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DIREITO DAS 
ORGANIZAÇÕES
Angélica Ferreira Rosa
1ª Edição, 2022
EAD
Reitor e Diretor Campus Engenheiro Coelho: Martin Kuhn 
Vice-reitor para a Educação Básica e Diretor Campus Hortolândia: Douglas Jefferson Menslin
Vice-reitor para a Educação Superior e Diretor Campus São Paulo: Afonso Cardoso Ligório
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas 
Pró-reitor de graduação: Afonso Cardoso Ligório 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes 
Pró-reitor de educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual e comunitário: Henrique Melo Gonçalves
Pró-reitor de Desenvolvimento Estudantil: Carlos Alberto Ferri
Pró-reitor de Gestão Integrada: Claudio Knoener 
Educação Adventista a Distância
Conselho editorial e artístico: Dr. Adolfo Suárez; Dr. Afonso Cardoso; Dr. Allan Novaes; 
Me. Diogo Cavalcanti; Dr. Douglas Menslin; Pr. Eber Liesse; Me. Edilson Valiante; 
Dr. Fabiano Leichsenring, Dr. Fabio Alfieri; Pr. Gilberto Damasceno; Dra. Gildene Silva; 
Pr. Henrique Gonçalves; Pr. José Prudêncio Júnior; Pr. Luis Strumiello; Dr. Martin Kuhn; 
Dr. Reinaldo Siqueira; Dr. Rodrigo Follis; Esp. Telson Vargas
Editor-chefe: Rodrigo Follis
Gerente administrativo: Bruno Sales Ferreira
Editor associado: Werter Gouveia
Responsável editorial pelo EaD: Luiza Simões
Editora Universitária Adventista
Presidente Divisão Sul-Americana: Stanley Arco
Diretor do Departamento de Educação para a Divisão Sul-Americana: Antônio Marcos
Presidente Mantenedora Unasp (IAE): Maurício Lima
1ª Edição, 2022
DIREITO DAS 
ORGANIZAÇÕES
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Angélica Ferreira Rosa
Doutora em Direito pela UFPR
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Ficha catalográfica elaborada por Hermenérico Siqueira de Morais Netto – CRB 7370)
Direito das Organizações
1ª edição – 2022
e-book (pdf)
OP 00123_024
Coordenação editorial: Luciana Lima
Conteudista: Angélica Ferreira Rosa
Preparador: Adriane Rodrigues
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa e Diagramação: William Nunes 
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Carlos Alexandre Hees
Pós Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra - Portugal.
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. Proibida 
a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, salvo 
em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO AO 
DIREITO ORGANIZACIONAL .................................... 9
Introdução ........................................................................................10
Introdução ao estudo do direito ......................................................11
A constituição federal ......................................................................17
Conciliação, mediação e arbitragem ...............................................23
Políticas de inclusão .........................................................................40
Considerações finais.........................................................................49
Referências .......................................................................................52
ASPECTOS PRÁTICOS DO DIREITO 
APLICADO ÀS ORGANIZAÇÕES .............................. 57
Introdução ........................................................................................58
Direito empresarial ...........................................................................60
Direito do consumidor .....................................................................68
Direito do trabalho ...........................................................................73
Direito tributário...............................................................................95
Considerações finais.........................................................................99
Referências ......................................................................................103
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
EMENTA
Introdução ao estudo do direito; Compreensão 
da Constituição Federal como base das demais 
normas legais; Apresentação dos aspectos 
práticos do direito aplicados às organizações: 
Direito empresarial, do consumidor, do 
trabalho e tributário. Consideração da 
conciliação, mediação e arbitragem como 
alternativa para resolução de questões 
empresariais. Políticas afirmativas de inclusão, 
tais como as direcionadas a afrodescendentes, 
indígenas e pessoas com deficiência. Temas 
contemporâneos sobre as relações de direito e 
as organizações.
OB
JE
TI
VO
S
- Analisar os fundamentos do direito empresarial, do direito 
do consumidor, do direito do trabalho e do direito tributário 
com foco nas organizações; 
- Compreender os principais conceitos do direito empresarial, 
do direito do consumidor, do direito do trabalho e do direito 
tributário nas organizações;
- Contextualizar o conhecimento teórico dessas áreas ao 
conhecimento prático das organizações. 
ASPECTOS PRÁTICOS 
DO DIREITO APLICADO 
ÀS ORGANIZAÇÕES
UNIDADE 2
58
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
INTRODUÇÃO
Bem-vindo(a) ao nosso estudo! Ao logo desta jornada 
veremos aspectos práticos do direito aplicado às organizações. 
Para isso estudaremos sobre o direito organizacional, direito 
empresarial, direito do consumidor, direito do trabalho e 
direito tributário. Pode parecer um conteúdo denso, mas após 
conceituarmos cada área, conseguiremos aplicar facilmente 
esse conhecimento.
O direito organizacional engloba outras áreas como direito 
civil e de empresa, o direito do consumidor, o direito do 
trabalho, a seguridade social e o direito tributário.
Já o direito empresarial, com as normas que estabelecem 
a partir do art. 966 do Código Civil em diante, trata do 
empresário, da empresa individual de responsabilidade 
limitada, da sociedade, do estabelecimento e dos institutos 
complementares.
Depois temos o direito do consumidor que, a princípio, 
trata de normas referentes a proteção e defesa do consumidor, 
além de ordem pública e interesse social, da política 
nacional de relações de consumo, dos direitos básicos do 
consumidor, da responsabilidade pelo fato do produto e 
59
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
do serviço, da responsabilidade por vício do produto e do 
serviço, da decadência e da prescrição, da desconsideração da 
personalidade jurídica, das práticas comerciais, da proteção 
contratual, das sanções administrativas, das infrações penais, 
da defesa do consumidor em juízo, dentre outras situações.
Partindo para o direito do trabalho, vemos que essa área 
está ligada as normas gerais de tutela do trabalho, emissão de 
carteira, entrega das carteiras de trabalho e previdência social, 
das anotações, das reclamações por falta ou recusa de anotação, 
do valor das anotações, dos livros de registros de empregados, 
da duração do trabalho, dos períodos de descanso, do trabalho 
noturno, do quadro de horário, das penalidades, do salário 
mínimo, das férias dentre outras.
Por fim, trabalharemos com o direito tributário. Essa área 
se refere as normas gerais respectiva ao sistema tributário 
nacional, a competência tributária, as limitações da competência 
tributária, dos impostos, as normas gerais do direito tributário, 
legislação tributária, leis, tratados, convenções e decretos, 
normas complementares e crédito tributário.Desse modo, as áreas importantes ao direito das 
organizações englobam diversas temáticas, além do fato 
de possuírem inúmeros aspectos práticos que resultam da 
60
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
própria rotina dos empresários, gestores e trabalhadores. 
