Buscar

Teoria Literaria A3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A3 – TEORIA LITERÁRIA 
Leia o trecho a seguir, retirado do conto Viagem à semente, do autor cubano 
Alejo Carpentier e responda a o que se pede. 
Transcorreram meses de luto, sombreados por um remorso cada vez maior. A 
princípio, a idéia de trazer uma mulher para aquele aposento se fazia quase 
razoável. Mas, pouco a pouco, as necessidades do corpo novo foram 
deslocadas por escrúpulos crescentes, que chegaram ao flagelo. Certa noite, 
Dom Marcial se ensangüentou as carnes com um cinturão, sentindo logo um 
desejo maior, mas de curta duração. Foi então quando a Marquesa voltou, 
uma tarde, de seu passeio pelas margens do Almendares. Os cavalos da 
carruagem não traziam nas crinas mais umidade que a do próprio suor. Mas, 
durante todo o resto do dia, dispararam coices nas tábuas do estábulo, 
irritados, ao parecer pela imobilidade das nuvens baixas. 
CARPENTIER, Alejo. Viagem à semente. Trad. de L. Portbou. Arte e Letra: 
estórias, Curitiba, edição H, p.50-59, dez. 2009. 
No trecho, é possível identificar a principal motivação que rege todo o conto. 
Assinale a alternativa que indica corretamente esta motivação 
 
b. Motivação estética. 
O trecho a seguir foi retirado do conto Kholstomér, do autor russo Liev Tolstói. 
Leia-o e, depois, responda ao que se pede. 
Compreendi muito bem o que dizia a respeito dos açoites e do cristianismo. 
Mas ficou completamente obscura para mim a palavra “seu”, pela qual pude 
deduzir que estabeleciam um vínculo a ligar-me ao chefe das cavalariças. 
Então, não pude compreender de modo algum em que consistiria tal vínculo. 
Só muito depois, quando me separaram dos demais cavalos, é que expliquei a 
mim mesmo o que aquilo representava. Naquela época, eu não era capaz de 
entender a significação do fato de ser “eu” propriedade de um homem. As 
palavras “meu cavalo”, referindo-se a mim, um cavalo vivo, pareciam-me tão 
estranhas como as palavras “minha terra”, “meu ar”, “minha água”. 
No entanto, elas exerceram sobre mim enorme influência. Sem cessar pensava 
nelas e só depois de longo contato com.os seres humanos pude explicar-me a 
significação que, afinal, lhes é atribuída. Querem dizer o seguinte: os homens 
não dirigem a vida com fatos, mas com palavras. Não os preocupa tanto a 
possibilidade de fazer ou deixar de fazer alguma coisa, como a de falar de 
objetos diferentes mediante palavras convencionais. Essas palavras que 
consideram muito importantes, são, sobretudo, “meu” ou “minha”, “teu” ou 
“tua”. Aplicam-nas a todas as espécies de coisas e de seres, inclusive à terra, 
aos seus semelhantes e aos cavalos. 
Além disto, convencionaram que uma pessoa só pode dizer “meu” a respeito 
de uma coisa determinada. E aquele que puder aplicar a palavra “meu” a um 
número maior de coisas, segundo a convenção feita, considera-se a pessoa 
mais feliz. Não sei por que as coisas são desse modo; mas sei que são assim. 
Durante muito tempo procurei compreender isso, supondo que daí viria algum 
proveito direto; mas verifiquei que isso não era exato. 
Muitas pessoas das que me chamavam “seu cavalo” nem mesmo me 
montavam; mas outras o faziam. Não eram elas as que me davam de comer, 
mas outros estranhos. Também não eram as pessoas que me faziam bem, mas 
os cocheiros, os veterinários e, em geral, pessoas desconhecidas. 
Posteriormente, quando ampliei o círculo de minhas observações, convenci-me 
de que o conceito de meu - e não só com relação a nós, cavalos - não tem 
qualquer outro fundamento além de um baixo instinto animal, que os homens 
chamam sentimento ou direito de propriedade. O homem diz “minha casa” 
mas nunca vive nela; preocupa-se só em construí-Ia e mantê-Ia. O comerciante 
diz “minha loja”, ou “meus tecidos”, por exemplo, mas não faz suas roupas com 
os melhores tecidos que vende na loja. Há pessoas que chamam “minha” uma 
extensão de terra e nunca a viram nem passaram por ela. Há outras que dizem 
serem suas certas pessoas que nunca viram nesta vida e a única relação que 
têm com elas consiste em causar-Ihes dano. 
TOLSTÓI, Liev. Kholstomér. Belo Horizonte: Suryara, 2017. 
Leia os itens a seguir e, tomando por base seus conhecimentos a respeito da 
crítica formalista russa, assinale a alternativa em que todos os itens estão 
corretos. 
I. O primeiro motivo de estranhamento a que se pode chear na leitura do 
excerto diz respeito ao narrador, “eu” como testemunha, que narra a fábula a 
partir do ponto de vista de um cavalo. 
II. Observa-se um processo de singularização (segundo a terminologia de 
Chklovski) das experiências e objetos, uma vez que estes não são chamados 
por seus nomes, mas sim, por descritos de uma maneira nova. 
III. Tomando por argumento a escolha de narrar o conto do ponto de vista de 
um cavalo, tem-se que a principal motivação observada nesta trama é estética. 
 
