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1 Análises Patológicas e Diagnóstico na Construção Civil Prof.º Eng.º M.Sc Marcus Vinícius Fernandes Grossi Currículo do Professor Prof.º Marcus Vinícius Fernandes Grossi Formação • Mestrado: Tecnologia em Construção de Edifícios (2019) • Especialização: Qualidade e Patologia das Construções (2014) • Especialização: Gestão e Tecnologia de Construção (2013) • Engenheiro Civil (2009) Atuação • Perito judicial – Tribunal de Justiça de São Paulo (2018 – atual) • Professor cursos extensão – AEA Educação / YCON (2018 – atual) • Assistente técnico – Defensoria Pública e Ministério Público (2017 – atual) • Professor universitário – Universidade Brasil (2016 – atual) • Colunista – Revista Direcional Condomínios (2016 – atual) • Sócio-gerente – Fernandes & Grossi Consultoria e Perícias de Engenharia (2014 – atual) • Engenheiro da Qualidade - Rossi Residencial S.A (2007 – 2014) 1 2 2 Programação Engenharia Legal 1. Garantia x Responsabilidade de construção; 2. Responsável legal pela reparação de danos; 3. Responsabilidade civil e criminal do construtor. Programação Patologias de Construção 1. Conceitos básicos de patologia das construções (sintomas, mecanismos, agentes, causa e origem da patogenia); 2. Conceito básico de ciclo de vida das edificações; 3. Técnicas de inspeção e diagnóstico; 4. Instrumentos e equipamentos para inspeção; 5. Elaboração de relatórios e laudos. 3 4 3 Programação Manifestações patológicas 1. Principais sintomas (fissuras, umidade, eflorescência, desplacamento, etc.); 2. Principais sintomas em estruturas de concreto; 3. Principais sintomas em alvenarias e revestimentos; 4. Principais sintomas em pinturas; 5. Principais sintomas em coberturas; 6. Principais sintomas em instalações hidrossanitárias; 7. Principais sintomas em instalações elétricas; 8. Principais sintomas em instalações de gás; 9. Ações de prevenção e reparo das principais manifestações patológicas. Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Engenharia Legal 5 6 4 • As normas jurídicas têm força obrigatória: leis, decretos e demais atos legislativos; • As normas técnicas não são normas jurídicas: ganham força obrigatória por força de leis (ex: Código de Defesa do Consumidor - cap.V, seção IV, art. 39, item VIII), mas não se sobrepõem às leis e demais atos legislativos; • Em caso de conflito entre norma e leis: devem ser obedecidas as leis e demais atos legislativos; • Quando outra norma brasileira contiver requisitos suplementares à outra norma: eles devem ser integralmente cumpridos; • Ausência de normas brasileiras requeridas para sistemas: podem ser utilizadas Normas Internacionais relativas ao tema; • No caso de conflito ou diferença de critérios ou métodos entre normas requeridas: deve-se atender aos critérios mais exigentes. Legislação e Normas Técnicas 7 Legislação e Normas Técnicas 8 Constituição Leis Federais Leis Estaduais Leis Municipais Normas técnicas Contratos 7 8 5 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Normas Técnicas Por que as normas técnicas devem ser cumpridas? Dever de Atender Normas Técnicas 9 10 6 • Dever ético profissional • Código de ética profissional. • Dever contratual • Boa fé objetiva (pressuposto de que o produto atende os requisitos mínimos de técnica e qualidade). • Dever legal • Quando houver lei que estabeleça. Dever de Atender Normas Técnicas Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) • ENGENHEIROS: Código de Ética Profissional (Resolução do CONFEA nº 1.002/2002) • Art. 6º Os profissionais da engenharia e da arquitetura devem atuar “dentro da melhor técnica”, ou “conforme a boa técnica”. • ARQUITETOS E URBANISTAS: Regulamenta o exercício (Lei nº 12.378/2010) • Art. 18. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas pelo Código de Ética e Disciplina: I; II; III ... IX – deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes na execução de atividades de arquitetura e urbanismo.” Dever Ético Profissional 11 12 7 Dever Legal • Código de Obras Municipal; • Lei 4.150/62 (regime obrigatório de cumprimento das normas da ABNT, nos contratos de obras e compras do serviço público federal); • Lei de incorporações (Lei 4.591/64); • Lei de acessibilidade (Lei nº 10.098/2000; Lei nº13.146/2015, ...); • Lei de licitações (Lei nº 8.666/93 – projetos de acordo com as normas); • Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990 – Art. 39). Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) Artigo 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO). Código de Defesa do Consumidor Fonte: Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990 ) 13 14 8 Dever de Atender Normas Técnicas Consequência do descumprimento das normas técnicas Artigo 615. Concluída a obra de acordo com o ajuste (“contrato”), ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (“projetos”) ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza. (“normas técnicas”). Artigo 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, (“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço. Código Civil Fonte: Código Civil (Lei nº 10.406/2002 ) 15 16 9 Ressalvas • Há mais de 10.000 normas; • A ABNT não é a “Santa Sé”; • Há normas com impropriedades na redação, na tradução, e que não foram ainda revisadas (shall, must, deve, recomenda-se, etc); • Há normas que são meras recomendações (ex.: NBR 5671 – Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura) • É preciso distinguir Normas que prescrevem procedimentos de segurança (obrigatórias) de outras informativas. Dever de Atender Normas Técnicas Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) ABNT Catálogo http://www.abntcatalogo.com.br 1047 normas técnicas vigentes aplicáveis à construção civil Fonte: CBIC (2020) Normas Técnicas ABNT 17 18 10 Conclusão • As normas técnicas devem ser observadas; • O seu descumprimento traz consequências, sanções; Dever de Atender Normas Técnicas Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) Norma técnica não é lei, mas tem força obrigatória Risco Criminal Fonte: Revista Banas Qualidade nº 234 (2011) 19 20 11 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Norma de Desempenho e seus Impactos Legais • Estabelece requisitos mínimos que devem ser atendidos pela edificação (qualidade); • Incumbências dos projetistas, do incorporador, do construtor e dos usuários; • Prazos de vida útil dos sistemas construtivos; • Prazos de garantia (recomendados); • Realização de manutenção; • Métodos de avaliação. NBR 15575 - Reflexos Jurídicos Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) 21 22 12 Qual tem melhor desempenho? Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Requisitos de Desempenho 23 24 13 NBR 15575 - “Qualidade” NBR 15575-1: Desempenho de Edificações Item 3.10 Desempenho: “Comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas”. Segurança • Segurança estrutural • Segurança contra fogo • Segurança no uso e operação Habitabilidade • Estanqueidade • Desempenho térmico • Desempenho acústico • Desempenho lumínico • Saúde, higiene e qualidade ar •Funcionalidade e Acessibilidade • Conforto tátil e antropodinâmico Sustentabilidade • Durabilidade • Manutenabilidade • Impacto ambiental Fonte: NBR 15575-1 (2013) Comprovação do desempenho da edificação Investigação de Desempenho • Recomenda-se que a investigação de desempenho, que orientara a realização de projeto seja documentada por meio de registros: Imagens, memorialde cálculo, observações instrumentadas, catálogos técnicos dos produtos, registros de eventuais planos de expansão de serviços públicos. Métodos de avaliação de desempenho • Ensaios de tipo, ensaios de campo, inspeções de protótipos ou em campo, simulações e análise de projetos. Documento com os resultados da avaliação do sistema • Deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho, baseado nos requistos e critérios avaliados de acordo com a norma NBR15575. • Com informações que caracterizem a edificação habitacional ou sistema analisado. Avaliação de Desempenho 25 26 14 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Incumbência dos Intervenientes (Responsabilidades) NBR 15575 - Reflexos Jurídicos Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) Projeto Execução: materiais e serviços Uso Manutenção Exposição Requisitos de Desempenho (Qualidade) Responsabilidade do fornecedor Responsabilidade do usuário 27 28 15 Segmento Econômico - Villa Flora Fornecedores de Insumo, Material, Componente e/ou Sistema • Caracterizar o desempenho de acordo com a NBR15575, indicar a vida útil e cuidados na operação e manutenção; • Seguir as normas técnicas brasileiras aplicáveis, ou caso não haja, comprovar conformidade por DATEC, normas internacionais etc. Projetistas • Estabelecer VUP - Vida Útil de Projeto de cada sistema; • Especificar materiais, produtos e processos que atendam desempenho mínimo da NBR15575. Incorporador • Identificação de riscos previsíveis na época de projeto (providenciar estudos técnicos) e prover as informações necessárias aos projetistas; • Definir os níveis de Desempenho (Perfil de Desempenho da Edificação - PDE); Construtor • Elaborar manual para os proprietários e síndico. Usuários • Realizar as manutenções previstas no manual e NBR5674; • Não realizar modificações que prejudiquem o desempenho original. Incumbência dos Intervenientes Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Prazos de Garantia 29 30 16 • Garantia legal Período de tempo previsto em lei que o comprador dispões para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de produtos duráveis. Na Tabela D.1 são detalhados prazos de garantia usualmente praticados pelo setor da construção civil, correspondentes ao período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que repercutam em desempenho inferior àquele previsto. • Garantia contratual Período de tempo previsto em lei, igual ou superior ao prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios aparentes ou defeitos verificados na entrega de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto. Prazos de Garantia Fonte: NBR 15575-1 (2013) Prazo de Garantia CDC - Código de Defesa do Consumidor – Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito; – Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. 