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fariasbrito.com.br @fariasbrito canalfariasbrito@fariasbrito colegiofariasbrito NÚCLEO ALDEOTA (85) 3486.9000 NÚCLEO CENTRAL (85) 3464.7788 (85) 3064.2850 NÚCLEO SUL (85) 3260.6164 NÚCLEO EUSÉBIO (88) 3677.8000 NÚCLEO SOBRAL LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS LÍNGUA PORTUGUESA Professor Carlos Augusto ................................................................................................................................. 5 Professor Paulo Lobão ..................................................................................................................................... 8 Professor Sousa Nunes ................................................................................................................................... 14 Professor Tom Dantas .................................................................................................................................... 19 LÍNGUA INGLESA Professor Ademar Lopes ................................................................................................................................ 25 LÍNGUA ESPANHOLA Professora Ana Paula ..................................................................................................................................... 28 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS MATEMÁTICA I Professores Filipe Serpa, Jorge Júnior, Lucas Carvalho, Gleyson e Alexandre Moura ................................. 31 MATEMÁTICA II Professores Tácito Vieira, Denise Munhoz, Lucas Carvalho e Daniel Mascarenhas ..................................... 33 MATEMÁTICA III Professores Gleyson Santos, Alexandre Moura, Filipe Serpa, Lucas Carvalho, Pedro Igor, Daniel Mascarenhas e Fabrício Maia ........................................................................................................................ 35 MATEMÁTICA IV Professores Daniel Mascarenhas, Jorge Júnior, Pedro Igor e Fabrício Maia ................................................. 37 MATEMÁTICA V Professores Tácito Vieira, Daniel Mascarenhas, Fabrício Maia e Judson ....................................................... 40 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS FILOSOFIA Professor João Saraiva ................................................................................................................................... 43 SOCIOLOGIA Professor Pedro Israel ..................................................................................................................................... 47 GEOGRAFIA Professor Adriano Bezerra .............................................................................................................................. 51 Professor Alexandre Lima .............................................................................................................................. 53 HISTÓRIA Professor Dawison Sampaio...................................................................................................................... ........56 Professor Nilton Sousa.............................................................................................. ........................................ 58 Professor Hermano Melo....................................................................................................... ........................... 62 Professor D’ Laias............................................................................................................................................. 65 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS BIOLOGIA Professor João Karllos ................................................................................................................................... 70 Professor Davis Posso ..................................................................................................................................... 72 Professor Ricardo Jorge .................................................................................................................................. 74 Professor Alexandre Werneck ....................................................................................................................... 77 FÍSICA Professor Paulo Lemos .................................................................................................................................. 81 Professor Arilo Pinheiro ................................................................................................................................ 83 Professor Andrew Aquino .............................................................................................................................. 87 Professor Artur Henrique ................................................................................................................................ 89 QUÍMICA Professor Ronaldo Paiva ................................................................................................................................. 94 Professor Mariano ........................................................................................................................................... 97 Professor Carlos James ................................................................................................................................. 102 Professor Ricelly ........................................................................................................................................... 104 Sumário M ó d u l o d e R e v i s ã o E n e m 2 0 2 0 MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 5 029.412 - 152033/20 Queria evitar, mas me vejo obrigado a falar na literatura da Bruzundanga [...]. Eu cheguei a entender perfeitamente a língua da Bruzundanga, isto é, a língua falada pela gente instruída e a escrita por muitos escritores que julguei excelentes; mas aquela em que escreviam os literatos importantes, solenes, respeitados, nunca consegui entender, porque redigem eles as suas obras, ou antes, os seus livros, em outra muito diferente da usual, outra essa que consideram como sendo a verdadeira, a lídima, justificando isso por ter feição antiga de dous séculos ou três. Quanto mais incompreensível é ela, mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito. [...]. BARRETO, Lima. Os Bruzundangas. 1. No texto de Lima Barreto, o narrador tece uma crítica à a) nacionalidade exacerbada dos escritores em suas obras. b) aplicação excessiva de estrangeirismos pela classe intelectual. c) defesa, por parte dos literatos, de uma língua arcaica e incompreensível. d) erudição elevada, usada para humilhar, por parte das camadas mais ricas. e) distância entre ricos e pobres em relação ao grau de instrução educacional. 2. Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância… Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. [...]. ANJOS, Augusto dos. Psicologia de um vencido. O pessimismo do eu lírico pode ser percebido quando este alega que a) está sob efeito negativo da astrologia. b) considera a escuridão como sua “mãe”. c) reconhece ser feito de elementos químicos. d) atribui sua hipocondria ao avanço da velhice. e) sente um mal estar constante ao alimentar-se. 3. DESCOBRIMENTO Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! muito longe de mim Na escuridão ativa da noite que caiu Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos, Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nemeu. ANDRADE, Mario de. “Descobrimento”. O descobrimento do eu lírico, como apontado no título, diz respeito à descoberta de que a) existem diferentes classes econômicas no Brasil. b) ele era capaz de sentir frio ao pensar nas comunidades do Norte. c) o abismo social brasileiro se define pela divisão entre Norte e Sul. d) homens de vidas e regiões diferentes fazem parte de um mesmo país. e) o livro em suas mãos nada dizia sobre a verdadeira realidade brasileira. 4. ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. ANDRADE, Oswald de. “Erro de português”. Ironizando as circunstâncias em que se deu a chegada do português ao Brasil, o poeta lamenta o(a) a) tradição cultural dos europeus, relativamente a seu modo de se vestir e se portar. b) domínio dos portugueses sobre os índios, impondo-lhes uma aculturação forçada. c) troca de idioma brasileiro, colocando-se o português acima do tupi e línguas nativas. d) condição climática brasileira, que motivou o apreço dos portugueses pela terra tropical. e) falta de coragem dos índios em resistirem à imposição dos trabalhos forçados pelos europeus. 