e. I, II e III. 
O trecho a seguir foi retirado da Revista Cult, a respeito do Formalismo Russo. 
Leia-o e, em seguida, leia os poemas de Sá de Miranda e Maria Teresa Horta: 
Texto I 
Antes do ensaio de Chklovski, dominava na Rússia a idéia de que fazer arte é 
pensar por imagens, princípio defendido pelo teórico Potebnia e incorporado 
pelos poetas simbolistas. Conforme esse princípio, a função da imagem é 
procurar semelhança entre coisas diferentes para facilitar o conhecimento. Por 
isso, a imagem devia ser mais simples do que aquilo que explica. Por essa 
perspectiva, a história dos estilos e das escolas basearse-ia no estudo das 
imagens características de cada autor nos diversos períodos. Contrariando 
essas noções, Chklovski negou a idéia da imagem como instrumento 
conhecido para se atingir o desconhecido, assim como demonstrou que os 
autores e as escolas não criam as próprias imagens. Ao contrário, as imagens 
são essencialmente as mesmas ao longo da história, cabendo aos períodos e 
aos respectivos autores apenas a seleção de velhas imagens em novas 
combinações. 
TEIXEIRA, Ivan. O formalismo russo. Cult: Fortuna Crítica 2, São Paulo, p.36-39, 
ago. 1998. Disponível em: <http://www.usp.br/cje/depaula/wp-
content/uploads/2017/03/Ivan_Cult_Formalismo-Russo-ilovepdf-
compressed.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2019. 
Texto II 
COMIGO ME DESAVIM 
Comigo me desavim, 
Sou posto em todo perigo; 
Não posso viver comigo 
Nem posso fugir de mim. 
Com dor da gente fugia, 
Antes que esta assi crecesse: 
Agora já fugiria 
De mim, se de mim pudesse. 
Que meo espero ou que fim 
Do vão trabalho que sigo, 
Pois que trago a mim comigo 
Tamanho imigo de mim? 
SÁ DE MIRANDA: Comigo me desavim. Lisboa, 1595. Disponível em: 
<http://www.citador.pt/poemas/comigo-me-desavim-sa-de-miranda>. Acesso 
em 16. ago 2019. 
Texto III 
MINHA SENHORA DE MIM 
Comigo me desavim 
minha senhora 
de mim 
sem ser dor ou ser cansaço 
nem o corpo que disfarço 
Comigo me desavim 
minha senhora 
de mim 
nunca dizendo comigo 
o amigo nos meus braços 
Comigo me desavim 
minha senhora 
de mim 
recusando o que é desfeito 
no interior do meu peito 
HORTA, Maria Teresa. Minha senhora de mim. Lisboa: Futura, 1974. 
Tomando por base suas leituras dos poemas e do trecho em destaque, bem 
como seus conhecimentos a respeito da crítica formalista russa, assinale a 
alternativa correta em relação à formação de imagens em Sá de Miranda e 
Maria Teresa Horta 
e. No poema de Maria Teresa Horta, a imagem da alteridade em 
descompasso consigo mesma aparece em uma nova roupagem marcada 
por questões feministas. Observa-se, então, o emprego de uma imagem 
clássica eu x eu na poesia contemporânea 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do romance O Conto da Aia, de Margaret 
Atwood. 
Duplicada, ando pela rua. (...) Existe a mesma ausência de pessoas, a mesma 
aparência de estarem adormecidas. A rua é quase como um museu, ou uma 
rua numa cidade modelo construída para mostrar a maneira como as pessoas 
costumavam viver. Como naquelas fotografias, naqueles museus, naquelas 
cidades modelos, não há crianças.Este é coração de Gilead, onde a guerra não pode penetrar nem se intrometer, 
exceto pela televisão. Onde ficam os limites não sabemos ao certo, eles variam, 
de acordo com os ataques e contra-ataques; mas este é o centro, onde nada se 
move. A República de Gilead, dizia Tia Lydia, não conhece fronteiras. Gilead 
está dentro de você. 
Houve uma época em que aqui moravam médicas, advogados, professores 
universitários. Não existem mais advogados, e a universidade está fechada. 
ATWOOD, Margaret Eleanor. O Conto da Aia. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 
2017. 
O romance, publicado em 1985, é considerado um marco da literatura em 
língua inglesa por, de certa forma, antecipar questões político-filosóficas que 
apresentariam seus reais desdobramentos mais de trinta anos depois. 
Tomando como base seus conhecimentos a respeito da crítica literária 
formalista e a sua leitura do trecho em destaque, assinale a alternativa correta. 
~Resposta correta. Não apenas neste trecho, mas em toda a narração de O 
Conto da Aia estabelecem-se relações entre o modo comportamental das 
demais personagens e o espaço físico e político da República de Gilead, local 
onde a narração se desdobra. 
a. Existe uma relação de espelhamento entre o narrador personagem e a 
descrição dos espaços, construída sintaticamente pela dupla 
possibilidade de interpretação do uso da palavra “duplicada” logo no 
início do parágrafo. 
 