Sendo assim, o objetivo da unidade é que o leitor entenda os 
seguintes pontos:
• a relação do direito organizacional com as 
disciplinas de direito civil e de empresa; 
direito do consumidor; direito do trabalho; 
seguridade social e o direito tributário;
• pontos importantes referentes as disciplinas 
de direito civil e de empresa, direito 
do consumidor, direito do trabalho, 
seguridade social e direito tributário;
• o conhecimento teórico e prático sobre situações 
referentes ao direito das organizações.
Bom estudo!
DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Civil Lei n.10.406, de 10 de janeiro de 2002 que 
contempla a parte geral do Código Civil, (I) Das Pessoas, art. 1º 
a 78; (II) Dos Bens, arts. 79 a 103; (III) Dos Fatos Jurídicos, arts. 
61
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
104 a 232. A Parte Especial possui o (I) Direito das Obrigações, 
arts. 233 a 965; (II) Direito de Empresa, arts. 966 a 1.195; Direito 
das Coisas, arts. 1.196 a 1.510; (IV) Direito de Família, arts. 1.511 
a 1.783; (V) Direito das Sucessões, arts. 1.784 a 2.027. Por fim, 
Das disposições finais e transitórias, arts. 2.028 a 2.046.
O direito empresarial consta na Parte Especial do Livro 
II – Do Direito de Empresa (art. 966 a 1.195), no título I do 
empresário, capítulo I, da caracterização e da inscrição, título 
II, da sociedade, capítulo único, disposições gerais, título III, do 
estabelecimento, título IV, dos institutos complementares.
Sabendo disso, conceituamos que o direito empresarial 
é um ramo do direito privado. Seus objetos de estudo são 
os empresários, os sócios, os terceiros, as marcas e patentes, 
além das relações com o direito do consumidor, o comercial, o 
econômico e dos contratos empresariais. Tudo isso para zelar 
pelo exercício da atividade econômica, afinal, a empresa é 
geradora de lucro, contudo, como aduz Brasilino (2020) também 
apresenta sua função social.
Para entender melhor o direito empresarial é relevante a 
compreensão que ao tratar do tema empresa, a análise deve 
ser feita observando que se estará analisando os conflitos de 
interesses relacionados às empresas, em que há a figura da 
62
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
empresa e do empresário. Nesta situação 
temos que a empresa é a atividade 
econômica explorada pelo empresário, 
a qual é constituída pela produção e 
circulação de bens e serviços. 
Ainda segundo Brasilino (2020) a 
empresa pode ser considerada como 
o “exercício de atividade”, sendo que 
como atividade econômica, profissional 
e organizada para produção ela é 
exatamente a atividade exercida 
pelo empresário e não se confunde 
com o empresário individual ou 
sociedade empresária, também não 
se pode confundi-la com o local do 
estabelecimento, pois é a atividade em si 
desenvolvida.
Além disso, a figura do empresário 
desponta no Código Civil de 2002, 
precisamente no art. 966 como pessoa 
natural ou jurídica que exerce de modo 
profissional a atividade econômica 
organizada para a produção ou a 
A empresa é 
a atividade 
econômica 
explorada pelo 
empresário, 
a qual é 
constituída 
pela produção 
e circulação de 
bens e serviços.
63
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
circulação de bens e serviços. Por isso, ele deve exercê-
la profissionalmente, e para tal, precisa ter constância. As 
atividades necessitam de habitualidade e visam o lucro, mas 
não deixam de assumir os riscos que são inerentes a produção.
Resumindo, em relação ao empresário é salutar que 
para ser considerado nessa categoria são indispensáveis 
dois elementos: a atividade precisa ser exercida com 
profissionalismo, habitualidade, devendo a atividade 
econômica então ser praticada corriqueiramente e de modo 
organizado. É a preparação do empresário para desempenhar 
as atividades organizadas que propiciará a produção e a 
circulação dos bens e serviços. 
A atividade organizada consta com quatro fatores de produção:
• o primeiro fator são os insumos, os quais 
são considerados a matéria prima que se 
adquire para que se possa desenvolver a 
atividade, desse modo, na padaria os insumos 
seriam a exemplo a própria farinha;
• o segundo fator de produção é o capital, pois 
toda a atividade econômica tem investimento;
64
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
• o terceiro fator de produção é a tecnologia 
que tem os equipamentos como parte para o 
desenvolvimento e melhora da atividade;
• o quarto fator é a produção da mão de obra 
que é o trabalho. Ressalvando que a mão 
de obra pode ser própria quando não é 
necessária a contratação de funcionários.
Uma dúvida surge quando se trata do assunto de quem 
pode exercer a atividade empresarial, já que não estão todos 
nessa possibilidade. Sendo assim, os profissionais liberais 
constam no art. 966 do CC/02 no parágrafo único em que não 
se considera empresário aquele que exerce profissão intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, ainda que o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir o elemento da empresa.
Considerando que o enunciado 194 da III jornada de 
direito civil do Conselho de Justiça Federal, da comissão de 
trabalho de direito de empresa, do coordenador da comissão 
de trabalho Newton de Lucca, “Os profissionais liberais não 
são considerados empresários, salvo se a organização dos 
fatores de produção for mais importante que a atividade 
pessoal desenvolvida”.
65
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
Assim, os profissionais liberais que não são considerados 
empresários, são os médicos, dentistas, escritores, escultores, 
os quais mesmo que exerçam as profissões de natureza 
cientifica, literária ou artística com profissionalismo e de 
forma organizada, não serão considerados empresários. 
A exceção se dará quando a situação se caracterizar como 
elemento da empresa.
Outra característica para ser empresário é que o sujeito 
precisa ter capacidade civil, por isso o art. 972 do CC/02 
assevera que quem pode exercer a atividade de empresário 
são aqueles que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e 
não forem legalmente impedidos. A pessoa que for legalmente 
impedida de exercer a atividade própria de empresário de 
acordo com o art. 973 do CC/02 se a exercer, responderá pelas 
obrigações que contrair, ainda é relevante entender que o 
incapaz também poderá entendimento do art. 974 do CC/02 
por meio do seu representante ou devidamente assistido 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por 
seus pais ou até pelo autor de herança.
Os incisos do mesmo artigo entendem: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da 
sociedade; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011), II – o 
66
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído 
pela Lei nº 12.399, de 2011) e III – o sócio relativamente 
incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz 
deve ser representado por seus representantes legais.
