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AEA_ARESPI_PATOLOGIA-R00 (1)

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1
Análises Patológicas e 
Diagnóstico na Construção Civil
Prof.º Eng.º M.Sc Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Currículo do Professor
Prof.º Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Formação
• Mestrado: Tecnologia em Construção de Edifícios (2019)
• Especialização: Qualidade e Patologia das Construções (2014)
• Especialização: Gestão e Tecnologia de Construção (2013)
• Engenheiro Civil (2009)
Atuação
• Perito judicial – Tribunal de Justiça de São Paulo (2018 – atual)
• Professor cursos extensão – AEA Educação / YCON (2018 – atual)
• Assistente técnico – Defensoria Pública e Ministério Público (2017 – atual)
• Professor universitário – Universidade Brasil (2016 – atual)
• Colunista – Revista Direcional Condomínios (2016 – atual)
• Sócio-gerente – Fernandes & Grossi Consultoria e Perícias de Engenharia (2014 – atual)
• Engenheiro da Qualidade - Rossi Residencial S.A (2007 – 2014)
1
2
2
Programação
Engenharia Legal
1. Garantia x Responsabilidade de 
construção;
2. Responsável legal pela reparação de 
danos;
3. Responsabilidade civil e criminal do 
construtor.
Programação
Patologias de Construção
1. Conceitos básicos de patologia das 
construções (sintomas, mecanismos, 
agentes, causa e origem da patogenia);
2. Conceito básico de ciclo de vida das 
edificações;
3. Técnicas de inspeção e diagnóstico;
4. Instrumentos e equipamentos para 
inspeção;
5. Elaboração de relatórios e laudos.
3
4
3
Programação
Manifestações patológicas
1. Principais sintomas (fissuras, umidade, eflorescência, 
desplacamento, etc.);
2. Principais sintomas em estruturas de concreto;
3. Principais sintomas em alvenarias e revestimentos;
4. Principais sintomas em pinturas;
5. Principais sintomas em coberturas;
6. Principais sintomas em instalações hidrossanitárias;
7. Principais sintomas em instalações elétricas;
8. Principais sintomas em instalações de gás;
9. Ações de prevenção e reparo das principais manifestações 
patológicas.
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Engenharia Legal
5
6
4
• As normas jurídicas têm força obrigatória: leis, decretos e demais 
atos legislativos;
• As normas técnicas não são normas jurídicas: ganham força 
obrigatória por força de leis (ex: Código de Defesa do Consumidor 
- cap.V, seção IV, art. 39, item VIII), mas não se sobrepõem às leis 
e demais atos legislativos;
• Em caso de conflito entre norma e leis: devem ser obedecidas as 
leis e demais atos legislativos;
• Quando outra norma brasileira contiver requisitos suplementares à 
outra norma: eles devem ser integralmente cumpridos;
• Ausência de normas brasileiras requeridas para sistemas: podem 
ser utilizadas Normas Internacionais relativas ao tema;
• No caso de conflito ou diferença de critérios ou métodos entre 
normas requeridas: deve-se atender aos critérios mais exigentes.
Legislação e Normas Técnicas
7
Legislação e Normas Técnicas
8
Constituição
Leis Federais
Leis Estaduais
Leis Municipais
Normas técnicas
Contratos
7
8
5
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Normas Técnicas
Por que as normas 
técnicas devem ser 
cumpridas?
Dever de Atender Normas Técnicas
9
10
6
• Dever ético profissional
• Código de ética profissional.
• Dever contratual
• Boa fé objetiva (pressuposto de que o produto 
atende os requisitos mínimos de técnica e 
qualidade).
• Dever legal
• Quando houver lei que estabeleça.
Dever de Atender Normas Técnicas
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
• ENGENHEIROS: Código de Ética Profissional 
(Resolução do CONFEA nº 1.002/2002)
• Art. 6º Os profissionais da engenharia e da 
arquitetura devem atuar “dentro da melhor técnica”, 
ou “conforme a boa técnica”.
• ARQUITETOS E URBANISTAS: Regulamenta o 
exercício (Lei nº 12.378/2010)
• Art. 18. Constituem infrações disciplinares, além de 
outras definidas pelo Código de Ética e Disciplina: I; 
II; III ... IX – deixar de observar as normas legais e 
técnicas pertinentes na execução de atividades de 
arquitetura e urbanismo.”
Dever Ético Profissional
11
12
7
Dever Legal
• Código de Obras Municipal;
• Lei 4.150/62 (regime obrigatório de cumprimento das 
normas da ABNT, nos contratos de obras e compras do 
serviço público federal);
• Lei de incorporações (Lei 4.591/64);
• Lei de acessibilidade (Lei nº 10.098/2000; Lei 
nº13.146/2015, ...);
• Lei de licitações (Lei nº 8.666/93 – projetos de acordo 
com as normas);
• Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990 –
Art. 39).
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
Artigo 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, 
dentre outras práticas abusivas:
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou 
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos 
oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, 
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra 
entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO).
Código de Defesa do Consumidor 
Fonte: Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990 )
13
14
8
Dever de Atender Normas Técnicas
Consequência do 
descumprimento das 
normas técnicas
Artigo 615. Concluída a obra de acordo com o ajuste 
(“contrato”), ou o costume do lugar, o dono é obrigado a 
recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se 
afastou das instruções recebidas e dos planos dados, 
(“projetos”) ou das regras técnicas em trabalhos de tal 
natureza. (“normas técnicas”).
Artigo 616. No caso da segunda parte do artigo 
antecedente, (“regras técnicas”) pode quem encomendou a 
obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do 
preço.
Código Civil
Fonte: Código Civil (Lei nº 10.406/2002 )
15
16
9
Ressalvas
• Há mais de 10.000 normas;
• A ABNT não é a “Santa Sé”;
• Há normas com impropriedades na redação, na 
tradução, e que não foram ainda revisadas (shall, 
must, deve, recomenda-se, etc);
• Há normas que são meras recomendações (ex.: 
NBR 5671 – Participação dos intervenientes em 
serviços e obras de engenharia e arquitetura)
• É preciso distinguir Normas que prescrevem 
procedimentos de segurança (obrigatórias) de 
outras informativas.
Dever de Atender Normas Técnicas
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
ABNT Catálogo
http://www.abntcatalogo.com.br
1047 normas técnicas vigentes 
aplicáveis à construção civil
Fonte: CBIC (2020)
Normas Técnicas ABNT
17
18
10
Conclusão
• As normas técnicas devem ser observadas;
• O seu descumprimento traz consequências, 
sanções;
Dever de Atender Normas Técnicas
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
Norma técnica não é lei, 
mas tem força obrigatória
Risco Criminal
Fonte: Revista Banas Qualidade nº 234 (2011)
19
20
11
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Norma de Desempenho e 
seus Impactos Legais
• Estabelece requisitos mínimos que devem ser 
atendidos pela edificação (qualidade);
• Incumbências dos projetistas, do 
incorporador, do construtor e dos usuários;
• Prazos de vida útil dos sistemas construtivos;
• Prazos de garantia (recomendados);
• Realização de manutenção;
• Métodos de avaliação.
NBR 15575 - Reflexos Jurídicos
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
21
22
12
Qual tem melhor desempenho?
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Requisitos de Desempenho
23
24
13
NBR 15575 - “Qualidade”
NBR 15575-1: Desempenho de Edificações
Item 3.10 Desempenho: “Comportamento em 
uso de uma edificação e de seus sistemas”.
Segurança
• Segurança estrutural
• Segurança contra fogo
• Segurança no uso e operação
Habitabilidade
• Estanqueidade
• Desempenho térmico
• Desempenho acústico
• Desempenho lumínico
• Saúde, higiene e qualidade ar
•Funcionalidade e Acessibilidade
• Conforto tátil e antropodinâmico
Sustentabilidade
• Durabilidade
• Manutenabilidade
• Impacto ambiental
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
Comprovação do desempenho da edificação
Investigação de Desempenho
• Recomenda-se que a investigação de desempenho, que orientara a 
realização de projeto seja documentada por meio de registros:
 Imagens, memorialde cálculo, observações instrumentadas, catálogos 
técnicos dos produtos, registros de eventuais planos de expansão de 
serviços públicos.
Métodos de avaliação de desempenho
• Ensaios de tipo, ensaios de campo, inspeções de protótipos 
ou em campo, simulações e análise de projetos.
Documento com os resultados da avaliação do sistema
• Deve ser elaborado um documento de avaliação do 
desempenho, baseado nos requistos e critérios avaliados de 
acordo com a norma NBR15575. 
• Com informações que caracterizem a edificação habitacional 
ou sistema analisado.
Avaliação de Desempenho
25
26
14
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Incumbência dos Intervenientes
(Responsabilidades)
NBR 15575 - Reflexos Jurídicos
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
Projeto
Execução: 
materiais 
e serviços
Uso Manutenção
Exposição
Requisitos de 
Desempenho
(Qualidade)
Responsabilidade 
do fornecedor
Responsabilidade 
do usuário
27
28
15
Segmento Econômico - Villa Flora
Fornecedores de Insumo, Material, Componente e/ou Sistema
• Caracterizar o desempenho de acordo com a NBR15575, indicar a vida útil 
e cuidados na operação e manutenção;
• Seguir as normas técnicas brasileiras aplicáveis, ou caso não haja, 
comprovar conformidade por DATEC, normas internacionais etc.
Projetistas
• Estabelecer VUP - Vida Útil de Projeto de cada sistema;
• Especificar materiais, produtos e processos que atendam desempenho 
mínimo da NBR15575.
Incorporador
• Identificação de riscos previsíveis na época de projeto (providenciar estudos 
técnicos) e prover as informações necessárias aos projetistas;
• Definir os níveis de Desempenho (Perfil de Desempenho da Edificação - PDE);
Construtor
• Elaborar manual para os proprietários e síndico.
Usuários
• Realizar as manutenções previstas no manual e NBR5674;
• Não realizar modificações que prejudiquem o desempenho original.