5. MADRIGAL TÃO ENGRAÇADINHO Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha vida, inclusive o porquinho-da-índia que me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. A simplicidade da metáfora de Manuel Bandeira é empregada no sentido de a) descrever o eu lírico como um amante exigente. b) ilustrar as mulheres brasileiras como animais exóticos. c) declarar o amor do eu lírico por uma namorada de infância. d) rebaixar a figura feminina, igualando-a a um ser insignificante. e) elogiar a beleza de uma moça, usando uma comparação da infância. PROFESSOR CARLOS AUGUSTO LÍNGUA PORTUGUESA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 6 029.412 - 152033/20 6. 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade. 2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia. 3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco. 4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia. 5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita. […]. MARINETTI. Manifesto futurista. Os pressupostos estéticos do Futurismo, vanguarda a que pertence o documento, fazem um elogio a uma arte que expressasse o(a) a) louvor às tradições. b) crítica à tecnologia. c) retomada de ideais greco-latinos. d) busca pela vivacidade do movimento. e) decadência da vida nas grandes cidades. 7. HELOÍSA: Faz versos? PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos… Sonetos... Reclames. HELOÍSA: Futuristas? PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista. ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura a) preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas. b) conservadora, ao optar por modelos consagrados. c) preciosista, ao preferir modelos literários eruditos. d) nacionalista, ao negar modelos estrangeiros. e) eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos. 8. O sertanejo é, antes de tudo, um forte […] . A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto […]. Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso […]. Basta o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas [...]. CUNHA, Euclides da. Os sertões. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. O trecho da obra, escrita no começo do século XX, descreve o(a) a) camponês das plantações de cana do período. b) homem típico do sertão brasileiro daquela época. c) perfil do trabalhador das primeiras fábricas têxteis. d) jovem brasileiro que perambulava pelas ruas de então. e) contraste entre o homem do campo e o da capital carioca. 9. […] Ainda vivemos sob o império da lógica [...]. A pretexto de civilização e de progresso conseguiu-se banir do espírito tudo que se pode tachar, com ou sem razão, de superstição, de quimera […]. Talvez esteja a imaginação a ponto de retomar seus direitos. Se as profundezas de nosso espírito escondem estranhas forças capazes de aumentar as da superfície, ou contra elas lutar vitoriosamente, há todo interesse em captá-las [...]. BRETON, André. Manifesto surrealista. 1924. Disponível em: https://www.culturabrasil.org/breton.htm. O trecho compõe o manifesto de Breton, que preconizou as bases do Surrealismo no século XX, e a essa vanguarda o autor atribui a tentativa de a) recuperar o espaço e a experiência da imaginação na vivência humana. b) isolar o homem dos problemas sociais, promovendo uma arte escapista. c) recuperar a infância por meio das experiências com o sono e a psicanálise. d) libertar-se da lógica imposta à linguagem verbal e exaltar as artes plásticas. e) valorizar o realismo em busca de uma arte mais próxima à vida do homem. 10. A ALEGRIA O sofrimento não tem nenhum valor Não acende um halo em volta de tua cabeça, não ilumina trecho algum de tua carne escura (nem mesmo o que iluminaria a lembrança ou a ilusão de uma alegria). MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 7 029.412 - 152033/20 Sofres tu, sofre um cachorro ferido, um inseto que o inseticida envenena. Será maior a tua dor que a daquele gato que viste a espinha quebrada a pau arrastando-se a berrar pela sarjeta sem ao menos poder morrer? […]. GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Nos versos, o eu lírico dirige-se a um interlocutor, na intenção de a) convencê-lo do sofrimento que causa aos animais. b) apontar diferenças econômicas entre estratos sociais. c) criticar a busca à alegria inalcançável por parte desse “tu”. d) reduzir a importância de seu sofrimento em relação a outros seres. e) expor o egoísmo humano em relação à predação de recursos naturais. 11. O que o mar sim aprende do canavial: a elocução horizontal de seu verso; a geórgica de cordel, ininterrupta, narrada em voz e silêncio paralelos. O que o mar não aprende do canavial: a veemência passional da preamar; a mão-de-pilão das ondas na areia, moída e miúda, pilada do que pilar. […]. NETO, João Cabral de Melo. O mar e o canavial. O poema de João Cabral apresenta uma preocupação com o próprio tema da escrita ao a) fazer referência ao silêncio em oposição à escrita romanesca. b) designar o mar como um tema constante da poesia portuguesa. c) utilizar termos próprios da literatura ao comparar mar e canavial. d) empregaradjetivos românticos para descrever o movimento do mar. e) descrever o poeta como alguém que aprende poesia a partir da natureza. 12. […] A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. – Anda, excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá- lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde. […]. RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Por meio da irritação de um pai com o filho, o trecho do romance concentra-se em descrever a a) paisagem típica do sertão nordestino. b) peregrinação de retirantes em meio à seca. c) desobediência dos mais jovens em relação às autoridades. d) expulsão de fazendeiros de terras ocupadas ilegalmente por eles. e) chegada de doenças europeias no interior do Brasil, com os bandeirantes. 13. QUADRILHA João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. ANDRADE, Carlos Drummond de. Apesar do tom humorístico, o poema de Drummond revela certo pessimismo ao levar à compreensão de que a) todos os amores originais de seus personagens falharam. b) a quadrilha metaforiza a impossibilidade de alcançar sonhos. c) o casamento era a única alternativa reservada às mulheres na época. d) a condição financeira suplantava a questão afetiva num matrimônio. e) a figura da mulher era representada socialmente de modo misógino. 14. LEMINSKI, Paulo. “Lua na água”. O poema se integra à produção do Concretismo brasileiro porque utiliza-se também do signo verbal como forma de a) realizar críticas sociais por meio da escolha de palavras fortes. b) impor a superioridade do signo visual sobre a materialidade da palavra. c) subverter a língua portuguesa, unindo ao idioma expressões estrangeiras. d) contrariar a mensagem expressa pela interpretação única do texto visual. e) compor imagens que complementem o sentido expresso no texto verbal. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 8 029.412 - 152033/20 15. UMA OURIÇA Se o de longe esboça lhe chegar perto, se fecha (convexo integral de esfera), se eriça (bélica e multiespinhenta): e, esfera e espinho, se ouriça à espera. Mas não passiva (como ouriço na loca); nem só defensiva (como se eriça o gato); sim agressiva (como jamais o ouriço), do agressivo capaz de bote, de salto (não do salto para trás, como o gato): daquele capaz de salto para o assalto. Se o de longe lhe chega em (de longe), de esfera aos espinhos, ela se desouriça. Reconverte: o metal hermético e armado na carne de antes (côncava e propícia), e as molas felinas (para o assalto), nas molas em espiral (para o abraço). MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. Com apuro formal, o poema tece um conjunto semântico que metaforiza a atitude feminina de a) tenacidade transformada em brandura. b) obstinação traduzida em isolamento. c) inércia provocada pelo desejo platônico. d) irreverência cultivada de forma cautelosa. e) desconfiança consumada pela intolerância. 1. Disponível em: www.racismoadrianaisabella.blogspot.com. Acesso em: 15 mar. 2012. Com o objetivo de transmitir uma mensagem-denúncia, o texto faz uso de um raciocínio argumentativa cuja base significativa se constrói por estabelecer uma relação entre a) as raças e os coeficientes de inteligência em nossos pais, elementos importantes para o alcance das realizações pessoais. b) as raças e os aspectos culturais, fatores responsáveis pela qualidade de vida e pelo sucesso do indivíduo na sociedade. c) as raças e as garantias de acesso às políticas públicas, vetores fundamentais na construção do sucesso do sujeito. d) as raças e as realidades sociais, aspectos que definem as possibilidades de sucesso no contexto socioeconômico do Brasil. e) as raças e o acesso à educação, fundamentos que definem o sucesso individual e coletivo, garantindo a expectativa de vida. 2. Disponível em: http://tudodebomtodos.blogspot.com.br/ 2013_06_01_archive.html. Acesso em 29 jun. 2017. Restrita às competições masculinas, a categoria das argolas é vista como a prova mais difícil de todas as modalidades da ginástica artística. O aparelho é constituído por uma estrutura de dois cabos pendurados que trazem em suas extremidades duas argolas nos quais os atletas se apoiam para a prática dos exercícios. Na imagem que ilustra o texto, explicita-se que os elementos observados no exercício do ginasta denotam que essa modalidade esportiva exige a) agilidade e força. b) equilíbrio e flexibilidade. c) força e equilíbrio. d) harmonia e agilidade. e) flexibilidade e agilidade. 