Buscar

Resumo C3 e C4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO – Portifólio 
Para Bock (2002), vários são os fatores que, de forma dissociada e em permanente interação, afetam o curso do desenvolvimento humano. Observe a seguir quais são estes fatores. 
1) Hereditariedade: neste caso, a carga genética vai estabelecer o potencial de cada um, no sentido daquilo que poderá ou não desenvolver. Apesar de existirem pesquisas que mostram os aspectos genéticos da inteligência, sabe-se também que ela pode desenvolver-se aquém ou além do potencial genético. 
2) Crescimento/Maturação orgânica/física: referente ao corpo e à estabilização do esqueleto, que possibilitará outra relação com o mundo. 
3) Maturação neurofisiológica: é a condição que tornará possível determinados comportamentos e ações, tais como a alfabetização. Um exemplo simples: para segurar um lápis, é necessário um desenvolvimento neurológico que a criança de 2 anos ainda não tem. 
4) Meio: é o espaço de influências e estímulos que vão alterar o comportamento do sujeito. No caso de uma criança de 3 anos que vive em um ambiente em que o estímulo verbal é intenso, com certeza, seu repertório linguístico será maior do que aquela criança que cresce em um ambiente com pouco estímulo verbal. 
Conforme aponta Becker (1994), o construtivismo não é uma prática, um método, uma técnica de ensino, uma forma de aprendizagem, ou um projeto escolar. Trata-se de uma teoria que nos permite ver a educação como um processo de construção de conhecimento, partindo da premissa de que "o compromisso da Escola deve ser o de construir o novo, superando o arcaico, e não o de repetir, interminavelmente, o antigo" (BECKER, 1994, p. 92).
De acordo com Wadsworth (1996), para explicar o desenvolvimento intelectual, Piaget partiu da ideia de que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e a organizações do meio ambiente, sempre procurando manter um equilíbrio. Nessa direção, Piaget entende que o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento biológico.
Acomodações – Para Piaget (2003) refere-se a toda modificação dos esquemas de assimilação, sob a influência de situações exteriores (meio) às quais eles se aplicam. Woolfolk (2000) aponta que a acomodação ocorre quando uma pessoa deve mudar os esquemas já existentes para responder a uma nova situação, cada vez mais complexa, utilizando os esquemas existentes sempre que eles funcionarem (assimilação) e modificando e acrescentando novos esquemas quando algo novo é necessário (acomodação).
Equilibração - busca da estabilidade mental do pensamento.
OBS: Woolfolk (2000, p. 40) sintetiza o conceito de equilibração da seguinte maneira:[...] para mantermos um equilíbrio entre nossos esquemas para entender o mundo e os dados que este fornece, assimilamos continuamente novas informações, usando os esquemas existentes, e acomodamos nosso pensamento sempre que tentativas fracassadas de assimilar produzem desequilíbrio.
Instabilidade - perceber que seu modo atual de pensar não está funcionando para solucionar um problema ou compreender uma situação, tem-se o desequilíbrio cognitivo.
Formas de Pensamento - A maneira de pensar e agir de cada pessoa é classificada e descrita em quatro estágios: o sensório-motor (do nascimento até, aproximadamente, os 2 anos de idade), o pré-operatório (dos 2 aos 7 anos), o operatório-concreto (dos 7 aos 11 anos), e o operatório-formal (dos 11 à vida adulta). Em cada fase, há estilos específicos pelos quais o bebê, a criança, o adolescente ou o adulto constroem seu conhecimento da realidade.
	Estágios do Pensamento 
	ESTÁGIO 
	IDADE
	CARACTERISTICA
	Sensório Motor 
	0-2
	Criança funciona pela ação e pela manipulação dos objetos de seu meio
	Pré Operacional 
	2-7
	Criança desenvolve a capacidade simbólica, ou seja, é capaz de distinguir a palavra, com a imagem daquilo que ela significa. Fase do egocentrismo. 
	Operacional Concreto
	7-11
	Resolve problemas concretos de maneira lógica 
	Operacional Formal 
	11- Adulto
	Resolve problemas abstratos de maneira lógica, torna-se científico ao pensar, desenvolve o interesse por questões sociais, identidade. 
Vygotsky acreditava que a pessoa é um ser ativo, atento e atuante sobre o seu ambiente, no qual: [...] Seus modos de perceber, de representar, de explicar e de atuar sobre o meio, seus sentimentos em relação ao mundo, ao outro e a si mesmo, enfim, seu funcionamento psicológico, vão se constituindo nas suas relações sociais (FONTANA; CRUZ, 1997, p. 57).
A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, "puxando" dela um novo conhecimento. O psicólogo considerava ainda que todo aprendizado amplia o universo mental do aluno. O ensino de um novo conteúdo não se resume à aquisição de uma habilidade ou de um conjunto de informações, mas amplia as estruturas cognitivas da criança.
Para Vygotsky, o desenvolvimento se dá de "fora para dentro", isto é, embasado nas interações sociais com outras pessoas, o indivíduo entra em contato com o conhecimento, internalizando-o.
Zona de Desenvolvimento Proximal - Parte-se do princípio de que todos têm um potencial para aprender (nível de desenvolvimento potencial), isto é, a capacidade de desempenhar tarefas com o auxílio de uma pessoa mais experiente (adulto ou criança mais velha). No entanto, é muito importante estar atento ao momento de desenvolvimento em que a criança se encontra, pois servirá de potencial para novas aprendizagens.
Para Vygotsky: a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração de companheiro mais capaz. Ainda segundo o autor, se o aprendizado impulsiona o desenvolvimento, o professor tem o papel explícito de interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos – fazendo junto, demonstrando, fornecendo pistas, instruindo, dando assistência –, provocando avanços que ocorreriam espontaneamente, sendo o aluno ativo na construção de seu conhecimento. Além disso, é importante que o professor, durante sua prática, se lembre-se de que cada criança tem a sua própria história, suas vivências e experiências. Para Vygotsky (1994), na zona de desenvolvimento proximal, a interferência dos outros é mais transformadora. Para tanto, a escola tem papel fundamental nesse processo.

Outros materiais