IMPORTANTE
Os profissionais liberais não são considerados empresários. Para ser 
empresário é preciso que o indivíduo tenha capacidade para isso, ou 
seja, aqueles que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmente impedidos.
Ainda com o entendimento do art. 975 do CC/02, em 
relação ao incapaz se representante ou assistente do incapaz 
for pessoa que não puder exercer a atividade de empresário, 
nomeará então com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes, 
em que seus parágrafos constam que haverá nomeação gerente 
em todos os casos em que o juiz entender conveniente, além de 
que a aprovação do juiz não exime o representante ou assistente 
do menor ou do interdito da responsabilidade pelos atos dos 
gerentes nomeados. 
Desse modo, importa compreender as nuances que 
envolvemo direito empresarial, já que as empresas 
desempenham papel relevante a manutenção e ao crescimento 
67
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
econômico de um país, nelas se incluem as grandes, as 
pequenas e as empresas de médio porte, não sendo apenas 
empresas de grande porte como geradoras de negócios, afinal, 
todas elas criam empregos e renda para a população ajudando a 
diminuir a desigualdade social. 
O direito organizacional então tem uma função social 
na empresa, diga-se que esse conceito de função social da 
propriedade advém dos princípios do direito empresarial 
que é a função social da empresa, então ela se refere a 
atividade empresarial que é parte dos bens de produção pelo 
empresários, a exemplo, a propriedade, o exercício da empresa, 
além da própria função específica, em que se alcança a criação 
de empregos, os pagamentos dos tributos, situações que geram 
riquezas e que elas vão contribuir para o desenvolvimento 
econômico, social e cultural, com práticas de práticas 
sustentáveis, a exemplo. 
 O direito empresarial consta com a figura do empresário, 
das empresas, da organização da atividade econômica, sendo 
que, a empresa movimenta a economia e por intermédio da 
atividade empresarial vinculada será possível compreender 
adequadamente as normas legais, as organizações então 
elas não somente buscam o lucro, já que apresentam grande 
importância para a economia. 
68
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
DIREITO DO CONSUMIDOR
O direito civil e empresarial, como visto, possuem 
inúmeros elementos que são parte das organizações. Assim 
como o direito do consumidor também se faz de extrema 
relevância para o direito organizacional, pois ele envolve todos 
os direitos daqueles que estão numa relação de consumo, pela 
existência dos elementos que compõe a relação de consumo, o 
consumidor, o fornecedor e o produto ou serviço. 
A relação de consumo é parte do direito do consumidor 
como ramo do direito, as quais os fornecedores disponibilizam 
os produtos ou serviços ao mercado e os consumidores, eles são 
os que disponibilizam os produtos ou serviços ao mercado e aos 
consumidores, os que consomem os produtos ou serviços como 
destinatário final. 
 O Código de Defesa do Consumidor entrou em vigor na 
década de 90. Trata-se da Lei nº 8.078/90 e tem a função de 
proteger as relações de consumo, as pessoas que fazem compras 
ou contratam algum serviço pela existência da legislação de 
cunho específica que fica a cargo do fornecedor, como na troca 
de uma mercadoria que o consumidor precisasse. O art. 1 do 
diploma que solidificou o entendimento referente as normas de 
69
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
proteção e defesa do consumidor, as quais 
são de ordem pública e de interesse social.
O art. 2, da Lei nº 8.078/90, disciplina 
que consumidor é toda pessoa física ou 
jurídica que adquire ou utiliza produto 
ou serviço como destinatário final. 
O parágrafo único ainda equipara o 
consumidor a coletividade de pessoas 
indetermináveis que são parte em 
determinada relação de consumo. Além 
disso, afirma-se que se considera qualquer 
pessoa que compra um produto ou que 
contrata um serviço para satisfazer suas 
necessidades pessoais ou familiares, como 
qualquer produto consumido ou serviço 
contratado, até mesmo uma bala. 
No art. 3 da Lei nº 8.078/90, art. 3, 
vemos que o fornecedor é toda pessoa 
física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como, os 
entes despersonalizados que desenvolvam 
atividade de produção, montagem, 
A relação de consumo é 
parte do direito do consu-
midor.
Fonte: Shutterstock
70
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação 
de serviços. São pessoas, empresas públicas ou particulares, 
nacionais ou estrangeiras que oferecem produtos ou serviços 
para os consumidores, então elas são pessoas ou empresas que 
produzem, montam, criam, transformam, importam, exportam 
e/ou distribuem. 
Os produtos ou serviços oferecidos para os 
consumidores de acordo com o art. 3, da Lei nº 8.078/90, 
em seu parágrafo primeiro e segundo, produto é qualquer 
bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Já o serviço 
é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, 
financeira, de crédito e securitária, salvo aquelas decorrentes 
das relações de caráter trabalhista. 
Os produtos podem ser de dois tipos: 
• produto durável: é aquele que não desaparece 
com o seu uso, por exemplo, um carro.
• produto não durável: é aquele que acaba logo 
após o uso, por exemplo, os alimentos.
71
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
Desse modo, são os elementos da relação de consumo três 
elementos: o consumidor, o fornecedor e um produto/serviço. 
É requisito objetivo de existência para configurar a relação de 
consumo que necessariamente deve ter de forma concomitante 
os três elementos. Para alguém vender, é preciso ter pessoas 
interessadas em comprar. Ou o contrário: para alguém comprar 
um produto é preciso ter alguém para vender. Essa troca 
de dinheiro por produto ou serviço, entre o fornecedor e o 
consumidor, é uma relação de consumo.
O próprio Código do Consumidor em seu art. 4 preceitua 
que o consumidor é a parte mais vulnerável da relação de 
consumo, pois é a mais fraca na relação jurídica de consumo. 
Por isso, para esse diploma todos os consumidores são 
vulneráveis, TODOS. Desse modo, a abrangência é enorme, 
já que as relações de consumo são todas aquelas que há um 
consumidor, um fornecedor e uma prestação ou serviço, sendo 
considerado como mais vulnerável o consumidor. Segue o 
entendimento do art. 4 do Código do Consumidor:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo 
tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria 
da sua qualidade de vida, bem como a transparência e 
72
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes 
princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I – reconhecimento da vulnerabilidade do 
consumidor no mercado de consumo.
 A vulnerabilidade do consumidor é de ordem jurídica, 
técnica e econômica, o direito do consumidor é então uma 
realidade cotidiana na vida de todas as pessoas! Sendo um 
direito que também visa proteger os mais vulneráveis na 
relação de consumo que somos nós consumidores. 
