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1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Súmulas e Orientações Jurisprudenciais II DIREITO DO TRABALHO SÚMULAS E ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS II O tema desta aula é a continuação do estudo de SÚMULAS DO TST que podem ser objeto de cobrança em prova. Muitas das referidas na aula anterior foram cobradas nas últimas provas. Por exemplo, a SÚMULA 43, a SÚMULA 448, a SÚMULA 364 foram cobra- das diversas vezes. EM TODAS AS PROVAS SÃO COBRADAS SÚMULAS. SÚMULA453 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percen- tual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exi- gida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. O trabalhador de uma empresa efetua serviço perigoso. O empregador reconhece isso, e tanto reconhece que vem pagando o adicional de periculosidade. Acontece que esse empregador, com problemas de fluxo de caixa, para de pagar o adicional de periculosidade. Por que razão o empregado não entra imediatamente na justiça? Porque precisa do emprego e tem medo de sofrer uma retaliação. O trabalhador se cala e se submete àquela ilegalidade. Findo o contrato de trabalho, o empregador também não paga ao empregado as verbas rescisórias. O trabalhador busca a tutela jurisdicional do Estado e ingressa com uma reclama- ção trabalhista pedindo o pagamento das suas verbas e aquele adicional de periculosi- dade que ele, no início do contrato, recebia regularmente e que, de uma hora para outra, deixou de ser pago. O empregador é intimado dessa reclamação trabalhista e, em sede de contestação, afirma que não é devido o adicional de periculosidade porque o local onde ele trabalhava não era perigoso e que o trabalhador deverá demandar uma perícia para provar que o local é perigoso. O que o empregador pretende é tumultuar o processo, pois se ele vinha voluntaria- mente pagando, é porque reconhece que o local é perigoso. 5m 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Súmulas e Orientações Jurisprudenciais II DIREITO DO TRABALHO OJ173 SDI – 1. I –Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar. II –Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade ex- posto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com car- ga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria N. 3214/78 do MTE. As mulheres são mais cuidadosas com a sua pele e se preocupam muito com a utili- zação de protetor solar, mesmo que o sol não esteja muito forte. A ciência já comprovou, seguindo evidências de pesquisas médicas, que o sol é muito prejudicial à pele. Um trabalhador que fique exposto ao sol o dia inteiro tem direito a adicional de insalubridade? A radiação solar é um agente nocivo para a saúde desse trabalhador? Por exemplo, um trabalhador rural que trabalha no plantio e na colheita, que está exposto ao sol das 8h00 às 16h00. Sim, faz mal à saúde, todavia, para receber o adicional de insalubridade esse agente nocivo deve ser reconhecido pelo Ministério do Trabalho que, atualmente, não reconhece a radiação solar como um agente insalubre (item I). No item II: a radiação solar por si só não gera insalubridade, mas o calor excessivo gera insalubridade. Por exemplo, o Ministério do Trabalho limita o teto de exposição ao calor em 40 ºC. Um trabalhador exposto a 42º C, seja dentro de um galpão ou seja mediante radiação solar, ele ganha adicional de insalubridade, não por conta do sol, mas por conta do calor a céu aberto ou num galpão fechado. Se ele estiver acima do calor estabelecido pelo Ministério do Trabalho, ele tem direito a receber adicional de insalubridade. SÚMULA 293 A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, consi- derado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicio- nal de insalubridade. Por exemplo, um estúdio de gravação pode ser um local insalubre porque a ilumina- ção está muito próxima do rosto. O trabalhador desse local entra com uma reclamação trabalhista pedindo o pagamento do adicional de insalubridade. O juiz, de acordo com o art. 195 da CLT, obrigatoriamente mandou realizar uma perí- cia. O perito compareceu ao local e fez um laudo concluindo que o estúdio era insalubre, não por conta da iluminação, que está perfeita e segue todas as normas de proteção, mas porque o microfone faz com que ele se canse muito. 10m 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Súmulas e Orientações Jurisprudenciais II DIREITO DO TRABALHO O local é insalubre, e o que gera insalubridade é o equipamento de som e não a iluminação. A causa de pedir na petição inicial referia à lâmpada perto do rosto. O juiz está preso ao pedido e o fato do perito ter encontrado um agente diverso do relatado como causa de pedir inviabiliza o pedido? Não, o juiz vai mandar pagar da mesma forma porque é para isso que serve a perícia. O juiz está preso ao pedido e não à causa de pedir. SÚMULA 51 I –As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas an- teriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II –Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. O regulamento interno de uma empresa concede inúmeros benefícios aos trabalha- dores: não admite o despedimento sem justa causa e apenas depois do devido processo legal, vale refeição, pagamento de academia. O regulamento interno adere ao contrato de trabalho. Os direitos e deveres ali impostos