31 32 17 Prazo de Garantia NCC - Novo Código Civil – Art. 618: Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de 5 (cinco) anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo. Prazo de Garantia Entrega da Obra, ou Habite-se 5 anos NCC - Art. 618 – Solidez e Segurança 1 2 3 4 5 6 7 8 90 33 34 18 Prazo de Garantia Entrega da Obra, ou Habite-se 5 anos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 3 anos: infiltração decorrente do mau desempenho da fachada 2 anos: por destacamentos, fissuras, desgastes de pisos cimentados, etc. 1 ano: instalação de equipamentos, fechaduras, fixações de vidros, telefonia, etc. NBR 15575-1 0 Prazo de Garantia NBR 15575-1, Anexo D (recomendação), item D.3.2: determina os prazos de garantia de cada sistema. Tomando como referência a data do habite-se. Fonte: NBR 15575-1 (2013) 35 36 19 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Prazo de Responsabilidade Prazo de Responsabilidade Prazo de Garantia Término 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Fonte: Carlos Pinto Del Mar Prazo de Responsabilidade do Construtor Em aberto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 37 38 20 • A lei não define o prazo em que perdura a responsabilidade do fornecedor; • A lei define o prazo para propor ação, que, no caso de vícios ocultos, começa a contar (pretensão nasce) quando surge o vício (actio nata – CC, art. 189 – e CDC, art. 26, § 3); • Não havendo definição de prazos, a responsabilidade dos fornecedores perdura por prazo indefinido. Prazo de Responsabilidade Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) Doutrina jurídica – duas posições principais sobre o prazo para reclamar dos vícios: • Aplicação do Código Civil, que estabelece o prazo de 1 ano para surgir e 1 ano para reclamar (bens duráveis – art. 445, e § 1º); • Defesa do critério da vida útil do produto (o fabricante/fornecedor responde pela adequação do produto durante a vida útil). Prazo de Responsabilidade Fonte: Carlos Pinto Del Mar (2015) 39 40 21 Prazo de Responsabilidade Recurso Especial nº 984.106 - SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do STJ - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - Dje: 20/11/2012 “O Código de Defesa do Consumidor, no § 3º do art. 26, no que concerne à disciplina do vício oculto, adotou o critério da vida útil do bem, e não o critério da garantia, podendo o fornecedor se responsabilizar pelo vício em um espaço largo de tempo, mesmo depois de expirada a garantia contratual.” “Com efeito, em se tratando de vício oculto não decorrente do desgaste natural gerado pela fruição ordinária do produto, mas da própria fabricação, e relativo a projeto, cálculo estrutural, resistência de materiais, entre outros, o prazo para reclamar pela reparação se inicia no momento em que ficar evidenciado o defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de expirado o prazo contratual de garantia, devendo ter-se sempre em vista o critério da vida útil do bem”. Prazo de Responsabilidade Recurso Especial nº 984.106 - SC (2007/0207915-3) - 4ª Turma do STJ - Rel. Min. Luis Felipe Salomão - Dje: 20/11/2012 “O critério de vida útil é o que melhor atende aos interesses dos consumidores, que adquirem produtos com uma expectativa legítima de durabilidade e bom funcionamento por um certo período”. “E para que o prazo de vida útil de determinado produto durável não seja objeto de controvérsias, compete ao próprio fabricante defini-lo, já que dispõe da tecnologia necessária para tanto, e informá-lo ao consumidor, nos termos dos arts. 6º, III e 31 do CDC”. 41 42 22 Prazo de Vida Útil NBR 15575-1: Desempenho Edificações 3.29 Vida Útil: “Período de tempo durante o qual o edifício, ou seus sistemas mantém o desempenho esperado, quando submetidos apenas às atividades de manutenção pré- definidas em projeto”. Prazo de Vida Útil NBR 15575-1: Item 14.2.1, tabela 7 Fonte: NBR 15575-1 (2013) 43 44 23 Garantia x Vida Útil NBR 15575-1: Desempenho de Edificações 3.24 Prazo de Garantia: “Período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que repercutam em desempenho inferior àquele previsto”. Fonte: NBR 15575-1 (2013) Segmento Econômico - Villa FloraGarantia x Vida Útil 45 46 24 Prazo de Vida Útil Entrega da Obra, ou Habite-se 12 3 4 5 6 7 8 9 3 anos: infiltração decorrente do mau desempenho da fachada *Prazo de decadência: limite a partir do qual o consumidor, ao reclamar, perde o direito da “inversão do ônus da prova”; 3 anos e 1 dia – decadência* para reclamações de: infiltração decorrente do mau desempenho da fachada Deverá provar a culpa da construtora. 0 Prazo de Vida Útil Entrega da Obra, ou Habite-se 10 20 30 40 50 6 7 8 9 VUP 40 anos: infiltração decorrente do mau desempenho da fachada *Prazo de prescrição: decorrido este prazo, o fornecedor não é mais obrigado a reparar, tendo culpa ou não; 40 anos e 1 dia – prescrição para reclamações de: infiltração decorrente do mau desempenho da fachada Construtor não é obrigado a reparar. 0 47 48 25 Segmento Econômico - Villa Flora NBR 15575-1: Desempenho Edificações 14.2.2 Método de Avaliação “Decorridos 50% dos prazos da VUP descritos na Tabela 7, desde que não exista histórico de necessidade de intervenções significativas, considera-se atendido o requisito de VUP, salvo prova objetiva em contrário” [...]. “A avaliação da VUP de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser substituída por uma terceira parte (seguradora) do desempenho destes”. Prazo de Vida Útil Fonte: NBR 15575-1 (2013) Segmento Econômico - Villa FloraPrazo de Vida Útil 49 50 26 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Conceitos Gerais Sobre Engenharia Legal Defeitos de construção: falhas que causam ou que possam vir a causar prejuízos à saúde e à segurança; Vícios de construção: falhas que implicam em prejuízos financeiros e/ou desempenho inferior ao esperado; Prazo de decadência: limite a partir do qual o consumidor, ao reclamar, perde o direito da “inversão do ônus da prova”; Prazo de prescrição: decorrido este prazo, o fornecedor não é mais obrigado a reparar, tendo culpa ou não; Vícios aparentes: prazo de decadência e de prescrição = 90 dias; Vícios ocultos: idem, a partir da data de constatação; Conceitos Gerais Fonte: Prof. Dr. Ercio Thomaz 51 52 27 Artigo 12 do CDC: “O fabricante, o produtor, o construtor e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de produtos, bem como por informações insuficientes sobre sua utilização e riscos”. O RESPONSÁVEL POR QUALQUER PROBLEMA É O CONSTRUTOR, que poderá valer-se do direito de regresso. Fonte: Prof. Dr. Ercio Thomaz Conceitos Gerais Vício • Vício: Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de falha de projeto, ou da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção (ABNT NBR 13753, 1996, item 3.75). • Vícios construtivos são portanto, todas as falhas construtivas que causam prejuízo material ao consumidor, e que implicam em gastos financeiros para repará-los, ou seja, afetam o bolso do consumidor, e podem ser divididos em dois grandes grupos: os aparentes e os ocultos. 53 54 28 Perda de Desempenho NBR 15575-1: Desempenho Edificações 3.10 Desempenho: “Comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas”. Segurança • Segurança estrutural • Segurança contra fogo • Segurança no uso e operação Habitabilidade • Estanqueidade • Desempenho térmico • Desempenho acústico • Desempenho lumínico • Saúde, higiene e qualidade ar • Acessibilidade • Conforto tátil e antropodinâmico Sustentabilidade • Durabilidade • Manutenabilidade • Impacto ambiental Perda de Valor • ABNT NBR 14653-1 – Avaliação de bens - Parte 1: Procedimentos gerais; • ABNT NBR 14653-2 – Avaliação de bens - Parte 2: Imóveis urbanos; • ABNT NBR 14653-3 – Avaliação de bens - Parte 3: Imóveis rurais • ABNT NBR 14653-4 – Avaliação de bens - Parte 4: Empreendimentos; • ABNT NBR 14653-5 – Avaliação de bens - Parte 5: Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral; • ABNT NBR 14653-6 – Avaliação de bens - Parte 6: Recursos naturais e ambientais; • ABNT NBR 14653-7 – Avaliação de bens - Parte 7: Bens de patrimônios históricos e artísticos. 