É importante considerarmos que a vulnerabilidade é 
diferente da hipossuficiência. A hipossuficiência é um critério 
para inversão do ônus da prova e pertence ao ramo do Direito 
Processual. A presunção é relativa, já que nem todo consumidor 
é hipossuficiente.
SAIBA MAIS
A hipossuficiência acesse o site da JusBrasil que explica 
os dois conceitos. Disponível em: https://ebradi.jusbrasil.
com.br/artigos/386310664/qual-a-diferenca-entre-hi-
possuficiencia-e-vulnerabilidade. Acesso em: 23 fev. 2022.
Ainda, para o direito organizacional, em relação a sua 
estrutura é relevante também o direito do trabalho e o direito 
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386310664/qual-a-diferenca-entre-hipossuficiencia-e-vulnerabilidade
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386310664/qual-a-diferenca-entre-hipossuficiencia-e-vulnerabilidade
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386310664/qual-a-diferenca-entre-hipossuficiencia-e-vulnerabilidade
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386310664/qual-a-diferenca-entre-hipossuficiencia-e-vulnerabilidade
73
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
tributário, eles são duas realidades, nas quais todos estão 
inseridos, pois todos trabalham ou trabalharão, além de que 
pagam os impostos de forma direta ou indireta. Desse modo, o 
conteúdo a ser compreendido é de extrema relevância. 
DIREITO DO TRABALHO
O direito do trabalho está relacionado com a teoria do direitoprivado que estabeleceu que a raiz do mesmo está no direito 
civil, nas locações de serviços. Os que defendem essa teoria 
entendem que embora existam normas cogentes sobre a matéria, 
elas não afastam a natureza privada da relação jurídica, haja 
vista que os contratantes (empregador e empregado) são livres 
para estipular as regras de seu pacto de emprego, restando claro 
que a maioria das normas da Consolidação das Leis Trabalhistas 
(BRASIL, 1943) são de natureza privada, tal legislação exerce 
salutar importância na proteção dos direitos dos trabalhadores.
No direito do trabalho existe a figura do trabalhador, o 
empregador, sendo o empregador:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou 
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, 
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
74
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos 
exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações 
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, 
que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, 
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem 
sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda 
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, 
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente 
pelas obrigações decorrentes da relação de emprego 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade 
de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, 
a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão 
de interesses e a atuação conjunta das empresas dele 
integrantes (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
O empregador, pelo entendimento legal da Consolidação 
da Legislação Trabalhista, pode ser pela legislação uma pessoa 
física ou jurídica. Desse modo, o empregador pode exercer uma 
atividade ou explorar um negócio e contratar empregados. 
O empregador segundo o Código Civil de 2002, no art.966 
“considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens e serviços”.
75
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
O empregado segundo o mesmo diploma, o “Art. 3º - 
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços 
de natureza não eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário”. Então, o mesmo se trata de pessoa 
física que presta serviço de natureza não eventual a empregador, 
sendo que ainda sob a forma de dependência e também de modo 
remunerado, assim se configura a relação de trabalho.
Como visto os elementos que configuram a relação 
de trabalho ocorrem durante a jornada de trabalho, pela 
compreensão do art. 58, CLT:
A duração normal do trabalho, para os empregados em 
qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas 
diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. 
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como 
jornada extraordinária as variações de horário no 
registro de ponto não excedentes de cinco minutos, 
observado o limite máximo de dez minutos diários. 
(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) 
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e 
para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio 
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, 
não será computado na jornada de trabalho, por não 
76
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
ser tempo à disposição do empregador. (Redação 
dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas 
de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, 
em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de 
difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo 
médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a 
natureza da remuneração. (Incluído pela Lei Complementar 
nº 123, de 2006) (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017).
Desde que não haja nenhum acordo ou convenção coletiva 
nas organizações, a jornada de trabalho não pode ser maior do 
que 8 horas diárias. As variações em relação ao cartão ponto 
não serão descontadas nem computadas até a quantidade de 
tempo de 5 minutos. O tempo despendido do empregado de a 
sua residência até a ocupação do trabalho não será computado 
como tempo de trabalho. 
É possível também trabalhar em regime de tempo 
parcial, mas quando isso acontece não poderá exceder a 
trinta horas semanais, de acordo com o art. 58-A da CLT, 
sendo o salário proporcional pago aos empregados de 
acordo com a sua jornada, sendo que haverá instrumentos 
decorrentes de negociação coletiva, mas em relação as horas 
suplementares a duração do trabalho semanal normal será 
paga com acréscimo o acréscimo de 50% (cinquenta por 
cento) sobre o salário-hora normal.
77
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
A duração normal do trabalho ela pode ser acrescida 
ainda de horas suplementares, as quais não podem exceder 
ao número de duas, desde que haja um acordo escrito entre 
o empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo 
de trabalho. A duração diária também do trabalho poderá 
ser acrescida de horas extras, em número que não se exceda a 
duas, utilizando-se de acordo individual, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho. 
A remuneração da hora extra será de, pelo menos, 50% 
(cinquenta por cento) superior à da hora normal, ressalvando 
que empregados que estejam sob regime parcial não podem 
prestar horas extras. Outro apontamento importante:
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta 
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual 
escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, 
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por 
trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou 
indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 
Por meio de convenção coletiva ou acordo de trabalho 
ainda se pode estabelecer o horário de trabalho de doze 
horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de 
descanso, observados ou indenizados os intervalos para 
repouso e alimentação. 
78
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
Em relação as outras modalidades para a prestação de 
serviços vemos de acordo com a lei nº 13.467 (BRASIL, 2017):
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado 
em regime de teletrabalho observará o disposto neste 
Capítulo (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017). 
 Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços 
preponderantemente fora das dependências do empregador, 
com a utilização de tecnologias de informação e de 
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como 
trabalho externo (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
Parágrafo único. O comparecimento às dependências 
do empregador para a realização de atividades 
específicas que exijam a presença do empregado no 
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade 
de teletrabalho deverá constar expressamente do 
contrato individual de trabalho, que especificará 
as atividades que serão realizadas pelo empregado 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
A modalidade de prestação de serviço pelo teletrabalho 
deve constar de forma expressa no contrato individual 
de trabalho, ele pode ser considerado como prestação de 
serviços preponderantemente fora das dependências do 
79
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
empregador, com a utilização de tecnologias de informação e 
de comunicação. 
O art. 382 do mesmo diploma considera que entre duas 
jornadas de trabalho onde haverá um intervalo de 11 onze horas 
consecutivas, no mínimo, as quais são destinadas ao repouso. 
Durante a jornada de trabalho se considerará a empregadaum período para refeição e repouso o qual não pode ser inferior 
a uma hora, salvo hipótese prevista no art. 71, § 3º.
