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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Curso de Graduação em Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
 
Ludmila Aparecida da Silva Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA CONTÁBIL E 
A ATUAÇÃO DO CONTABILISTA FRENTE À ATUALIDADE . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
 
 
 
Ludmila Aparecida da Silva Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA CONTÁBIL E 
AS EXIGÊNCIAS ÉTICAS PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado à 
disciplina Introdução à Contabilidade do 
Curso de Graduação em Ciências 
Contábeis da Pontifícia Universidade 
Católica de Minas Gerais São Gabriel. 
 
Professor: Luciano Carlos Lauria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
 
1 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 4 
 
2. A evolução da contabilidade 5 
 
2.1 Contabilidade do mundo antigo 5 
2.3 Contabilidade do mundo moderno 10 
2.4 Contabilidade do mundo científico 11 
2.5 Contabilidade na atualidade 13 
 
2.5.1 Legislação brasileira e a aderência às normas internacionais contábeis 14 
2.5.2 Desafios da atualidade para a contabilidade 16 
3. PESQUISA DE CAMPO 17 
4. CONCLUSÃO 19 
REFERÊNCIAS 21 
APÊNDICES 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Esse trabalho cujo tema é a evolução da ciência contábil, foi aventado na área do 
curso de ciência contábeis, na disciplina de introdução a contabilidade lecionada 
pelo professor Luciano Carlos Lauria. 
O trabalho desenvolvido tem como objetivo, portanto, apresentar e relatar a evolução 
e história da contabilidade mostrando que a evolução da disciplina está entrelaçada 
com ás necessidade e eventos do homem, destacando os principais ocorridos que 
contribuíram para o panorama da contabilidade atual. 
Está pesquisa está relacionada com as diversas épocas da contabilidade, fazendo 
uma breve reflexão e destacando os pontos principais da contabilidade na época 
antiga, desde os seus primórdios, passando pela época medieval, moderna, 
científica e até os dias de hoje. 
A contabilidade é uma das ciências mais antiga do mundo e que possui bastante 
importância em todo o mundo nos dias de hoje, o propósito dela é obter informações 
relevantes do Patrimônio nas entidades e empresas utilizando o método das partidas 
dobradas, para que no final de um mês seja avaliada a situação que a empresa se 
encontra, por meio do balanço patrimonial. 
Compreender a herança do passado da contabilidade é poder recuperar a também a 
evolução humana e entender quais são as necessidades do ser humano em 
controlar seu patrimônio, representado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações. 
Portando, entender a história da contabilidade é resgatar toda linha de raciocínio 
contabilista e assim estender-se ao futuro da contabilidade. 
Além de fazer um breve relato do passado contábil, esse trabalho tem o objetivo de 
demonstrar o contexto da contabilidade na atualidade, descrevendo quais são os 
desafios e dificuldades que o profissional da área encontra. 
A metodologia utilizada para produzir este trabalho foi através de pesquisas em 
livros, site, e para o enriquecimento deste, ocorreu uma entrevista com uma 
4 
 
contadora, onde foi feito algumas perguntas relacionadas ao trabalho e de 
curiosidade própria. 
 
 
2. A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE 
A origem da contabilidade está relacionada com necessidade do homem primitivo 
em controlar e obter os registros do comércio, pois á medida que o homem 
produzisse e vendesse mais, também se aumentava as informações cada vez mais, 
causando a dificuldade em memorizar e assim surgiu a necessidade dos registros, 
gerando os primeiros ocorridos da contabilidade. 
2.1 Contabilidade do mundo antigo 
O homem primitivo já praticava uma contabilidade rudimentar ao contar seus 
instrumentos de caça e pesca e seus rebanhos, mas foi na mesopotâmia (crescente 
fértil), atual território do Irã e do Iraque onde surgiram os primeiros registros 
patrimoniais. O crescente fértil era uma região em torno dos rios Tigres e Eufrates no 
Egito, nos quais surgiram as primeiras comunidades agrícolas das quais temos 
documentação. 
Essas comunidades trouxeram um novo movimento econômico, se até então as 
tribos se deslocavam de um local ao outro para prezarem tanto a caça quanto os 
bens agrícolas, nesse crescente fértil notamos o movimento um pouco diferente, pela 
primeira vez o ser humano começou a plantar as frutas, verduras e os gêneros dos 
quais tinha necessidade e ao mesmo tempo começou a criar animais de forma 
sedentária, deixando o nomadismo de lado. Com a não necessidade de fazer o 
deslocamento para encontrar comida, surge-se a importância de controlar o que cada 
ser tinha, ou seja, seu patrimônio, sendo ele pessoal ou do grupo, porque era 
extremamente importante saber o quanto se tinha de comida e bens, para que as 
pessoas não passassem fome e tivesse utensílios suficientes para a caça e coleta 
dos gêneros alimentícios que precisavam. 
5 
 
