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12th - LITERARTE

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INSTRUÇÕES:
1. Identifique a prova colocando o seu nome, a sua série, a sua turma e a data da aplicação da avaliação em questão;
2. A avaliação é individual, autoexplicativa e dispensa a consulta de qualquer pessoa durante a aplicação. A infração acarretará anulação.
3. O aluno deverá usar caneta definitiva de tinta azul ou preta e não será aceito o uso de corretivo nos itens do gabarito;
4. O aluno que, no decorrer da prova, usar celular ou qualquer aparelho eletrônico e/ou consultar anotações terá sua avaliação anulada;
5. Apenas a marcação do gabarito, que se encontra no final da verificação, será considerada para a correção.
ESCOLA AMERICANA DO RECIFE – LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – COM PATRÍCIA BARROS
1ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM DE LITERATURA – 1ª UNIDADE
Questão 01
Na escola, sem Bibiana ao meu lado para me ajudar, minha vida se tornou um tormento. Desde o início, minha mãe avisou à dona Lourdes, a nova professora, da minha mudez. Ela foi cuidadosa, no começo, e bastante generosa para me ensinar as tarefas. Àquela altura eu já sabia ler, graças muito mais aos esforços de minha irmã mais velha e minha mãe, do que da professora sem paciência que dava aula na casa de dona Firmina. Para mim era o suficiente. Diferente de Bibiana, que falava em ser professora, eu gostava mesmo era da roça, da cozinha, de fazer azeite e de despolpar o buriti. Não me atraía a matemática, muito menos as letras de dona Lourdes. Não me interessava por suas aulas em que contava a história do Brasil, em que falava da mistura entre índios, negros e brancos, de como éramos felizes, de como nosso país era abençoado. Não aprendi uma linha do Hino Nacional, não me serviria, porque eu mesma não posso cantar. Muitas crianças também não aprenderam, pude perceber, estavam com a cabeça na comida ou na diversão que estavam perdendo na beira do rio, para ouvir aquelas histórias fantasiosas e enfadonhas sobre os heróis bandeirantes, depois os militares, as heranças dos portugueses e outros assuntos que não nos diziam muita coisa.
VIEIRA JÚNIOR, Itamar. Torto Arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Consoante ao trecho de Torto arado, observa-se:
A) que assim como o restante do romance, é narrado em primeira pessoa por Belonísia, irmã de Bibiana.
B) o fato de essa narrativa aparecer na proximidade da metade do romance significa que a perspectiva de Bibiana, com seu conformismo e resignação, é superada dali em diante.
C) a ressalva quanto ao cuidado e à generosidade da professora no início daquela experiência escolar aponta para as grandes expectativas de aprendizagem em Belonísia.
D) o prazer de lidar com a roça representa a dificuldade da personagem e narradora para desenvolver um espírito crítico na abordagem de questões relativas ao conhecimento.
E) o desinteresse pelas aulas decorre da pouca relevância atribuída àqueles assuntos e da distância daquilo em relação à realidade vivida por Belonísia e por seus colegas.
Questão 02
Havia um cheiro de batata queimada, mas tinha também o cheiro do metal, o cheiro do sangue que ensopava minha roupa e a de Belonísia. Quando Donana levantou a cortina que separava o cômodo em que dormia da cozinha, eu já havia retirado a faca do chão e embrulhado de qualquer jeito no tecido empapado, mas não havia conseguido empurrar de volta a mala de couro para debaixo da cama.
Vi o olhar assombrado de minha avó, que desabou sua mão grossa na minha cabeça e na de Belonísia. Ouvi Donana perguntar o que estávamos fazendo ali, porque sua mala estava fora do lugar e que sangue era aquele. “Falem”, disse, nos ameaçando arrancar a língua, que estava, mal ela sabia, em uma das nossas mãos.
VIEIRA JÚNIOR, Itamar. Torto Arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. No trecho literário, a forte carga sensorial contribui para
A) as diversas interpretações sugeridas na narrativa.
B) acrescentar uma experiência de integração sinestésica.
C) imprimir a reação da personagem Donana frente ao acontecimento.
D) acrescentar um tom intimista à narrativa.
E) determinar o direcionamento do leitor para o desfecho da obra.
Questão 03
Liberdade
O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Farewell. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
O eu lírico do poema drummondiano reflete sobre a liberdade, realizando comparações e chegando a uma conclusão
A) conformista, pois aceita a noção ocidental de liberdade.
B) contraditória, porque somente a ausência total seria libertadora.
C) surrealista, já que sua linguagem é sobretudo poética e metafórica.
D) semelhante aos poemas da fase heroica do Modernismo brasileiro.
E) positivista, ao atestar que os princípios de ordem levam o homem à liberdade.
Questão 04
O constante diálogo
Há tantos diálogos
Diálogo com o ser amado
o semelhante
o diferente
o indiferente
o oposto
o adversário
o surdo-mudo
o possesso
o irracional
o vegetal
o mineral
o inominado
Diálogo consigo mesmo
com a noite
os astros
os mortos
as ideias
o sonho
o passado
o mais que futuro
Escolhe teu diálogo e
tua melhor palavra ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.
O eu lírico, ao mostrar as variedades do diálogo, revela que este
A) é uma forma que, na verdade, dissimula um monólogo.
B) é uma realidade própria à condição humana.
C) implica necessariamente um outro, distinto do eu.
D) constrói a ideia de que comunicar exige afinidade.
E) concebe o presente desprovido das marcas do passado.
Questão 05
O Nordeste é poesia
Deus quando fez o mundo, fez tudo com primazia
Formando o céu e a terra cobertos com fantasia
Para o sul deu a riqueza, para o planalto, a beleza
Pro Nordeste, a poesia
 