devem ser respeitados. Anos depois, o empregador pretende alterar esse regulamento para acabar com um determinado benefício. As alterações que forem feitas atingirão aqueles que vierem a ser contratados porque o que vale para o trabalhador é o regulamento que estava em vigor no ato da admissão daquele trabalhador, pois esse regulamento aderiu ao contrato desse trabalhador. Não é possível mudar as regras a meio de um jogo. As regras só poderão ser alteradas para aqueles que entrarem na empresa depois disso. No item II: o empregador resolveu fazer um novo regulamento, o alterando de ponta a ponta. Nesse novo regulamento não há previsão de pagamento de vale refeição, mas de pagamento de faculdade; ele não paga academia, mas dá plano de saúde. Ele retirou algumas coisas e deu outras. Quando esse regulamento entra em vigor, não atinge o trabalhador já contratado, só atingirá os novos empregados, mas o empregado já contratado percebe que o novo regulamento é melhor do que o anterior. Não se pode pinçar o que é melhor no novo e trazer para o antigo, mas o empregado pode abrir mão completamente do seu regulamento e aderir integralmente ao outro. Havendo a coexistência de dois regulamentos, caso o empregado entenda que o novo é melhor, ele pode migrar integralmente para o novo abandonando completa- mente o antigo. 15m 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Súmulas e Orientações Jurisprudenciais II DIREITO DO TRABALHO SÚMULA 77 Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos a que se obrigou a empresa por norma regulamentar. O empregador pode mandar embora o empregado no momento que quiser. Exemplo: havia uma previsão de que ele não poderia mandar embora. Voluntaria- mente, o empregador colocou uma cláusula no regulamento interno de que na empresa só se pode aplicar justa causadepois de um inquérito interno onde se respeitou a ampla defesa e o contraditório. Decorrido algum tempo, o empregador pretende aplicar a justa causa a um empre- gado faltoso e sem fazer sindicância. Essa justa causa é nula porque não foi respeitado o devido processo legal previsto no regulamento elaborado pelo próprio empregador. Esse regulamento pode ser alterado? Sim, mas apenas para os próximos empregados. SÚMULA 55 As empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas finan- ceiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da CLT. A CLT define algumas categorias profissionais diferenciadas que possuem regula- mentação própria. Um exemplo clássico disso são os trabalhadores domésticos, os trabalhadores rurais, os advogados, os atletas profissionais, cada qual com a sua regulamentação própria. Os bancários também possuem regulamentação própria, com um capítulo específico dentro da CLT, que começa no art. 224. Esse artigo explica quem é bancário, qual é a carga de trabalho de um bancário, de um bancário normal, de um bancário gerente de contas, de um bancário gerente geral. Exemplo: o trabalhador trabalha numa financeira. Ele é bancário ou comerciário? A jornada de trabalho do comércio é regular, 8 horas por dia, enquanto a jornada de trabalho do bancário são 6 horas. SÚMULA 239 É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processa- mento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo eco- nômico ou a terceiros. 20m 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Súmulas e Orientações Jurisprudenciais II DIREITO DO TRABALHO Muitas vezes, os bancos possuem várias empresas com CNPJs distintos. O Banco Itaú é uma empresa, a Itaú Prev é outra empresa do grupo econômico, a Itaú Seguros é outra empresa desse grupo econômico, assim como a Itaú TEC. Um trabalhador da Itaú TEC deve trabalhar 8 horas ou 6 horas como todos os bancários? Se a Itaú TEC atende exclusivamente o Banco Itaú e as empresas do grupo econô- mico, esse trabalhador é BANCÁRIO (6 horas de trabalho). Se a Itaú TEC está aberta no mercado para qualquer pessoa adquirir computadores com ela, esse trabalhador deve trabalhar 8 horas por dia. A empresa de processamento de dados do Banco do Brasil atende somente o Banco do Brasil, e quem trabalha nessa empresa, a COBRA, trabalha apenas 6 horas. SÚMULA 257 O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas espe- cializadas, não é bancário. A esse vigilante não se aplica o acordo e a convenção coletiva dos bancários porque normalmente acordos e convenções coletivas dos bancários trazem muitos benefícios. O vigilante tem a sua profissão regulamentada por lei e não é considerado bancário. SÚMULA 287 A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume -se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT. Existem dois tipos de gerentes: o gerente de contas (gerente intermediário) e o gerente geral (quem manda, quem assina pelo banco, tem autonomia). Dentro de um banco existem três jornadas diferentes: • Atendente de balcão, escriturário: jornada de 6 horas (art. 224, caput). • Gerente de contas: jornada de 8 horas por dia (art. 224, § 2º) e recebe 1/3 a mais de salário. • Gerente geral:não tem horário para entrar nem horário para sair, art. 62, inciso II, parágrafo único, e ganha uma gratificação de função de 40 % a mais. 25m �Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula pre- parada e ministrada pelo professor Rafael Tonassi. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.
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