55 56 29 Vício Aparente • CDC - Código de Defesa do Consumidor – Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: • II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. • § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. • § 2° Obstam a decadência: • I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; • § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. – Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Vício Aparente • Vício Aparente: são falhas construtivas ostensivas, detectáveis facilmente mesmo por leigos, por ocasião da entrega. • Exemplos: Vidro quebrado ou manchado, diferentes tonalidades no revestimento ou na pintura, azulejo aplicado errado, falta de espelhos de elétrica, portas descoladas ou trincadas, vazamentos existentes no ato da entrega, material de acabamento diferente do que consta no memorial descritivo de venda, etc. 57 58 30 Vício Oculto • CDC - Código de Defesa do Consumidor – Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: • § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. – Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Vício Oculto • Vício Ocultos: são falhas construtivas inexistentes no ato da entrega (ou só detectáveis nessa ocasião por técnicos especializados), e que surgem ou só são detectadas algum tempo depois da entrega. • Exemplos: Infiltrações de água, desplacamento de revestimentos, rompimento de tubulações, corrosão de armaduras, trincas em pisos e paredes, etc. 59 60 31 Mau Uso Item 7.3.2 “... a responsabilidade dos ônus decorrentes de mau uso, especialmente pela desobediência às prescrições do Manual de Uso, Operação e Manutenção, será do usuário, ficando dela eximidos o proprietário (incorporador) e o executante (construtor)”. NBR 5671 (ABNT, 1990): Item 5.2. “No caso de propriedade condominial, os proprietários condôminos, responsáveis pela manutenção de partes autônomas individualizadas e corresponsáveis pelo conjunto da edificação, devem observar e fazer observar o estabelecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e manutenção, se houver”. Ausência de Manutenção NBR 5674 (ABNT, 2012): 61 62 32 Ausência de Manutenção Fonte: Adaptado da NBR 15575 Fonte: Adaptado da NBR 15575 Ausência de Manutenção 63 64 33 Referências Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Manual de Uso, Operação e Manutenção 65 66 34 Manual da Edificação NBR que determina o conteúdo, as recomendações, a elaboração e a apresentação do Manual de Uso Operação e Manutenção das Áreas Comuns e Unidades. Garantias Assistência técnica Memorial descritivo Relação de fornecedores Operação, uso e limpeza Manutenção Informações complementares Documentação técnica e legal NBR 14037 (ABNT, 2014): Deve ser específico para cada empreendimento Manual da Edificação Capítulo Subdivisões Itens da ABNT NBR 14037 Apresentação Índice5.1.1 Introdução 5.1.2 Definições 5.1.3 Garantias e assistência técnica Garantias e assistência técnica 5.2 Memorial descritivo 5.3 Fornecedores Relação de fornecedores 5.4.1 Relação de projetistas 5.4.2 Serviços de utilidade pública 5.4.3 Operação, uso e limpeza Sistemas hidrossanitários 5.5 Sistemas eletroeletrônicos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas Sistemas de ar-condicionado, ventilação e calefação Sistemas de automação Sistemas de comunicação Sistemas de proteção contra incêndio Fundações e estrutura Vedações Revestimentos internos e externos Pisos Coberturas Jardins, paisagismo e áreas de lazer Esquadrias e vidros Pedidos de ligações públicas Manutenção Programa de manutenção preventiva 5.6.1 Registros 5.6.2 Inspeções 5.6.3 Informações complementares Meio ambiente e sustentabilidade 5.7.1 Segurança 5.7.2 Operação dos equipamentos e suas ligações 5.7.3 Documentação técnica e legal 5.7.4 Elaboração e entrega do manual 5.7.5 Atualização do manual 5.7.6 67 68 35 Manual de Edificações Fonte: ABECE (2015) Sistema Estrutural • A sobrecarga prevista em projeto deve constar no Manual do Proprietário e Síndico. Manual de Edificações Fonte: GROSSI (2018) Sistema Estrutural • Atenção especial às lajes em balanço, instalação de ofurôs, piscinas, aquários, enchimentos de piso, etc. 69 70 36 Segmento Econômico - Villa Flora Sistema de pisos de áreas molháveis • Não é necessário ser estanque e esta informação deve constar no Manual do Proprietário e Síndico. Manual da Edificação Segmento Econômico - Villa Flora Estanqueidade de VVIE em contato com áreas molháveis • Não pode ocorrer a presença de umidade perceptível nos ambientes contíguos, desde que respeitadas as condições de ocupação e manutenção previstas em projeto e descritas no Manual do Proprietário. Atenção para WC com impermeabilização apenas no box. Indicar no Manual necessidade de instalação de fechamento. 72 Manual da Edificação 71 72 37 Segmento Econômico - Villa Flora Desempenho Térmico • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a correta ventilação e sombreamento dos ambiente, para ser atingida as temperaturas de conforto e evitar condensações. Manual da Edificação Segmento Econômico - Villa Flora Fechamento em Vidro de Varandas • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a eventual interferência no escoamento de águas pluviais, ventilação dos ambientes, sobrecarga estrutural, área computável, etc. Manual da Edificação 73 74 38 Manual de Edificações Vegetação • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a manutenção de gramado (principalmente em taludes para evitar erosões) e orientação para que ser verifique os tipos de árvores / plantas que podem ser plantadas, para evitar perfuração de mantas, movimentação de fundações, etc. Manual de Edificações Fonte: MARCELLI, 2009. Taludes • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a realização de limpeza em calhas e tubos de drenagem de paredes de contenção e piso. 75 76 39 Manual de Edificações Descupinização • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a obrigatoriedade e periodicidade da realização de descupinização. Manual de pisos – exemplo: Fonte: PORTOBELO Manual de Edificações 77 78 40 79 Paredes e Forros • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a capacidade de carga e forma de fixar objetos. • O projeto deve indicar das cargas de uso; • O projeto deve indicar os dispositivos e sistemas de fixação, incluindo detalhes típicos; • O projeto deve estabelecer as cargas de uso para cada situação específica, os sistemas de fixação e os locais permitidos para fixação de peças suspensas, se houver restrições Manual de Edificações Manual de Edificações Tabela de Cargas (potência) e Diagramas • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto a obrigatoriedade e periodicidade da realização de descupinização. 79 80 41 Manual de Edificações Playgrounds • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto as informações técnicas de equipamentos de recreação. Dados do fabricante, modelo, dimensões, etc; Faixa etária de cada equipamento; Capacidade de carga de cada equipamento; Inspeção anual conforme ABNT NBR 16071; Manual de Edificações Reformas • Deve conter informação no Manual do Proprietário e Síndico, quanto aos requisitos técnicos para realização de alterações e reformas. Atender a NBR 16280; Realizar plano de reforma (projeto, memorial, cronograma, vistoria cautelar, alvará, descarte de resíduos, ART, etc); Realizar Termo de Encerramento de Obra; Inserir também na Convenção! http://fernandesgrossi.com.br/requisitos-para-aprovacao-de-reformas-em- condominios-segundo-a-abnt-nbr-16-280/ 81 82 42 Manual da Edificação Programa de Manutenção Preventiva • A NBR 5674 apresentar no Anexo A, modelo para implementação de programas de manutenção preventiva. Fonte: CBIC (2013) Manual da Edificação 83 84 43 Manual da Edificação Modelo de Registro de Verificações Realizadas Fonte: NBR 5674 (ABNT, 2012) Manual da Edificação 85 86 44 Manual da Edificação NBR 14037 (ABNT, 2014): Diretrizes para Elaboração de Manuais de Uso, Operação e Manutenção das Edificações • Anexo A: A tabela A.1 relaciona os principais documentos que devem fazer parte da documentação do condomínio, sendo que alguns deles são entregues pela construtora ou incorporadora e os demais devem ser providenciados pelo condomínio. Fonte: NBR 14037 (ABNT, 2014) Manual da Edificação Fonte: NBR 14037 (ABNT, 2014) 87 88 45 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Manutenibilidade Segmento Econômico - Villa Flora Facilidade ou meios de acesso • Projetos devem ser planejado de forma possibilitar os meios de acesso para manutenção e inspeções prediais (suportes para fixação de andaimes, balancins etc.). 90 Manutenibilidade 89 90 46 Manual de Edificações Fonte: GROSSI (2018) Facilidade ou meios de acesso MG34 Manual de Edificações Fonte: GROSSI (2016) Facilidade ou meios de acesso 91 92 Slide 91 MG34 Marcus Grossi; 02/12/2018 47 Item de estrutura no manual Manutenibilidade Fonte: ABECE (2015) Na entrada do estacionamento devem ser posicionadas duas placas, com limite de velocidade e carga máxima. Estrutura Manutenibilidade Fonte: GROSSI (2017) Atenção a caixões perdidos, locais de difícil acesso, decks, etc. 93 94 48 Estrutura Manutenibilidade Fonte: CREA-PE (2005) Atenção a trecho de pilares enterrados / em contato com o solo. Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes químicos • O componentes da camada de acabamento devem resistir ao ataque químico, conforme normas específicas. • Válido para todos os pisos (áreas secas, molháveis e molhadas). • O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as principais características de uso de cada ambiente. Manutenibilidade 95 96 49 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes químicos Durabilidade de Pisos Áreas secas 97 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes químicos Durabilidade de Pisos Áreas molháveis e molhadas 98 97 98 50 Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes químicos Durabilidade de Pisos Resistência ao manchamento 99 Desgaste por abrasão • As camadas de acabamento da habitação devem apresentar resistência ao desgaste devido aos esforços de uso, de forma a garantir a vida útil estabelecida em projeto, devendo seguir as normas específicas de método de ensaio: • NBR 8810: Revestimentos têxteis de pisos, • NBR 9457: Ladrilho Hidráulico, • NBR 13818: Placas cerâmicas para revestimento, • NBR 14833-1: Revestimento de pisos laminados, • NBR 14851-1: Revestimento de pisos-mantas, • NBR 14917-1: Revestimentos resilientes para pisos, • NBR 9781: Peçasde concreto para pavimentação, • NBR 7374: Placa vinílica semi-flexível para revestimento, • E outras. • O projeto definir a camada de acabamento em função das características de uso e condições de exposição de cada ambiente. Durabilidade de Pisos 100 99 100 51 Desgaste por abrasão revestimento cerâmico Durabilidade de Pisos 101 Manutenibilidade Ausência de danos em sistema de pisos pela presença de agentes químicos 101 102 52 Manutenibilidade Cuidado! Deve haver razoabilidade das ações de manutenção; Falta de informação para os usuários; Periodicidade elevada; Custo elevado; 2015-07 2016-05 2018-06 Manutenibilidade 103 104 53 Referências Referências 105 106 54 Atividade em Grupo Exercícios práticos Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Patologia das Construções 107 108 55 Engenharia Diagnóstica Engenharia // Medicina Engenharia Diagnóstica O que é Inspeção = Exame (Eng. Civil = Clínico Geral) Objetivo Identificar Sintomas: Febre x Trincas (fácil) Identificar Causas: Infecção x Movimentação Térmica (capacitado) Riscos: Regular (capacitado) Resultado Reparo = Remédio 109 110 56 Conceito Patologia de origem grega (páthos, doença, e lógos, estudo), é amplamente utilizado nas diversas áreas da ciência, com denominações do objeto de estudo que variam de acordo com o ramo de atividade. Manifestação Patológica: sintoma, anomalia, vício, defeito, falha. Conceito • Profilaxia das edificações (do grego prophýlaxis, "cautela"): é a aplicação de meios tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação. Em sua adaptação para a engenharia significa a aplicação de meios para evitar as "doenças" (anomalias ou problemas) do edifício, bem como suas propagações; • Diagnóstico (do grego diagnosticu, dia = através de, durante, por meio de + gnosticu = alusivo ao conhecimento de): conhecimento (efetivo ou em confirmação) sobre algo, ao momento do seu exame; ou a descrição minuciosa de algo, feita pelo examinador, classificador ou pesquisador. Em compreensão o termo na engenharia teria a função de identificar e descrever o mecanismo, as origens e as causas efetivamente responsáveis pelo problema patológico; • Prognóstico (do latim prognosticu - pro = "antecipado, anterior, prévio" + gnosticu = "alusivo ao conhecimento de"): juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, acerca da duração e evolução de uma doença; ou predição, agouro, presságio, profecia, relativos a qualquer assunto. Ou seja, estimativa da evolução do problema ao longo do tempo; 111 112 57 Conceito • Terapia (do grego θεραπεíα – “servir a deus”): significa o tratamento para uma determinada doença pela medicina tradicional, ou por meio de terapia alternativa. Também há recomendação de medidas necessárias, sejam elas imediatas ou não; • Anamnese (do grego ana, "trazer de novo" e mnesis, "memória"): é uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente. Conceito Manifestação Patológica Mecanismo Causa Origem Consequências / Risco Identificação Anamnese / Diagnóstico Prognóstico Terapia Etapa do ProcessoGatilhoMeioSintoma 113 114 58 Origem Fonte: GROSSI, 2018 Ciclo de Vida de Edificações Exemplos Fonte: TECHNE, 2011 115 116 59 Soluções de Reparo 1) Eliminação das manifestações patológicas; 2) Substituição dos elementos e materiais afetados; 3) Ocultação das anomalias; 4) Proteção contra agentes agressivos; 5) Eliminação das causas das anomalias. Fonte: HENRIQUES, 1997 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Técnicas de Diagnóstico 117 118 60 Abordagem Usual vs. Pensamento Estatístico Causa Causa Raiz 119 120 61 Causa Raiz Causa x Sintoma Fonte: Enio Pazini (2018) Tratar a causa, não apenas os sintomas. 121 122 62 123 Atividade Objetivo Abrangência Meios Resultado Auditoria Verificar o atendimento a critérios pré-estabelecidos (procedimentos, normas técnicas, leis, etc.) Amostral Análise documental Entrevista de pessoas envolvidas Vistoria no local Constatação de conformidade ou não conformidade de determinados critérios Lista de eventuais não conformidades a determinados critérios Avaliação Verificar o valor de mercado Amostral, ou, Edificação completa Vistoria no local Pesquisa de mercado Análise estatística Valor monetário do bem Comissionamento Verificar o correto funcionamento de sistemas e execução em conformidade com o projeto Sistema/ subsistema completo Análise documental Vistoria no local Testes de funcionamento Constatação de conformidade ou não conformidade ao projeto Atestado de funcionamento, ou não funcionamento do sistema Lista de eventuais irregularidades Inspeção Predial Avaliar as condições técnicas da edificação que assegurem o desempenho ao longo da vida útil Edificação completa Análise documental Entrevista de pessoas envolvidas Vistoria no local Testes expeditos (opcional) Constatação da regularidade / irregularidade aparentes Lista de irregularidades Identificação da causa provável Classificação da importância Ações/ providências necessárias Vistoria Constatar e descrever um determinado fato, incidente, anomalia ou irregularidade Edificação ou subsistema completo Vistoria no local Análise do fato vistoriado e suas consequências para o desempenho da edificação Registro e descrição do fato Perícia Apurar causas de um determinado fato, incidente, anomalia ou irregularidade Edificação ou subsistema completo Análise documental Entrevista de pessoas envolvidas Vistoria no local Testes expeditos (se necessário) Ensaios, simulação computacional, cálculos etc. (se necessário) Lista de irregularidades Identificação da causa provável Classificação da importância Ações de correção Estimativa de custos de correção (se necessário) Perícias de Engenharia 124 RESOLUÇÃO Nº 345, DE 27 DE JULHO DE 1990. Dispõe quanto ao exercício por profissional de Nível Superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia. Art. 1º “Para os efeitos desta Resolução, define-se: a) VISTORIA é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram. b) AVALIAÇÃO é a atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou de um empreendimento. c) PERÍCIA é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos. d) LAUDO é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas conclusões ou avalia o valor de coisas ou direitos, fundamentadamente. 123 124 63 Perícias de Engenharia 125 NBR 13752 - Perícias de Engenharia na Construção Civil 6. Apresentação do Laudo “Na apresentação de laudos deve constar, obrigatoriamente, o seguinte: a) indicação da pessoa física ou jurídica que tenha contratado o trabalho e do proprietário do bem objeto da perícia; b) requisitos atendidos na perícia conforme 4.3; c) relato e data da vistoria, com as informações relacionadas em 5.2; d) diagnóstico da situação encontrada; e) no caso de perícias de cunho avaliatório, pesquisa de valores, definição da metodologia, cálculos e determinação do valor final; f) memórias de cálculo, resultados de ensaios e outras informações relativas à sequência utilizada no trabalho pericial; g) nome, assinatura, número de registro no CREA e credenciais do perito de engenharia.” h) ART, conforme estabelece a Lei nº 6496/77.” Perícias de Engenharia 126 LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. Código de Processo Civil Art. 473 “O laudo pericial deverá conter:I. a exposição do objeto da perícia; II. a análise técnica ou científica realizada pelo perito; III. a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou; IV. resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público. § 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões. § 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia. § 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia. Método inspeção abrange aspectos: - Técnicos (prático); - Científicos (teórico); - Sem opinião pessoal. 