Conforme descrito, foi nessa região que apareceu os primeiros registros contábeis, 
paralelamente ao surgimento da escrita, que também foi uma grande revolução para 
época, pois assim era possível fazer os registros de forma pictórica daquilo que 
queria representar, trazendo um grande avanço para a comunidade. 
Dessa forma podemos ressaltar diversos grupos nacionais que deram início a 
contabilidade, entre eles os egípcios, mesopotâmicos e fenícios. Os mesopotâmicos 
criaram os primeiros controles, uma forma de controlar o patrimônio, já os egípcios 
era um povo que tinha uma grande evolução na engenharia e na escrituração do 
patrimônio, ou seja, o controle matemático daquilo que se tinha. Por último, os 
fenícios por meio das navegações, promoveram o comércio, contribuindo também 
com o aparecimento da moeda e facilitando as vendas, além disso, criaram o 
alfabeto, que em termos de cultura, educação e contabilidade foi um avanço, porque 
assim padronizarama escrita. 
Para alguns estudiosos o início da contabilidade surge através das primeiras 
escrituras contábeis, datado pelo término da Era da Pedra Polida, quando o homem 
consegue fazer seus primeiros desenhos e gravações. Um fato histórico efetivamente 
registrado aconteceu na cidade de Ur, na caldeia, onde foram encontrados em 
escavações, importantes documentos contábeis, se destacando uma tabela de 
escrita cuneiforme representando o patrimônio de uma determinada pessoa. Nessa 
tabela constavam registros de contas referentes à mão de obra, materiais e o que era 
utilizado para subsistência, significando que em 5000 a.C o homem já considerava 
fundamental apurar os seus custos. 
Os egípcios também tiveram um papel muito importante e legaram um riquíssimo 
acervo para os historiadores da contabilidade. Os registros egípcios demonstram que 
eles praticavam a contabilidade em 6000 a.C. Por exemplo, o Egito fiscalizava tudo 
que acontecia dentro do reino, chamado fisco real, aonde existiam alguns 
escriturários que ajudavam a fiscalizar isso tudo, sendo zelosos, hábeis e sérios em 
sua profissão. A função desses escriturários era fazer um inventário de tudo que o 
faraó e os poderosos da época possuíam, como a contagem de bois, calendário e 
inscrever bens móveis e imóveis que a pessoa possui. Além disso, de uma forma 
bem primitiva eles começavam a implantar controles administrativos e financeiros, 
portanto a base da contabilidade. 
6 
 
Nessa época, a partida do diário como conhecemos hoje já era praticada, porém de 
uma forma mais básica, diferentemente da atualidade, onde o registro se inicia com 
data e nome da conta, seguindo-se de aspectos quantitativos unitários e totais. Tudo 
isso indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar efetivamente o valor 
monetário em seus registros, o que veio a ser conhecido nos dias atuais como 
registros contábeis. 
A origem na contabilidade quando é ligada a esses aspectos antigos, ela também, 
para alguns escritores está relacionada com o advento do comércio e há indícios de 
que as primeiras cidades comerciais tiveram inicio dos fenícios. A atividade de troca 
e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de 
seus bens quando cada transação era efetuada, nada mais nada menos que o 
controle de estoque, registrando o que entra e sai. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Contabilidade do mundo medieval 
 