Em relação ao descanso semanal: 
Art. 385 - O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) 
horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o 
domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade 
imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na 
forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia.
Como pode se observar o descanso semanal é de vinte 
e quatro horas consecutivas no todo ou em parte como o 
domingo, ressalvando que quando ocorre do trabalho acontecer 
aos domingos será organizada uma escala de revezamento 
quinzenal que favoreça o repouso dominical, como consta no 
art. 386 do mesmo diploma.
80
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
Para as organizações além dessa legislação e que cada tipo 
de empresa terá a sua especificada, mas por conta do art. 389 – 
Toda empresa é obrigada: 
I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes 
à higienização dos métodos e locais de trabalho, 
tais como ventilação e iluminação e outros que se 
fizerem necessários à segurança e ao conforto das 
mulheres, a critério da autoridade competente; 
II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; 
dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que 
permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico;
III - a instalar vestiários com armários individuais privativos 
das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, 
escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja 
exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade 
competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, 
admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, 
onde possam as empregadas guardar seus pertences;
IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade 
competente, os recursos de proteção individual, tais 
como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, 
para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e 
da pele, de acordo com a natureza do trabalho.
§ 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 
(trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade 
terão local apropriado onde seja permitido às empregadas 
81
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da 
amamentação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
§ 2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio 
de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante 
convênios, com outras entidades públicas ou privadas, 
pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo 
do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais.
Desse modo, ressaltamos novamente que toda a empresa 
é obrigada a prover nos estabelecimentos as medidas 
concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, 
tudo em número suficiente para atender o público feminino.
Além disso, a empresa precisa instalar vestiários com 
armários individuais privativos das mulheres, a exceção se dá 
aos estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades 
afins, nas quais não seja exigida a troca de roupa, ainda, 
fornecer de modo gratuito a juízo da autoridade competente 
os recursos de proteção individual, tais como óculos, 
máscaras, luvas e roupas especiais, já os estabelecimentos que 
trabalham pelo menos trinta mulheres com mais de dezesseis 
anos de idade terão local apropriado onde seja permitido as 
empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos 
no período da amamentação, mas quando não possível suprir 
por meio de creches distrais. 
82
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
As organizações precisam garantir a proteção a maternidade, 
sendo que não se trata de justo motivo rescindir o contrato 
de trabalho da mulher o fato de ter contraído matrimônio ou 
encontrar em estado de gravidez, por isso, não são permitidos 
em contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao 
direito da mulher ao seu emprego pelo motivo de casamento ou 
de gravidez, de acordo com o art. 391, CLT.
Pelo entendimento do art. 391-A se houve a confirmação do 
estado de gravidez que veio no curso do contrato de trabalho, 
mesmo que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou 
indenizado, o que garante a gestante a estabilidade provisória. 
A empregada gestante tem o direito a licença maternidade de 
120 dias, sem o prejuízo do emprego e do salário, art. 392, para 
tal a empregada precisa notificar o seu empregado, mediante 
atestado médico, na data de início do afastamento do emprego, 
o qual pode ocorrer a partir do 28º (vigésimo oitavo) dia antes 
do parto e ocorrência deste.
A gestante possui períodos de repouso antes e depois do 
parto que poderão sofrer aumentos de duas semanas cada 
um, mediante atestado médico. Em caso de parto antecipado a 
mulher terá direito aos 120 dias previstos, sendo que ainda as 
organizações precisam: 
83
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
§ 4o É garantido à empregada, durante a gravidez, 
sem prejuízo do salário e demais direitos: (Redação 
dada pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
I - transferência de função, quando as condições de 
saúde o exigirem, assegurada a retomada da função 
anteriormente exercida, logo após o retorno ao 
trabalho; (Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999)
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo 
necessário para a realização de, no mínimo, seis 
consultas médicas e demais exames complementares 
(Incluído pela Lei nº 9.799, de 26.5.1999).
§ 5o (VETADO) (incluído pela Lei nº 
10.421, de 2002). (BRASIL, 2012).
As organizações também necessitam garantir a licença 
maternidade para a empregada que adotar ou obter a guarda 
judicial para os fins de adoção de criança ou adolescente, como 
aduz o art. 392 da CLT, do mesmo diploma que estabelece que 
a empregada tem direito a licença maternidade de 120 dias, sem 
prejuízo do emprego e salário.
No mesmo diploma, porém no art. 392-B que pela morte 
da genitora se assegura ao cônjuge ou companheiro empregado 
o direito a licença por todo o período da licença maternidade 
ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto pelo 
falecimento do filho ou de seu abandono, ainda o art. 393 
84
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
entende que durante esse período a mulher terá direito aos 
salários integrais e quando variável calculado de acordo com 
os seis últimos meses de trabalho, bem como os direitos e 
vantagens adquiridos, sendo ainda facultado reverter à função 
que anteriormente ocupava. 
Em relação ao período da licença maternidade a mulher 
terá o direito ao salário integral e quando o mesmo for 
variável, ele será calculado de acordo com a média dos seis 
últimos meses de trabalho, assim como, os direitos e vantagens 
adquiridos, podendo por faculdade reverter a função que 
anteriormente ocupava. O art. 394 estabelece que mediante 
atestado médico é facultado a mulher grávida romper o 
compromisso resultando de qualquer contrato de trabalho 
quando seja prejudicial à sua gestação (BRASIL, 1943)
O art. 394-A do mesmo diploma considera:
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído 
o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá 
ser afastada de: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, 
enquanto durar a gestação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
II - atividades consideradas insalubres em 
grau médio ou mínimo; (Incluído pela Lei 
nº 13.467, de 2017) (Vide ADIN 5938)
85
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, 
quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de 
confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a 
lactação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vide ADIN 5938)
§ 1o (VETADO) (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade 
à gestante ou à lactante, efetivando-se a compensação, 
observadoo disposto no art. 248 da Constituição Federal, 
por ocasião do recolhimento das contribuições incidentes 
sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos 
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Quando não for possível que a gestante ou a lactante 
afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas 
atividades em local salubre na empresa, a hipótese 
será considerada como gravidez de risco e ensejará a 
percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei no 
8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de 
afastamento (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
As organizações ainda podem permitir que as gestantes 
exerçam as atividades e operações insalubres em grau 
médio ou mínimo, desde que seja voluntário e ela apresente 
o atestado de saúde emitido pelo médico de confiança 
do sistema privado ou público de saúde que autorize sua 
permanência no exercício de suas atividades, por isso, caberá 
a empresa pagar o adicional de insalubridade a gestante ou 
lactante quando da efetivação da compensação por ocasião 
86
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de 
salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer 
título a pessoa física que preste serviço.
