e tranquilidade. • Encaminhar o paciente ao centro de atenção psicossocial (CAPS). • Orientar os familiares próximos sobre a importância do apoio da família. Caso 3 Um rapaz de 21 anos foi internado na Unidade de Emergência depois de ter sido encontrado sentado no meio de uma rua de grande movimento. Ao ser questionado pela enfermeira por que estava na rua, o paciente fala: “As vozes me disseram para fazer isso”. Relata que no último ano sentiu “as pessoas não são quem elas dizem ser”. Começou a se isolar em seu quarto e largou a escola. Afirma que ouve vozes lhe dizendo para “fazer coisas más”. Geralmente existem duas ou três vozes falando, e muitas vezes comentam entre si o seu comportamento, nega estar usando drogas ou álcool, embora relate ter fumado maconha ocasionalmente no passado. Diz que interrompeu essa pratica nos últimos seis meses porque “deixa as vozes mais altas”. Nega qualquer problema médico e não está tomando medicamento. Em um exame do estado mental percebeu-se que o paciente está sujo e desalinhado, com má higiene. Apresenta-se um pouco nervoso no ambiente e caminha em torno da enfermaria sempre com as costas para a parede. Afirma quenão se percebeu mais alegre ou triste ultimamente, porém, apresenta-se com dificuldade de expressar seus sentimentos. Sua fala tem velocidade, ritmo e tons normais. Quando questionado, seu discurso perde o foco e ele não consegue responder o que lhe foi perguntado, com associações desorganizadas. É constantemente distraído por estímulos simples e não consegue se manter atento a conversa. 1) Isolamento social, relacionado com estado negativo ou ameaçador, evidenciado por fechar-se no quarto e abandono da escola. Características definidoras: • Desejo de estar sozinho. • Insegurança em publico. • Condição incapacitante. • Doença. Fator relacionado: • Alteração no estado mental. Intervenção: • Encaminhar o paciente para o centro de atenção psicossocial (CAPS). • Realizar atividades que lhe transmitam segurança. • Estimular e conduzir iniciativas de grupo. 2) Déficit no autocuidado para banho, relacionado com a alteração na função cognitiva, evidenciado pela má higíenie. Características definidoras: • Capacidade prejudicada de acessar a fonte de água. • Capacidade prejudicada de lavar o corpo. Fatores relacionados: • Ansiedade • Motivação diminuída • Transtornos perceptivos. Intervenção: • Atividades de estimulação. • Dar assistência ao paciente. • Manter o cuidado com as unhas, ouvidos, olhos, cabelos e pés. • Melhorar a autoestima do paciente. 3) Risco de solidão, relacionado ao desconforto ao ter contato com outros indivíduos, evidenciado pelo isolamento. Fatores de risco: • Isolamento físico. • Isolamento social. • Privação afetiva. • Privação emocional. Intervenções: • Promover a socialização do individuo, através de atividades e programas de exercício. • Avaliar os sentimentos e o controle sobre as situações. • Identificar bloqueios aos contatos sociais. • Transmitir sentimento de segurança e habilidade de resolução. Referencias. HERDMAN, Heather T.. Diagnósticos de enfermagem da nanda-I: definições e classificados 2018-2020.disponivel em: https://www.podiatria.com.br/uploads/trabalho/149.pdf acesso em: 12 de out de 2023. https://www.podiatria.com.br/uploads/trabalho/149.pdf