3. Disponível em: http://soleitura23013.blogspot.com.br/2013/05/esta- semana-poderemos-ler-e-comentar.html Acesso em: 26 ago. 2017. PROFESSOR PAULO LOBÃO MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 9 029.412 - 152033/20 A charge tem como tema o mundo das novas tecnologias da comunicação e da informação, propondo uma reflexão a respeito a) do isolamento social do homem atual, vítima das transformações ocorridas na sociedade contemporânea pela imposição do conhecimento digital. b) do ativismo humano, sintoma de uma sociedade que exige, cada vez mais, um homem com diferentes competências e com profunda inserção no mundo digital. c) das alterações do comportamento humano, consequência de um mundo cada vez mais conectado e nomofóbico. d) da limitação intelectual do homem, aspecto inerente ao indivíduo que faz uso excessivo das novas tecnologias da comunicação. e) da inovação tecnológica, fator determinante na estruturação do novo de ser humano na sociedade contemporânea. 4. ABC DO SERTÃO Lá no meu sertão pros caboclo lê Têm que aprender um outro ABC O jota é ji, o éle é lê O ésse é si, mas o érre Tem nome de rê O jota é ji, o éle é lê O ésse é si, mas o érre Tem nome de rê Até o ypsilon lá é pissilone O eme é mê, i o ene é nê O efe é fê, o gê chama-se guê Na escola é engraçado ouvir-se tanto ê A, bê, cê, dê Fê, guê, lê, mê Nê, pê, quê, rê Tê, vê e zê [...] Atenção que eu vou ensinar o ABC A, bê, cê, dê, e Fê, guê, agâ, i, ji ka, lê, mê, nê, o pê, quê, rê, ci Tê, u, vê, xis, pissilone e zê Luiz Gonzaga Disponível em: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/47079/. Acesso em 29 jun. 2017. Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua, que sofre variações por diferentes fatores. Considerando a canção de Luiz Gonzaga, pode-se identificar o fenômeno da variação linguística no campo a) semântico, que se confirma pela ressignificação de termos. b) fonético, que se confirma pela localização geográfica. c) morfológico, que se confirma pela derivação imprópria. d) sintático, que se confirma pela transgressão à norma. e) discursivo, que se confirma pela variação diafásica. 5. Texto I POÉTICA Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas [...} Estou farto do lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora desi mesmo [...} Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare – Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. Manuel Bandeira Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/poetica.htm Acesso em: 26 ago.2017. Texto II Antropofagia, Tarsila do Amaral Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo74/ antropofagia Acesso em: 26 ago. 2017. Embora utilizem linguagens diferentes, o poema “Poética”, de Manuel Bandeira, e Antropofagia, de Tarsila do Amaral, pertencem ao ideário do Modernismo de 22. Considerando suas respectivas representações, é possível perceber que o aspecto comum entre as obras não se restringe apenas ao contexto cultural a que pertencem, mas também é observável na MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 10 029.412 - 152033/20 a) proposição explicativa do conteúdo das obras, aspecto confirmado pelos títulos observados em cada uma delas. b) denúncia social que marca os objetos representados, revelando o espírito da modernidade da geração de 22. c) reiteração dos valores nacionais defendidos pelo Modernismo, destacando a recusa dos artistas aos modelos do passado. d) renúncia aos ideais vanguardistas europeus nas obras, revelando a oposição que o Modernismo fez à cultura europeia. e) crítica ao ufanismo cultural da arte passadista, ressaltando o espírito de zombaria e revisão crítica à arte parnaso-simbolista. 6. De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos modificadas, boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada por motivos humorísticos ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura), mas para prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias direções. Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais. TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015. Adaptado. O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a a) displicência natural das pessoas que navegam pela internet. b) desconstrução das relações entre jornalismos e literatura. c) impossibilidade de identificação da origem dos textos. d) disseminação de ações criminosas na internet. e) obtenção de maior popularidade nas redes. 7. Disponível em: http://sauloszinkaruk.blogspot.com.br/ Acesso em: 26 ago. 2017. A peça publicitária, para convencer o público-alvo, faz uso de uma estratégia argumentativa baseada a) na desconstrução de uma imagem sacralizada. b) na reiteração de um conhecimento de domínio público. c) na construção denotativa das informações veiculadas. d) na consolidação de um referencial do corpo. e) no emprego de relações metonímicas. 8. VERISSIMO, L.F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&P, 2000. No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em diferentes linguagens, o cartum produz humor brincando com a a) caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de comunicação específica. b) deterioração do conhecimento científico na sociedade contemporânea. c) impossibilidade de duas cobras conversarem sobre o universo. d) dificuldade inerente aos textos produzidos por cientistas. e) complexidade da reflexão presente no diálogo. 9. PELA INTERNET Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje... [...] Um barco que veleje Nesse infomar Que aproveite a vazante Da infomaré Que leve meu e-mail lá Até Calcutá Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Aihê! Aihê! Aihê!… Eu quero entrar na rêde Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tiétes De Connecticut Eu quero tá na rêde Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tiétes De Connecticut… [...] Gilberto Gil Disponível em: https://www.vagalume.com.br/ gilberto-gil/pela-internet.html. Acesso em: 26 ago. 2017. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 11 029.412 - 152033/20 Na canção de Gilberto Gil, o emprego de expressões linguísticas como “web site” “home-page”, “gigabytes”, “e-mail” e “Internet” contribui para a) enfatizar a necessidade do conhecimento da língua empregada na internet. b) diferenciar as variantes linguísticas dos internautas no universo virtual. c) satirizar a linguagem empregada pelos usuários das redes sociais. d) reiterar o tema abordado na canção por meio de seleção lexical. e) reforçar a importância da internet na sociedade contemporânea. 10. DIVERSIDADE “Foi pra diferenciar Que deus criou a diferença Que irá nos aproximar Intuir o que ele pensa Se cada ser é só um E cada um com sua crença Tudo é raro, nada é comum Diversidade é a sentença Que seria do adeus Sem o retorno Que seria do nu Sem o adorno Que seria do sim Sem o talvez e o não Que seria de mim Sem a compreensão Que a vida é repleta E o olhar do poeta Percebe na sua presença O toque de deus A vela no breu A chama da diferença A humanidade caminha Atropelando os sinais A história vai repetindo Os erros que o homem traz O mundo segue girando Carente de amor e paz Se cada cabeça é um mundo Cada um é muito mais (...)” Lenine Organizada em uma base dicotômica, a canção “Diversidade”, de Lenine, explora um tema bastante atual. Assim, a canção cumpre a função de a) produzir uma reflexão sobre a diversidade cultural brasileira e suas implicações na formação e na evolução da produção artística brasileira. b) defender a ideia de que a pluralidade como singularidade nas organizações sociais é um fator positivo e integrador. c) questionar as particularidades da organização étnico- -cultural brasileira em relação ao restante do mundo. d) ratificar que a diversidade cultural é fruto de um processo amistoso entre colonizadores e colonizados. e) denunciar que a intolerância racial, cultural e sexual, constrói os muros da diferença e decreta as sentenças. 