Incumbência dos Intervenientes
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Prazos de Garantia
29
30
16
• Garantia legal
Período de tempo previsto em lei que o comprador dispões para reclamar 
dos vícios (defeitos) verificados na compra de produtos duráveis. Na 
Tabela D.1 são detalhados prazos de garantia usualmente praticados 
pelo setor da construção civil, correspondentes ao período de tempo em 
que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um 
sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de 
anomalias que repercutam em desempenho inferior àquele previsto.
• Garantia contratual
Período de tempo previsto em lei, igual ou superior ao prazo de garantia 
legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor 
ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, 
para que o consumidor possa reclamar dos vícios aparentes ou defeitos 
verificados na entrega de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado 
para cada um dos componentes do produto.
Prazos de Garantia
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
Prazo de Garantia
CDC - Código de Defesa do Consumidor
– Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal 
e será conferida mediante termo escrito;
– Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente 
deve ser padronizado e esclarecer, de maneira 
adequada em que consiste a mesma garantia, bem 
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser 
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo 
ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo 
fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado 
de manual de instrução, de instalação e uso do 
produto em linguagem didática, com ilustrações.
31
32
17
Prazo de Garantia
NCC - Novo Código Civil
– Art. 618: Nos contratos de empreitada de edifícios ou 
outras construções consideráveis, empreiteiro de 
materiais e execução responderá, durante o prazo 
irredutível de 5 (cinco) anos, pela solidez e 
segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, 
como do solo.
Prazo de Garantia
Entrega da Obra, 
ou Habite-se
5 anos
NCC - Art. 618 – Solidez e Segurança
1 2 3 4 5 6 7 8 90
33
34
18
Prazo de Garantia
Entrega da Obra, 
ou Habite-se
5 anos
1 2 3 4 5 6 7 8 9
3 anos: infiltração 
decorrente do mau 
desempenho da fachada
2 anos: por 
destacamentos, fissuras, 
desgastes de pisos 
cimentados, etc.
1 ano: instalação de 
equipamentos, 
fechaduras, fixações de 
vidros, telefonia, etc.
NBR 15575-1
0
Prazo de Garantia
NBR 15575-1, Anexo D (recomendação), item D.3.2: determina os prazos 
de garantia de cada sistema. Tomando como referência a data do habite-se.
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
35
36
19
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Prazo de Responsabilidade
Prazo de Responsabilidade
Prazo de Garantia Término
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Fonte: Carlos Pinto Del Mar
Prazo de Responsabilidade 
do Construtor
Em aberto
1 2 3 4 5 6 7 8 9
37
38
20
• A lei não define o prazo em que perdura a 
responsabilidade do fornecedor;
• A lei define o prazo para propor ação, que, no 
caso de vícios ocultos, começa a contar 
(pretensão nasce) quando surge o vício (actio
nata – CC, art. 189 – e CDC, art. 26, § 3);
• Não havendo definição de prazos, a 
responsabilidade dos fornecedores perdura 
por prazo indefinido.
Prazo de Responsabilidade
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
Doutrina jurídica – duas posições principais 
sobre o prazo para reclamar dos vícios:
• Aplicação do Código Civil, que estabelece o 
prazo de 1 ano para surgir e 1 ano para 
reclamar (bens duráveis – art. 445, e § 1º);
• Defesa do critério da vida útil do produto (o 
fabricante/fornecedor responde pela 
adequação do produto durante a vida útil).
Prazo de Responsabilidade
Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015)
39
40
21
Prazo de Responsabilidade
Recurso Especial nº 984.106 - SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do 
STJ - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - Dje: 20/11/2012
“O Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do art. 26, no que concerne à 
disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério 
da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço 
largo de tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual.”
“Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural 
gerado pela fruição ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo 
a projeto, cálculo estrutural, resistência de materiais, entre outros, o prazo para 
reclamar pela reparação se inicia no momento em que ficar evidenciado o 
defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual 
de garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem”.
Prazo de Responsabilidade
Recurso Especial nº 984.106 - SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do 
STJ - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - Dje: 20/11/2012
“O critério de vida útil é o que melhor atende aos interesses dos consumidores, 
que adquirem produtos com uma expectativa legítima de durabilidade e bom 
funcionamento por um certo período”.
“E para que o prazo de vida útil de determinado produto durável não seja 
objeto de controvérsias, compete ao próprio fabricante defini-lo, já que dispõe 
da tecnologia necessária para tanto, e informá-lo ao consumidor, nos termos 
dos arts. 6º, III e 31 do CDC”.
41
42
22
Prazo de Vida Útil
NBR 15575-1: Desempenho Edificações
3.29 Vida Útil: “Período de tempo durante o qual 
o edifício, ou seus sistemas mantém o 
desempenho esperado, quando submetidos 
apenas às atividades de manutenção pré-
definidas em projeto”.
Prazo de Vida Útil
NBR 15575-1: Item 14.2.1, tabela 7
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
43
44
23
Garantia x Vida Útil
NBR 15575-1: Desempenho de Edificações
3.24 Prazo de Garantia: “Período de tempo em 
que é elevada a probabilidade de que eventuais 
vícios ou defeitos em um sistema, em estado de 
novo, venham a se manifestar, decorrentes de 
anomalias que repercutam em desempenho 
inferior àquele previsto”.
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
Segmento Econômico - Villa FloraGarantia x Vida Útil
45
46
24
Prazo de Vida Útil
Entrega da Obra, 
ou Habite-se
12 3 4 5 6 7 8 9
3 anos: infiltração 
decorrente do mau 
desempenho da fachada
*Prazo de decadência: limite a partir do qual o consumidor, ao reclamar, perde o direito da “inversão do ônus da prova”;
3 anos e 1 dia – decadência* para 
reclamações de: infiltração decorrente 
do mau desempenho da fachada
Deverá provar a culpa da construtora.
0
Prazo de Vida Útil
Entrega da Obra, 
ou Habite-se
10 20 30 40 50 6 7 8 9
VUP 40 anos: infiltração 
decorrente do mau 
desempenho da fachada
*Prazo de prescrição: decorrido este prazo, o fornecedor não é mais obrigado a reparar, tendo culpa ou não;
40 anos e 1 dia – prescrição para 
reclamações de: infiltração decorrente 
do mau desempenho da fachada
Construtor não é obrigado a reparar.
0
47
48
25
Segmento Econômico - Villa Flora
NBR 15575-1: Desempenho Edificações
14.2.2 Método de Avaliação
“Decorridos 50% dos prazos da VUP descritos na 
Tabela 7, desde que não exista histórico de 
necessidade de intervenções significativas, 
considera-se atendido o requisito de VUP, salvo 
prova objetiva em contrário” [...].
“A avaliação da VUP de qualquer um dos sistemas 
ou do edifício pode ser substituída por uma 
terceira parte (seguradora) do desempenho 
destes”.
Prazo de Vida Útil
Fonte: NBR 15575-1 (2013)
Segmento Econômico - Villa FloraPrazo de Vida Útil
49
50
26
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Conceitos Gerais Sobre 
Engenharia Legal
Defeitos de construção: falhas que causam ou que 
possam vir a causar prejuízos à saúde e à segurança;
Vícios de construção: falhas que implicam em prejuízos 
financeiros e/ou desempenho inferior ao esperado;
Prazo de decadência: limite a partir do qual o 
consumidor, ao reclamar, perde o direito da “inversão do 
ônus da prova”;
Prazo de prescrição: decorrido este prazo, o fornecedor 
não é mais obrigado a reparar, tendo culpa ou não;
Vícios aparentes: prazo de decadência e de prescrição 
= 90 dias;
Vícios ocultos: idem, a partir da data de constatação;
Conceitos Gerais
Fonte: Prof. Dr. Ercio Thomaz
51
52
27
Artigo 12 do CDC:
“O fabricante, o produtor, o construtor e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos 
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de 
produtos, bem como por informações insuficientes sobre sua 
utilização e riscos”.
O RESPONSÁVEL POR QUALQUER PROBLEMA É O 
CONSTRUTOR, que poderá valer-se do direito de 
regresso.
Fonte: Prof. Dr. Ercio Thomaz
Conceitos Gerais
Vício
• Vício: Anomalias que afetam o desempenho de 
produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos 
fins a que se destinam, causando transtornos ou 
prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de 
falha de projeto, ou da execução, ou ainda da 
informação defeituosa sobre sua utilização ou 
manutenção (ABNT NBR 13753, 1996, item 3.75).
• Vícios construtivos são portanto, todas as falhas 
construtivas que causam prejuízo material ao 
consumidor, e que implicam em gastos financeiros para 
repará-los, ou seja, afetam o bolso do consumidor, e 
podem ser divididos em dois grandes grupos: os 
aparentes e os ocultos.
53
54
28
Perda de Desempenho
NBR 15575-1: Desempenho Edificações
3.10 Desempenho: “Comportamento em uso de 
uma edificação e de seus sistemas”.
Segurança
• Segurança estrutural
• Segurança contra fogo
• Segurança no uso e operação
Habitabilidade
• Estanqueidade
• Desempenho térmico
• Desempenho acústico
• Desempenho lumínico
• Saúde, higiene e qualidade ar
• Acessibilidade
• Conforto tátil e antropodinâmico
Sustentabilidade
• Durabilidade
• Manutenabilidade
• Impacto ambiental
Perda de Valor
• ABNT NBR 14653-1 – Avaliação de bens - Parte 1: 
Procedimentos gerais;
• ABNT NBR 14653-2 – Avaliação de bens - Parte 2: 
Imóveis urbanos;
• ABNT NBR 14653-3 – Avaliação de bens - Parte 3: 
Imóveis rurais
• ABNT NBR 14653-4 – Avaliação de bens - Parte 4: 
Empreendimentos;
• ABNT NBR 14653-5 – Avaliação de bens - Parte 5: 
Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais 
em geral;
• ABNT NBR 14653-6 – Avaliação de bens - Parte 6: 
Recursos naturais e ambientais;
• ABNT NBR 14653-7 – Avaliação de bens - Parte 7: 
Bens de patrimônios históricos e artísticos.