Á medida que as operações econômicas se tornavam mais complexas, o controle 
tinha que se refinar. Por volta dos anos 200 a.c as escritas governamentais da 
República Roman já traziam receitas de caixa classificadas em rendas, lucros e 
despesas. 
Dando um salto para o ano 1202 a.c, foi publicado o livro “Liber Abaci”, escrito por 
Leonardo Fibonaci, conhecido como o Pisano. Esse autor tratou dos estudos 
daquela época sobre as técnicas matemáticas, como utilização de pesos, medidas, 
câmbio, entre outras técnicas, que tornavam o homem mais evolutivo e isso contribui 
efetivamente para conhecimentos financeiros e comerciais. 
Além disso, Fibonaci diz os sumérios - babilônios plantaram a semente da 
contabilidade e os egípcios a regaram, e foram os italianos que fizeram o cultivo e a 
colheita. 
 Os italianos aprimorando os conceitos da contabilidade porque naquela época a 
indústria estava se proliferando, e começaram a aparecer novas técnicas no sistema 
de mineração e metalurgia, incrementando o comércio exterior depois dos anos 1200 
a.C. 
Com o aumento do fluxo da comercialização externa podemos destacar os 
venezianos, que tiveram um papel primordial nisso, pois o comércio feito pela cidade 
de Veneza trouxe a conseqüência do surgimento do livro chamado “caixa”, aonde 
8 
 
anotavam todos os registros de recebimentos e pagamentos que eram feitos das 
suas operações comerciais, portanto de uma forma ainda rudimentar, se utilizam o 
conceito de crédito e débito. 
Todo esse processo teve um grande advento, o capitalismo, alterando-se as relações 
de trabalho e consequentemente, o trabalho escravo que existia naquela época 
cedeu espaço ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. 
 
Por volta do século X, apareceram na Itália às primeiras grandes corporações, e isso 
acabou transformando e consolidando a sociedade burguesa, com isso aumentou 
ainda mais a necessidade de ter o controle e os registros contábeis, administrativos e 
financeiros. 
No final do século XII surgiu pela primeira vez, á palavra que caracteriza a 
contabilidade, a chamada “Conta”. A conta era representada pelo valor dos recursos 
que eram injetados nas companhias pela família proprietária, e hoje conhecemos e 
sabemos que isso é o valor do capital social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 Contabilidade do mundo moderno 
 
Avança um pouco tempo e entramos no período moderno, onde alguns chamam e 
caracterizam como a fase da pré-ciência da contabilidade, nesse tempo temos 3 
grandes eventos destaques. 
O primeiro a ser mencionado ocorreu no ano de 1953, os turco-otomanos tomam 
Constantinopla, e isso fez com que os grandes sábios bizantinos emigrassem, 
principalmente para a Itália e ali absorvessem os conceitos contábeis. Em 1492, é 
descoberta a América, e, em 1500 o Brasil, esse novo ambiente que até então não 
era tão conhecido e muito menos explorado gera uma enorme potencial de riqueza 
para os países europeus. Por último, em 1517 ocorreu a reforma religiosa, os 
protestantes que eram perseguidos na Europa, emigraram para as Américas recém 
descobertas e radicaram ali e iniciaram uma nova vida, com isso a contabilidade 
tornou-se uma necessidade para estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o 
Novo Mundo representava. 
O período da contabilidade moderna não teve muitos acontecimentos e foi marcado 
pela divulgação do método das partidas dobradas. No ano de 1494, matemático, 
teólogo, contabilista, entre outras profissões, Frei Lucca Pacioli, apesar de ser 
10 
 