11. A dança moderna propõe em primeiro lugar o conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à forma, à minha forma — e não o contrário. É uma inversão que muda toda a estética, toda a razão do movimento. A técnica da dança tem apenas uma finalidade: preparar o corpo para responder à exigência do espírito artístico. VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. São Paulo: Siciliano, 1990. Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o conhecimento do bailarino estão a serviço da a) padronização do movimento da dança. b) subordinação do corpo a um padrão. c) concretização da criação pessoal. d) ideia preconcebida de forma. e) busca pela igualdade entre os bailarinos. 12. Essa forma de dança social (folclórica) desenvolveu-se como parte dos costumes e tradições de um povo que expressa sua manifestação cultural. Transmitida de geração a geração, é uma das formas de dança mais antigas, datando desde a época das culturas tribais evoluídas que estabeleceram ligação com as grandes civilizações da história da humanidade. A principal característica dessa dança é a integração, socialização, prazer, divertimento, respeito aos costumes e tradições.HASS, A. N; GARCIA, A. Ritmo e Dança. Canoas: Ulbra, 2003. As danças folclóricas, sendo uma expressão das diferentes manifestações da dança, a) distinguem-se das demais pelo refinamento técnico dos seus gestos e movimentos e pela complexidade dos seus elementos coreográficos. b) compreendem expressões culturais brasileiras diversificadas como o maracatu, o funk, a catira, o boi-bumbá, o hip-hop e o baião. c) são contextuais, pois seus gestos e coreografias fazem referência a situações da vida cotidiana e/ou expressam visões de mundo de uma comunidade. d) possuem qualidades rítmicas e expressivas secundárias em relação aos significados sociais, culturais e representacionais. e) reforçam tendências de massificação social e de dispersão de sentidos da vida comunitária, favorecendo a universalização de valores culturais. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 12 029.412 - 152033/20 13. Disponível em: http://plugcitarios.com/blog/2013/08/04/15-anuncios-do- greenpeace-que-deveriam-mudar-o-mundo/ O anúncio publicitário da entidade Greenpeace utiliza-se de uma estratégia argumentativa que tem por objetivo a) explorar a compaixão dos leitores, despertando para os problemas da sociedade observados nas páginas da revista. b) destacar a importância da instituição como importante organização no combate aos crimes ambientais. c) provocar, de maneira irônica, a reflexão do leitor para a situação em que se encontra o meio ambiente. d) satirizar a futilidade dos leitores de revista de entretenimento, destacando a importância do meio ambiente. e) reforçar a importância do meio ambiente para os leitores de revistas, destacando o compromisso do homem. 14. SAUDOSA MALOCA Se o senhor não tá lembrado Dá licença de contá Que aqui onde agora está Esse adifício arto Era uma casa véia Um palacete assobradado Foi aqui seu moço Que eu, Mato Grosso e o Joca Construímos nossa maloca Mas um dia, nem quero me lembrá Veio os homis c'as ferramentas O dono mandô derrubá Peguemos tudo as nossas coisas E fumos pro meio da rua Apreciar a demolição Que tristeza que eu sentia Cada táuba que caía Doía no coração Mato Grosso quis gritá Mas em cima eu falei Os homis tá cá razão Nós arranja outro lugar Só se conformemos quando o Joca falou Deus dá o frio conforme o cobertor E hoje nós pega páia nas gramas do jardim E prá esquecê, nós cantemos assim Saudosa maloca, maloca querida Dim-dim donde nós passemos os dias feliz de nossa vida Saudosa maloca, maloca querida Dim-dim donde nós passemos os dias feliz de nossas vidas Adoniran Barbosa Disponível em: https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969. Adoniran Barbosa (1910-1982) foi um cantor e compositor brasileiro. A geografia de seu samba tem como espaço a região da periferia de São Paulo, incorporando elementos do cotidiano da cidade e de seus habitantes. Adoniram, conforme se observa na canção “Saudosa Maloca”, buscava, em suas composições, a) estabelecer inserção social, empregando uma linguagem representativa dos becos e vilas populares, destacando o falar repleto de erros gramaticais. b) traduzir as variantes geográficas tipificadoras dos diferentes falares do povo brasileiro, incorporando em seu discurso musical as situações de comunicação. c) propor um diálogo linguístico com as diferentes camadas do público brasileiro, apropriando-se dos falares sociais e históricos das gerações. d) construir um retrato mais verdadeiro da linguagem dos tipos ilustrativos do espaço social representado, produzindo um painel verossímil pelo discurso. e) realizar uma grande crítica ao uso da linguagem pelas camadas mais baixas da população, sinalizando para a necessidade de um discurso formal na música. 15. ALEGRIA, ALEGRIA Que maravilhoso pais o nosso, onde se pode contratar quarenta músicos para tocar um uníssono. (Mile Davis, durante uma gravação) Antes havia Orlando Silva & Flauta, e até mesmo no meio do meio-dia. Antes havia os prados e os bosques na gravura dos meus olhos. Antes de ontem o céu estava muito azul e eu & ela passamos por baixo desse céu. Ao mesmo tempo, com medo dos cachorros e sem muita pressa de chegar do lado de lá. Do lado de cá não resta quase ninguém. Apenas os sapatos polidos refletem os automóveis que, por sua vez, polidos, refletem os sapatos... VELOSO, C. Seleção de textos. São Paulo: Abril Educação, 1981. Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de Caetano Veloso apresenta um(a) a) escolha lexical permeada por estrangeirismos e neologismos. b) regra típica da escrita contemporânea comum em textos da internet. c) padrão inusitado, com um registro próprio, decorrente da criação poética. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 13 029.412 - 152033/20 d) nova sintaxe, identificada por uma reorganização da articulação entre as frases. e) emprego inadequado da norma-padrão, gerador de incompreensão comunicativa. 16. Jerônimo, ao senti-la inteira nos seus braços; ao sentir na sua pele a carne quente daquela brasileira; ao sentir inundar-lhe o rosto e as espáduas, num eflúvio de baunilha e cumaru, a onda negra e fria da cabeleira da mulata; ao sentir esmagarem-se no seu largo e peludo colo de cavouqueiro os dois globos túmidos e macios, e nas suas coxas as coxas dela, sua alma derreteu-se, fervendo e borbulhando como um metal ao fogo, e saiu-lhe pela boca, pelos olhos, por todos os poros do corpo, escandescente, em brasa, queimando-lhe as próprias carnes e arrancando-lhe gemidos surdos, soluços irreprimíveis, que lhe sacudiam os membros, fibra por fibra numa agonia extrema, sobrenatural, uma agonia de anjos violentados por diabos, entre a vermelhidão cruenta das labaredas do inferno. E com um arranco de besta-fera caíram ambos prostrados, arquejando. Ela tinha a boca aberta, a língua fora, os braços duros, os dedos inteiriçados, e o corpo todo a tremer-lhe da cabeça aos pés, continuamente, como se estivesse morrendo; ao passo que ele, de súbito arremessado longe da vida por aquela explosão inesperada dos seus sentidos, deixava-se mergulhar numa embriaguez deliciosa, através da qual o mundo inteiro e todo o seu passado fugiam como sombras fátuas. O Cortiço, Aluísio Azevedo. No trecho extraído do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo, escritor brasileiro filiado ao Naturalismo, constata-se, de maneira bastante explícita, na relação entre Jerônimo e Rita Baiana, a) visão mais fisiológica do relacionamento amoroso. b) concepção animalesca do amor romântico. c) dimensão mais sublime do amor entre os enamorados. d) corporificação do amor em sua face sexual. e) materialização das paixões em seu aspecto carnal. 17. Paturi Djeoromitxi grava relato de mitos feito por Armando Djeoromitxi da família linguística dabuti. Língua dos djeoromitxi está seriamente ameaçada de extinção, mas ainda se mantém em núcleos familiares onde é falada por membros de diferentes gerações na reserva Guaporé. Disponível em: http://linguistica.museu- goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar- moore-galucio-gabas.pdf. Acesso em: 08 jun. 2020. DESAFIO DE DOCUMENTAR E PRESERVAR LÍNGUAS A maneira tradicional de descrever uma língua é elaborar uma gramática dela – fonética, fonologia, morfologia e sintaxe –, um dicionário e uma coletânea de textos. Em anos recentes, com a ênfase nas línguas em perigo de extinção, novos métodos de documentação foram desenvolvidos, focalizados na gravação de amostras da língua, na digitalização e anotação das gravações e no seu uso para revitalização linguística. Essas gravações e anotações devem ser armazenadas em forma digital nos arquivos linguísticos profissionais, em caráter permanente. Por Dennis Albert Moore, Ana Vilacy Galucio e Nílson Gabas Júnior Disponível em: http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar- moore-galucio-gabas.pdf Acesso em: 08 jun. 2020. O processo de documentação das línguas indígenas observado na imagem e no texto evidencia a importância do(a) a) registro digital para revitalizar as culturas dadas como extintas. b) pesquisa para promover a investigação sobre línguas indígenas mortas. c) necessidade de preservação das comunidades indígenas e de sua tradição oral. d) reconstituição da língua de um povo, por meio de coleta de dados históricos. e) tecnologia como recurso para preservar línguas ameaçadas de desaparecimento. 