125 126 64 Técnicas de Diagnóstico Fonte: adaptado LICHTENSTEIN (1986) Fluxo do processo análise de manifestação patológica Técnicas de Diagnóstico Fluxo do processo de inspeção Fonte: GROSSI (2019) 127 128 65 Técnicas de Diagnóstico Vistoria sensorial • Na etapa de vistoria devem ser recolhidas informações que permitam caracterizar as anomalias, sua respectiva extensão, as causas prováveis e sua gravidade. • A vistoria é a etapa em que o inspetor se aproxima fisicamente da edificação, e tem caráter estritamente sensoria; – Avaliação tátil: a passagem da mão sobre uma superfície de revestimento permite avaliar a existência de pulverulência ou desagregação; – Avaliação olfativa: a existência de umidades elevadas em ambientes fechados pode ser detectada pelo olfato, ou a existência de vazamentos de rede de gás combustível; – Avaliação audível: a existência de ruído em quadro elétrico que pode indicar mau contato ou sobrecarga da instalação, ou vazamento de água da rede hidráulica; – Avaliação palatável: é a menos usual por razões óbvias, mas que no caso de eflorescências solúveis em água pode apresentar sabores diferentes. Por exemplo, o sulfato de sódio de origem do reboco-bloco apresenta um sabor caracteristicamente salgado, enquanto o sulfato de cálcio de origem do bloco não tem sabor bem perceptível. Técnicas de Diagnóstico Anamnese • Análise de documentos, não deve se restringir em apenas constatar o registro da existência, mas sim, analisar seu conteúdo em comparação com os requisitos normativos e legais, e com as condições reais da edificação quando da realização da vistoria; • Entrevista com usuários, o objetivo é obter informações sobre a obra e seu histórico, para que seja melhor compreendida sua concepção, os sistemas construtivos, sequência construtiva, técnicas de construção, materiais empregados, sazonalidade dos sintomas, etc; para que sejam identificadas eventuais ocorrências significativas; 129 130 66 Técnicas de Diagnóstico Exames Complementares • A realização de medições, testes e ensaios expeditos servem como complemento à vistoria sensorial, quantificando as impressões e, muitas vezes, analisando aspectos não perceptíveis aos sentidos humanos, servindo como um prolongamento das capacidades do inspetor em apreender a realidade, sendo recomendável a harmonização de seu uso (LICHTENSTEIN, 1986). – Instrumentos de Medição; – Ensaios expeditos; – Ensaios laboratoriais; – Simulações computacionais; – Pesquisa. Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Equipamentos de Inspeção e Ensaios 131 132 67 Câmera fotográfica Instrumentos Básicos 133 134 68 EPI Mínimos Equipamentos Específicos 135 136 69 Kit de Vistoria Utensílio Uso e aplicação Câmera fotográfica ou vídeo Registro dos locais vistoriados e anomalias identificadas Boroscópio (endoscópio predial) Visualização interna de locais em que a visão direta não é possível, tais como, forros, tubulações etc. Drone Visualização externa de locais em que o acesso é impossibilitado, inseguro ou difícil, tais como, coberturas, fachadas altas etc. Binóculo Visualização externa rápida de locais distantes, tais como, fachadas etc. Lupa Visualização mais detalhada de fissuras, anomalias etc. Haste com espelho Visualização rápida de locais de difícil acesso, tais como, fachadas visualizada pela parte interna da edificação, entre forros etc. Régua Detecção expedita de planicidade, tais como, revestimento de pisos e paredes, forros etc. Esquadro Detecção expedita de ortogonalidade, tais como, cantos de paredes e tetos etc. Nível com bolha Detecção expedita de desníveis, tais como, caimento de piso, nivelamento de bancadas etc. Prumo Detecção expedita de desaprumos, tais como, prumo de paredes, muros etc. Fissurômetro Execução de medições expeditas de largura de trincas, por comparação Cunha graduada Execução de medições expeditas de aberturas, tais como, rachaduras, frestas entre tábuas de assoalhos etc. Paquímetro Execução de medições e levantamentos dimensionais expeditos Trena Execução de medições e levantamentos dimensionais expeditos Bússola Orientação geográfica, para determinação de incidência solar Martelo e ponteiro Auxiliar na retirada de amostras, quebra de revestimentos etc. Martelo de polietileno rígido Execução de ensaios expeditos de percussão para identificação de revestimentos mal aderidos Chave de fenda Auxiliar na abertura de caixas de passagem, quadros elétricos; e execução de ensaios expeditos de resistência superficial de revestimentos etc. Kit de Vistoria 137 138 70 Utensílio Uso e aplicação Espátula Auxiliar na retirada de amostras, quebra de revestimentos, etc.; e execução de ensaios expeditos de resistência superficial de revestimentos etc. Balde Execução de ensaios expeditos de caimento de piso, auxiliar na identificação de trincas com aspersão de água no revestimento etc. Escova de cerda ou pincel Limpeza das superfícies a visualizar, remoção localizada de detritos ou revestimentos etc. Lanterna Iluminação do local e dos elementos a vistoriar Escada Possibilitar acesso a coberturas, alçapões, tetos etc. Multímetro Execução de medições expeditas de corrente, tensão, resistência etc. Câmera termográfica Execução de ensaios expeditos de temperatura superficial para identificação de sobreaquecimento de equipamentos e dispositivos e cabos elétricos, fugas de correntes, revestimentos mal aderidos em fachadas, umidade, pontes térmicas etc. Medidor de umidade Execução de medições expeditas do teor de umidade superficial de paredes, pisos, forros etc., para auxiliar na identificação da causa / origem da umidade Termohigrômetro Execução de medições expeditas de temperatura e teor de umidade do ar Detector de gás combustível Execução de medições expeditas para identificar vazamentos nas instalações de gás, em equipamentos à gás etc. Pacômetro Execução de medições expeditas de elementos metálicos ou energizados sem necessidade de acesso direto, como medição do cobrimento de armaduras, identificação de rede elétrica embutida etc. Manômetro Execução de medições expeditas de pressão da rede de água fria, quente, gás etc. Tablet / Smartphone Facilitar o transporte e consulta de projetos, normas, documentos, etc. Prancheta, folhas e caneta Auxiliar no registro das anomalias, elaboração de croquis, identificação das fotografias etc. Lápis ou giz Identificar os elementos construtivos com anomalias Equipamentos de proteção individual. Segurança para realização das atividades de vistoria, acesso em locais altos etc. NOTA: Os instrumentos e equipamentos devem estar em bom estado de conservação e calibrados em laboratórios credenciados pela RBLE (Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio) ou com padrões de medição rastreáveis,dentro dos critérios de tolerância de desvio de normas nacionais ou internacionais e dentro do prazo de validade. Kit de Vistoria Ensaios Expeditos Os ensaios expeditos, assim como os instrumentos de medição, são meios pelo qual o inspetor ampliará sua capacidade de análise sobre os sistemas, devendo ser realizados a critérios do inspetor. No entanto, os ensaios expeditos requererem as seguintes considerações (AMARAL, 2013 citando FLORES-COLEN, 2008): Podem aumentar significativamente o tempo de vistoria; Podem aumentar significativamente os custos da inspeção; Podem produzir resultados confusos e de difícil interpretação; Possuem limitações de precisão e padronização do método, dependendo da técnica utilizada. 139 140 71 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Elaboração de Relatórios e Laudos Elaboração de Relatórios e Laudos Diretrizes de Vistoria – É recomendável que seja apresentada no mínimo uma foto de cada ambiente do objeto da vistoria, mesmo que não existam falhas e/ou anomalias no local. 141 142 72 Elaboração de Relatórios e Laudos Enquadrando Teto Enquadrando Piso Elaboração de Relatórios e Laudos Diretrizes de Vistoria – No caso de identificação de anomalia, recomenda-se fotografar o ambiente apontando, com emprego de seta, o local de sua posição e fotografar em detalhe o que se deseja evidenciar. – As anomalias existentes nos objetos de análise devem ter descrições objetivas que propiciem fácil identificação e localização. – Devem, ainda, ser ilustradas através de registro fotográfico suficiente para sua perfeita caracterização e respectiva definição de extensão. – As anomalias devem ser atreladas aos respectivos sistemas construtivos. 143 144 73 Elaboração de Relatórios e Laudos Elaboração de Relatórios e Laudos 145 146 74 Elaboração de Relatórios e Laudos Imóvel Ru a Sentido vistoria Elaboração de Relatórios e Laudos Imóvel Ru aFrontal La t. Di re ita Fundos La t. Es qu er da Orientação Vistas I II III IV 147 148 75 Elaboração de Relatórios e Laudos Elaboração de Relatórios e Laudos Classificação do Desempenho Aparente – Recomenda-se classificar de maneira geral cada um dos sistemas construtivos analisados, quanto ao estado de desempenho aparente, com base nas anomalias e não- conformidades identificadas, devendo-se levar em conta o grau de deterioração, o risco aos usuários e a perda da capacidade de uso e operação de algum sistema. Classificação Descrição Desempenho adequado (classe 1) Desempenho adequado ao uso, quando o sistema ou elemento não apresenta qualquer situação ou manifestação que impeça o uso normal da edificação do ponto de vista dos requisitos de segurança, habitabilidade e durabilidade; Desempenho regular (classe 2) Desempenho que requer recomendações corretivas e/ou preventivas, quando o sistema ou elemento não apresenta situação que impeça o uso normal da edificação, não apresenta situação que prejudique a segurança, habitabilidade ou durabilidade para os usuários, mas que requer intervenções preventivas e/ou corretivas decorrentes das constatações feitas na inspeção, visando prevenir e/ou corrigir falhas com repercussões estéticas, manifestações patológicas ou fatores que prejudiquem o desempenho; Desempenho inadequado (classe 3) Desempenho inadequado ao uso, quando as manifestações patológicas detectadas prejudicam a segurança e/ou a saúde dos usuários. Fonte: Adaptado de ABNT NBR 16747 (2018). 