considerado o pai da contabilidade, mas não foi o criador das partidas dobradas, pois 
o método jáera utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o século XIV. 
O método das Partidas Dobradas surge, através de um estudo dentro da geometria 
analítica e a divulgação do livro de Pacioli “Summa de Artihmetica, geometria 
proportioni at. propormiolitá”. Com isto, a contabilidade começou a seguir critérios 
profissionais, relacionados a uma literatura universal e em uma técnica. 
Com o avanço do tempo, as relações comerciais entre as empresas se consolidam, 
os investimentos saindo da Europa para a América e o desenvolvimento das escritas 
especiais, refletiram no interesse de investidores, que ao mesmo tempo eram úteis 
aos comerciantes, tanto na sua relação de consumo quanto empregados. 
Sendo assim, a Itália foi o primeiro país a fazer restrições á pratica da contabilidade 
por um indivíduo qualquer, passando somente reconhecer como contadoras pessoas 
devidamente qualificadas para o exercício da profissão. Através disso, a importância 
da matéria aumentou e a ciência contábil precisou se aprimorar. 
2.4 Contabilidade do mundo científico 
Embora no século XII tenha sido o berço da era científica, por exemplo, Blaise Pascal 
inventou o que veio a se chamar calculadora, e com isso a ciência da contabilidade 
confundida com a ciência da administração conseguiu definir especificamente o que 
era o patrimônio. 
Nessa época, especialmente na Itália a contabilidade chegou ás universidades e 
passou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809. Com esses 
estudos contábeis entrando no curso superior, criaram-se algumas ramificações em 
quase todas as ciências, e a contabilidade possui três grandes ramificações, ou 
como alguns autores chamam três escolas do pensamento contábil. 
A primeira foi chefiada por Francesco Villa e foi chamada de escola Lombarda, em 
seguida a escola Toscada dirigida por José Pirserbone e por último tem a escola 
conhecida como veneziana, por Flavio Besta. 
Francesco Villa extrapolou os conceitos tradicionais da contabilidade, segundo ele, a 
escrituração poderia ser feita por qualquer pessoa, desde que esta tinha 
conhecimentos básicos contábeis e fosse inteligente, porque para ele a 
11 
 
contabilidade implicava em conhecer a natureza, as leis, os detalhes e as práticas 
que regiam o patrimônio. 
Fábio Besta foi o seguidor de Francesco, e este superou o seu mestre, com base nos 
conhecimentos de Villa ele demonstrou o elemento fundamental da conta, ou seja, 
transformou isso em valor, chegando muito próximo em definir patrimônio como o 
objeto da contabilidade, como conhecemos hoje. Mas foi Vincenzo Mazi, seguidor de 
Fábio Besta, que pela primeira vez no ano de 1923 definiu patrimônio como objeto 
da contabilidade, para Mazi a contabilidade é muito mais que um registro, é um 
instrumento básico de gestão. 
A partir de 1920 inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da 
contabilidade, enquanto as escolas européias começavam a declinar os seus 
estudos e a sua importância, as escolas americanas com suas teorias e práticas 
contábeis favoreciam um apoio de uma ampla estrutura política e econômica, devido 
ao afloramento do capitalismo na América, com isto começou a surgir muitas 
pesquisas e criações de órgãos associativos de contadores nos EUA. 
Essas associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas 
nos Estados Unidos, havendo uma integração entre o meio acadêmico e os 
profissionais da área de contabilidade, o que não ocorreu na Europa. 
No período de 1910 e 1920, grandes empresas se destacavam, e estas requeriam 
grandes capitais, muitos acionistas, e isso foi uma das causas pelo qual a escola 
americana estabeleceu novas teorias e práticas contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 Contabilidade na atualidade 
Hoje a contabilidade tem um papel fundamental na gestão e no o crescimento de 
uma empresa, é essa ciência que trás as informações para o balanço patrimonial que 
é feito no final do mês, demonstrando o quanto essa empresa pagou, o quanto 
vendeu, definindo assim seus débitos e créditos. 
A contabilidade cada vez mais se torna uma profissão do futuro, a tecnologia e o 
surgimento de novas formas de se praticar o trabalho com os dados de uma empresa 
tem exigido muito dos profissionais habilidades, adequação e aperfeiçoamento e 
sido um grande auxilio no setor empresarial. 
Pensando nos dias atuais, o futuro da contabilidade depende do desenvolvimento da 
sociedade e da forma de adequação dos novos conceitos. Podemos constatar que 
nos últimos anos o estudo, a prática e as consolidações contábeis tiveram um salto 
extraordinário, pois a cada dia que passa temos novos conhecimentos que são 
13 
 