18. É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é sempre a quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de São João, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa. Embora os festejos juninos sejam uma herança da colonização portuguesa no Brasil, grande parte das tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dança sem saber. As influências estrangeiras são muitas nas festas dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no dia 13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). O “changê de damas” nada mais é do que a troca de damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim também acontece com o “balancê”, que também vem de bailar em francês. SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015. Adaptado. http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 14 029.412 - 152033/20 Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha como manifestações da cultura corporal, o texto privilegia a descrição de a) movimentos realizados durante a coreografia da dança. b) personagens presentes nos festejos de São João. c) vestimentas utilizadas pelos participantes. d) ritmos existentes na dança da quadrilha. e) folguedos constituintes do evento. 19. As cobras: Luis Fernando Verissimo Disponível em: http://www.universohq.com/noticias/as-cobras-de- luis-fernando-verissimo-em-coletanea-de-tiras/ Acesso em: 15 fev. 2020. No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em diferentes linguagens, a tirinha produz efeito de humor, explorando a a) caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de comunicação. b) perspectiva como fator de mediação na leitura do mundo. c) impossibilidade de comunicação entre membros de um grupo social. d) relação de contrastes na forma de se compreender a realidade. e) complexidade da reflexão presente no diálogo entre as personagens. 20. CAMPOS, A. Despoesia. São Paulo: Perspectiva, 1994. Adaptado. Augusto de Campos é um artista concretista brasileiro cuja poética estabelece a relação de diálogo entre as diferentes sensações. Enquanto texto artístico, pode-se afirmar que o aspecto lúdico do “poema-bomba” reside na a) exploração exclusiva da dimensão fônica das palavras, o que torna a sonoridade um elemento essencial na compreensão do texto. b) diagramação, harmonizando os componentes gráficos e espaciais, que se transformam em elementos de construção de sentidos diversos. c) impressão de movimento e de som, construída pela conjugação perfeita dos elementos dispostos em harmonia. d) utilização do espaço como elemento secundário para a construção de sentidos, já que a palavra é suficiente para a leitura do poema. e) conjugação da palavra, do som e da imagem, produzindo um efeito caótico pela disposição dos componentes gráficos no espaço do papel. 1. VERISSIMO, Luis Fernando. As cobras. Rio de Janeiro: objetiva, 2010. Na tira, as duas cobras estão dialogando entre si, quando a minhoca interfere. Nessa situação, a repetição e o tom exclamativo da fala da minhoca destacam principalmente a seguinte característica da personagem: a) Raiva. b) Arrivismo. c) Ansiedade. d) Intolerância. e) Contrariedade. 2. IDENTIDADE (1992) Elevador é quase um templo Exemplo pra minar teu sono Sai desse compromisso Não vai no de serviço Se o social tem dono, não vai... Quem cede a vez não quer vitória Somos herança da memória Temos a cor da noite Filhos de todo açoite Fato real de nossa história Se o preto de alma branca pra você É o exemplo da dignidade Não nos ajuda, só nos faz sofrer Nem resgata nossa identidade JORGE ARAGÃO. vagalume.com.br A metáfora “preto de alma branca” é criticada na letra da canção por estar associada a um contexto de a) intolerância cultural. b) desigualdade étnica. c) discriminação política. d) hierarquia econômica. e) disparidade socioeconômica. PROFESSOR SOUSA NUNES MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 15 029.412 - 152033/20 3. CREONTE: Esperem um pouco Eu preciso de alguém pra refletir comigo se eu estou caduco, louco, ou o mundo está ficando esquisito.... Fazem baderna, chiam, quebram trem, Quebram estação, muito bem, bonito E a gente inda tem que dizer amém (...) JASÃO: Não discuto quebrar.... Agora quem às três da manhã tá de olho aberto, se espreme pra chegar no emprego às sete, lá passa o dia todo, volta às onze da noite pra acordar a canivete de novo às três, tinha que ser de bronze pra fazer isso sempre, todo dia (...) Uma tragédia brasileira, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Na resposta de Jasão a Creonte, o uso da palavra “agora”, sublinhada acima, possui função argumentativa, expressando sentido de a) condição. b) oposição. c) conclusão. d) explicação. e) tempo. Texto para as questões 4 e 5. FÍSICA PARA POETAS 5 10 15 20 25 O ensino da física sempre foi um grande desafio. Nos últimos anos, muitos esforços foram feitos com o objetivo de ensiná-la desde as séries iniciais do ensino fundamental, no contexto do ensino de ciências. Porém, como disciplina regular, a física aparece no Ensino Médio, quando se torna “um terror” para muitos estudantes. Várias pesquisas vêm tentando identificar quais são as principais dificuldades do ensino de física e das ciências em geral. Em particular, a queixa que sempre se detecta é que os estudantes não conseguem compreender a linguagem matemática na qual, muitas vezes, os conceitos físicos são expressos. Outro ponto importante é que as questões que envolvem a física são apresentadas fora de uma contextualização do cotidiano das pessoas, o que dificulta seu aprendizado. Por fim, existe uma enorme carência de professores formados em física para ministrar as aulas da disciplina. As pessoas que vão para o Ensino Superior e que não são da área de ciências exatas praticamente nunca mais têm contato com a física, da mesma maneira que os estudantes de física, engenharia e química poucas vezes voltam a ter contato com a literatura, a história e a sociologia. É triste notar que a especialização na formação dos indivíduos 30 35 40 45 50 55 60 65 70 costuma deixá-los distantes de partes importantes da nossa cultura, da qual as ciências físicas e as humanidades fazem parte.Mas vamos pensar em soluções. Há alguns anos, ofereço um curso chamado “Física para poetas”. A ideia não é original – ao contrário, é muito utilizada em diversos países e aqui mesmo no Brasil. Seu objetivo é apresentar a física sem o uso da linguagem matemática e tentar mostrá-la próxima ao cotidiano das pessoas. Procuro destacar a beleza dessa ciência, associando-a, por exemplo, à poesia e à música. Alguns dos temas que trabalho em “Física para poetas” são inspirados nos artigos que publico. Por exemplo, “A busca pela compreensão cósmica” é uma das aulas, na qual apresento a evolução dos modelos que temos do universo. Começando pelas visões místicas e mitológicas e chegando até as modernas teorias cosmológicas, falo sobre a busca por responder a questões sobre a origem do universo e, consequentemente, a nossa origem, para compreendermos o nosso lugar no mundo e na história. Na aula “Memórias de um carbono”, faço uma narrativa de um átomo de carbono contando sua história, em primeira pessoa, desde seu nascimento, em uma distante estrela que morreu há bilhões de anos, até o momento em que sai pelo nariz de uma pessoa respirando. Temas como astronomia, biologia, evolução e química surgem ao longo dessa aula, bem como as músicas “Átimo de pó” e “Estrela”, de Gilberto Gil, além da poesia “Psicologia de um vencido”, de Augusto dos Anjos. Em “O tempo em nossas vidas”, apresento esse fascinante conceito que, na verdade, vai muito além da física: está presente em áreas como a filosofia, a biologia e a psicologia. Algumas músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso, além de poesias de Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade, ajudaram nessa abordagem. Não faltou também “Tempo Rei”, de Gil. A arte é uma forma importante do conhecimento humano. Se músicas e poesias inspiram as mentes e os corações, podemos mostrar que a ciência, em particular a física, também é algo inspirador e belo, capaz de criar certa poesia e encantar não somente aos físicos, mas a todos os poetas da natureza. ADILSON DE OLIVEIRA Disponível em: cienciahoje.org.br, 08/08/2016. Adaptado. 