55
56
29
Vício Aparente
• CDC - Código de Defesa do Consumidor
– Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em:
• II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de 
produtos duráveis.
• § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega 
efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
• § 2° Obstam a decadência:
• I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor 
perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa 
correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
• § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito.
– Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos 
danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na 
Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir 
do conhecimento do dano e de sua autoria.
Vício Aparente
• Vício Aparente: são falhas construtivas ostensivas, 
detectáveis facilmente mesmo por leigos, por ocasião da 
entrega.
• Exemplos: Vidro quebrado ou manchado, diferentes 
tonalidades no revestimento ou na pintura, azulejo 
aplicado errado, falta de espelhos de elétrica, portas 
descoladas ou trincadas, vazamentos existentes no ato 
da entrega, material de acabamento diferente do que 
consta no memorial descritivo de venda, etc.
57
58
30
Vício Oculto
• CDC - Código de Defesa do Consumidor
– Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em:
• § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito.
– Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos 
danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na 
Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir 
do conhecimento do dano e de sua autoria.
Vício Oculto
• Vício Ocultos: são falhas construtivas inexistentes no ato 
da entrega (ou só detectáveis nessa ocasião por técnicos 
especializados), e que surgem ou só são detectadas 
algum tempo depois da entrega.
• Exemplos: Infiltrações de água, desplacamento de 
revestimentos, rompimento de tubulações, corrosão de 
armaduras, trincas em pisos e paredes, etc.
59
60
31
Mau Uso
Item 7.3.2 “... a responsabilidade dos ônus decorrentes de mau uso, 
especialmente pela desobediência às prescrições do Manual de Uso, 
Operação e Manutenção, será do usuário, ficando dela eximidos o 
proprietário (incorporador) e o executante (construtor)”.
NBR 5671 (ABNT, 1990):
Item 5.2. “No caso de propriedade condominial, os proprietários condôminos, 
responsáveis pela manutenção de partes autônomas individualizadas e 
corresponsáveis pelo conjunto da edificação, devem observar e fazer observar o 
estabelecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e manutenção,
se houver”. 
Ausência de Manutenção
NBR 5674 (ABNT, 2012):
61
62
32
Ausência de Manutenção
Fonte: Adaptado da NBR 15575
Fonte: Adaptado da NBR 15575
Ausência de Manutenção
63
64
33
Referências
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Manual de Uso, Operação e 
Manutenção
65
66
34
Manual da Edificação
NBR que determina o conteúdo, as recomendações, a elaboração e a 
apresentação do Manual de Uso Operação e Manutenção das Áreas Comuns e 
Unidades.
 Garantias
 Assistência técnica
 Memorial descritivo
 Relação de fornecedores
 Operação, uso e limpeza
 Manutenção
 Informações complementares
 Documentação técnica e legal
NBR 14037 (ABNT, 2014):
Deve ser específico para cada empreendimento
Manual da Edificação
Capítulo Subdivisões Itens da ABNT NBR 14037
Apresentação
Índice5.1.1
Introdução 5.1.2
Definições 5.1.3
Garantias e assistência técnica Garantias e assistência técnica 5.2
Memorial descritivo 5.3
Fornecedores
Relação de fornecedores 5.4.1
Relação de projetistas 5.4.2
Serviços de utilidade pública 5.4.3
Operação, uso e limpeza
Sistemas hidrossanitários
5.5
Sistemas eletroeletrônicos
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas
Sistemas de ar-condicionado, ventilação e calefação
Sistemas de automação
Sistemas de comunicação
Sistemas de proteção contra incêndio
Fundações e estrutura
Vedações
Revestimentos internos e externos
Pisos
Coberturas
Jardins, paisagismo e áreas de lazer
Esquadrias e vidros
Pedidos de ligações públicas
Manutenção
Programa de manutenção preventiva 5.6.1
Registros 5.6.2
Inspeções 5.6.3
Informações complementares
Meio ambiente e sustentabilidade 5.7.1
Segurança 5.7.2
Operação dos equipamentos e suas ligações 5.7.3
Documentação técnica e legal 5.7.4
Elaboração e entrega do manual 5.7.5
Atualização do manual 5.7.6
67
68
35
Manual de Edificações
Fonte: ABECE (2015)
Sistema Estrutural
• A sobrecarga prevista em projeto deve constar no Manual do Proprietário e 
Síndico.
Manual de Edificações
Fonte: GROSSI (2018)
Sistema Estrutural
• Atenção especial às lajes em balanço, instalação de ofurôs, piscinas, 
aquários, enchimentos de piso, etc.
69
70
36
Segmento Econômico - Villa Flora
Sistema de pisos de áreas molháveis
• Não é necessário ser estanque e esta informação deve constar no Manual 
do Proprietário e Síndico.
Manual da Edificação
Segmento Econômico - Villa Flora
Estanqueidade de VVIE em contato com áreas molháveis
• Não pode ocorrer a presença de umidade perceptível nos ambientes 
contíguos, desde que respeitadas as condições de ocupação e manutenção 
previstas em projeto e descritas no Manual do Proprietário.
Atenção para WC com impermeabilização apenas no box.
Indicar no Manual necessidade de instalação de fechamento.
72
Manual da Edificação
71
72
37
Segmento Econômico - Villa Flora
Desempenho Térmico
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
correta ventilação e sombreamento dos ambiente, para ser atingida as 
temperaturas de conforto e evitar condensações.
Manual da Edificação
Segmento Econômico - Villa Flora
Fechamento em Vidro de Varandas
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
eventual interferência no escoamento de águas pluviais, ventilação dos 
ambientes, sobrecarga estrutural, área computável, etc.
Manual da Edificação
73
74
38
Manual de Edificações
Vegetação
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
manutenção de gramado (principalmente em taludes para evitar erosões) 
e orientação para que ser verifique os tipos de árvores / plantas que 
podem ser plantadas, para evitar perfuração de mantas, movimentação 
de fundações, etc.
Manual de Edificações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Taludes
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
realização de limpeza em calhas e tubos de drenagem de paredes de 
contenção e piso.
75
76
39
Manual de Edificações
Descupinização
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
obrigatoriedade e periodicidade da realização de descupinização.
Manual de pisos – exemplo:
Fonte: PORTOBELO
Manual de Edificações
77
78
40
79
Paredes e Forros
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
capacidade de carga e forma de fixar objetos.
• O projeto deve indicar das cargas de uso;
• O projeto deve indicar os dispositivos e sistemas de fixação, incluindo 
detalhes típicos;
• O projeto deve estabelecer as cargas de uso para cada situação 
específica, os sistemas de fixação e os locais permitidos para fixação 
de peças suspensas, se houver restrições
Manual de Edificações
Manual de Edificações
Tabela de Cargas (potência) e Diagramas
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a 
obrigatoriedade e periodicidade da realização de descupinização.
79
80
41
Manual de Edificações
Playgrounds
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto 
as informações técnicas de equipamentos de recreação.
 Dados do fabricante, modelo, dimensões, etc;
 Faixa etária de cada equipamento;
 Capacidade de carga de cada equipamento;
 Inspeção anual conforme ABNT NBR 16071;
Manual de Edificações
Reformas
• Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto 
aos requisitos técnicos para realização de alterações e reformas.
 Atender a NBR 16280;
 Realizar plano de reforma (projeto, memorial, cronograma, vistoria 
cautelar, alvará, descarte de resíduos, ART, etc);
 Realizar Termo de Encerramento de Obra;
Inserir também na 
Convenção!
http://fernandesgrossi.com.br/requisitos-para-aprovacao-de-reformas-em-
condominios-segundo-a-abnt-nbr-16-280/
81
82
42
Manual da Edificação
Programa de Manutenção Preventiva
• A NBR 5674 apresentar no Anexo A, modelo para implementação 
de programas de manutenção preventiva.
Fonte: CBIC (2013)
Manual da Edificação
83
84
43
Manual da Edificação
Modelo de Registro de Verificações Realizadas
Fonte: NBR 5674 (ABNT, 2012)
Manual da Edificação
85
86
44
Manual da Edificação
NBR 14037 (ABNT, 2014): Diretrizes para Elaboração de 
Manuais de Uso, Operação e Manutenção das Edificações
• Anexo A: A tabela A.1 relaciona os principais 
documentos que devem fazer parte da documentação do 
condomínio, sendo que alguns deles são entregues pela 
construtora ou incorporadora e os demais devem ser 
providenciados pelo condomínio.
Fonte: NBR 14037 (ABNT, 2014)
Manual da Edificação
Fonte: NBR 14037 (ABNT, 2014)
87
88
45
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Manutenibilidade
Segmento Econômico - Villa Flora
 Facilidade ou meios de acesso
• Projetos devem ser planejado de forma possibilitar os meios de
acesso para manutenção e inspeções prediais (suportes para
fixação de andaimes, balancins etc.).
90
Manutenibilidade
89
90
46
Manual de Edificações
Fonte: GROSSI (2018)
 Facilidade ou meios de acesso
MG34
Manual de Edificações
Fonte: GROSSI (2016)
 Facilidade ou meios de acesso
91
92
Slide 91
MG34 Marcus Grossi; 02/12/2018
47
 Item de estrutura no manual
Manutenibilidade
Fonte: ABECE (2015)
Na entrada do estacionamento devem ser posicionadas duas placas, com limite 
de velocidade e carga máxima.
 Estrutura
Manutenibilidade
Fonte: GROSSI (2017)
Atenção a caixões perdidos, locais de difícil acesso, decks, etc.
93
94
48
 Estrutura
Manutenibilidade
Fonte: CREA-PE (2005)
Atenção a trecho de pilares enterrados / em contato com o solo.
 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
• O componentes da camada de acabamento devem resistir ao ataque químico,
conforme normas específicas.
• Válido para todos os pisos (áreas secas, molháveis e molhadas).
• O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as
principais características de uso de cada ambiente.