Rasgo de leste a oeste, como peste do sul ao sudeste
Sou rap agreste, norte-nordeste, epiderme veste
Arranco roupas das verdades poucas das imagens foscas
Partindo pratos e bocas, com tapas mato essas moscas
 
Toma! Eu meto lacres com backs derramo frases, ataques
Atiro charques nas bases dos meus sotaques
Oxe! Querem entupir nossos fones a repetirem nomes
Reproduzindo seus clones se afastem dos microfones
(...)
RAPADURA. O Nordeste me veste, 2016. Disponível em: https://www.letras.mus.br/mc-rapadura/1640345/. Acesso em: 23 set. 2021 (fragmento).
 
A letra dessa canção reflete elementos identitários que representam a
 A) valorização das características naturais do Sertão nordestino.
B) denúncia da precariedade social provocada pela seca.
C) experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.
D) profunda desigualdade social entre as regiões brasileiras.
E) valorização da construção cultural vivenciada no Nordeste.
Questão 06
Lira itabirana
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
ANDRADE, Carlos Drummond de. “Lira itabirana”. O cometa itabirano, 1984. 
No contexto do Modernismo brasileiro, esse poema, embora publicado na década de 1980, ainda reflete traços característicos da segunda fase desse movimento, entre os quais está o(a) 
A) por versos brancos. 
B) revalorização da tradição. 
C) predominância do humor. 
D) temática sociopolítica. 
E) nacionalismo utópico.
Questão 07
Candido Portinari: Retirantes, 1944. Óleo sobre tela: 190 x 180 x 2,5 cm.
A produção da obra acima, Os Retirantes (1944), foi realizada seis anos depois da publicação do romance Vidas Secas. Nessa obra, ao abordar a miséria e a seca claramente vistas através da representação de uma família de retirantes, Cândido Portinari
A) apresenta uma temática, assim como a descrição dos personagens e do ambiente, de forma sutil e dinâmica.
B) permite visualizar a degradação da figura humana e o retrato da figura da morte afugentada pelos personagens.C) apresenta elementos físicos presentes no cotidiano dos retirantes vítimas da seca e aspectos relacionados à desigualdade social.
D) utiliza a linguagem não verbal com o objetivo de construir uma imagem cuja ênfase mística se opõe aos fatos da realidade observável.
E) traz mais elementos que indicam a pobreza, como também uma reflexão sobre a dureza na jornada dos imigrantes.
Questão 08
PORTINARI, Candido. Criança morta(1944).
A tela de Portinari - A criança morta - tematiza aspecto marcante da vida no sertão nordestino, frequentemente castigado pelas secas, pela miséria e pela insegurança alimentar. A criança morta nos braços da própria mãe é a simbólica denúncia da(o) 
A) inoperância do Sistema Único de Saúde (SUS).
B) castigo de quem nasce em solos inférteis.
C) a segregação da região Sudeste.
D) invisibilização estatal frente aos grupos vulneráveis.
E) inflação dos alimentos no Nordeste.
Questão 09
Fonte: https://artesemfronteiras.com/os-gemeos/. Acesso: 5 de setembro de 2023.
As imagens acima mostram obras dos grafiteiros Gustavo e Otávio Pandolfo em São Paulo, mais conhecidos como Os Gêmeos. Apresentando técnicas diversas de pintura e desenho, os artistas adotam como telas os prédios, antigos edifícios, containers, pontes e outros espaços, com repertórios que incluem críticas à situação social e política do país. Nas imagens acima, é possível destacar a intenção dos artistas de:
A) condenar o caráter excludente dos espaços museógrafos.
B) evidenciar contradições na ocupação do espaço urbano.
C) delimitar soluções para problemas de moradia nas cidades.
D) valorizar expressões de culturas marginais e tradicionais.
E) denunciar o preconceito sofrido pelos artistas do grafite.
Questão 10
Fonte: https://www.cidadaocultura.com.br/segredos-de-um-universo-imerso-na-arte-de-osgemeos/. Acesso: 5 de setembro de 2023.
O universo lúdico da dupla de grafiteiros, Gustavo e Otávio Pandolfo, invade o espaço urbano em tom de sonho com elementos folclóricos e histórias populares, além de frases de protesto ou reflexão. De acordo com a análise da imagem, observa-se a pauta acerca da
A) processo de urbanização.
B) violência contra pessoas com deficiência.
C) pessoas em situação de rua.
D) insegurança alimentar.
E) mobilidade urbana.

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