4. No trecho “A busca pela compreensão cósmica” é uma das aulas, na qual apresento a evolução dos modelos que temos do universo.” (l. 41-43), a forma verbal sublinhada expressa uma ação que se caracteriza como a) interrompida . b) simultânea. c) concluída. d) reiterada. e) habitual. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 16 029.412 - 152033/20 5. Para atingir seus propósitos, o curso oferecido pelo autor explora uma estratégia baseada sobretudo no seguinte aspecto da linguagem: a) Registro formal. b) Gêneros textuais. c) Metalinguagem. d) Metáforas cristalizadas. e) Vocábulos polissêmicos. 6. Prezada senhorita, Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, o tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à Rua da Praia, número 632, dar por encerrados nossos entendimentos de noivado. Como passei a ser o contabilista- -chefe dos Armazéns Penalva, conceituada firma desta praça, não me restará, em face dos novos e pesados encargos, tempo útil para os deveres conjugais. Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa José de Alencar. Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador, Sabugosa de Castro CARVALHO, J. C. “Amor de contabilista”. In: Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. A exploração da variação linguística é um elemento que pode provocar situações cômicas. Nesse texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre a) o objetivo de informar e a escolha do gênero textual. b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores. c) o emprego de expressões antigas e a temática desenvolvida no texto. d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta. e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a profissão do remetente. 7. Menino de cidade — Papai, você deixa eu ter um cachorro no meu sítio? — Deixo. — E um porquinho- -da-índia? E ariranha? E macaco e quatro cabritos? E duzentos e vinte pombas? E um boi? E vaca? E rinoceronte? — Rinoceronte não pode. — Tá bem, mas cavalo pode, não pode? O sítio é apenas um terreno no estado do Rio sem maiores perspectivas imediatas. Mas o garoto precisa acreditar no sítio como outras pessoas precisam acreditar no céu. O céu dele é exatamente o da festa folclórica, a bicharada toda e ele, que nasceu no Rio e vive nesta cidade sem animais. CAMPOS, P. M. Balé do pato e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1988. Nessa crônica, a repetição de estruturas sintáticas, além de fazer o texto progredir, ainda contribui para a construção de seu sentido, a) demarcando o diálogo desenvolvido entre o pai e o menino criado na cidade. b) opondo a cidade sem animais a um sítio habitado por várias espécies diferentes. c) revelando a ansiedade do menino em relação aos bichos que poderia ter em seu sítio. d) pondo em foco os animais como temática central da história narrada nessa prosa ficcional. e) indicando a falta de ânimo do pai, sem maiores perspectivas futuras em relação ao terreno. 8. As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância. O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem. Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir. As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres. ANDRADE, C. D. “Essas meninas”. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. No texto, há recorrência do emprego do artigo “as” e do pronome “essas”. No último parágrafo, esse recurso linguístico contribui para a) intensificar a ideia do súbito amadurecimento. b) indicar a falta de identidade típica da adolescência. c) organizar a sequência temporal dos fatos narrados. d) complementar a descrição do acontecimento trágico. e) expressar a banalidade dos assuntos tratados na escola. 9. VIOLÊNCIA E PSIQUIATRIA 5 10 O tipo de violência que aqui considerarei pouco tem a ver com pessoas que utilizam martelos para golpear a cabeça de outras, nem se aproximará muito do que se supõe façam os doentes mentais. Se se quer falar de violência em psiquiatria, a violência que brada, que se proclama em tão alta voz que raramente é ouvida, é a sutil, tortuosa violência perpetrada pelos outros, pelos “sadios”, contra os rotulados de “loucos”. Na medida em que a psiquiatria representa os interesses ou pretensos interesses dos sadios, podemos descobrir que, de fato, a violência em psiquiatria é sobretudo a violência da psiquiatria. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 17 029.412 - 152033/20 15 20 25 30 35 40 Quem são porém as pessoas sadias? Como se definem a si próprias? As definições de saúde mental propostas pelos especialistas ou estabelecema necessidade do conformismo a um conjunto de normas sociais arbitrariamente pressupostas, ou são tão convenientemente gerais – como, por exemplo, “a capacidade de tolerar conflitos” – que deixam de fazer sentido. Fica-se com a lamentável reflexão de que os sadios serão, talvez, todos aqueles que não seriam admitidos na enfermaria de observação psiquiátrica. Ou seja, eles se definem pela ausência de certa experiência. Sabe-se, porém, que os nazistas asfixiaram com gás dezenas de milhares de doentes mentais, assim como dezenas de milhares de outros tiveram seus cérebros mutilados ou danificados por sucessivas séries de choques elétricos: suas personalidades foram deformadas, de modo sistemático, pela institucionalização psiquiátrica. Como podem fatos tão concretos emergir na base de uma ausência, de uma negatividade – a compulsiva não loucura dos sadios? De fato, toda a área de definição de sanidade mental e loucura é tão confusa, e os que se arriscam dentro dela são tão aterrorizados pela ideia do que possam encontrar, não só nos “outros” como também em si mesmos, que se deve considerar seriamente a renúncia ao projeto. DAVID COOPER Psiquiatria e antipsiquiatria. São Paulo: Perspectiva, 1967. Adaptado. A relação entre “violência” e “psiquiatria” em “a violência em psiquiatria é sobretudo a violência da psiquiatria.” (l. 12-13) é destacada pelos dois termos sublinhados, que expressam, respectivamente, as noções de a) substância e causa. b) assunto e posse. c) posse e matéria. d) foco e assunto. e) área e agente. 10. NANA PARA GLAURA Dorme como quem porque nunca nascida dormisse no hiato entre a morte e a vida. Dorme como quem nem os olhos abrisse por saber desde sempre quanto o mundo é triste. Dorme como quem cedo achasse abrigo que nos meus desabrigos dormirei contigo. José Paulo Paes, Prosas seguidas de Odes mínimas, S. Paulo, Cia. das Letras, 1992, p. 37. O pronome contigo, na última estrofe do poema, está empregado a) de acordo com a norma culta, pois o poeta dirige-se a Glaura na segunda pessoa do singular – dorme. b) em desacordo com a norma culta, apenas para rimar com a palavra abrigo, pois o correto seria “com você”. c) corretamente, por ser o único momento do texto em que é possível assegurar em que pessoa o poeta se dirige a Glaura. d) em desacordo com a norma culta, pois o correto seria “consigo”, já que o poeta se dirige a Glaura na terceira pessoa do singular – dorme. e) corretamente, desde que considerado o uso informal da língua; no uso formal, o mais adequado seria “convosco”. 11. FUTUROS AMANTES Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios No ar E quem sabe, então O Rio será Alguma cidade submersa Os escafandristas virão Explorar sua casa Seu quarto, suas coisas Sua alma, desvãos Sábios em vão Tentarão decifrar O eco de antigas palavras Fragmentos de cartas, poemas Mentiras, retratos Vestígios de estranha civilização Não se afobe, não Que nada é pra já Amores serão sempre amáveis Futuros amantes, quiçá Se amarão sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra você Chico Buarque Sobre a letra da canção, é correto afirmar: a) Na segunda estrofe, a palavra Explorar configura-se como um sinônimo da expressão “tirar proveito”, podendo ser classificada como pejorativa. b) A imagem do rio como uma cidade submersa remete, no contexto, à passagem de um longo período de tempo, que já se anunciara na primeira estrofe, no verso Milênios, milênios. c) Na terceira estrofe, o eu lírico afirma que considera estranhas as reminiscências que guarda de um relacionamento, contidas em palavras, Fragmento de cartas, poemas e retratos. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 18 029.412 - 152033/20 d) Ao dizer que guardará o amor Num fundo de armário, ou Na pasta-restante, o eu lírico demonstra, por meio de metáforas, que deseja manter o seu sentimento somente para si. e) A ideia de que, no futuro, as pessoas, cada vez mais individualistas, não saberão entender as emoções está contida no segmento em vão Tentarão decifrar. 12. Embora pudesse estar estampada na primeira página de um jornal, a manchete que está redigida em desacordo com a norma culta é: a) Aprovado projeto de lei que prevê mudanças significativas na educação. b) Polícia fecha o cerco a sequestradores de empresário da construção civil. c) Já há mais trabalhadores com carteira assinada do que no mercado informal. d) Ações orquestradas pelos três poderes freiam o desmatamento na região amazônica. e) Condenado há vinte anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Texto para as questões 13 e 14. SERÁ A FELICIDADE NECESSÁRIA? Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta. Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara. Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança. Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142. 13. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. (3º parágrafo) O emprego das formas verbais grifadas acima denota a) hipótese passível de realização. b) fato real e definido no tempo. c) condição de realização de um fato. d) finalidade das ações apontadas no segmento. e) temporalidade que situa as ações no passado. 14. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. (3º parágrafo) Com a palavra destacada, o autor a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado. b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior. c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente. d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada. e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma. 15. Paulo Leminski foi um escritor múltiplo: além de poeta, traduzia (indo de Petrônio a James Joyce) e escrevia ensaios (concentrados nos dois volumes de Anseios crípticos), artigos e romances, e também letras de música. Nascido em Curitiba, no Paraná, em 1944, numa família em que o pai, de origem polaca, era militar, e amãe, de origem negra, era filha de um militar, estudou para ser monge beneditino no Colégio São Bento, em São Paulo, onde chegou a escrever um livro sobre a ordem. No entanto, acabou seguindo o caminho da poesia − em meio à agitação cultural e política dos anos 1960 e 1970. (…) André Dick. Paulo Leminski e a flor ausente. Disponível em: www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4027. Acesso em 06 jun. 2009. Adaptado. … estudou para ser monge beneditino no Colégio São Bento, em São Paulo, onde chegou a escrever um livro sobre a ordem. No entanto, acabou seguindo o caminho da poesia – em meio à agitação cultural e política dos anos 1960 e 1970. Considerado o contexto, o sentido dos elementos grifados acima pode ser adequadamente reproduzido, na ordem dada, por a) disposição − tumulto. b) escola − confronto. c) equilíbrio − burburinho. d) congregação − efervescência. e) prudência – radicalismo. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 19 029.412 - 152033/20 1. RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA A menina apareceu grávida de um gavião. Veio falou para a mãe: o gavião me desmoçou. A mãe disse: Você vai parir uma árvore para a gente comer goiaba nela. E comeram goiaba. Naquele tempo de dantes não havia limites para ser. Se a gente encostava em ser ave ganhava o poder de alçar. Se a gente falasse a partir de um córrego a gente pegava murmúrios. Não havia comportamento de estar. Urubus conversavam sobre auroras. Pessoas viravam árvore. Pedras viravam rouxinóis. Depois veio a ordem das coisas e as pedras têm que rolar seu destino de pedra para o resto dos tempos. Só as palavras não foram castigadas com a ordem natural das coisas. As palavras continuam com seus deslimites. BARROS. M. Retrato do Artista Quando Coisa Rio de Janeiro: Record, 1998. No poema, observam-se os itens lexicais desmoçou e deslimites. O mecanismo linguístico que os originou corresponde ao processo de a) estrangeirismo, que significa a inserção de palavras de outras comunidades idiomáticas nó português. b) neologismo, que consiste na inovação lexical, usada para o refinamento estilístico do texto poético. c) arcaísmo, que expressa o emprego de termos produtivos em outros períodos históricos do português. d) brasileirismo, que significa a inserção de palavras específicas da realidade linguística do português. e) jargão, que evidencia o uso profissional de palavras específicas de uma área do léxico do português. 2. Os discursos referentes à prática de exercícios físicos estão imbricados de valores sociais, culturais e educativos influenciados, principalmente, pelos discursos midiáticos. O processo natural de envelhecimento passa a ser visto como um descuido por aqueles que assim o aparentam, especialmente nos cuidados com o corpo. Disponível em: http;//umahistoriaporacabar.blogspot.com. Acesso em: 25 fev. 2012. Ao analisarmos a imagem, podemos considerar que ela apresenta a) os valores do corpo visto enquanto conjunto de partes funcionando como uma máquina, fruto dos valores mecanicistas. b) a ideia do corpo ideal jovem, musculoso e atlético e o exercício como a fórmula para se alcançar a juventude eterna e, por sua vez, o sucesso. c) a prática de exercícios como promoção de saúde e respeito ao desenvolvimento humano. d) um corpo em toda a sua essência, físico, psíquico, biológico e cultural e o exercício auxiliando o entendimento de todas essas dimensões. e) o exercício físico como possibilidade de atender às pessoas de qualquer idade e classe para o aprimoramento estético. 3. Os mesmos objetivos que a teatróloga Spolin propõe para o espetáculo são válidos em cada momento durante o processo de aprendizagem, onde o teatro, enquanto manifestação viva e espontânea, deve estar presente em todos os momentos. Da mesma forma como a plateia de espectadores é normalmente pouco estimulada por emoções que pertencem ao passado, o jogador no palco não explora a si mesmo (suas emoções) através de um processo de identificação subjetivo, mas atua em função do momento presente. KOUDELA,I. D. Jogos teatrais São Paulo: Perspectiva. 2006. O jogo teatral permite a liberdade de ação e o estabelecimento de contato com o ambiente e a ação espontânea se desenvolve de forma a a) ocultar a atuação do ator, dispensando a renovação das emoções, que são desestimulantes. b) estimular a lembrança de momentos passados para salientar a importância das novas emoções. c) entender os processos que se desenvolvem no palco com a exploração dos seus próprios sentimentos. d) experienciar emoções novas, que surgem no presente, sem a exploração das velhas emoções do ator. e) vivenciar alguns momentos, que Spolin acredita serem pertencentes ao processo subjetivo do ator. 4. RESUMO Gerou os filhos, os netos, Deu à casa o ar de sua graça e vai morrer de câncer. O modo como pousa a cabeça para um retrato é o da que, afinal, aceitou ser dispensável. Espera, sem uivos, a campa, a tampa, a inscrição: 1906-1970. SAUDADE DOS SEUS, LEONORA. PRADO. A Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2007. PROFESSOR TOM DANTAS MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 20 029.412 - 152033/20 O texto de Adélia Prado apresenta uma mulher cuja vida se “resume”. Sua expressão poética revela a) contradições do universo feminino infeliz. b) frustração relativa às obrigações cotidianas. c) busca de identidade no universo familiar. d) subterfúgios de uma existência complexa. e) resignação diante da condição social imposta. 