Manutenibilidade
95
96
49
 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
Durabilidade de Pisos
Áreas secas
97
 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
Durabilidade de Pisos
Áreas molháveis e molhadas
98
97
98
50
 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
Durabilidade de Pisos
Resistência ao manchamento
99
 Desgaste por abrasão
• As camadas de acabamento da habitação devem apresentar resistência ao
desgaste devido aos esforços de uso, de forma a garantir a vida útil
estabelecida em projeto, devendo seguir as normas específicas de método de
ensaio:
• NBR 8810: Revestimentos têxteis de pisos,
• NBR 9457: Ladrilho Hidráulico,
• NBR 13818: Placas cerâmicas para revestimento,
• NBR 14833-1: Revestimento de pisos laminados,
• NBR 14851-1: Revestimento de pisos-mantas,
• NBR 14917-1: Revestimentos resilientes para pisos,
• NBR 9781: Peçasde concreto para pavimentação,
• NBR 7374: Placa vinílica semi-flexível para revestimento,
• E outras.
• O projeto definir a camada de acabamento em função das características de
uso e condições de exposição de cada ambiente.
Durabilidade de Pisos
100
99
100
51
 Desgaste por abrasão revestimento cerâmico
Durabilidade de Pisos
101
Manutenibilidade
 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes
químicos
101
102
52
Manutenibilidade
Cuidado!
 Deve haver razoabilidade das ações de manutenção;
 Falta de informação para os usuários;
 Periodicidade elevada;
 Custo elevado;
2015-07
2016-05 
2018-06 
Manutenibilidade
103
104
53
Referências
Referências
105
106
54
Atividade em Grupo
Exercícios práticos
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Patologia das Construções
107
108
55
Engenharia Diagnóstica
Engenharia // Medicina
Engenharia Diagnóstica
O que é
Inspeção = Exame
(Eng. Civil = Clínico Geral)
Objetivo
Identificar Sintomas: Febre x 
Trincas (fácil)
Identificar Causas: Infecção x 
Movimentação Térmica 
(capacitado)
Riscos: Regular (capacitado)
Resultado
Reparo = Remédio
109
110
56
Conceito
Patologia de origem grega (páthos, doença, e lógos, 
estudo), é amplamente utilizado nas diversas áreas da 
ciência, com denominações do objeto de estudo que 
variam de acordo com o ramo de atividade. 
Manifestação Patológica: sintoma, anomalia, vício, 
defeito, falha.
Conceito
• Profilaxia das edificações (do grego prophýlaxis, "cautela"): é a aplicação 
de meios tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação. Em sua 
adaptação para a engenharia significa a aplicação de meios para evitar as 
"doenças" (anomalias ou problemas) do edifício, bem como suas 
propagações;
• Diagnóstico (do grego diagnosticu, dia = através de, durante, por meio de 
+ gnosticu = alusivo ao conhecimento de): conhecimento (efetivo ou em 
confirmação) sobre algo, ao momento do seu exame; ou a descrição 
minuciosa de algo, feita pelo examinador, classificador ou pesquisador. Em 
compreensão o termo na engenharia teria a função de identificar e 
descrever o mecanismo, as origens e as causas efetivamente responsáveis 
pelo problema patológico;
• Prognóstico (do latim prognosticu - pro = "antecipado, anterior, prévio" + 
gnosticu = "alusivo ao conhecimento de"): juízo médico, baseado no 
diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, acerca da duração e 
evolução de uma doença; ou predição, agouro, presságio, profecia, 
relativos a qualquer assunto. Ou seja, estimativa da evolução do problema 
ao longo do tempo;
111
112
57
Conceito
• Terapia (do grego θεραπεíα – “servir a deus”): significa o tratamento para 
uma determinada doença pela medicina tradicional, ou por meio de terapia 
alternativa. Também há recomendação de medidas necessárias, sejam 
elas imediatas ou não;
• Anamnese (do grego ana, "trazer de novo" e mnesis, "memória"): é uma 
entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a 
intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras 
palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se 
relacionam com a doença e à pessoa doente.
Conceito
Manifestação 
Patológica Mecanismo Causa Origem
Consequências 
/ Risco
Identificação
Anamnese / Diagnóstico
Prognóstico
Terapia
Etapa do ProcessoGatilhoMeioSintoma
113
114
58
Origem
Fonte: GROSSI, 2018
Ciclo de Vida de Edificações
Exemplos
Fonte: TECHNE, 2011
115
116
59
Soluções de Reparo
1) Eliminação das manifestações 
patológicas;
2) Substituição dos elementos e 
materiais afetados;
3) Ocultação das anomalias;
4) Proteção contra agentes agressivos;
5) Eliminação das causas das 
anomalias.
Fonte: HENRIQUES, 1997
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Técnicas de Diagnóstico
117
118
60
Abordagem Usual vs. Pensamento Estatístico
Causa
Causa Raiz
119
120
61
Causa Raiz
Causa x Sintoma
Fonte: Enio Pazini (2018)
Tratar a causa, não apenas os sintomas.
121
122
62
123
Atividade Objetivo Abrangência Meios Resultado
Auditoria
Verificar o atendimento a 
critérios pré-estabelecidos 
(procedimentos, normas 
técnicas, leis, etc.)
Amostral
 Análise documental
 Entrevista de pessoas 
envolvidas
 Vistoria no local
 Constatação de conformidade 
ou não conformidade de 
determinados critérios
 Lista de eventuais não 
conformidades a 
determinados critérios 
Avaliação Verificar o valor de mercado Amostral, ou, Edificação completa
 Vistoria no local
 Pesquisa de mercado
 Análise estatística
 Valor monetário do bem
Comissionamento
Verificar o correto 
funcionamento de sistemas 
e execução em 
conformidade com o 
projeto
Sistema/ subsistema 
completo
 Análise documental
 Vistoria no local
 Testes de funcionamento
 Constatação de conformidade 
ou não conformidade ao 
projeto
 Atestado de funcionamento, 
ou não funcionamento do 
sistema
 Lista de eventuais 
irregularidades
Inspeção Predial
Avaliar as condições 
técnicas da edificação que 
assegurem o desempenho 
ao longo da vida útil
Edificação completa
 Análise documental
 Entrevista de pessoas 
envolvidas
 Vistoria no local
 Testes expeditos (opcional)
 Constatação da regularidade / 
irregularidade aparentes
 Lista de irregularidades
 Identificação da causa 
provável
 Classificação da importância
 Ações/ providências 
necessárias
Vistoria
Constatar e descrever um 
determinado fato, 
incidente, anomalia ou 
irregularidade
Edificação ou 
subsistema completo  Vistoria no local
 Análise do fato vistoriado e 
suas consequências para o 
desempenho da edificação
 Registro e descrição do fato
Perícia
Apurar causas de um 
determinado fato, 
incidente, anomalia ou 
irregularidade
Edificação ou 
subsistema completo
 Análise documental
 Entrevista de pessoas 
envolvidas
 Vistoria no local
 Testes expeditos (se 
necessário)
 Ensaios, simulação 
computacional, cálculos etc. 
(se necessário)
 Lista de irregularidades
 Identificação da causa 
provável
 Classificação da importância
 Ações de correção
 Estimativa de custos de 
correção (se necessário)
Perícias de Engenharia
124
RESOLUÇÃO Nº 345, DE 27 DE JULHO DE 1990.
Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível Superior das atividades de 
Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia.
Art. 1º “Para os efeitos desta Resolução, define-se:
a) VISTORIA é a constatação de um fato, mediante exame 
circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o 
constituem, sem a indagação das causas que o motivaram.
b) AVALIAÇÃO é a atividade que envolve a determinação técnica do 
valor qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um 
empreendimento.
c) PERÍCIA é a atividade que envolve a apuração das causas que 
motivaram determinado evento ou da asserção de direitos.
d) LAUDO é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que 
observou e dá as suas conclusões ou avalia o valor de coisas ou 
direitos, fundamentadamente.
123
124
63
Perícias de Engenharia
125
NBR 13752 - Perícias de Engenharia na Construção Civil
6. Apresentação do Laudo
“Na apresentação de laudos deve constar, obrigatoriamente, o seguinte:
a) indicação da pessoa física ou jurídica que tenha contratado o trabalho e do 
proprietário do bem objeto da perícia;
b) requisitos atendidos na perícia conforme 4.3;
c) relato e data da vistoria, com as informações relacionadas em 5.2;
d) diagnóstico da situação encontrada;
e) no caso de perícias de cunho avaliatório, pesquisa de valores, definição da 
metodologia, cálculos e determinação do valor final;
f) memórias de cálculo, resultados de ensaios e outras informações relativas à 
sequência utilizada no trabalho pericial;
g) nome, assinatura, número de registro no CREA e credenciais do perito de 
engenharia.”
h) ART, conforme estabelece a Lei nº 6496/77.”
Perícias de Engenharia
126
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.
Código de Processo Civil
Art. 473 “O laudo pericial deverá conter:I. a exposição do objeto da perícia;
II. a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III. a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser 
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da 
qual se originou;
IV. resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e 
pelo órgão do Ministério Público.
§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência 
lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que 
excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os 
meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em 
poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, 
plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
Método inspeção abrange aspectos:
- Técnicos (prático);
- Científicos (teórico);
- Sem opinião pessoal.
125
126
64
Técnicas de Diagnóstico
Fonte: adaptado LICHTENSTEIN (1986)
Fluxo do processo análise de manifestação patológica
Técnicas de Diagnóstico
Fluxo do processo de inspeção
Fonte: GROSSI (2019)
127
128
65
Técnicas de Diagnóstico
Vistoria sensorial
• Na etapa de vistoria devem ser recolhidas informações que permitam 
caracterizar as anomalias, sua respectiva extensão, as causas prováveis e 
sua gravidade.
