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Apostila Filosofia VR 2023-59-60

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@vestibularesumido
59
Na ética, Kant desenvolveu uma teoria conhecida como ética do dever, ou 
deontologia. Segundo Kant, a moralidade é baseada na razão prática e na noção 
de que devemos agir de acordo com princípios universais e incondicionais, 
independentemente das consequências. Ele formulou o imperativo categórico, 
uma regra moral que exige que ajamos somente de acordo com princípios que 
possam ser universalizados.
Em sua obra "Crítica da Faculdade do Juízo", Kant também explorou a estética 
e a natureza do julgamento estético. Ele argumentou que a apreciação do belo 
envolve um senso de prazer desinteressado e uma harmonia entre o 
entendimento e a imaginação.
Além de suas contribuições filosóficas, Kant teve um impacto 
significativo em outros campos, como a teoria política, a teoria 
do conhecimento e a filosofia da ciência. Seu trabalho 
influenciou e continua influenciando gerações de filósofos e seu 
legado permanece como um dos pilares do pensamento 
filosófico moderno.
A filosofia kantiana
A filosofia kantiana, também conhecida como kantismo, é a filosofia 
desenvolvida por Immanuel Kant, filósofo alemão do século XVIII. Kant propôs 
uma abordagem filosófica revolucionária que abrangeu várias áreas, como 
epistemologia, metafísica, ética e filosofia política. Sua obra mais influente é a 
"Crítica da Razão Pura", publicada em 1781, que redefiniu muitos dos debates 
filosóficos de sua época e teve um impacto duradouro na filosofia subsequente.
Na ética, Kant desenvolveu uma abordagem conhecida como 
ética do dever, ou deontologia. Segundo Kant, a moralidade 
não deve ser baseada nas consequências das ações, mas sim na 
intenção por trás delas. Ele formulou o imperativo categórico, 
que exige que ajamos somente de acordo com princípios que 
possam ser universalizados. Para Kant, a moralidade é 
baseada no respeito pela dignidade humana e na adesão aos 
princípios morais universais.
A filosofia política de Kant se baseia em ideias de liberdade, igualdade e 
autonomia. Ele defende a ideia de um contrato social, no qual os indivíduos 
concordam em obedecer a leis racionais estabelecidas democraticamente. Kant 
também propõe uma visão cosmopolita, na qual os seres humanos devem se 
unir em uma comunidade global baseada em princípios de paz e cooperação.
A filosofia kantiana teve um impacto profundo na filosofia posterior, 
influenciando pensadores como Hegel, Schopenhauer e Nietzsche. Sua ênfase 
na razão prática, na moralidade baseada em princípios universais e em limites 
do conhecimento humano continuam sendo temas centrais de debates 
filosóficos até os dias de hoje. A filosofia kantiana é amplamente estudada e 
discutida, e seu legado permanece como uma das contribuições mais 
significativas para o pensamento filosófico.
Crítica da razão pura
A "Crítica da Razão Pura" é uma obra 
filosófica escrita por Immanuel Kant e 
publicada pela primeira vez em 1781. 
É considerada uma das obras mais 
importantes da filosofia ocidental e 
teve um impacto significativo no 
desenvolvimento do pensamento 
filosófico moderno.
O objetivo principal da "Crítica da 
Razão Pura" é investigar os limites e a 
possibilidade do conhecimento 
humano. Kant estava preocupado em 
responder a duas questões 
fundamentais: "O que podemos 
conhecer?" e "Como podemos 
conhecer?". Ele argumenta que o 
conhecimento humano é possível, 
mas está sujeito a limitações e 
condições. Kant faz uma distinção 
entre o que ele chama de "fenômeno" 
e "númeno". Os fenômenos são as 
coisas como as percebemos, 
mediados pelos nossos sentidos e 
pela estrutura da nossa mente. O 
númeno, por outro lado, é a coisa em 
si, a realidade em sua existência 
independente de nossa percepção. 
Kant argumenta que o númeno é 
inacessível ao nosso conhecimento 
direto, pois tudo o que podemos 
conhecer são os fenômenos.
Além disso, Kant introduz a ideia de 
que o conhecimento é construído 
pela interação entre a experiência 
sensível e as estruturas inatas da 
mente. Ele postula as "categorias" 
como as formas a priori do 
entendimento humano que organizam 
e estruturam as percepções 
sensoriais. Essas categorias são 
universais e necessárias para a 
experiência do mundo.
Kant também explora a natureza da 
razão e suas limitações. Ele argumenta 
que a razão humana tem tendência a 
fazer suposições além dos limites do 
conhecimento possível, levando a 
antinomias e paradoxos. No entanto, 
ele também ressalta a importância da 
razão prática, que orienta a nossa 
ação moral. A "Crítica da Razão Pura" 
é uma obra densa e complexa, e sua 
interpretação e impacto têm sido 
@vestibularesumido
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objeto de debates e estudos contínuos. Kant influenciou profundamente o 
pensamento posterior em várias áreas, incluindo epistemologia, metafísica, ética e 
filosofia da ciência. Sua abordagem revolucionária para o conhecimento humano 
e sua análise crítica da razão continuam a ser temas centrais de investigação 
filosófica até hoje.
