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Simulado SFB Módulo de Revisão Geral Enem 2021

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fariasbrito.com.br @fariasbrito canalfariasbrito@fariasbrito colegiofariasbrito
NÚCLEO ALDEOTA
(85) 3486.9000
NÚCLEO CENTRAL
(85) 3464.7788 (85) 3064.2850
NÚCLEO SUL
(85) 3260.6164
NÚCLEO EUSÉBIO
(88) 3677.8000
NÚCLEO SOBRAL
 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Professor Carlos Augusto ................................................................................................................................. 5 
Professor Paulo Lobão ..................................................................................................................................... 8 
Professor Sousa Nunes ................................................................................................................................... 14 
Professor Tom Dantas .................................................................................................................................... 19 
LÍNGUA INGLESA 
Professor Ademar Lopes ................................................................................................................................ 25 
LÍNGUA ESPANHOLA 
Professora Ana Paula ..................................................................................................................................... 28 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
MATEMÁTICA I 
Professores Filipe Serpa, Jorge Júnior, Lucas Carvalho, Gleyson e Alexandre Moura ................................. 31 
MATEMÁTICA II 
Professores Tácito Vieira, Denise Munhoz, Lucas Carvalho e Daniel Mascarenhas ..................................... 33 
MATEMÁTICA III 
Professores Gleyson Santos, Alexandre Moura, Filipe Serpa, Lucas Carvalho, Pedro Igor, Daniel 
Mascarenhas e Fabrício Maia ........................................................................................................................ 35 
MATEMÁTICA IV 
Professores Daniel Mascarenhas, Jorge Júnior, Pedro Igor e Fabrício Maia ................................................. 37 
MATEMÁTICA V 
Professores Tácito Vieira, Daniel Mascarenhas, Fabrício Maia e Judson ....................................................... 40 
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 
FILOSOFIA 
Professor João Saraiva ................................................................................................................................... 43 
SOCIOLOGIA 
Professor Pedro Israel ..................................................................................................................................... 47 
GEOGRAFIA 
Professor Adriano Bezerra .............................................................................................................................. 51 
Professor Alexandre Lima .............................................................................................................................. 53 
HISTÓRIA 
Professor Dawison Sampaio...................................................................................................................... ........56 
Professor Nilton Sousa.............................................................................................. ........................................ 58 
Professor Hermano Melo....................................................................................................... ........................... 62 
Professor D’ Laias............................................................................................................................................. 65 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 
BIOLOGIA 
Professor João Karllos ................................................................................................................................... 70 
Professor Davis Posso ..................................................................................................................................... 72 
Professor Ricardo Jorge .................................................................................................................................. 74 
Professor Alexandre Werneck ....................................................................................................................... 77 
FÍSICA 
Professor Paulo Lemos .................................................................................................................................. 81 
Professor Arilo Pinheiro ................................................................................................................................ 83 
Professor Andrew Aquino .............................................................................................................................. 87 
Professor Artur Henrique ................................................................................................................................ 89 
QUÍMICA 
Professor Ronaldo Paiva ................................................................................................................................. 94 
Professor Mariano ........................................................................................................................................... 97 
Professor Carlos James ................................................................................................................................. 102 
Professor Ricelly ........................................................................................................................................... 104 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
M
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2
0
 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 5 029.412 - 152033/20 
 
 
 
 
 
 
Queria evitar, mas me vejo obrigado a falar na 
literatura da Bruzundanga [...]. Eu cheguei a entender 
perfeitamente a língua da Bruzundanga, isto é, a língua 
falada pela gente instruída e a escrita por muitos escritores 
que julguei excelentes; mas aquela em que escreviam os 
literatos importantes, solenes, respeitados, nunca consegui 
entender, porque redigem eles as suas obras, ou antes, os 
seus livros, em outra muito diferente da usual, outra essa 
que consideram como sendo a verdadeira, a lídima, 
justificando isso por ter feição antiga de dous séculos ou 
três. 
Quanto mais incompreensível é ela, mais admirado é o 
escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o 
escrito. [...]. 
BARRETO, Lima. Os Bruzundangas. 
 