• A vistoria é a etapa em que o inspetor se aproxima fisicamente da edificação, 
e tem caráter estritamente sensoria;
– Avaliação tátil: a passagem da mão sobre uma superfície de revestimento 
permite avaliar a existência de pulverulência ou desagregação;
– Avaliação olfativa: a existência de umidades elevadas em ambientes 
fechados pode ser detectada pelo olfato, ou a existência de vazamentos de 
rede de gás combustível;
– Avaliação audível: a existência de ruído em quadro elétrico que pode indicar 
mau contato ou sobrecarga da instalação, ou vazamento de água da rede 
hidráulica;
– Avaliação palatável: é a menos usual por razões óbvias, mas que no caso de 
eflorescências solúveis em água pode apresentar sabores diferentes. Por 
exemplo, o sulfato de sódio de origem do reboco-bloco apresenta um sabor 
caracteristicamente salgado, enquanto o sulfato de cálcio de origem do bloco 
não tem sabor bem perceptível.
Técnicas de Diagnóstico
Anamnese
• Análise de documentos, não deve se restringir em apenas constatar 
o registro da existência, mas sim, analisar seu conteúdo em 
comparação com os requisitos normativos e legais, e com as 
condições reais da edificação quando da realização da vistoria;
• Entrevista com usuários, o objetivo é obter informações sobre a 
obra e seu histórico, para que seja melhor compreendida sua 
concepção, os sistemas construtivos, sequência construtiva, técnicas 
de construção, materiais empregados, sazonalidade dos sintomas, 
etc; para que sejam identificadas eventuais ocorrências significativas;
129
130
66
Técnicas de Diagnóstico
Exames Complementares
• A realização de medições, testes e ensaios expeditos servem como 
complemento à vistoria sensorial, quantificando as impressões e, 
muitas vezes, analisando aspectos não perceptíveis aos sentidos 
humanos, servindo como um prolongamento das capacidades do 
inspetor em apreender a realidade, sendo recomendável a 
harmonização de seu uso (LICHTENSTEIN, 1986).
– Instrumentos de Medição; 
– Ensaios expeditos;
– Ensaios laboratoriais;
– Simulações computacionais;
– Pesquisa.
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Equipamentos de Inspeção e 
Ensaios
131
132
67
Câmera fotográfica
Instrumentos Básicos
133
134
68
EPI Mínimos
Equipamentos Específicos
135
136
69
Kit de Vistoria
Utensílio Uso e aplicação
Câmera fotográfica ou 
vídeo
Registro dos locais vistoriados e anomalias identificadas
Boroscópio (endoscópio 
predial)
Visualização interna de locais em que a visão direta não é possível, tais como, forros, 
tubulações etc.
Drone
Visualização externa de locais em que o acesso é impossibilitado, inseguro ou difícil, tais 
como, coberturas, fachadas altas etc.
Binóculo Visualização externa rápida de locais distantes, tais como, fachadas etc.
Lupa Visualização mais detalhada de fissuras, anomalias etc.
Haste com espelho
Visualização rápida de locais de difícil acesso, tais como, fachadas visualizada pela parte 
interna da edificação, entre forros etc.
Régua Detecção expedita de planicidade, tais como, revestimento de pisos e paredes, forros etc.
Esquadro Detecção expedita de ortogonalidade, tais como, cantos de paredes e tetos etc.
Nível com bolha Detecção expedita de desníveis, tais como, caimento de piso, nivelamento de bancadas etc.
Prumo Detecção expedita de desaprumos, tais como, prumo de paredes, muros etc.
Fissurômetro Execução de medições expeditas de largura de trincas, por comparação
Cunha graduada
Execução de medições expeditas de aberturas, tais como, rachaduras, frestas entre tábuas 
de assoalhos etc.
Paquímetro Execução de medições e levantamentos dimensionais expeditos
Trena Execução de medições e levantamentos dimensionais expeditos
Bússola Orientação geográfica, para determinação de incidência solar
Martelo e ponteiro Auxiliar na retirada de amostras, quebra de revestimentos etc.
Martelo de polietileno 
rígido
Execução de ensaios expeditos de percussão para identificação de revestimentos mal 
aderidos
Chave de fenda
Auxiliar na abertura de caixas de passagem, quadros elétricos; e execução de ensaios 
expeditos de resistência superficial de revestimentos etc.
Kit de Vistoria
137
138
70
Utensílio Uso e aplicação
Espátula
Auxiliar na retirada de amostras, quebra de revestimentos, etc.; e execução de ensaios expeditos de 
resistência superficial de revestimentos etc.
Balde
Execução de ensaios expeditos de caimento de piso, auxiliar na identificação de trincas com 
aspersão de água no revestimento etc.
Escova de cerda ou pincel Limpeza das superfícies a visualizar, remoção localizada de detritos ou revestimentos etc.
Lanterna Iluminação do local e dos elementos a vistoriar
Escada Possibilitar acesso a coberturas, alçapões, tetos etc.
Multímetro Execução de medições expeditas de corrente, tensão, resistência etc.
Câmera termográfica
Execução de ensaios expeditos de temperatura superficial para identificação de sobreaquecimento de 
equipamentos e dispositivos e cabos elétricos, fugas de correntes, revestimentos mal aderidos em 
fachadas, umidade, pontes térmicas etc.
Medidor de umidade
Execução de medições expeditas do teor de umidade superficial de paredes, pisos, forros etc., para 
auxiliar na identificação da causa / origem da umidade
Termohigrômetro Execução de medições expeditas de temperatura e teor de umidade do ar
Detector de gás combustível
Execução de medições expeditas para identificar vazamentos nas instalações de gás, em 
equipamentos à gás etc.
Pacômetro
Execução de medições expeditas de elementos metálicos ou energizados sem necessidade de 
acesso direto, como medição do cobrimento de armaduras, identificação de rede elétrica embutida 
etc.
Manômetro Execução de medições expeditas de pressão da rede de água fria, quente, gás etc.
Tablet / Smartphone Facilitar o transporte e consulta de projetos, normas, documentos, etc.
Prancheta, folhas e caneta Auxiliar no registro das anomalias, elaboração de croquis, identificação das fotografias etc.
Lápis ou giz Identificar os elementos construtivos com anomalias
Equipamentos de proteção 
individual.
Segurança para realização das atividades de vistoria, acesso em locais altos etc.
NOTA: Os instrumentos e equipamentos devem estar em bom estado de conservação e calibrados em laboratórios credenciados pela 
RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio) ou com padrões de medição rastreáveis,dentro dos critérios de tolerância de 
desvio de normas nacionais ou internacionais e dentro do prazo de validade.
Kit de Vistoria
Ensaios Expeditos
Os ensaios expeditos, assim como os instrumentos de medição, são
meios pelo qual o inspetor ampliará sua capacidade de análise sobre
os sistemas, devendo ser realizados a critérios do inspetor.
No entanto, os ensaios expeditos requererem as seguintes
considerações (AMARAL, 2013 citando FLORES-COLEN, 2008):
 Podem aumentar significativamente o tempo de vistoria;
 Podem aumentar significativamente os custos da inspeção;
 Podem produzir resultados confusos e de difícil interpretação;
 Possuem limitações de precisão e padronização do método,
dependendo da técnica utilizada.
139
140
71
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Elaboração de Relatórios e 
Laudos
Elaboração de Relatórios e Laudos
Diretrizes de Vistoria
– É recomendável que seja apresentada no mínimo uma 
foto de cada ambiente do objeto da vistoria, mesmo que 
não existam falhas e/ou anomalias no local.
141
142
72
Elaboração de Relatórios e Laudos
Enquadrando Teto
Enquadrando Piso
Elaboração de Relatórios e Laudos
Diretrizes de Vistoria
– No caso de identificação de anomalia, recomenda-se 
fotografar o ambiente apontando, com emprego de 
seta, o local de sua posição e fotografar em detalhe o 
que se deseja evidenciar.
– As anomalias existentes nos objetos de análise devem 
ter descrições objetivas que propiciem fácil identificação 
e localização.
– Devem, ainda, ser ilustradas através de registro 
fotográfico suficiente para sua perfeita caracterização e 
respectiva definição de extensão.
– As anomalias devem ser atreladas aos respectivos 
sistemas construtivos.
143
144
73
Elaboração de Relatórios e Laudos
Elaboração de Relatórios e Laudos
145
146
74
Elaboração de Relatórios e Laudos
Imóvel
Ru
a
Sentido vistoria
Elaboração de Relatórios e Laudos
Imóvel
Ru
aFrontal
La
t. 
Di
re
ita
Fundos
La
t. 
Es
qu
er
da
Orientação Vistas
I
II
III
IV
147
148
75
Elaboração de Relatórios e Laudos
Elaboração de Relatórios e Laudos
Classificação do Desempenho Aparente
– Recomenda-se classificar de maneira geral cada um dos 
sistemas construtivos analisados, quanto ao estado de 
desempenho aparente, com base nas anomalias e não-
conformidades identificadas, devendo-se levar em conta 
o grau de deterioração, o risco aos usuários e a perda 
da capacidade de uso e operação de algum sistema.
Classificação Descrição
Desempenho 
adequado
(classe 1)
Desempenho adequado ao uso, quando o sistema ou elemento não apresenta qualquer situação ou 
manifestação que impeça o uso normal da edificação do ponto de vista dos requisitos de segurança, 
habitabilidade e durabilidade;
Desempenho regular
(classe 2)
Desempenho que requer recomendações corretivas e/ou preventivas, quando o sistema ou elemento 
não apresenta situação que impeça o uso normal da edificação, não apresenta situação que prejudique 
a segurança, habitabilidade ou durabilidade para os usuários, mas que requer intervenções preventivas 
e/ou corretivas decorrentes das constatações feitas na inspeção, visando prevenir e/ou corrigir falhas 
com repercussões estéticas, manifestações patológicas ou fatores que prejudiquem o desempenho;
Desempenho 
inadequado
(classe 3)
Desempenho inadequado ao uso, quando as manifestações patológicas detectadas prejudicam a 
segurança e/ou a saúde dos usuários.
Fonte: Adaptado de ABNT NBR 16747 (2018).
149
150
76
Elaboração de Relatórios e Laudos
Análise de Risco / Prioridades
– As recomendações de ação de correção devem ser 
organizadas em níveis de prioridade, tendo em vista o 
risco de cada uma.