A nova revolução copernicana do pensamento
A expressão "a nova revolução copernicana do pensamento" é uma referência à 
abordagem filosófica de Immanuel Kant, que ele descreveu como uma revolução 
comparável à revolução heliocêntrica proposta por Nicolau Copérnico na 
astronomia. Kant usou essa metáfora para descrever sua própria filosofia, 
particularmente sua obra "Crítica da Razão Pura", na qual propôs uma mudança 
fundamental na compreensão do conhecimento humano.
Assim como Copérnico desafiou a visão geocêntrica do 
universo, na qual a Terra era considerada o centro, propondo 
que a Terra e os outros planetas giravam em torno do Sol, Kant 
propôs uma mudança de paradigma na filosofia. Ele 
argumentou que a mente humana não simplesmente "recebe" 
conhecimento do mundo externo, como se fosse um espelho 
passivo, mas que o conhecimento é construído ativamente pela 
interação entre a mente e a experiência sensível.
Kant chamou essa abordagem de "idealismo transcendental", 
enfatizando que o conhecimento não se limita apenas aos 
objetos em si, mas também depende das estruturas a priori da 
mente humana. Ele argumentou que nossa percepção e 
compreensão do mundo são moldadas pelas formas a priori da 
intuição, como espaço e tempo, e pelas categorias do 
entendimento.
Essa mudança de perspectiva na filosofia é o que Kant chamou de "revolução 
copernicana do pensamento". Assim como Copérnico deslocou o lugar da Terra 
no cosmos, Kant deslocou o lugar do sujeito humano no processo de 
conhecimento. Ele argumentou que não é o mundo que se conforma à nossa 
mente, mas nossa mente que se adapta às condições de conhecimento.
Essa "nova revolução copernicana" de Kant teve um impacto profundo na 
filosofia e na compreensão do influenciou pensadores posteriores, como Johann 
Gottlieb Fichte, Friedrich Schelling e Georg Wilhelm Friedrich Hegel, bem como 
várias correntes filosóficas subsequentes, incluindo o idealismo alemão e a 
filosofia crítica. A ideia de que o conhecimento é uma construção ativa da mente 
humana continua a ser um tema importante de investigação e debate na filosofia 
contemporânea.
As formas da sensibilidade e do entendimento
As formas da sensibilidade e do entendimento são conceitos fundamentais na 
filosofia de Immanuel Kant, especialmente na sua obra "Crítica da Razão Pura". 
Kant argumenta que a nossa experiência e conhecimento do mundo são 
moldados por essas duas faculdades: a sensibilidade e o entendimento.
A sensibilidade refere-se à nossa capacidade de receber informações sensoriais 
do mundo ao nosso redor. Por meio 
dos sentidos, como a visão, audição, 
tato, paladar e olfato, recebemos 
dados brutos das coisas e eventos 
que nos cercam. No entanto, Kant 
argumenta que essa informação 
sensorial não tem significado ou 
estrutura por si só. É apenas um 
fluxo caótico de sensações.
É aí que entra o entendimento. O 
entendimento é a faculdade da 
mente responsável por organizar e 
estruturar as informações sensíveis, 
dando-lhes significado e forma. Para 
fazer isso, o entendimentoopera por 
meio das categorias, que são as 
formas a priori de pensamento que 
estruturam nossa compreensão do 
mundo. Essas categorias, como causa 
e efeito, substância e acidente, 
unidade e pluralidade, são os 
princípios fundamentais pelos quais 
organizamos e interpretamos nossas.
Portanto, as formas da 
sensibilidade se referem ao 
espaço e ao tempo. Kant 
argumenta que o espaço e o 
tempo são as formas a priori 
da intuição, ou seja, são as 
estruturas inatas que nos 
p e r m i t e m p e rc e b e r e 
representar as coisas no 
espaço tridimensional e 
sequencialmente no tempo. 
Essas formas são universais e 
necessárias para a nossa 
experiência do mundo.
Por sua vez, as formas do 
entendimento são as categorias 
mencionadas anteriormente, que 
a t u a m n a o r g a n i z a ç ã o e 
interpretação das informações 
sensíveis. Elas são os princípios 
através dos quais compreendemos 
os fenômenos e os relacionamos uns 
aos outros.
Em resumo, as formas da 
sensibilidade (espaço e 
tempo) e do entendimento 
( c a t e g o r i a s ) s ã o o s 
elementos fundamentais que 
e s t r u t u r a m n o s s a 
experiência e conhecimento 
do mundo. Elas são os 
alicerces que nos permitem 
organizar e compreender o 
que percebemos. Para Kant, 
essas formas a priori são 
inerentes à mente humana e 
desempenham um papel 
crucial na construção do 
nosso entendimento do 
mundo.

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