1. No texto de Lima Barreto, o narrador tece uma crítica à 
a) nacionalidade exacerbada dos escritores em suas 
obras. 
b) aplicação excessiva de estrangeirismos pela classe 
intelectual. 
c) defesa, por parte dos literatos, de uma língua arcaica 
e incompreensível. 
d) erudição elevada, usada para humilhar, por parte das 
camadas mais ricas. 
e) distância entre ricos e pobres em relação ao grau de 
instrução educacional. 
 
2. 
Eu, filho do carbono e do amoníaco, 
Monstro de escuridão e rutilância, 
Sofro, desde a epigênesis da infância, 
A influência má dos signos do zodíaco. 
 
Profundíssimamente hipocondríaco, 
Este ambiente me causa repugnância… 
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 
Que se escapa da boca de um cardíaco. [...]. 
 
ANJOS, Augusto dos. Psicologia de um vencido. 
 
O pessimismo do eu lírico pode ser percebido quando 
este alega que 
a) está sob efeito negativo da astrologia. 
b) considera a escuridão como sua “mãe”. 
c) reconhece ser feito de elementos químicos. 
d) atribui sua hipocondria ao avanço da velhice. 
e) sente um mal estar constante ao alimentar-se. 
 
3. 
DESCOBRIMENTO 
 
Abancado à escrivaninha em São Paulo 
Na minha casa da rua Lopes Chaves 
De supetão senti um friúme por dentro. 
Fiquei trêmulo, muito comovido 
Com o livro palerma olhando pra mim. 
Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! 
muito longe de mim 
Na escuridão ativa da noite que caiu 
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos 
olhos, 
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, 
Faz pouco se deitou, está dormindo. 
 
Esse homem é brasileiro que nemeu. 
 
ANDRADE, Mario de. “Descobrimento”. 
 
O descobrimento do eu lírico, como apontado no título, 
diz respeito à descoberta de que 
a) existem diferentes classes econômicas no Brasil. 
b) ele era capaz de sentir frio ao pensar nas 
comunidades do Norte. 
c) o abismo social brasileiro se define pela divisão 
entre Norte e Sul. 
d) homens de vidas e regiões diferentes fazem parte de 
um mesmo país. 
e) o livro em suas mãos nada dizia sobre a verdadeira 
realidade brasileira. 
 
4. 
ERRO DE PORTUGUÊS 
 
Quando o português chegou 
Debaixo de uma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português. 
ANDRADE, Oswald de. “Erro de português”. 
 
Ironizando as circunstâncias em que se deu a chegada 
do português ao Brasil, o poeta lamenta o(a) 
a) tradição cultural dos europeus, relativamente a seu 
modo de se vestir e se portar. 
b) domínio dos portugueses sobre os índios, impondo-lhes 
uma aculturação forçada. 
c) troca de idioma brasileiro, colocando-se o português 
acima do tupi e línguas nativas. 
d) condição climática brasileira, que motivou o apreço 
dos portugueses pela terra tropical. 
e) falta de coragem dos índios em resistirem à 
imposição dos trabalhos forçados pelos europeus. 
 
5. 
MADRIGAL TÃO ENGRAÇADINHO 
 
Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje 
na minha vida, inclusive o porquinho-da-índia que 
me deram quando eu tinha seis anos. 
 
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem. 
 
A simplicidade da metáfora de Manuel Bandeira é 
empregada no sentido de 
a) descrever o eu lírico como um amante exigente. 
b) ilustrar as mulheres brasileiras como animais 
exóticos. 
c) declarar o amor do eu lírico por uma namorada de 
infância. 
d) rebaixar a figura feminina, igualando-a a um ser 
insignificante. 
e) elogiar a beleza de uma moça, usando uma 
comparação da infância. 
PROFESSOR CARLOS AUGUSTO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 6 029.412 - 152033/20 
6. 
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito 
da energia e da temeridade. 
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão 
elementos essenciais de nossa poesia. 
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade 
pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o 
movimento agressivo, a insônia febril, o passo de 
corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco. 
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo 
enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da 
velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre 
enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes 
de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece 
correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de 
Samotrácia. 
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que 
segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, 
lançada também numa corrida sobre o circuito da sua 
órbita. […]. 
MARINETTI. Manifesto futurista. 
 
Os pressupostos estéticos do Futurismo, vanguarda a 
que pertence o documento, fazem um elogio a uma arte 
que expressasse o(a) 
a) louvor às tradições. 
b) crítica à tecnologia. 
c) retomada de ideais greco-latinos. 
d) busca pela vivacidade do movimento. 
e) decadência da vida nas grandes cidades. 
 