– Sugere-se a aplicação da análise preliminar de risco 
(APR);
Fonte: Adaptado de CETESB (2003 apud SCABBIA, 2004).
Elaboração de Relatórios e Laudos
Análise de Risco / Prioridades
– As recomendações de ação de correção devem ser 
organizadas em níveis de prioridade, tendo em vista o 
risco de cada uma.
151
152
77
Elaboração de Relatórios e Laudos
• Introdução
– Solicitante (condomínio ou unidade);
– Objetivo da inspeção (diagnóstico de anomalia...);
– Objeto em análise (endereço, dados da edificação);
– Método de inspeção adotado (inspeção visual, ensaios,...);
– Data das vistorias e ensaios;
• Apresentação e análise dos dados:
– Documentos analisados;
– Avaliação das anomalias com prazos de garantia, atividades de manutenção, 
mau uso e reformas;
– Classificação do desempenho;
– Classificação do risco;
– Terapia / Recomendações de intervenção;
• Conclusão;
– Considerações gerais; Diagnóstico; Prognóstico; Terapia.
• Referências
• Glossário (opcional)
• Anexos: Relatório fotográfico, croquis de identificação, etc.;
• Memórias de cálculo, resultados de ensaios e outras informações de embasamento 
usadas;
Fonte: adaptado de ABNT NBR 13752, 1996; ABNT NBR 14724, 2011; ABNT NBR 16747, 2018
Elaboração de Relatórios e Laudos
Comprovação de Data
– Para comprovação idônea da data de realização do 
laudo tem-se as opções:
• Registro em cartório;
• Entrega de via do laudo para os solicitantes, mediante 
a assinatura de protocolo;
• Assinar o laudo com certificado digital com carimbo 
de tempo.
153
154
78
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Patologia de Solos, 
Fundações e Contenções
Patologia de Fundações
Fonte: adaptado MILITITSKY et al., 2015; AMARAL, 2016
Representação das principais causas para surgimento de anomalia em fundações
155
156
79
Patologia de Fundações
Fonte: adaptado MILITITSKY et al., 2015; AMARAL, 2016
Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques 
de fundações de pilares internos (Recalque Central)
Patologia de Fundações
Fonte: URIEL ORTIZ, 1984 apud MILITITSKY et al., 2015.
Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques 
dedações de pilares nas extremidades
157
158
80
Patologia de Fundações
Fonte: MAÑÁ, 1978 apud MILITITSKY et al., 2015.
Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques 
de fundações de pilares nas extremidades
Patologia de Fundações
Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015.
Provável fissuramento em parede portante com recalque na extremidade
159
160
81
Patologia de Fundações
Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015.
Deformação côncava de parede portante 
e seus efeitos
Deformação convexa de parede portante 
e seus efeitos
Patologia de Fundações
Fonte: DUARTE (1998)
Fissuras verticais em peitoris por flexão 
negativa
Fissuras verticais junto ao solo por 
ruptura das fundações
161
162
82
Patologia de Fundações
Fonte: URIEL ORTIZ, 1983
Fissuração devido ao aumento da umidade do solo expansivo
Patologia de Fundações
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Raízes modificam o teor de umidade do solo, podendo causar recalques localizados e 
provavelmente patologias na edificação
163
164
83
Patologia de Fundações
Ilustração de cavidade ocorrida em zona cárstica
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Patologia de Fundações
Superposição de tensões em fundações diretas
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
165
166
84
Patologia de Fundações
Superposição de tensões em fundações profundas (simulação com método dos 
elementos finitos)
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Patologia de Fundações
Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015.
Provável fissuramento de edificação assente parte em corte e parte em aterro
167
168
85
Patologia de Fundações
Recalque diferenciado por consolidações distintas do aterro carregado
Fonte: THOMAZ, 1989
Patologia de Fundações
Recalque das fundações em função do desconfinamento do solo, pela construção de 
edifício vizinho
Fonte: THOMAZ, 2001
169
170
86
Patologia de Fundações
Atuação de força horizontal nos elementos da fundação, pela instabilidade do talude
Fonte: THOMAZ, 2001
Patologia de Fundações
Recalque diferenciado, por rebaixamento dolençol freático, foi cortado o terreno à 
esquerda da edificação
Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Fonte: THOMAZ, 1989
171
172
87
Recalque de Fundações
Fonte: Dr. Sussumo Niyama
Rebaixamento de Lençol
Recalque de Fundações
200 m
173
174
88
Patologia de Fundações
Fundação profunda para os pilares do edifício (pequenos recalques) e pisos e 
calçadas (grandes recalques) assentados diretamente sobre argila mole
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Patologia de Fundações
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Silo sem calha de proteção junto às 
fundações diretas
Extravasamento de água em solos 
porosos colapsíveis e consequente 
recalque em reservatório sustentado por 
fundações superficiais
175
176
89
Patologia de Fundações
Fonte: MILITITSKY et al., 2015.
Sistema de fundações diferentes 
originados por cargas diferentes, não 
separados por junta, provocando 
recalques diferenciais
Níveis diferentes de carregamento sem 
junta
Recalque de Fundações
Fonte: THOMAZ, 1989
177
178
90
Recalque de Fundações
Fonte: THOMAZ, 2016
Recalque de Fundações
Tipos de Ruptura
A. Ruptura Geral
B. Ruptura Local
C. Ruptura por Puncionamento
179
180
91
Recalque de Fundações
Fonte: Bjerrum
Recalque de Fundações
181
182
92
Recalque de Fundações
Cálculo da Tensão Admissível a Partir do Resultado da
Prova de Carga
Escolhida a tensão de ruptura de acordo com o critério acima,
a tensão admissível será o menor dos dois valores:
• tensão de ruptura dividida por um fator de segurança igual
a 2 (sr /2)
• tensão correspondente a um recalque de 10 mm. (s10)
Vibrações do Solo
Vibrações por Cravação de Estacas
183
184
93
Vibrações do Solo
Vibrações por Cravação de Estacas
Exemplos de Anomalias
Brainstorm para levantamento de causas
185
186
94
Recalque de Fundações
Patologia de Fundações
187
188
95
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
189
190
96
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
191
192
97
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
193
194
98
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
195
196
99
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
197
198
100
Patologia de Fundações
Patologia de Fundações
199
200
101
Patologia de Fundações
Fonte: THOMAZ, 2016
Patologia de Fundações
Fonte: COSTA NUNES apud MARCELLI, 2009.
Incidência de sinistros em muros de arrimo
201
202
102
Patologia de Fundações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Arrimo com Sapata Corrida
Arrimo com Estacas
Patologia de Fundações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Arrimo em terreno inclinado
203
204
103
Patologia de Fundações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Drenagem em muro de arrimo
Patologia de Fundações
Queda de muro devido a raízes da planta Ravenala madagascariensis aglomeradas 
junto à face do muro, gerando um esforço horizontal não previsto
205
206
104
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Afundamento de piso em área adjacente a muro de arrimo
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Afundamento de piso em área adjacente a muro de arrimo
207
208
105
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Carreamento de finos pela drenagem de muro de arrimo
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Drenagem em muro de arrimo
209
210
106
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Drenagem em muro de arrimo
Patologia de Fundações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Abertura de valas próximas de muros de arrimo
211
212
107
Patologia de Fundações
Fonte: MARCELLI, 2009.
Sobrecarga em muro de arrimo Sobrecarga em contenção de gabião
Fonte: GROSSI, 2016
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
213
214
108
Patologia de Fundações
Fonte: GROSSI, 2016
Patologia de Fundações
Padrões de inclinação para taludes, estabelecidas 
empiricamente
215
216
109
Patologia de Fundações
Fonte: DAMASCO PENA, 2016
Patologia de Fundações
• Deve haver relatório consolidado, elaborado de acordo com o item 7.4 
da NBR 11682 - Estabilidade de Taludes (ABNT, 2009), incluindo as 
respectivas análises de estabilidade, que devem atender aos fatores de 
segurança indicados na Tabela 10.
Nível de segurança 
contra danos 
materiais e 
ambientais
Nível de segurança contra danos a vidas humanas
Alto Médio Baixo
Alto 1,5 1,5 1,4
Médio 1,5 1,4 1,3
Baixo 1,4 1,3 1,2
Fonte: NBR 11682 (ABNT, 2009)
Fatores de segurança mínimos para deslizamento de taludes
217
218
110
Diagnóstico
Devem ser considerados os seguintes aspectos na vistoria:
 Visita ao local;
 Feições topográficas e eventuais indícios de instabilidade de taludes;
 Indícios da presença de aterro (bota-fora) na área;
 indícios de contaminação do subsolo por material contaminante lançado 
no local ou decorrente do tipo de ocupação anterior;
 Prática local de projeto e execução de fundações;
 Estado das construções vizinhas;
 Peculiaridades geológico-geotécnicas na área, tais como: presença de 
matacões, afloramento rochoso nas imediações, áreas brejosas, minas 
d´água etc.
Diagnóstico
 Região sujeita a abalos sísmicos;
 Antigo aterro sanitário, indústria perigosa, posto de gasolina/depósito 
combustíveis;
 Proximidade a pedreira, indústria de explosivos;
 Contaminação do lençol freático;
 Linhas de alta tensão aéreas ou enterradas;
 Galerias enterradas;
 Enchentes/risco de inundação
219
220
111
Diagnóstico
Durante a execução da fundação;
Após a execução da fundação;
Após a execução da obra.