Leia o trecho a seguir, do texto Por que ler o clássicos? de Italo Calvino 
De fato, as leituras da juventude podem ser pouco profícuas pela impaciência, 
distração, inexperiência das instruções para o uso, inexperiência da vida. 
Podem ser (talvez ao mesmo tempo) formativas no sentido de que dão uma 
forma às experiências futuras, fornecendo modelos, recipientes, termos de 
comparação, esquemas de classificação, escalas de valores, paradigmas de 
beleza: todas, coisas que continuam a valer mesmo que nos recordemos 
pouco ou nada do livro lido na juventude. Relendo o livro na idade madura, 
acontece reencontrar aquelas constantes que já fazem parte de nossos 
mecanismos interiores e cuja origem havíamos esquecido. Existe uma força 
particular da obra que consegue fazer-se esquecer enquanto tal, mas que 
deixa sua semente. 
CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 
2007. 
A respeito do excerto apresentado, assinale a alternativa correta a respeito da 
visão de leitura e livros clássicos do autor. 
 
c. Segundo a concepção de Calvino, uma obra clássica é aquela que pode 
servir como base na formação de caráter de quem a lê, principalmente 
durante a juventude. 
 
O romance Os Noivos, de Alessandro Manzoni é considerado um marco na 
literatura italiana. A obra foi tão influente que ditou por séculos a forma que o 
romance, na Itália, deveria seguir. O trecho a seguir foi retirado da Introdução 
do romance. Leia-o e responda ao que se pede a seguir. 
“Mas quando findar este meu trabalho heroico de transcrever esta história de 
um manuscrito desbotado e meio rasgado, e a trouxer, como se costuma dizer, 
à luz do dia, achar-se-á depois quem se dê ao trabalho de a ler?” 
Esta reflexão dubitativa, nascida do esforço de decifrar um rabisco que vinha 
logo a seguir à palavra acidentes, fez-me suspender a cópia e pensar com 
maior seriedade no que conviria mais fazer. “É bem verdade - disse para 
comigo, folheando o manuscrito -, é bem verdade que tal saraivada de 
floreados e de figuras de estilo não continua assim a fio ao longo de toda a 
obra. (...) Na verdade, não é coisa que se apresente aos leitores de hoje: estes 
já estão demasiado fartos, demasiado enfadados com tal género de 
extravagâncias. Ainda bem que tive esta boa ideia logo ao princípio de tão 
infeliz trabalho: e daí lavo as minhas mãos”. 
Contudo, no momento de fechar o cartapácio para o arrumar, custava-me que 
uma história tão bela tivesse, no entanto, de ficar desconhecida; porque, 
enquanto história, pode acontecer que ao leitor não o pareça, mas na minha 
opinião era bela, ou melhor dizendo: muito bela. 
“Por que razão - pensei - é que não se poderia pegar na série dos factos deste 
manuscrito e refazer-lhe a linguagem?’ Não se tendo apresentado nenhuma 
objeção razoável, tal partido foi logo abraçado. E eis aqui a origem do presente 
livro, exposta com uma ingenuidade que corresponde à importância do 
próprio livro.” 
MANZONI, Alessandro (1827). Os Noivos. São Paulo: Paulinas Editora, 2015. 
Tradução de José Colaço Barreiros. 
Com base no que se pode depreender da Introdução ao romance, assinale a 
alternativa que demonstra adequadamente qual é a principal motivação deste 
trecho. 
 