aplicados nas estruturas reais da empresa e até mesmo baseadas em futuras 
necessidades que podem ser criadas. 
Entretanto, a contabilidade não tem evoluído com a mesma velocidade do que a 
sociedade, e para essa ocorrência, é necessário o surgimento de novos instrumentos 
que serão suficientes para suportar essa evolução. Essa necessidade tem grande 
chance de se aproximar do usuário e estar junto dele para se formar decisões 
importantes. Percebemos então, que a contabilidade terá que se aproximar na 
transição de velocidade da tecnologia. 
Outro fato importante que tem ocorrido na atualidade e irá se consolidar ainda mais 
no futuro é as novas fontes de riqueza que estão aparecendo, com isso, no futuro as 
normas e procedimentos contábeis irão valorizar o capital intelectual como uma das 
principais riquezas de muitas empresas. 
Não podemos ignorar também o crescimento tecnológico, que além de que, já possui 
uma participação considerável dentre da contabilidade atual, pois como sabemos 
não se concebe mais guardar livros e fazer a contabilidade na mão, é necessário um 
bom advento do sistema de software que possa suprir o trabalho manual. 
Concluindo que novos conceitos irão surgir e caberá aos futuros profissionais da 
área contábil buscar a melhor forma de conciliar toda essa evolução histórica 
relatada e a necessidade informacional dos tomadores de decisões. 
 
2.5.1Legislação brasileira e a aderência às normasinternacionais contábeis 
A nomenclatura GAAP é a abreviação para o termo Generally Accepted Accounting 
Principles , em tradução livre: “Princípios Contábeis Geralmente Aceitos”, e em geral 
é precedida de outras duas letras que representam o país a que se refere, assim, as 
BR GAAP representam os Princípios Contábeis geralmente aceitos no Brasil, as US 
GAAP os Princípios Contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (United 
States), e assim por diante. 
As BR GAAP são aceitas pela doutrina contábil como o conjunto de normas que 
regem a ciência contábil no país, conjunto esse formado por normas emanadas de 
diferentes órgãos, entre as quais pode-se citar, principalmente, a Lei 6404/76 (a Lei 
das Sociedades por Ações) e suas alterações, especialmente as Leis 11.638/07 e 
14 
 
11.941/09; mas também diversos outros instrumentos normativos com força cogente 
que tratem de temas contábeis. 
Já as IFRS ( International Finanial Reporting Standads ) são o conjunto de normas 
emitidas pelo IASB ( International Accounting Standards Board ), que é um órgão 
supranacional que tem como finalidade o estudo e a emissão de Normas Contábeis 
a serem observadas por todos os países a ele afiliados. 
Contudo, as IFRS não têm validade imediata no Brasil após a sua publicação pelo 
IASB, até por uma questão de soberania nacional e respeito às leis nacionais. Por 
isso, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que deve analisar, 
traduzir e adaptar as IFRS à realidade brasileira. Após esse processo o CPC então 
elabora e publica as suas diretrizes, que podem ser nomeadas como 
Pronunciamentos Técnicos, Orientações ou Interpretações. 
Para que estas diretrizes tenham força cogente, isto é, sejam obrigatórias, precisam 
ser normatizadas por algum dos órgãos que regulamentem a contabilidade no país, 
seja por meio do CFC, de forma mais generalizada, ou de órgãos como CVM, CMN, 
SUSEP e outros que tenham esse poder normativo em segmentos específicos do 
mercado. 
Em relação ao IASC, o mercado de capitais também é influenciado por esse 
fenômeno de globalização do comércio e como consequência, em 1973, 9 países se 
juntaram em Londres e criaram o IASC, International Accounting Standard Committee 
com objetivo de criar um padrão contábil internacional que facilitasse as 
movimentações do mercado de capitais entre os países. 
Nessa época, cada país tinha sua própria norma contábil e a mais famosa e também 
mais robusta eram as normas contábeis norte-americanas, o US GAAP. US GAAP 
era a norma contábil mais famosa e também a mais atualizada em relação às 
práticas comerciais daquela época. 
Em 1973 o IASC foi fundado e foi conseguindo novos países adeptos ao longo dos 
anos, mas ainda não tinha o apelo suficiente para se tornar uma linguagem contábil 
com aderência global conforme planejavam seus idealizadores. 
15 
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/ifrs
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/ifrs
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/ifrs
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade
 