149 150 76 Elaboração de Relatórios e Laudos Análise de Risco / Prioridades – As recomendações de ação de correção devem ser organizadas em níveis de prioridade, tendo em vista o risco de cada uma. – Sugere-se a aplicação da análise preliminar de risco (APR); Fonte: Adaptado de CETESB (2003 apud SCABBIA, 2004). Elaboração de Relatórios e Laudos Análise de Risco / Prioridades – As recomendações de ação de correção devem ser organizadas em níveis de prioridade, tendo em vista o risco de cada uma. 151 152 77 Elaboração de Relatórios e Laudos • Introdução – Solicitante (condomínio ou unidade); – Objetivo da inspeção (diagnóstico de anomalia...); – Objeto em análise (endereço, dados da edificação); – Método de inspeção adotado (inspeção visual, ensaios,...); – Data das vistorias e ensaios; • Apresentação e análise dos dados: – Documentos analisados; – Avaliação das anomalias com prazos de garantia, atividades de manutenção, mau uso e reformas; – Classificação do desempenho; – Classificação do risco; – Terapia / Recomendações de intervenção; • Conclusão; – Considerações gerais; Diagnóstico; Prognóstico; Terapia. • Referências • Glossário (opcional) • Anexos: Relatório fotográfico, croquis de identificação, etc.; • Memórias de cálculo, resultados de ensaios e outras informações de embasamento usadas; Fonte: adaptado de ABNT NBR 13752, 1996; ABNT NBR 14724, 2011; ABNT NBR 16747, 2018 Elaboração de Relatórios e Laudos Comprovação de Data – Para comprovação idônea da data de realização do laudo tem-se as opções: • Registro em cartório; • Entrega de via do laudo para os solicitantes, mediante a assinatura de protocolo; • Assinar o laudo com certificado digital com carimbo de tempo. 153 154 78 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Patologia de Solos, Fundações e Contenções Patologia de Fundações Fonte: adaptado MILITITSKY et al., 2015; AMARAL, 2016 Representação das principais causas para surgimento de anomalia em fundações 155 156 79 Patologia de Fundações Fonte: adaptado MILITITSKY et al., 2015; AMARAL, 2016 Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques de fundações de pilares internos (Recalque Central) Patologia de Fundações Fonte: URIEL ORTIZ, 1984 apud MILITITSKY et al., 2015. Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques dedações de pilares nas extremidades 157 158 80 Patologia de Fundações Fonte: MAÑÁ, 1978 apud MILITITSKY et al., 2015. Prováveis diagramas de esforços e fissuras em estruturas de concreto por recalques de fundações de pilares nas extremidades Patologia de Fundações Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015. Provável fissuramento em parede portante com recalque na extremidade 159 160 81 Patologia de Fundações Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015. Deformação côncava de parede portante e seus efeitos Deformação convexa de parede portante e seus efeitos Patologia de Fundações Fonte: DUARTE (1998) Fissuras verticais em peitoris por flexão negativa Fissuras verticais junto ao solo por ruptura das fundações 161 162 82 Patologia de Fundações Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 Fissuração devido ao aumento da umidade do solo expansivo Patologia de Fundações Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Raízes modificam o teor de umidade do solo, podendo causar recalques localizados e provavelmente patologias na edificação 163 164 83 Patologia de Fundações Ilustração de cavidade ocorrida em zona cárstica Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Patologia de Fundações Superposição de tensões em fundações diretas Fonte: MILITITSKY et al., 2015. 165 166 84 Patologia de Fundações Superposição de tensões em fundações profundas (simulação com método dos elementos finitos) Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Patologia de Fundações Fonte: URIEL ORTIZ, 1983 apud MILITITSKY et al., 2015. Provável fissuramento de edificação assente parte em corte e parte em aterro 167 168 85 Patologia de Fundações Recalque diferenciado por consolidações distintas do aterro carregado Fonte: THOMAZ, 1989 Patologia de Fundações Recalque das fundações em função do desconfinamento do solo, pela construção de edifício vizinho Fonte: THOMAZ, 2001 169 170 86 Patologia de Fundações Atuação de força horizontal nos elementos da fundação, pela instabilidade do talude Fonte: THOMAZ, 2001 Patologia de Fundações Recalque diferenciado, por rebaixamento dolençol freático, foi cortado o terreno à esquerda da edificação Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Fonte: THOMAZ, 1989 171 172 87 Recalque de Fundações Fonte: Dr. Sussumo Niyama Rebaixamento de Lençol Recalque de Fundações 200 m 173 174 88 Patologia de Fundações Fundação profunda para os pilares do edifício (pequenos recalques) e pisos e calçadas (grandes recalques) assentados diretamente sobre argila mole Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Patologia de Fundações Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Silo sem calha de proteção junto às fundações diretas Extravasamento de água em solos porosos colapsíveis e consequente recalque em reservatório sustentado por fundações superficiais 175 176 89 Patologia de Fundações Fonte: MILITITSKY et al., 2015. Sistema de fundações diferentes originados por cargas diferentes, não separados por junta, provocando recalques diferenciais Níveis diferentes de carregamento sem junta Recalque de Fundações Fonte: THOMAZ, 1989 177 178 90 Recalque de Fundações Fonte: THOMAZ, 2016 Recalque de Fundações Tipos de Ruptura A. Ruptura Geral B. Ruptura Local C. Ruptura por Puncionamento 179 180 91 Recalque de Fundações Fonte: Bjerrum Recalque de Fundações 181 182 92 Recalque de Fundações Cálculo da Tensão Admissível a Partir do Resultado da Prova de Carga Escolhida a tensão de ruptura de acordo com o critério acima, a tensão admissível será o menor dos dois valores: • tensão de ruptura dividida por um fator de segurança igual a 2 (sr /2) • tensão correspondente a um recalque de 10 mm. (s10) Vibrações do Solo Vibrações por Cravação de Estacas 183 184 93 Vibrações do Solo Vibrações por Cravação de Estacas Exemplos de Anomalias Brainstorm para levantamento de causas 185 186 94 Recalque de Fundações Patologia de Fundações 187 188 95 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 189 190 96 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 191 192 97 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 193 194 98 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 195 196 99 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 197 198 100 Patologia de Fundações Patologia de Fundações 199 200 101 Patologia de Fundações Fonte: THOMAZ, 2016 Patologia de Fundações Fonte: COSTA NUNES apud MARCELLI, 2009. Incidência de sinistros em muros de arrimo 201 202 102 Patologia de Fundações Fonte: MARCELLI, 2009. Arrimo com Sapata Corrida Arrimo com Estacas Patologia de Fundações Fonte: MARCELLI, 2009. Arrimo em terreno inclinado 203 204 103 Patologia de Fundações Fonte: MARCELLI, 2009. Drenagem em muro de arrimo Patologia de Fundações Queda de muro devido a raízes da planta Ravenala madagascariensis aglomeradas junto à face do muro, gerando um esforço horizontal não previsto 205 206 104 Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Afundamento de piso em área adjacente a muro de arrimo Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Afundamento de piso em área adjacente a muro de arrimo 207 208 105 Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Carreamento de finos pela drenagem de muro de arrimo Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Drenagem em muro de arrimo 209 210 106 Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Drenagem em muro de arrimo Patologia de Fundações Fonte: MARCELLI, 2009. Abertura de valas próximas de muros de arrimo 211 212 107 Patologia de Fundações Fonte: MARCELLI, 2009. Sobrecarga em muro de arrimo Sobrecarga em contenção de gabião Fonte: GROSSI, 2016 Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 213 214 108 Patologia de Fundações Fonte: GROSSI, 2016 Patologia de Fundações Padrões de inclinação para taludes, estabelecidas empiricamente 215 216 109 Patologia de Fundações Fonte: DAMASCO PENA, 2016 Patologia de Fundações • Deve haver relatório consolidado, elaborado de acordo com o item 7.4 da NBR 11682 - Estabilidade de Taludes (ABNT, 2009), incluindo as respectivas análises de estabilidade, que devem atender aos fatores de segurança indicados na Tabela 10. Nível de segurança contra danos materiais e ambientais Nível de segurança contra danos a vidas humanas Alto Médio Baixo Alto 1,5 1,5 1,4 Médio 1,5 1,4 1,3 Baixo 1,4 1,3 1,2 Fonte: NBR 11682 (ABNT, 2009) Fatores de segurança mínimos para deslizamento de taludes 217 218 110 Diagnóstico Devem ser considerados os seguintes aspectos na vistoria: Visita ao local; Feições topográficas e eventuais indícios de instabilidade de taludes; Indícios da presença de aterro (bota-fora) na área; indícios de contaminação do subsolo por material contaminante lançado no local ou decorrente do tipo de ocupação anterior; Prática local de