b. Motivação realista. 
 
Mayombe é um romance escrito pelo autor angolano Pepetela - pseudônimo 
de Artur Carlos Mauricio Pestana dos Santos - e publicado em 1980. 
“O Comissário apertou-lhe mais a mão, querendo transmitir-lhe o sopro de 
vida. Mas a vida de Sem Medo esvaía-se para o solo do Mayombe, misturando-
se às folhas em decomposição. (...) 
A amoreira gigante à sua frente. O tronco destaca-se do sincretismo da mata, 
mas se eu percorrer com os olhos o tronco para cima, a folhagem dele 
mistura-se à folhagem geral e é de novo o sincretismo. Só o tronco se destaca, 
se individualiza. Tal é o Mayombe, os gigantes só o são em parte, ao nível do 
tronco, o resto confunde-se na massa. Tal o homem. As impressões visuais são 
menos nítidas e a mancha verde predominante faz esbater progressivamente a 
claridade do tronco da amoreira gigante. As manchas verdes são cada vez mais 
sobrepostas, mas, num sobressalto, o tronco da amoreira ainda se afirma, 
debatendo-se. Tal é a vida. E que faz o rosto do mecânico ali no tronco da 
amoreira! Sorri para mim. 
Os olhos de Sem Medo ficaram abertos, contemplando o tronco já invisível do 
gigante que para sempre desaparecera no seu elemento verde. 
O Comissário estremeceu com o estrondo do obus a menos de cinquenta 
metros. Os homens resmungaram e fizeram um gesto de avançar. O 
Comissário enfrentou-os, a AKA em posição de fogo, os olhos fulgurando. 
— Não compreendem que ele morreu? Ele morreu! Sem Medo morreu! Não 
compreendem que ele morreu? Sem Medo morreu!” 
PEPETELA., Mayombe. 5. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1980. 
Levando em consideração os aspectos da crítica formalista russa, leia o trecho 
a seguir e assinale a alternativa correta. 
 
b. Analisando-se a escolha dos tempos verbais no trecho em destaque, é 
possível observar que em “a vida de Sem Medo esvaía-se para o solo do 
Mayombe” o uso do verbo flexionado em um tempo imperfectivo 
prolonga a ação, criando uma imagem de fluxo contínuo em 
contraposição às escolhas verbais no próximo parágrafo, todas 
perfectivas, indicando, além disso, a passagem da onisciência múltipla. 
 
A canção a seguir foi gravada em 1976 pelo sambista Cartola e é considerada 
um clássico da MPB, tendo sido regravada por grandes nomes da música 
brasileira como Cazuza, Beth Carvalho e Ney Matogrosso. 
Ainda é cedo, amor 
Mal começaste a conhecer a vida 
Já anuncias a hora de partida 
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar 
Preste atenção, querida 
Embora eu saiba que estás resolvida 
Em cada esquina cai um pouco a tua vida 
Em pouco tempo não serás mais o que és 
Ouça-me bem, amor 
Preste atenção, o mundo é um moinho 
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho 
Vai reduzir as ilusões a pó 
Muita atenção, querida 
De cada amor tu herdarás só o cinismo 
Quando notares estás à beira do abismo 
Abismo que cavaste com os teus pés 
O MUNDO É UM MOINHO: Cartola. Cartola. Disponível em: 
<https://www.letras.mus.br/cartola/44901/>. Acesso em: 16 ago. 2019. 
Tendo como base seus conhecimentos a respeito das contribuições do 
formalismo russo para a crítica literária, bem como a contribuição de um de 
seus precursores, Roman Jakobson, assinale a alternativa em que as 
características de literariedade, na canção, estão descritas adequadamente.e. Está no uso da metáfora do mundo como um moinho.

Outros materiais