Na situação que a gestando ou lactante for afastada por 
exercer suas atividades em local salubre na empresa, o que 
será considerada como gravidez de risco o que ocasionará 
a percepção de salário maternidade, durante o período de 
afastamento. 
Em relação ao mesmo diploma, o art. 395 estabelece:
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por 
atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado 
de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de 
retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
É importante ressalvar que nos casos de aborto, desde 
que, não criminoso comprovado por atestado médico oficial, 
a mulher terá um repouso remunerado de duas semanas, 
sendo assegurado o direito ao retorno à função que ocupava 
antes de seu afastamento. A empresa ainda precisa se 
atentar ao fato que terá direito de amamentar o próprio 
filho até que ele complete os seis meses de idade, a mulher 
terá direito durante a jornada de trabalho a dois descansos 
especiais de meia hora cada um.
87
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
O direito é também para aquela mãe que amamentar o 
seu filho inclusive quando adotado, até a idade de seis meses 
de idade, ela terá direito durante a jornada de trabalho a dois 
descansos especiais de meio hora cada um, mas se por acaso 
o estado de a saúde do filho carecer de maiores cuidados, 
o prazo de seis meses poderá ser dilatado a critério da 
autoridade competente.
Os horários dos descansos precisam estar previstos no 
acordo individual entre a mulher e o empregador, em relação 
ao que dispõe o art. 399, CLT:
Art. 399 - O Ministro do Trabalho, Industria e Comercio 
conferirá diploma de benemerência aos empregadores que 
se distinguirem pela organização e manutenção de creches 
e de instituições de proteção aos menores em idade pré-
escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua 
generosidade e pela eficiência das respectivas instalações.
O art. 400 ainda no mesmo diploma entende que os locais 
destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período 
da amamentação deverão possuir no mínimo um berçário, uma 
saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação 
sanitária. Sendo que, as organizações também necessitam de 
proteger os direitos dos menores em relação a sua possível 
contratação e manutenção no ambiente de trabalho, desse 
88
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
modo, cumpre caracterizar o que é considerado menor para a 
legislação trabalhista.
Seguindo o entendimento do art. 402, CLT:
Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta 
Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito 
anos (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000) 
Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas 
disposições do presente Capítulo, exceto no serviço em 
oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família 
do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, 
observado, entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção 
II (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
É proibido ao menor de 14 anos o trabalho, disposição 
do art. 403 do mesmo diploma, em 1967 se proibia até mesmo 
o menor de 12 anos, no parágrafo único não se incluem na 
proibição situações que os internados ou as instituições que 
ministrem exclusivamente o ensino profissional e nas de caráter 
beneficente ou disciplinar submetidas à fiscalização oficial.
Por força decreto-lei nº 229, de 28.2.1967 que proíbe o 
trabalho de menores de 12 anos, o parágrafo único do art. 403 
que compreende o trabalho dos menores de 12 e 14 anos fica 
sujeito às condições de garantia de frequência à escola que 
89
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
assegura sua formação ao menos ao nível primário; ao serviço 
de natureza leve, que não sejam nocivos à sua saúde e ao seu 
desenvolvimento normal. 
Já por força da redação dada pela Lei nº 10.097, de 2000, 
o art. 403 da CLT é proibida qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir 
dos quatorze anos, sendo que, o parágrafo único estabelece 
que o trabalho do menor não poderá ser realizado em locais 
prejudiciais a sua formação, ao seu desenvolvimento físico, 
moral e social e em horários e locais que não permitam a 
frequência à escola.
O art. 404 da CLT assevera que ao menor de 18 anos 
é vedado o trabalho noturno, aquele que se considera 
compreendido entre as 22 horas e as 5 horas, o art. 405 nesse 
sentido assevera que ao menor não será permitido o trabalho 
nos locais e serviços perigosos ou insalubridades constantes 
de quadro para este fim aprovado pelo Diretor Geral do 
Departamento de Segurança e Higiene de trabalho; em 
locais, ou serviços prejudiciais à sua moralidade; em locais, 
ou serviços prejudiciais à sua moralidade, em que considera 
prejudicial à sua moralidade o prestado em teatros de revistas, 
cinemas, cassinos, cabarés, “dancings”, cafés-concertos e 
90
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
estabelecimentos análogos; em empresas circenses, em funções 
de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes.
Outras situações são de produção, composição, entrega 
ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, 
pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que 
possam, a juízo da autoridade competente, ofender aos bons 
costumes ou à moralidade pública; relativo aos objetos referidos 
na alínea anterior que possa ser considerado pela sua natureza 
prejudicial à moralidade do menor consistente na venda, a 
varejo, de bebidas alcoólicas.
Algumas situações específicas em relação aos menores 
foram especificadas no mesmo diploma e artigo, quando o 
trabalho for exercido nas ruas, praças e outros logradores 
que dependerá de prévia autorização do juiz de menores, 
autoridade que precisa verificar a se a ocupação do menor é 
indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós 
ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à 
moralidade do menor. 
Outra situação importante é que nas localidades onde 
existem oficialmente reconhecidas destinadas ao amparo dos 
menores jornaleiros, só aos menores que se encontrem sob o 
91
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização de 
trabalho a que alude o parágrafo anterior.
O art. 406 estipula que o juiz ainda assim pode autorizar 
o menor de 18 anos a trabalhar, desde que a representação 
tenha fim educativo ou a peça, ato ou cena, de que participe, 
não possa ofender o seu pudor ou a sua moralidade, quando 
a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou 
à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízoà 
moralidade do menor.
Quando a representação tenha fim educativo ou a peça de 
que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral; 
desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável 
à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não 
advir nenhum prejuízo à sua formação moral; além de que se 
verificado pela autoridade competente que o trabalho executado 
pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento 
físico ou à sua moralidade poderá obriga-lo a abandonar o 
serviço, nesses casos, o empregador deverá proporcionar ao 
menor todas as facilidades para mudar de funções, sendo 
que no caso da empresa não tomar as medidas possíveis e 
recomendadas pela autoridade competente para que o menor 
mude de função, configurar-se-á em rescisão contratual.
92
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
Ainda, estabelece o art. 408 que o responsável legal do 
menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, 
desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem 
física ou moral. Sendo que, para maior segurança do trabalho 
e garantia da saúde dos menores, a autoridade fiscalizadora 
poderá proibir-lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais 
de trabalho como consta no art. 409 do mesmo diploma, além 
de se quando se desaparece parcial ou totalmente o caráter 
perigoso ou insalubre poderá ser derrogada qualquer proibição.