O IASC crescia como um órgão de normalização contábil internacional do setor 
privado que À medida que a União Européia se desenvolvia, conseguiu ganhar 
respeito e apoio dos órgãos reguladores dos principais mercados e governos 
europeus, além dos preparadores e usuários de demonstrações contábeis ao redor 
do mundo. O IASC era o único órgão competente de normatização contábil 
internacional no final dos anos 90. 
Uma proposta-surpresa da Comissão Europeia, emitida em 2000, estipula que todas 
as empresas de capital aberto da União Européia, deveriam aderir às normas 
internacionais até 2005, proposta essa que chamou a atenção mundial e outros 
países começaram a considerar seriamente o IASC como órgão global de 
normalização contábil. Com essa aceitação de suas normas, em 2001 o IASC 
passou a se chamar IASB, International Accounting Standard Board e iniciou um jogo 
de elevadas apostas no desenvolvimento de um padrão contábil internacional. 
Consolidavam-se através de revisões técnicas das existentes IAS, International 
Acocunting Standard, normas até então emitidas pelo IASC e nasciam as IFRSs, 
normas que passariam a ser emitidas pelo novo IASB. O conjunto das IAS, somadas 
às novas IFRSs formavam a partir de então as novas normas internacionais de 
contabilidade. 
Veio o ano de 2005 e as normas internacionais foram implementadas por todas as 
companhias abertas em toda a União Européia. O reflexo disso foi à grande 
facilitação das transações no mercado de capitais europeu. 
2.5.2 Desafios da atualidade para a contabilidade 
Ao pensar num contador trabalhando, você ainda tem a imagem de um profissional 
atrás de uma mesa cheia de relatórios e formulários, com uma calculadora na mão, 
preocupado apenas com os dados financeiros da empresa? Se sua resposta for 
positiva, sinal de que precisa conhecer melhor como a contabilidade vem atuando 
hoje. 
16 
 
Hoje em dia, os processos burocráticos estão ficando para trás e cedendo espaço 
para uma atuação muito mais gerencial e estratégica desses profissionais, que 
precisam cada vez mais de uma visão holística da organização. 
As mudanças mercadológicas, a tecnologia, as novas legislações e a participação 
brasileira no mercado mundial impactaram o cenário no qual o profissional precisa 
atuar. Isso se traduz em novos desafios da contabilidade e exige que o contador 
esteja pronto para responder às necessidades atuais. 
O panorama contábil atual apresenta novas exigências ao profissional e o controle 
de processos burocráticos não é mais o bastante. Agora, espera-se que o contador 
seja capaz de contextualizar as informações com que trabalha e conheça a realidade 
por trás de cada dado analisado. Assim, ele oferece segurança às empresas para 
elaborar estratégias e tomar decisões. 
Alguns requisitos que o profissional da área precisa ter para se adequar ao novo 
mercado e suas funções nesse cenário. Dentre eles, destacam-se: 
● Visão estratégica; 
● Qualificação, tendo a graduação como ponto de partida. 
● Busca por novas ideias, criatividade; 
● Desenvolvimento de atividades junto à comunicação, tecnologia e informação; 
● Análise de negóciose apoio em decisões e estratégias; 
● Proatividade, em vez de reação. 
● Adaptação as IFRS 
3. PESQUISA DE CAMPO 
No dia 23/05/2020 ás 16 horas foi feita uma entrevista com Camila Maciel Rocha, 
graduada em Ciências Contábeis. A contadora diz que o principal critério que a levou 
fazer contábeis foi a sua experiência ainda como jovem aprendiz, na empresa PWC 
( PricewaterhouseCoopers) , que está classificada entre as quatro maiores 
empresas de auditoria do mundo, lá ela pôde ver a auditoria de perto e isso 
despertou o seu interesse na área contábil. 
17 
 