5. Texto I A INVASÃO DOS MARCIANOS O cineasta Orson Welles, em outubro de 1938, propôs à rádio Columbia Broadcasting System uma transmissão diferente: uma adaptação de A guerra dos mundos. A obra é um dos livros de ficção científica mais famosos do escritor H.G. Wells. Na época de sua publicação, foi considerado perigoso, pois poderia causar fobias nos leitores. Depois de passar 15 dias convencendo a direção da rádio a não colocar a locução na programação do dia, a transmissão foi ao ar às 20 horas do dia 30 de outubro daquele ano. Depois das previsões meteorológicas, a rádio começou a tocar música. Houve uma interrupção brusca e o locutor disse: “A C.B.S. interrompe seu programa para anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes dimensões caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova Jersey, a algumas milhas de Nova York'. A música voltou e novamente foi interrompida para a entrevista com um professor de meteorologia sobre a origem dos meteoros. Em seguida, entrou no ar um repórter falando sobre o meteoro e os muitos curiosos ao redor. Então, o enviado especial começou a descrever o meteoro se abrindo e dele saindo seres gigantescos com tentáculos. De repente, ele foi morto por raio disparado pelos seres extraterrestres. Logo chegaram à CBS as primeiras notícias de que a população estava histérica. No entanto, o diretor da estação resolveu não anunciar que tudo não passava de uma transmissão fictícia e decidiu continuar. “Vocês acabaram de ouvir a primeira parte de uma irradiação de Orson Welles, que radiofonizou a obra A guerra de dois mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells”. Disponível em: www.pucrs.br. Acesso em: 10 out. 2011. Texto II ESCRAVA ISAURA As novelas brasileiras fazem muito sucesso no exterior. A adaptação do romance a Escrava Isaura é um exemplo de sucesso mundial. Segundo o Guia dos Curiosos, “seu sucesso no exterior foi tamanho que influenciou acontecimentos importantes da História”. O site registra também que “em Cuba, o governo chegou a cancelar o racionamento de energia elétrica durante o horário da novela”. Disponível em: www.guiadoscursioso.com.br. Acesso em: 10 out.2011. Os textos I e II tratam da adaptação de obras ficcionais para o rádio e a televisão, tecnologias de comunicação einformação predominantes em determinadas épocas. São efeitos sociais dessas respectivas transmissões a) a negação dos avanços tecnológicos e a resistência a ideais políticos totalitários. b) a diminuição no número de leitores e o veto político a autores de pouca confiabilidade. c) a confirmação das limitações tecnológicas do rádio e a independência política da televisão. d) a alteração no modo de apreensão da realidade e a interferência em decisões oficiais. e) a desvalorização de obras literárias e a alteração na hegemonia do regime político de Cuba. 6. Texto I Convivemos com o modelo de pirâmide social, no qual uma grande base de excluídos sustenta alguns poucos privilegiados situados no topo da pirâmide socioeconômica, modelo esse que se repete, ipsis litteris, no caso do acesso ao chamado mundo da cibercultura. E, mesmo com todas as políticas públicas de implantação de telecentros, infocentros, pontos de cultura e programas de introdução de computadores nas escolas, ainda percebemos que os conectados, no Brasil, são, em grande maioria, os que estão nas camadas mais altas da sociedade. PRETTO, N. L.; SILVEIRA, S.A. (Org) Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: Edufba, 2008. Fragmento. Texto II CARUSO, F.: SILVEIRA, C. Quadrinhos para a cidadania. história, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1. jan-mar. 2009. Os dois textos apresentam pontos de vista críticos sobre os usos sociais que são feitos dos sistemas de comunicação e informação. Em ambos, problematiza-se a a) distância existente entre o avanço das tecnologias da informação e comunicação e ó efetivo acesso de todas as classes sociais a esse aporte tecnológico. b) política de introdução de computadores nas escolas e a restrição de apeio financeiro a determinadas regiões do Brasil. c) carência de laboratórios de informática e a falta de acesso à rede mundial de computadores nas escolas públicas. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 21 029.412 - 152033/20 d) falta de formação dos alunos para o acesso ao mundo digital e o uso inapropriado dos equipamentos. e) quantidade insuficiente de professores para trabalhar com as tecnologias da informação e ensiná-las aos alunos. 7. Pecados, vagância de pecados. Mas, a gente estava com Deus? Jagunço podia? Jagunço – criatura paga para crimes, impondo o sofrer no quieto arruado dos outros, matando e roupilhando. Que podia? Esmo disso, disso, queri, por pura toleima; que sensata resposta podia me assentar o Jõe, broreiro peludo do Riachão do Jequitinhonha? Que podia? Agente, nós, assim jagunços, se estava em permissão de fé para esperar de Deus perdão de proteção? Perguntei, quente. — “Uai? Nós vive... — foi o respondido que ele me deu. ROSA. G. Grande sertão: veredas Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001. Fragmento. Guimarães Rosa destaca-se pela inovação da linguagem com marcas dos falares populares e regionais. Constrói seu vocabulário a partir de arcaísmos e da intervenção nos campos sintático-semânticos. Em Grande sertão: veredas, seu livro mais marcante, faz o enredo girar em torno de Riobaldo, que tece a história de sua vida e sua interlocução com o mundo-sertão. No fragmento em referência, o narrador faz uso da linguagem para revelar a) inquietação por desconhecer se os jagunços podem ou não ser protegidos por Deus. b) uma insatisfação profunda com relação à sua condição de jagunço e homem pecador. c) confiança na resposta de seu amigo Jõe, que parecia ser homem estudado e entendido. d) muitas dúvidas sobre a vida após a morte, a vida espiritual e sobre a fé que pode ter o jagunço. e) arrependimento pelos pecados cometidos na vida errante de jagunço e medo da perdição eterna. 8. A DESPROPÓSITO Olhou para o teto, a telha parecia um quadrado de doce. Ah! — falou sem se dar conta de que descobria, durando desde a infância, aquela hora do dia, mais um galo cantando, um corte de trator, as três camadas de terra, a ocre, a marrom, a roxeada. Um pasto, não tinha certeza se uma vaca e o sarilho da cisterna desembestado, a lata batendo no fundo com estrondo. Quando insistiram, vem jantar, que esfria, ele foi e disse antes de comer: “Qualidade de telha é essas de antigamente”. PRADO. A. Bagagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2006. A poesia brasileira sofreu importantes transformações após a Semana de 1922, sendo a aproximação com a prosa uma das mais significativas. O poema da poeta mineira Adélia Prado rompe com a lírica tradicional e se aproxima da prosa por apresentar a) travessão, estrutura do verso com pontuação comum a orações e aproximação com a oralidade, elementos próprios da narrativa. b) uma estrutura narrativa que não segue a sequência de estrofes nem utiliza de linguagem metafórica. c) personagem situado no tempo e espaço, descrevendo suas memórias da infância. d) discurso direto e indireto alternados na voz do eu lírico e localização espacial. e) narrador em primeira pessoa, linguagem discursiva e elementos descritivos. 9. ORLANDELI. Disponível em: www.danilohq.ad.ar.br. Acesso em: 28 fev. 2012. Adaptado. Essa tirinha tem como tema a nova ortografia da língua portuguesa e os diversos tipos de linguagem hoje existentes. A situação apresentada no último quadrinho indica que a) o sobrinho não compreendeu a linguagem mais conservadora utilizada pelo seu tio. b) o tio não está familiarizado com a linguagem de chats e de mensagens instantâneas. c) a informalidade presente |na linguagem do sobrinho impede a comunicação com o tio. d) o tio deve evitar utilizar a norma-padrão da língua no contexto da internet. e) o sobrinho desconhece a norma-padrão da língua portuguesa. 10. Art. 5º — Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: www. planalto.gov.br. Acesso em: 23 ago. 2011. Fragmento. A objetividade inerente ao gênero lei manifesta-se no alto grau de formalidade da linguagem empregada. Essas características são expressas na estruturação do texto por a) vocábulos derivados por sufixação. b) frases ordenadas indiretamente. c) palavras de sentido literal. d) períodos simples. e) substantivos compostos. MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 22 029.412 - 152033/20 11. É POSSÍVEL TER CÃIBRAS NO CORAÇÃO? É impossível ter cãibras no coração, apesar de ser comum pacientes se queixarem de dores semelhantes a uma contratura no órgão. A musculatura cardíaca é diferente da musculatura esquelética das pernas e braços, onde sentimos as cãibras. Isso porque o coração possui um tipo especial de fibra muscular estriada, que tem movimento involuntário. O órgão contrai e relaxa automaticamente. Não há registro de casos em que ele permaneça contraído sem relaxamento imediato, que é como a cãibra se apresenta. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jun. 2012. Fragmento. Os conectivos são elementos fundamentais para a ligação de palavras e orações no texto. Contextualmente, o conectivo “apesar de” (linha 1) expressa a) explicação, porque apresenta os motivos que impossibilitam o aparecimento de cãibras no coração. b) concessão, pois introduz uma ideia contrária à afirmação “é impossível ter cãibras no coração”. c) causa, tendo em vista que introduz a razão da manifestação da doença no coração. d) conclusão, já que finaliza a afirmação “é impossível ter cãibras no coração”. e) consequência, uma vez que apresenta os efeitos das cãibras. 12. Disponível
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