Diagnóstico
Métodos diretos
 Provas de carga (dinâmica / estática)
Medidas de recalque
 Instrumentação
 Ensaios especiais
Métodos indiretos
 Ensaios de controle de execução e de materiais
 Ensaios de verificação de integridade
 Instrumentação
221
222
112
Diagnóstico
Ensaio a Percussão (Sondagem)
Diagnóstico
PIT (Pile Integrity Testing)
223
224
113
Diagnóstico
PIT (Pile Integrity Testing)
Diagnóstico
PIT (Pile Integrity Testing)
225
226
114
Diagnóstico
Extração de Testemunho
Fonte: Eng. Dr. Sussumo
Diagnóstico
Extração de Testemunho
Fonte: Eng. Dr. Sussumo
227
228
115
Diagnóstico
Monitoramento do Recalque
Diagnóstico
Monitoramento dos recalques da estrutura:
 É obrigatório nos seguintes casos:
a) estruturas nas quais a carga variável é significativa em
relação à carga total, tais como silos e reservatórios;
b) estruturas com mais de 60 m de altura do térreo até a
laje de cobertura do último piso habitável;
c) relação altura/largura (menor dimensão) superior a
quatro;
d) fundações ou estruturas não convencionais.
Fonte: NBR 6122:2010
229
230
116
Diagnóstico
Fonte: NBR 6122:2010
Monitoramento dos recalques da estrutura:
• O projeto de fundações deve estabelecer o programa de
monitoramento, incluindo: referência de nível (indeslocável)
a ser utilizada, características dos aparelhos de medida,
frequência e período em que as leituras serão realizadas.
• Pode também ser necessário o monitoramento de outras
grandezas, tais como: deslocamentos horizontais,
desaprumos, integridade ou tensões. O resultado das
medições deve ser comparado com as previsões de
projeto.
Diagnóstico
Monitoramento do Recalque
Fonte: Eng. Dr. Sussumo
231
232
117
Profilaxia
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Estruturas de Concreto 
Armado
233
234
118
Patologia de Estruturas de Concreto
Fonte: SOUZA & RIPPER, 1998; THOMAZ, 2001; HUSNI et al., 2003
Representação das principais causas para surgimento de anomalia em estruturas de 
concreto armado
Ataque de Sulfatos
Expansão por ataque de sulfatos
http://www.construmatica.com/construpedia/Durabilidad_de_los_Morteros_de_Revestimiento
235
236
119
Ataque de Sulfatos
Expansão por ataque de sulfatos
http://www.deecc.ufc.br/Download/TB819_Patologia_e_Recuperacao_de_Estruturas_de_Concreto/ATAK
Sulfato.pdf
• O aluminato tricálcico (C3A) pode reagir com sulfatos em 
solução, formando um composto chamado de sulfoaluminato
tricálcico ou etringita, reação altamente expansiva;
• Os sulfatos poderão provir de váriasfontes, como o solo, águas 
contaminadas, gesso, ou até mesmo de argilas com alto teores 
de sais;
• Encontra-se teores de sulfato potencialmente deletérios em 
águas industriais e até naturais;
• A fonte de sulfato pode ser interna também, através de 
agregados contendo gipsita ou cimento com teor de sulfato 
elevado, formando assim a etringita tardia;
• Deve-se prever cimentos com teor de C3A (aluminato tricálcico) 
abaixo de 8%.
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
Ataque de Sulfatos
237
238
120
Ca(OH)2 + Na2SO4.10H20  CaSO4.2H2O + 2Na(OH) + 8H2O

gipsita (aumento  2 vezes)
C3A.12H2O + 3 ( CaSO4.2H2O ) 14H2O  C3A.3CaSO4.32H2O

etringita (aumento  2 vezes)
Ataque de Sulfatos
• A qualidade do concreto, especificamente a baixa porosidade, é 
a melhor proteção contra o ataque por sulfato;
• Espessura adequado de cobrimento, alto consumo de cimento, 
baixa relação a/c, adensamento adequado, a cura e baixo teor de 
C3A são as principais características do concreto resistente a 
sulfatos;
Ataque de Sulfatos
239
240
121
Reação Álcali-Agregado
Reação Álcali-Agregado
241
242
122
Reação Álcali-Agregado
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
Reação Álcali-Agregado
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
243
244
123
Reação Álcali-Agregado
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
Reação Álcali-Agregado
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
• É a reação que ocorre entre os álcalis do cimento (cimentos 
alcalinos > 0,6% Na2O) e a sílica de agregados reativos;
• É necessária a água em movimento na estrutura;
• O elevado pH do concreto promove a hidrólise da sílica:
• Si-OH reage com a pasta para formar Si-O-Si-O-, se 
combina com Na+ e K+ para formar um gel que causa 
expansão no interior do concreto.
245
246
124
Reação Álcali-Agregado
Reação Álcali-Agregado
• Pode-se evitar a RAA com a utilização de cimentos não 
alcalinos, adições minerais, agregados não reativos ou 
evitar a exposição contínua à umidade;
247
248
125
Corrosão de Armaduras
As principais causas da despassivação e
corrosão do aço imerso em concreto são:
• Carbonatação;
• Ataque por cloretos;
• Lixiviação.
Corrosão de Armaduras
249
250
126
Corrosão de Armaduras
Corrosão de Armaduras
251
252
127
Corrosão de Armaduras
Corrosão de Armaduras
253
254
128
Corrosão de Armaduras
Corrosão de Armaduras
255
256
129
Corrosão de Armaduras
Comercial Aceitável Troca de barra
Diâmetro
(mm)
Área
(mm²)
-5% Área
(mm²)
Diâmetro
(mm)
-10% Área
(mm²)
Diâmetro
(mm)
4,8 18,10 17,19 4,68 16,29 4,55
6,3 31,17 29,61 6,14 28,06 5,98
8 50,27 47,75 7,80 45,24 7,59
10 78,54 74,61 9,75 70,69 9,49
12,5 122,72 116,58 12,18 110,45 11,86
16 201,06 191,01 15,59 180,96 15,18
20 314,16 298,45 19,49 282,74 18,97
25 490,87 466,33 24,37 441,79 23,72
32 804,25 764,04 31,19 723,82 30,36
40 1256,64 1193,81 38,99 1130,97 37,95
Quadro: referência para troca de barras de aço corroídas
Corrosão de Armaduras
Ciclo de corrosão do aço
257
258
130
Corrosão de Armaduras
A corrosão de armaduras nas peças de concreto
armado ocorre segundo processo essencialmente
eletroquímico, sendo necessária a presença
concomitante de três fatores:
 Diferença de potencial elétrico
 Presença de eletrólito para condução de íons
(umidade)
 Presença de O2 para as reações de oxidação
Corrosão de Armaduras
259
260
131
Corrosão de Armaduras
• ANODO
– E onde a corrosão ocorre
– Reações anódicas →reações de oxidação
– Eletrons são gerados
• CATODO
– Reações catódicas →reações de redução
– Elétrons são consumidos
Corrosão de Armaduras
261
262
132
Corrosão de Armaduras
Representação esquemática das manifestações patológicas tipicamente
observadas em vigas de concreto afetadas por corrosão
Passivação
• Um filme de passivação é uma fina camada de 
óxidos e hidróxidos que se forma na superfície de 
metais ou ligas metálicas sob determinadas 
condições.
• Quando se tem um estado passivo, a resistência 
à corrosão depende da qualidade e da integridade 
do filme de passivação.
• Para o aço da estrutura de concreto fica 
passivado devido ao pH alcalina do meio de 12 a 
13, devido a contribuição Ca(OH)2 e álcalis.
263
264
133
Carbonatação
Carbonatação
 POROSIDADE DO CONCRETO (relação a/c)
 UR DO AR
(máxima carbonatação para UR entre 50 e 60%)
 RESERVA ALCALINA
(tipo de cimento, idade da peça, etc)
 TIPO DE CIMENTO
 CONCENTRAÇÃO DE CO2
FATORES QUE INTERFEREM NA CARBONATAÇÃO
265
266
134
Carbonatação
Fonte: THOMAZ (2016)
Carbonatação
• Profundidade de carbonatação (BS EN 14630 );
• Solução de fenolftaleína/timolftaleína diluída 1%;
• Região carbonatada (pH ≤ 9) incolor;
• Região ainda alcalina na cor rosa/magenta;
Figura: Ensaio de medição de profundidade de carbonatação
267
268
135
Carbonatação
Carbonatação
269
270
136
Carbonatação
Carbonatação
HELENE (1997)
271
272
137
Carbonatação
HELENE (1997)
Carbonatação
CARMONA (2006)
273
274
138
Carbonatação
Ataque por Cloretos
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
275
276
139
Ataque por Cloretos
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
Ataque por Cloretos
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
277
278
140
Ataque por Cloretos
Lixiviação
279
280
141
Lixiviação
Lixiviação
281
282
142
Lixiviação
Lixiviação
283
284
143
Lixiviação
Lixiviação
• Quando águas puras, moles ou ácidas entram em contato com a 
pasta de cimento, tendem a hidrolisar ou dissolver seus compostos 
contendo cálcio;
• Mas, no caso de água corrente ou infiltração sob pressão, que é o 
caso de reservatórios de água e piscinas, ocorre uma diluição 
continua, até que a maior parte do hidróxido de cálcio, tenha sido 
retirado por lixiviação, expondo os outros constituintes cimentícios;
285
286
144
• O hidróxido de cálcio – Ca(OH)2 - pode reagir com o 
monóxido de carbono - CO2 - da atmosfera, gerando o 
carbonato de cálcio - CaCO3 (eflorescência 
esbranquiçada);
• A lixiviação do hidróxido de cálcio, com a consequente 
formação do carbonato de cálcio insolúvel, é 
responsável pelo aparecimento de eflorescência 
caracterizada por depósitos de cor branca na superfície 
do concreto.
Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian
Lixiviação
Corrosão de Armaduras
Principais agentes / causas que contribuem para
corrosão precoce:
 Nichos de concretagem (armadura exposta);
 pH do concreto (lixiviação, incêndio, cimentos com
adições);
 Alto teor de umidade (ar e concreto);
 Presença de cloretos (litoral, reservatórios, aditivos
com cloretos);
 Baixo cobrimentos da armadura;
 Trincas;
 Término da vida útil (carbonatação).