Camila se formou na PUC Minas, no campus do São Gabriel, no ano de 2018 e atua 
na área desde 2015, quando ainda cursava o 3° período da faculdade. Em relação ao 
curso, a contadora diz que á disciplina que ela considerou mais essencial foi 
Contabilidade Geral, pois foi onde ela obteve o primeiro contato com contabilidade e 
a emoção de fechar o 1° balanço patrimonial é inexplicável. Entretanto, a disciplina 
que menos a agradou foi Contabilidade Pública. 
A contabilista trabalha atualmente com os softwares alterdata e Domínio, e relata que 
com cenário que vivemos atualmente do COVID-19, ocorreu algumas mudança 
dentro da empresa, onde 27 funcionários estão atuando em home Office a penas 13 
reside no prédio. O contato com os clientes, também tiveram que ser alterados, e os 
meios tecnológicos que eles utilizam são email, whatsapp e via telefônica. 
Em relação ás dificuldades na área ela diz que não são muitas, e o que ela considera 
mais difícil é crescer dentro, por se tratar de uma profissão mais fechada, e tudo se 
inicia do baixo mesmo. Outro ponto que ela vê dificuldade é a especialização em 
mais de uma área, Camila diz “se especializar é somente em uma área, geralmente 
os escritórios não deixa, a maioria que eu trabalhei foi assim, se você iniciou no 
contábil para você ir para outro setor é muito complicado, isso eu considero uma 
dificuldade em meio à contabilidade.” 
Camila, falou também que ser contadora não lhe deu a expectativa que ela esperou, 
segundo o que ela relatou ela esperava mais, e diz que trabalha muito mais do que 
ela imaginou. Além disso, fala “Você tem que ter a cabeça muito aberta, porque você 
não faz idéia do quanto às leis em contabilidade muda, e eu não imaginava que se 
alterava tanto.” Mesmo com todos esses obstáculos, se ela tivesse outra 
oportunidade hoje, ela ainda sim escolheria a contabilidade como profissão, pois ela 
tem certo apego ao curso. 
Para se ter o destaque diante dos seus colegas de trabalho, a profissional acredita 
que o ponto principal é a educação, ser muito centrado e aprender tudo que o 
sistema contábil que se trabalha tem a lhe oferecer e auxiliar, para que assim possa 
otimizar o seu tempo. Camila fala que atualmente, descobriu que o sistema que ela 
trabalha possui uma ferramenta que elabora gráficos que demonstram os valores das 
despesas e receitas, facilitando a mostra desses dados aos clientes. 
18 
 
Em um questionamento feito a contadora se o sindicato dos contabilistas dá o 
necessário apoio aos contadores, ela informa que não, dizendo, “eles não lutam tanto 
como vemos o dos bancários, que fazem greves, solicitam aumento do salário, porém 
acho que mudou muito de um tempo pra cá, mas ainda sim não são tão influentes na 
nossa profissão e no que é necessário para um contador.” 
Para a entrevistada, nos dias de hoje uma das dificuldades que o contador enfrenta é 
a falta de reconhecimento do seu trabalho, pois para ela os clientes vêem o 
contabilista somente como aquele que faz guias, impostos, e se preocupam apenas 
com a entrega do spede para a receita federal, deixando de lado a preocupação com 
o balancete entregue mês a mês, portanto ela diz” o que falta é o reconhecimento do 
contador em meio ao seu cliente.” 
Em uma perspectiva para daqui a 5 anos, Camila se vê pós graduada em Ciências 
contábeis, em um cargo de posição mais alta e possui o plano e objetivo de ir para 
uma empresa maior atuando na área de auditoria ou consultoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
No que se refere à evolução da contabilidade é extremante importante para o 
conhecimento do profissional, o estudo da história nos mostra os principais 
fundamentos práticos e teóricos que estão auxiliando nos procedimentos atuais da 
19 
 