Em relação a duração do trabalho do menor, o art. 413 aduz 
que não se pode prorrogar a duração do trabalho do menor, 
salvo até duas horas, independente de acréscimo desde que 
mediante acordo ou convenção coletiva, de modo excepcional 
por motivo de força maior até o máximo de 12 horas, com 
acréscimo salarial de até 25% sobre a hora normal desde que 
o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do 
estabelecimento, mas que quando trabalhar em dois trabalhos a 
hora será computada, como consta o art. 414.
Importante também considerar que o emprego nas 
organizações não pode diminuir o tempo dos menores nos 
estudos, que reduzem o tempo de repouso necessário a sua 
saúde e constituição física, ou prejudiquem sua constituição 
moral, cabendo aos responsáveis legais dos menores, pais, mães 
93
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
ou tutores afastá-los de empregos nessas situações, como consta 
no art. 424 do mesmo diploma.
Os empregadores dos menores de 18 anos precisam velar 
pela observância nos seus estabelecimentos ou empresas, dos 
bons costumes e da decência pública, assim como, as regras de 
segurança e medicina do trabalho, art. 425, CLT. Ainda, quando 
o empregador contrata menores será obrigado a conceder tempo 
necessário para a frequência as aulas, como consta no art. 427, 
CLT, parágrafo único os estabelecimentos situados em lugar 
onde a escola estiver a maior distância de dois quilômetros e que 
ocuparem de forma permanente mais de 30 menores analfabetos, 
de 14 a 18 anos serão obrigados a manter local apropriado em 
que lhes seja ministrada a instrução primária. 
O contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho 
especial ajustado por escrito e por prazo determinado, em que 
o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 anos 
e menor de 24 anos inscrito em programa de aprendizagem 
formação técnico-profissional metódica, compatível com o 
seu desenvolvimento físico, moral e psicológica, e o aprendiz, 
a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa 
formação consta no art. 428, CLT, o parágrafo primeiro, ainda 
estipula que a validade pressupõe anotação na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, com a matrícula e frequência 
94
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio 
e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido 
sob orientação de entidade qualificada em formação técnico 
profissional metódica. 
O parágrafo segundo do mesmo artigo entende pela 
garantia de salvo condição mais favorável, o aprendiz ter 
assegurado o salário mínimo hora, o parágrafo terceiro aduz 
que o contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado 
por mais de dois anos, exceto quando se tratar de aprendiz 
com deficiência. 
Evidentemente que as organizações observarão todas 
as situações peculiares, as quais estarão envolvidos os 
empregados, principalmente no contexto econômico, pois uma 
economia em crise tem alguns reflexos, um desses reflexos seria 
a flexibilização dos diretos trabalhistas com a intervenção do 
Estado somente para assegurar as normas básicas, sem as quais 
não se pode conceber à vida do empregado com dignidade, 
respeitando assim, o que for negociado entre o empregador e o 
empregado. A flexibilização dos direitos trabalhistas é debatida 
entre os doutrinadores, alguns são favoráveis em determinadas 
situações, como crises, também tem que se filie a essa ideia e 
desde que o Estado intervenha diante de afrontas aos direitos 
95
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
basilares trabalhistas, outros são totalmente contrários, em 
quaisquer situações.
Desse modo, mesmo que se flexibilizem os direitos dos 
trabalhadores para que possa amenizar os efeitos catastróficos 
das crises econômicas, não se pode olvidar que os direitos 
mínimos desses trabalhadores não podem ser flexibilizados, 
mesmo que pela reforma trabalhista Lei 13.467/17 houve a 
valorização do princípio da autonomia privada que permite as 
partes negociar as normas. 
DIREITO TRIBUTÁRIO
O direito tributário é o ramo da ciência do direito que 
estuda as instituições, cobrança e arrecadação de tributos 
pelo Estado para a soberania econômica do mesmo. O direito 
tributário é o norteador do desenvolvimento de todos os 
países. O Brasil possui alta carga tributária e o emprego desses 
tributos para a população é sempre questionável, ademais 
muitas vezes se pagam planos de saúde, por exemplo, pelo 
caos enfrentado na saúde pública, dentre outros serviços, 
fazendo com que o pagamento desses tributos não tenha um 
retorno efetivo para todos.
96
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
 O tributo segundo o Código Tributário Nacional (BRASIL, 
1966), de acordo com o art. 3º, tributo é toda prestação que ela é 
inserida de forma compulsório, ou seja, o Estado estipula se tem 
de pagar, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O art. 4º aduz que a natureza jurídica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação sendo 
irrelevantes para qualificá-la, de acordo com os incisos a 
denominação e demais características formais adotadas pela lei, 
a destinação legal do produto da sua arrecadação, sendo que 
os tributos são considerados impostos, taxas e contribuições de 
melhoria com o art. 5º do mesmo diploma. 
É importante frisar que a atribuição de competência 
tributária é aquela estipulada na Constituição Federal de 1988, 
onde o art. art. 6º defende que a competência constitucional é 
plena nessa atribuição nas Constituições dos Estados e nas Leis 
Organizas do Distrito Federal e dos Municípios, sendo que o 
parágrafo único ainda estipula que os tributos cuja receita seja 
distribuída no todo ou em parte a outras pessoas jurídicas de 
direito público pertencerá a competência legislativa daquela a 
que tenham sido atribuídos.
97
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
O art. 7º que disciplina que essa competência tributária 
é indelegável, salvo quando a atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, 
atos ou decisões administrativas em matéria tributária 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a 
outra, sendo que os parágrafos desse artigo estipulam 
que a atribuição compreende as garantias e os privilégios 
processuais que competem à pessoa jurídica de direito 
público que a conferir, ainda a atribuição pode ser revogada a 
qualquer tempo por ato unilateral da pessoa jurídica de direito 
públicoque a tenha conferido, não constitui delegação de 
competência o cometimento de pessoas de direito privado, do 
encargo ou da função de arrecadar tributos. 
São diversos os impostos cobrados pelos entes municipais, 
estaduais e federais que as organizações necessitam dispor para 
esses órgãos, com suas porcentagens específicas. São diversos 
os impostos, ainda mais em determinadas áreas específicas. 
Nesse contexto, importa ressaltar a relação com a 
economia. Para o início da análise se entende que a economia 
é o conjunto de atividades desenvolvidas pelos homens 
visando a produção, distribuição e o consumo de bens e 
serviços necessários à sobrevivência e a qualidade de vida. 