287
288
145
289
 Análise de projeto
• Declaração das normas atendidas;
• Declaração da VUP;
• Classe de agressividade ambiental;
• Cobrimentos de armadura;
• Resistência característica do
concreto (fck);
• Módulo de elasticidade (Eci)
• Máxima relação água / cimento;
• Consumo mínimo de cimento;
• Especificação do tipo de cimento;
• Especificação de adições e/ou
aditivos;
• Tabela de cargas de cada pavimento;
• Considerações de vento;
• Considerações de sismo;
• Deslocamentos admissíveis;
• Orientações de execução.
Profilaxia // Prevenção
Fonte: NBR 6118:2014
Profilaxia
289
290
146
Profilaxia
NBR 6118:2014
Profilaxia
291
292
147
Fonte: NBR 6118:2014
Fonte: NBR 12655:2015
Profilaxia
Fonte: NBR 12655:2015
Profilaxia
293
294
148
Fonte: NBR 12655:2015
Atenção para 
fundações!!!
Profilaxia
Fonte: NBR 6123:1988
Profilaxia
295
296
149
Fonte: NBR 15421:2006
Profilaxia
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Fissuras em Edifícios
297
298
150
Fissuras em Edifícios
As causas de fissuração estão ligadas a movimentação 
dos elementos e componentes, podem ser:
 Sobrecarga (projeto, execução, uso, acidentes);
 Deformação excessiva da estrutura (deformação lenta, 
fluência, efeito rüsch);
 Movimentação higrotérmica (calor hidratação, meio 
ambiente);
 Retração de produtos à base de cimento (plástica, 
secagem);
 Recalque de fundações; Expansão de materiais (corrosão, RAA, ataque de 
sulfatos);
Fissuras em Edifícios
299
300
151
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Fissura de sobrecarga
Sobrecargas em Peças de CA
Fonte: THOMAZ (1989).
Fissuração típica em viga 
biapoiada solicitada a flexão
Fissuração típica de cisalhamento em 
viga biapoiada solicitada a flexão
Ruptura por compressão do concreto 
de viga biapoiada superarmada
solicitada a flexão
Fissuração em viga solicitada a 
torção
301
302
152
Sobrecargas em Peças de CA
Sobrecargas em Peças de CA
303
304
153
Sobrecargas em Peças de CA
Fonte: THOMAZ (1989).
Fissuração típica em viga em 
balanço solicitada a flexão
Fissuração típica em viga contínua 
solicitada a flexão
Fissuração na parte superior da laje devido à ausência de armadura negativa
Sobrecargas em Peças de CA
Fonte: THOMAZ (2016)
305
306
154
Sobrecargas em Peças de CA
Fonte: THOMAZ (1989).
Fissuração típica em laje armada em cruz apoiada nas quatros faces, solicitada a flexão
Fissuração na parte superior da laje devido à ausência de armadura negativa
Sobrecargas em Peças de CA
Fonte: THOMAZ (1989).Fissuração típica em pilares devido à sobrecarga
As fissuras em pilares são raros devido a sua própria solicitação de esforços, 
normalmente indicando alguma falha no dimensionamento e, portanto, requerem 
maior atenção e cuidado quando de seu surgimento, mesmo existindo as 
tolerâncias de aberturas da NBR 6118 (ABNT, 2014) para esses elementos, 
segundo a opinião desse autor, não são toleráveis, uma vez que indicam um 
comportamento não previsto. 
307
308
155
Sobrecargas em Alvenarias
Fonte: DUARTE (1998)
Fissura verticais devido à 
sobrecarga vertical 
uniformemente distribuída
Fissura horizontal devido à 
sobrecarga
Sobrecargas em Alvenarias
309
310
156
Sobrecargas em Alvenarias
Fonte: VITÓRIO (2003)
Fissuras inclinadas devido a 
ação de carga concentrada 
diretamente sobre a alvenaria
Ruptura e fissura de alvenaria sob 
ponto de aplicação de carga 
concentrada excessiva
Fonte: THOMAZ (1989)
Sobrecargas em Alvenarias
311
312
157
Sobrecargas em Alvenarias
Fonte: THOMAZ (1989)
Fissuras reais em torno de aberturas por sobrecarga
Sobrecargas em Alvenarias
313
314
158
Sobrecargas em Alvenarias
Sobrecargas em Alvenarias
315
316
159
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Deformabilidade de Estrutura
Deformabilidade das Estruturas
Fonte: THOMAZ (1989)
Deformação do apoio maior do que 
a deformação da viga superior
Deformação do apoio idêntica à 
deformação da viga superior
Deformação do apoio inferior à 
deformação da viga superior
317
318
160
Deformabilidade das Estruturas
Fonte: THOMAZ (2016)
Deformabilidade das Estruturas
319
320
161
Deformabilidade das Estruturas
Fonte: THOMAZ (2016)
Deformabilidade das Estruturas
321
322
162
Deformabilidade das Estruturas
Fonte: THOMAZ (2016)
Deformabilidade das Estruturas
Fonte: THOMAZ (1989); THOMAZ, 2003
Fissuras em parede de vedação 
devido a deflexão na região em 
balanço da viga
Fissuras de destacamento em parede 
de vedação devido a deflexão na 
região em balanço da viga
323
324
163
Deformabilidade das Estruturas
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Movimentação Higrotérmica
325
326
164
Movimentações Térmicas
Movimentações térmicas diferenciadas
Segmento Econômico - Villa FloraMovimentações Térmicas
Movimentações térmicas diferenciadas
327
328
165
Movimentações Térmicas
Fonte: THOMAZ (1989)
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: THOMAZ (1989)
329
330
166
Movimentações Higrotérmicas
Fissuras inclinadas em paredes por 
movimentação térmica da estrutura 
de concreto armado
Fissuras de destacamento de painéis de 
alvenaria por movimentação térmica da 
estrutura
Fonte: DUARTE (1998 apud MAGALHÃES, 2006)
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: GROSSI, 2019
331
332
167
Movimentações Higrotérmicas
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: GROSSI, 2018
333
334
168
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: THOMAZ (1989); ARGILÉS (2000, apud CIB, 2014)
Fissura vertical no canto do prédio por expansão da alvenaria
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: DUARTE (1998)
Fissura horizontal na base da parede por expansão da alvenaria na presença de umidade 
ascendente
Fissura horizontal no topo do muro por expansão da alvenaria pela absorção da umidade
Fonte: THOMAZ (1989)
335
336
169
Movimentações Higrotérmicas
Fonte: THOMAZ (1989)
Fonte: GROSSI, 2018
Movimentações Higrotérmicas
337
338
170
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Retração
Retração
Fissuração típica em viga devido a 
retração superficial
Fissuração típica em laje devido a 
retração superficial
Fonte: CANOVAS (1994).
Fonte: THOMAZ (1989)
339
340
171
Retração
Retração
Fonte: THOMAZ (1989)
Fissuração típica em viga devido a 
retração
341
342
172
Retração
Fonte: THOMAZ (2016)
Retração
Fonte: THOMAZ (2016)
343
344
173
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Expansão de Materiais
Expansão de Materiais
Fonte: DUARTE (1998)
Fissuras no revestimento da alvenaria devido à 
expansão da argamassa de assentamento
345
346
174
Expansão de Materiais
Expansão de Materiais
347
348
175
Expansão de Materiais
Corrosão de Armaduras
Representação esquemática das manifestações patológicas tipicamente
observadas em vigas de concreto afetadas por corrosão
349
350
176
Reação Álcali-Agregado
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Diagnóstico de Fissuras
351
352
177
Geometria da fissura (configuração, comprimento, abertura, 
profundidade, localização, ângulo, regularidade etc.)
 Idade da construção e época de aparecimento da fissura
 Sazonalidade das fissuras, variações nas aberturas
 Outras fissuras semelhantes (componentes próximos, pavimentos 
contíguos, mesmas prumadas, edifícios vizinhos etc.)
 Existência de tubulações com pouco cobrimento
 Outras manifestações patológicas nas proximidades da fissura 
(umidade anormal, descolamentos, bolor, eflorescências)
 Alterações significativas nas proximidades da obra (estaqueamentos, 
desconfinamento do solo, rebaixamento do lençol etc.)
 Adequada utilização do edifício etc.
Diagnóstico de Fissuras
Sondagem Fissuras
353
354
178
Monitoramento de Fissuras
Fonte: THOMAZ (2016)
Monitoramento de Fissuras
A - abertura/ deslocamento lateral 
B - deslocamento na vertical
355
356
179
Monitoramento de Fissuras
Fonte: THOMAZ (2016)
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Terapia Fissuras
357
358
180
Terapia Fissuras
Fonte: DUARTE (1998)
Terapia Fissuras
Fissuras isoladas e estabilizadas
359
360
181
Terapia Fissuras
Fissuras isoladas e estabilizadas
Terapia Fissuras
361
362
182
Terapia Fissuras
Terapia Fissuras
Fonte: SAHADE (2005)
363
364
183
Terapia Fissuras
Fissuras isoladas de pequena movimentação
Terapia Fissuras
Fonte: SAHADE (2005)
365
366
184
Terapia Fissuras
Fonte: SAHADE (2005)
Fissuras isoladas ativas até 1 mm
Terapia Fissuras
Camada de Dessolidarização
• Esta técnica é utilizada para distribuir tensões que se concentram na região 
da fissura. Desta forma, qualquer elemento instalado entre a fissura e as 
camadas seguintes, permitirá que a fissura seja dissipada, diminuir as 
tensões introduzidas ao revestimento.
• Alguns autores indicam a dessolidarização com esparadrapo, fita de 
polipropileno, bandagem cirúrgica, gaze, fita crepe, tela de poliéster com 
bandagem central.
367
368
185
Terapia Fissuras
Terapia Fissuras
369
370
186
Terapia Fissuras
Terapia Fissuras
Para a recuperação das estruturas de concreto Takagi e Almeida Junior 
(2002) apresentam as seguintes resinas que são, comprovadamente, 
eficientes e apresentam alta durabilidade, conforme comentado por 
Pinto e Takagi (2005):
• Poliuretano
• Epóxi
• Gel de acrílico
• Microcimento.
371
372
187
Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi
Revestimentos
Revestimentos

Outros materiais