contabilidade. Desde uma contabilidade arcaica e primitiva, que visa fazer o controle 
do rebanho, a uma contabilidade que preocupa e necessita prover o mercado de 
informações cada vez mais detalhada e que facilite a tomada de decisões gerenciais, 
financeiras e administrativas. 
O desenvolvimento e a origem da contabilidade compreendem aproximadamente 
6000 anos. Durante essa trajetória, a área contábil enfrentou diversos obstáculos, 
como por exemplo, guerras, desenvolvimento da escrita, surgimento da moeda, 
expansão do comércio, aparecimento da ciências contábeis e o que vemos a 
principal influência atual, que é a tecnologia. 
Portanto, a contabilidade atual está em um processo de transição e adaptação aos 
novos requisitos dos usuários da área contábil, atualizando e se enquadrando as 
mudanças demandadas e exigíveis pelo processo de globalização do mercado. 
Toda essa evolução da contabilidade foi possível somente devido à alta preocupação 
do Homem em acumular e registrar informações para saber gerir seus bens e direitos 
para controlar a sua acumulação de riquezas. Esse registro dos fatos auxilia as 
pessoas a tomar decisões e serve como fonte de informações para o seu negócio. 
Com isso, percebemos que a contabilidade foi sempre necessária, desde 
antiguidade, e sempre será importante. 
Este trabalho foi muito interessante e importante para o meu conhecimento e 
compressão do passado da contabilidade, pois com o aprofundamento deste tema 
percebe-se a contabilidade é bem antiga e se trata de uma ciência que é muito 
utilizada até os dias atuais. Visto que, também se tratou da legislação contábil, um 
fator que possui muita relevância ao exercer a profissão. A pesquisa de campo 
permitiu-me conhecer e aproximarde profissionais da área, recebendo dicas do 
mercado de trabalho e até mesmo cursos para aprimorar e enriquecer a minha 
formação acadêmica. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
Entrevista com a Contadora Camila 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. MARION, José C. Introdução à teoria da contabilidade . 
São Paulo: Atlas, 2002. 
https://noticiasfiscais.com.br/2016/06/01/o-que-sao-e-quais-as-diferencas-entre-br-ga 
ap-e-ifrs/ 
https://www.unimonte.br/blog/4-desafios-da-contabilidade-que-vem-transformando-o- 
mercado/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://noticiasfiscais.com.br/2016/06/01/o-que-sao-e-quais-as-diferencas-entre-br-gaap-e-ifrs/
https://noticiasfiscais.com.br/2016/06/01/o-que-sao-e-quais-as-diferencas-entre-br-gaap-e-ifrs/
https://www.unimonte.br/blog/4-desafios-da-contabilidade-que-vem-transformando-o-mercado/
https://www.unimonte.br/blog/4-desafios-da-contabilidade-que-vem-transformando-o-mercado/
 
 
 
APÊNDICES 
A) FOTO COM A ENTREVISTADA 
 
B) PERGUNTAS DA ENTREVISTA 
1- Quais critérios te levaram a optar por esta carreira? 
2- Há quantos anos você se formou? 
 3- Onde se formou? 
4- Há quanto tempo atua na área? 
5- Tipo de sistema que você trabalha? 
6- Com esse cenário qual tipo de tecnologia você está usando para falar com 
os empresários? 
7- Em relação ao curso qual disciplina você considera mais essencial? Qual 
você menos gostou? 
8- Existe alguma dificuldade na área? Se sim, quais? 
9- Se você tivesse outra oportunidade você ainda escolheria a contabilidade 
como profissão? 
10- Ser contadora lhe deu a expectativa que você tinha diante da área do 
trabalho? 
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 11- O que você faz para se destacar diante dos colegas de trabalho? 
12- O sindicato dos contabilistas dá o necessário apoio aos contadores? 
13- Qual o maior desafio que a profissão contábil enfrenta atualmente? 
14- Como você se ver daqui 5 anos? 
 
C) DURAÇÃO DA ENTREVISTA 
A entrevista durou aproximadamente 1 hora. 
 
 
 
 
 
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