projeto e execução de fundações; Estado das construções vizinhas; Peculiaridades geológico-geotécnicas na área, tais como: presença de matacões, afloramento rochoso nas imediações, áreas brejosas, minas d´água etc. Diagnóstico Região sujeita a abalos sísmicos; Antigo aterro sanitário, indústria perigosa, posto de gasolina/depósito combustíveis; Proximidade a pedreira, indústria de explosivos; Contaminação do lençol freático; Linhas de alta tensão aéreas ou enterradas; Galerias enterradas; Enchentes/risco de inundação 219 220 111 Diagnóstico Durante a execução da fundação; Após a execução da fundação; Após a execução da obra. Diagnóstico Métodos diretos Provas de carga (dinâmica / estática) Medidas de recalque Instrumentação Ensaios especiais Métodos indiretos Ensaios de controle de execução e de materiais Ensaios de verificação de integridade Instrumentação 221 222 112 Diagnóstico Ensaio a Percussão (Sondagem) Diagnóstico PIT (Pile Integrity Testing) 223 224 113 Diagnóstico PIT (Pile Integrity Testing) Diagnóstico PIT (Pile Integrity Testing) 225 226 114 Diagnóstico Extração de Testemunho Fonte: Eng. Dr. Sussumo Diagnóstico Extração de Testemunho Fonte: Eng. Dr. Sussumo 227 228 115 Diagnóstico Monitoramento do Recalque Diagnóstico Monitoramento dos recalques da estrutura: É obrigatório nos seguintes casos: a) estruturas nas quais a carga variável é significativa em relação à carga total, tais como silos e reservatórios; b) estruturas com mais de 60 m de altura do térreo até a laje de cobertura do último piso habitável; c) relação altura/largura (menor dimensão) superior a quatro; d) fundações ou estruturas não convencionais. Fonte: NBR 6122:2010 229 230 116 Diagnóstico Fonte: NBR 6122:2010 Monitoramento dos recalques da estrutura: • O projeto de fundações deve estabelecer o programa de monitoramento, incluindo: referência de nível (indeslocável) a ser utilizada, características dos aparelhos de medida, frequência e período em que as leituras serão realizadas. • Pode também ser necessário o monitoramento de outras grandezas, tais como: deslocamentos horizontais, desaprumos, integridade ou tensões. O resultado das medições deve ser comparado com as previsões de projeto. Diagnóstico Monitoramento do Recalque Fonte: Eng. Dr. Sussumo 231 232 117 Profilaxia Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Estruturas de Concreto Armado 233 234 118 Patologia de Estruturas de Concreto Fonte: SOUZA & RIPPER, 1998; THOMAZ, 2001; HUSNI et al., 2003 Representação das principais causas para surgimento de anomalia em estruturas de concreto armado Ataque de Sulfatos Expansão por ataque de sulfatos http://www.construmatica.com/construpedia/Durabilidad_de_los_Morteros_de_Revestimiento 235 236 119 Ataque de Sulfatos Expansão por ataque de sulfatos http://www.deecc.ufc.br/Download/TB819_Patologia_e_Recuperacao_de_Estruturas_de_Concreto/ATAK Sulfato.pdf • O aluminato tricálcico (C3A) pode reagir com sulfatos em solução, formando um composto chamado de sulfoaluminato tricálcico ou etringita, reação altamente expansiva; • Os sulfatos poderão provir de váriasfontes, como o solo, águas contaminadas, gesso, ou até mesmo de argilas com alto teores de sais; • Encontra-se teores de sulfato potencialmente deletérios em águas industriais e até naturais; • A fonte de sulfato pode ser interna também, através de agregados contendo gipsita ou cimento com teor de sulfato elevado, formando assim a etringita tardia; • Deve-se prever cimentos com teor de C3A (aluminato tricálcico) abaixo de 8%. Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian Ataque de Sulfatos 237 238 120 Ca(OH)2 + Na2SO4.10H20 CaSO4.2H2O + 2Na(OH) + 8H2O gipsita (aumento 2 vezes) C3A.12H2O + 3 ( CaSO4.2H2O ) 14H2O C3A.3CaSO4.32H2O etringita (aumento 2 vezes) Ataque de Sulfatos • A qualidade do concreto, especificamente a baixa porosidade, é a melhor proteção contra o ataque por sulfato; • Espessura adequado de cobrimento, alto consumo de cimento, baixa relação a/c, adensamento adequado, a cura e baixo teor de C3A são as principais características do concreto resistente a sulfatos; Ataque de Sulfatos 239 240 121 Reação Álcali-Agregado Reação Álcali-Agregado 241 242 122 Reação Álcali-Agregado Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian Reação Álcali-Agregado Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian 243 244 123 Reação Álcali-Agregado Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian Reação Álcali-Agregado Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian • É a reação que ocorre entre os álcalis do cimento (cimentos alcalinos > 0,6% Na2O) e a sílica de agregados reativos; • É necessária a água em movimento na estrutura; • O elevado pH do concreto promove a hidrólise da sílica: • Si-OH reage com a pasta para formar Si-O-Si-O-, se combina com Na+ e K+ para formar um gel que causa expansão no interior do concreto. 245 246 124 Reação Álcali-Agregado Reação Álcali-Agregado • Pode-se evitar a RAA com a utilização de cimentos não alcalinos, adições minerais, agregados não reativos ou evitar a exposição contínua à umidade; 247 248 125 Corrosão de Armaduras As principais causas da despassivação e corrosão do aço imerso em concreto são: • Carbonatação; • Ataque por cloretos; • Lixiviação. Corrosão de Armaduras 249 250 126 Corrosão de Armaduras Corrosão de Armaduras 251 252 127 Corrosão de Armaduras Corrosão de Armaduras 253 254 128 Corrosão de Armaduras Corrosão de Armaduras 255 256 129 Corrosão de Armaduras Comercial Aceitável Troca de barra Diâmetro (mm) Área (mm²) -5% Área (mm²) Diâmetro (mm) -10% Área (mm²) Diâmetro (mm) 4,8 18,10 17,19 4,68 16,29 4,55 6,3 31,17 29,61 6,14 28,06 5,98 8 50,27 47,75 7,80 45,24 7,59 10 78,54 74,61 9,75 70,69 9,49 12,5 122,72 116,58 12,18 110,45 11,86 16 201,06 191,01 15,59 180,96 15,18 20 314,16 298,45 19,49 282,74 18,97 25 490,87 466,33 24,37 441,79 23,72 32 804,25 764,04 31,19 723,82 30,36 40 1256,64 1193,81 38,99 1130,97 37,95 Quadro: referência para troca de barras de aço corroídas Corrosão de Armaduras Ciclo de corrosão do aço 257 258 130 Corrosão de Armaduras A corrosão de armaduras nas peças de concreto armado ocorre segundo processo essencialmente eletroquímico, sendo necessária a presença concomitante de três fatores: Diferença de potencial elétrico Presença de eletrólito para condução de íons (umidade) Presença de O2 para as reações de oxidação Corrosão de Armaduras 259 260 131 Corrosão de Armaduras • ANODO – E onde a corrosão ocorre – Reações anódicas →reações de oxidação – Eletrons são gerados • CATODO – Reações catódicas →reações de redução – Elétrons são consumidos Corrosão de Armaduras 261 262 132 Corrosão de Armaduras Representação esquemática das manifestações patológicas tipicamente observadas em vigas de concreto afetadas por corrosão Passivação • Um filme de passivação é uma fina camada de óxidos e hidróxidos que se forma na superfície de metais ou ligas metálicas sob determinadas condições. • Quando se tem um estado passivo, a resistência à corrosão depende da qualidade e da integridade do filme de passivação. • Para o aço da estrutura de concreto fica passivado devido ao pH alcalina do meio de 12 a 13, devido a contribuição Ca(OH)2 e álcalis. 263 264 133 Carbonatação Carbonatação POROSIDADE DO CONCRETO (relação a/c) UR DO AR (máxima carbonatação para UR entre 50 e 60%) RESERVA ALCALINA (tipo de cimento, idade da peça, etc) TIPO DE CIMENTO CONCENTRAÇÃO DE CO2 FATORES QUE INTERFEREM NA CARBONATAÇÃO 265 266 134 Carbonatação Fonte: THOMAZ (2016) Carbonatação • Profundidade de carbonatação (BS EN 14630 ); • Solução de fenolftaleína/timolftaleína diluída 1%; • Região carbonatada (pH ≤ 9) incolor; • Região ainda alcalina na cor rosa/magenta; Figura: Ensaio de medição de profundidade de carbonatação 267 268 135 Carbonatação Carbonatação 269 270 136 Carbonatação Carbonatação HELENE (1997) 271 272 137 Carbonatação HELENE (1997) Carbonatação CARMONA (2006) 273 274 138 Carbonatação Ataque por Cloretos Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian 275 276 139 Ataque por Cloretos Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian Ataque por Cloretos Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian 277 278 140 Ataque por Cloretos Lixiviação 279 280 141 Lixiviação Lixiviação 281 282 142 Lixiviação Lixiviação 283 284 143 Lixiviação Lixiviação • Quando águas puras, moles ou ácidas entram em contato com a pasta de cimento, tendem a hidrolisar ou dissolver seus compostos contendo cálcio; • Mas, no caso de água corrente ou infiltração sob pressão, que é o caso de reservatórios de água e piscinas, ocorre uma diluição continua, até que a maior parte do hidróxido de cálcio, tenha sido retirado por lixiviação, expondo os outros constituintes cimentícios; 285 286 144 • O hidróxido de cálcio – Ca(OH)2 - pode reagir com o monóxido de carbono - CO2 - da atmosfera, gerando o carbonato de cálcio - CaCO3 (eflorescência esbranquiçada); • A lixiviação do hidróxido de cálcio, com a consequente formação do carbonato de cálcio insolúvel, é responsável pelo aparecimento de eflorescência caracterizada por depósitos de cor branca na superfície do concreto. Fonte: Prof. Dr. Bernardo Tutikian Lixiviação Corrosão de Armaduras Principais agentes / causas que contribuem para corrosão precoce: Nichos de concretagem (armadura exposta); pH do concreto (lixiviação, incêndio, cimentos com adições); Alto teor de umidade (ar e concreto); Presença de cloretos (litoral, reservatórios, aditivos com cloretos); Baixo cobrimentos da armadura; Trincas; Término da vida útil (carbonatação). 