98
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
Um país com uma economia estável permite que todos gozem 
de condições adequadas de saúde, por exemplo, além de que 
uma economia estável atrai mais investimentos melhorando 
cada vez mais o padrão de vida dos seus moradores. Desse 
modo, a economia é importante para que o país se desenvolva 
ou não, inclusive as organizações.
Outros reflexos das crises econômicas também são o 
estabelecimento das políticas tributárias, os impostos resultam em 
crescimento econômico, reduz a desigualdade de renda e fornece 
os recursos para os governos ampliarem o acesso aos serviços 
públicos. Os impostas, desde que estabelecidos por políticas 
tributárias adequadas, serão os catalisadores das mudanças sociais 
e organizacionais. Porém se essas políticas forem instituídas sem 
estudo prévio, sem planejamento, sem aplicação correta e sem 
recurso orçamentário, terão um efeito inverso. 
Para o planejamento tributário, algumas características 
estratégicas da empresa podem ajudar a reduzir os tributos, 
pois alguns exemplos são a mudança de estrutura de capital, 
de localização geográfica, a contratação de mão de obra, a 
terceirização de determinadas operações, dentre outras. Sendo 
que o direito do trabalho está atrelado a essas mudanças, afinal, 
a própria flexibilização é utilizada nas organizações para a 
99
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
incidência menor dos tributos, em prol de se adequar as novas 
mudanças sociais e econômicas. 
Cabe ressalvar que mesmo com as flexibilizações, os 
trabalhadores precisam que seus direitos recebam o apoio 
necessário, tendo a dignidade respeitada, então não basta ter o 
amparo legar para se flexibilizar os direitos dos trabalhadores, já 
que eles precisam de suas garantias de seus direitos resguardados.
Desse modo, o direito do trabalho e o direito tributário 
são ambos de extrema importância para todos, sendo que, 
quando a economia encontra crises, eles são direitos que podem 
sofrer determinadas flexibilizações, como ocorre com o direito 
do trabalho, além de que políticas tributárias adequadas ao 
momento também devem ser aplicadas, em prol de amenizar 
e até mesmo reverter o agravamento ou até mesmo a crise 
em si, mas desde que se respeitem os direitos mínimos dos 
trabalhadores, pois não podemos estabelecê-los a jornadas 
degradantes a exemplo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendemos que o direito empresarial faz parte do direito 
privado. É relevante considerar que as organizações possuem o 
100
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
direito empresarial. Ele é responsável por tratar dos direitos e 
deveres inerentes as empresas e aos empresários, sabendo que a 
empresa é indispensável para toda a sociedade, pois apresenta 
função social. Não basta somente o lucro, pois é necessário ter 
uma devolutiva social pela empresa, a qual seja responsável 
pelo desempenho da economia.
Vemos ainda que o direito do consumidor é parte do 
direito organizacional, atrelado também ao direito empresarial, 
o qual do consumidor é empregado na realidade corriqueira 
de todas as pessoas, que podem estar empregadas ou 
comprando serviços/produtos. Nesta área existe a figura do 
consumidor, do fornecedor e do produto ou serviço. Considera-
se o consumidor como a parte mais vulnerável, pois carece 
de maiores garantias frente a figura do fornecedor. Já os 
fornecedores gozam de maior poder econômico. 
O direito empresarial e o direito do consumidor estão ainda 
relacionados com o direito tributário e o direito trabalhista, 
os quais também são parte do desenvolvimento econômico 
do país. Esses ramos tem papel fundamental para estimular o 
fim da crise, pois tem a flexibilização dos direitos trabalhistas 
como garantia de manutenção dos empregos, além de que a 
incidência tributária é direta, afinal, até mesmo o recolhimento 
do FGTS é suspenso quando das medidas provisórias em época 
101
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
de crise. É relevante entender que essas medidas provisórias 
de 1.045 e 1.046 de 2021, não podem deixar ferir os direitos 
mínimos dos trabalhadores.
Nem mesmo a reforma trabalhista da lei 13467/2017 que foi 
responsável por garantir a autonomia para essas estipulações, 
pode deixar de garantir a dignidade dos trabalhadores, em 
relação ao direito tributário. Sua incidência está nas atividades, 
serviços, ou seja, ele consta na realidade das pessoas, sendo 
viável o seu estabelecimento para a garantia de uma economia 
mais viável para o Estado. Em momentos de crises que vemos 
uma mudança nos cenários econômicos, as novas políticas 
tributárias serão alternativas ideais na adequação para o 
desenvolvimento da economia do país.
RESUMO
Nesta unidade aprendemos:
• que para o entendimento do direito organizacional 
é indispensável compreender o direito empresarial, 
o direito do consumidor, o direito do trabalho 
e previdenciário e o direito tributário;
102
DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
• que o direito empresarial é civil, pois a empresa é 
indispensável para toda a sociedade. Ela apresenta 
função social, já que não basta somente o lucro, pois há 
que se ter uma devolutiva social pela empresa, a qual 
seja responsável pelo desempenho da economia;
• o direito do consumidor é aquele empregado na 
realidade corriqueira de todas as pessoas, assim 
como o direito empresarial, afinal as pessoas ou estão 
empregadas ou compram serviços ou produtos; 
• observando os elementos que configuram a relação 
consumidor-fornecedor e o produto ou/serviços, sabemos 
que consumidor é a parte mais vulnerável, a qual portanto 
carece de maiores garantias frente a figura do fornecedor 
por que eles gozam de maior poder econômico;
• sobre o direito do trabalhado referente as normas gerais de 
tutela do trabalhador, a flexibilização dos direitos trabalhistas 
como garantia de manutenção dos empregos, além de que a 
incidência tributária é direta, afinal, até mesmo o recolhimento 
do FGTS é suspenso quando das medidas provisórias em 
época de crise. É relevante entender que essas medidas 
provisórias MP nº 1.045 e MP nº 1.046 de 2021, não podem 
103
AsPECTos PRáTICos Do DIREITo APlICADo às oRgANIzAçõEs
ferir os direitos mínimos dos trabalhadores, nem mesmo com 
a reforma trabalhista implementada pela Lei nº 13.467/2017;
• o direito tributário referente as normas gerais que se 
referem ao sistema tributário nacional, a competência 
tributária, as limitações da competência tributária que 
em determinadas situações torna o planejamento 
estratégico como indispensável em momentos de crises 
em que se mudam os cenários econômicos. As novas 
políticas tributárias serão alternativas ideais na adequação 
para o desenvolvimento da economia do país.
REFERÊNCIAS
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DIREITO DAS ORGANIZAÇÕES
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CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS. 6 ed. São 
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MACHADO, H. B. Código Tributário Nacional. 7 ed. São Paulo: 
Atlas, 2018.
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