287 288 145 289 Análise de projeto • Declaração das normas atendidas; • Declaração da VUP; • Classe de agressividade ambiental; • Cobrimentos de armadura; • Resistência característica do concreto (fck); • Módulo de elasticidade (Eci) • Máxima relação água / cimento; • Consumo mínimo de cimento; • Especificação do tipo de cimento; • Especificação de adições e/ou aditivos; • Tabela de cargas de cada pavimento; • Considerações de vento; • Considerações de sismo; • Deslocamentos admissíveis; • Orientações de execução. Profilaxia // Prevenção Fonte: NBR 6118:2014 Profilaxia 289 290 146 Profilaxia NBR 6118:2014 Profilaxia 291 292 147 Fonte: NBR 6118:2014 Fonte: NBR 12655:2015 Profilaxia Fonte: NBR 12655:2015 Profilaxia 293 294 148 Fonte: NBR 12655:2015 Atenção para fundações!!! Profilaxia Fonte: NBR 6123:1988 Profilaxia 295 296 149 Fonte: NBR 15421:2006 Profilaxia Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Fissuras em Edifícios 297 298 150 Fissuras em Edifícios As causas de fissuração estão ligadas a movimentação dos elementos e componentes, podem ser: Sobrecarga (projeto, execução, uso, acidentes); Deformação excessiva da estrutura (deformação lenta, fluência, efeito rüsch); Movimentação higrotérmica (calor hidratação, meio ambiente); Retração de produtos à base de cimento (plástica, secagem); Recalque de fundações; Expansão de materiais (corrosão, RAA, ataque de sulfatos); Fissuras em Edifícios 299 300 151 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Fissura de sobrecarga Sobrecargas em Peças de CA Fonte: THOMAZ (1989). Fissuração típica em viga biapoiada solicitada a flexão Fissuração típica de cisalhamento em viga biapoiada solicitada a flexão Ruptura por compressão do concreto de viga biapoiada superarmada solicitada a flexão Fissuração em viga solicitada a torção 301 302 152 Sobrecargas em Peças de CA Sobrecargas em Peças de CA 303 304 153 Sobrecargas em Peças de CA Fonte: THOMAZ (1989). Fissuração típica em viga em balanço solicitada a flexão Fissuração típica em viga contínua solicitada a flexão Fissuração na parte superior da laje devido à ausência de armadura negativa Sobrecargas em Peças de CA Fonte: THOMAZ (2016) 305 306 154 Sobrecargas em Peças de CA Fonte: THOMAZ (1989). Fissuração típica em laje armada em cruz apoiada nas quatros faces, solicitada a flexão Fissuração na parte superior da laje devido à ausência de armadura negativa Sobrecargas em Peças de CA Fonte: THOMAZ (1989).Fissuração típica em pilares devido à sobrecarga As fissuras em pilares são raros devido a sua própria solicitação de esforços, normalmente indicando alguma falha no dimensionamento e, portanto, requerem maior atenção e cuidado quando de seu surgimento, mesmo existindo as tolerâncias de aberturas da NBR 6118 (ABNT, 2014) para esses elementos, segundo a opinião desse autor, não são toleráveis, uma vez que indicam um comportamento não previsto. 307 308 155 Sobrecargas em Alvenarias Fonte: DUARTE (1998) Fissura verticais devido à sobrecarga vertical uniformemente distribuída Fissura horizontal devido à sobrecarga Sobrecargas em Alvenarias 309 310 156 Sobrecargas em Alvenarias Fonte: VITÓRIO (2003) Fissuras inclinadas devido a ação de carga concentrada diretamente sobre a alvenaria Ruptura e fissura de alvenaria sob ponto de aplicação de carga concentrada excessiva Fonte: THOMAZ (1989) Sobrecargas em Alvenarias 311 312 157 Sobrecargas em Alvenarias Fonte: THOMAZ (1989) Fissuras reais em torno de aberturas por sobrecarga Sobrecargas em Alvenarias 313 314 158 Sobrecargas em Alvenarias Sobrecargas em Alvenarias 315 316 159 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Deformabilidade de Estrutura Deformabilidade das Estruturas Fonte: THOMAZ (1989) Deformação do apoio maior do que a deformação da viga superior Deformação do apoio idêntica à deformação da viga superior Deformação do apoio inferior à deformação da viga superior 317 318 160 Deformabilidade das Estruturas Fonte: THOMAZ (2016) Deformabilidade das Estruturas 319 320 161 Deformabilidade das Estruturas Fonte: THOMAZ (2016) Deformabilidade das Estruturas 321 322 162 Deformabilidade das Estruturas Fonte: THOMAZ (2016) Deformabilidade das Estruturas Fonte: THOMAZ (1989); THOMAZ, 2003 Fissuras em parede de vedação devido a deflexão na região em balanço da viga Fissuras de destacamento em parede de vedação devido a deflexão na região em balanço da viga 323 324 163 Deformabilidade das Estruturas Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Movimentação Higrotérmica 325 326 164 Movimentações Térmicas Movimentações térmicas diferenciadas Segmento Econômico - Villa FloraMovimentações Térmicas Movimentações térmicas diferenciadas 327 328 165 Movimentações Térmicas Fonte: THOMAZ (1989) Movimentações Higrotérmicas Fonte: THOMAZ (1989) 329 330 166 Movimentações Higrotérmicas Fissuras inclinadas em paredes por movimentação térmica da estrutura de concreto armado Fissuras de destacamento de painéis de alvenaria por movimentação térmica da estrutura Fonte: DUARTE (1998 apud MAGALHÃES, 2006) Movimentações Higrotérmicas Fonte: GROSSI, 2019 331 332 167 Movimentações Higrotérmicas Movimentações Higrotérmicas Fonte: GROSSI, 2018 333 334 168 Movimentações Higrotérmicas Fonte: THOMAZ (1989); ARGILÉS (2000, apud CIB, 2014) Fissura vertical no canto do prédio por expansão da alvenaria Movimentações Higrotérmicas Fonte: DUARTE (1998) Fissura horizontal na base da parede por expansão da alvenaria na presença de umidade ascendente Fissura horizontal no topo do muro por expansão da alvenaria pela absorção da umidade Fonte: THOMAZ (1989) 335 336 169 Movimentações Higrotérmicas Fonte: THOMAZ (1989) Fonte: GROSSI, 2018 Movimentações Higrotérmicas 337 338 170 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Retração Retração Fissuração típica em viga devido a retração superficial Fissuração típica em laje devido a retração superficial Fonte: CANOVAS (1994). Fonte: THOMAZ (1989) 339 340 171 Retração Retração Fonte: THOMAZ (1989) Fissuração típica em viga devido a retração 341 342 172 Retração Fonte: THOMAZ (2016) Retração Fonte: THOMAZ (2016) 343 344 173 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Expansão de Materiais Expansão de Materiais Fonte: DUARTE (1998) Fissuras no revestimento da alvenaria devido à expansão da argamassa de assentamento 345 346 174 Expansão de Materiais Expansão de Materiais 347 348 175 Expansão de Materiais Corrosão de Armaduras Representação esquemática das manifestações patológicas tipicamente observadas em vigas de concreto afetadas por corrosão 349 350 176 Reação Álcali-Agregado Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Diagnóstico de Fissuras 351 352 177 Geometria da fissura (configuração, comprimento, abertura, profundidade, localização, ângulo, regularidade etc.) Idade da construção e época de aparecimento da fissura Sazonalidade das fissuras, variações nas aberturas Outras fissuras semelhantes (componentes próximos, pavimentos contíguos, mesmas prumadas, edifícios vizinhos etc.) Existência de tubulações com pouco cobrimento Outras manifestações patológicas nas proximidades da fissura (umidade anormal, descolamentos, bolor, eflorescências) Alterações significativas nas proximidades da obra (estaqueamentos, desconfinamento do solo, rebaixamento do lençol etc.) Adequada utilização do edifício etc. Diagnóstico de Fissuras Sondagem Fissuras 353 354 178 Monitoramento de Fissuras Fonte: THOMAZ (2016) Monitoramento de Fissuras A - abertura/ deslocamento lateral B - deslocamento na vertical 355 356 179 Monitoramento de Fissuras Fonte: THOMAZ (2016) Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Terapia Fissuras 357 358 180 Terapia Fissuras Fonte: DUARTE (1998) Terapia Fissuras Fissuras isoladas e estabilizadas 359 360 181 Terapia Fissuras Fissuras isoladas e estabilizadas Terapia Fissuras 361 362 182 Terapia Fissuras Terapia Fissuras Fonte: SAHADE (2005) 363 364 183 Terapia Fissuras Fissuras isoladas de pequena movimentação Terapia Fissuras Fonte: SAHADE (2005) 365 366 184 Terapia Fissuras Fonte: SAHADE (2005) Fissuras isoladas ativas até 1 mm Terapia Fissuras Camada de Dessolidarização • Esta técnica é utilizada para distribuir tensões que se concentram na região da fissura. Desta forma, qualquer elemento instalado entre a fissura e as camadas seguintes, permitirá que a fissura seja dissipada, diminuir as tensões introduzidas ao revestimento. • Alguns autores indicam a dessolidarização com esparadrapo, fita de polipropileno, bandagem cirúrgica, gaze, fita crepe, tela de poliéster com bandagem central. 367 368 185 Terapia Fissuras Terapia Fissuras 369 370 186 Terapia Fissuras Terapia Fissuras Para a recuperação das estruturas de concreto Takagi e Almeida Junior (2002) apresentam as seguintes resinas que são, comprovadamente, eficientes e apresentam alta durabilidade, conforme comentado por Pinto e Takagi (2005): • Poliuretano • Epóxi • Gel de acrílico • Microcimento. 371 372 187 Eng.º M.Sc. Marcus Vinícius Fernandes Grossi Revestimentos Revestimentos
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