7. 
HELOÍSA: Faz versos? 
PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... 
Acrósticos… Sonetos... Reclames. 
HELOÍSA: Futuristas? 
PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. 
Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma 
tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar 
de esguelha. A não me receber mais. As crianças 
choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também 
não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. 
Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento 
(Mostra a faca) e fiquei passadista. 
 
ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. 
 
O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade 
ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 
diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, 
atribui-se ao público leitor uma postura 
a) preconceituosa, ao evitar formas poéticas 
simplificadas. 
b) conservadora, ao optar por modelos consagrados. 
c) preciosista, ao preferir modelos literários eruditos. 
d) nacionalista, ao negar modelos estrangeiros. 
e) eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos. 
8. 
O sertanejo é, antes de tudo, um forte […] . 
A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de 
vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, 
o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações 
atléticas. 
É desgracioso, desengonçado, torto […]. 
Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude. 
Nada é mais surpreendedor do que vê-la 
desaparecer de improviso […]. Basta o aparecimento de 
qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das 
energias adormecidas [...]. 
CUNHA, Euclides da. Os sertões. 
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. 
 
O trecho da obra, escrita no começo do século XX, 
descreve o(a) 
a) camponês das plantações de cana do período. 
b) homem típico do sertão brasileiro daquela época. 
c) perfil do trabalhador das primeiras fábricas têxteis. 
d) jovem brasileiro que perambulava pelas ruas de 
então. 
e) contraste entre o homem do campo e o da capital 
carioca. 
 
9. 
[…] Ainda vivemos sob o império da lógica [...]. 
A pretexto de civilização e de progresso conseguiu-se 
banir do espírito tudo que se pode tachar, com ou sem 
razão, de superstição, de quimera […]. Talvez esteja a 
imaginação a ponto de retomar seus direitos. Se as 
profundezas de nosso espírito escondem estranhas 
forças capazes de aumentar as da superfície, ou contra 
elas lutar vitoriosamente, há todo interesse em captá-las 
[...]. 
BRETON, André. Manifesto surrealista. 1924. 
Disponível em: https://www.culturabrasil.org/breton.htm. 
 
O trecho compõe o manifesto de Breton, que preconizou 
as bases do Surrealismo no século XX, e a essa 
vanguarda o autor atribui a tentativa de 
a) recuperar o espaço e a experiência da imaginação na 
vivência humana. 
b) isolar o homem dos problemas sociais, promovendo 
uma arte escapista. 
c) recuperar a infância por meio das experiências com 
o sono e a psicanálise. 
d) libertar-se da lógica imposta à linguagem verbal e 
exaltar as artes plásticas. 
e) valorizar o realismo em busca de uma arte mais 
próxima à vida do homem. 
 
10. 
A ALEGRIA 
 
O sofrimento não tem 
nenhum valor 
Não acende um halo 
em volta de tua cabeça, não 
ilumina trecho algum 
de tua carne escura 
(nem mesmo o que iluminaria 
a lembrança ou a ilusão 
de uma alegria). 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 7 029.412 - 152033/20 
Sofres tu, sofre 
um cachorro ferido, um inseto 
que o inseticida envenena. 
Será maior a tua dor 
que a daquele gato que viste 
a espinha quebrada a pau 
arrastando-se a berrar pela sarjeta 
sem ao menos poder morrer? […]. 
 
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. 
 
Nos versos, o eu lírico dirige-se a um interlocutor, na 
intenção de 
a) convencê-lo do sofrimento que causa aos animais. 
b) apontar diferenças econômicas entre estratos sociais. 
c) criticar a busca à alegria inalcançável por parte 
desse “tu”. 
d) reduzir a importância de seu sofrimento em relação 
a outros seres. 
e) expor o egoísmo humano em relação à predação de 
recursos naturais. 
 
11. 
O que o mar sim aprende do canavial: 
a elocução horizontal de seu verso; 
a geórgica de cordel, ininterrupta, 
narrada em voz e silêncio paralelos. 
O que o mar não aprende do canavial: 
a veemência passional da preamar; 
a mão-de-pilão das ondas na areia, 
moída e miúda, pilada do que pilar. 
[…]. 
NETO, João Cabral de Melo. O mar e o canavial. 
 
O poema de João Cabral apresenta uma preocupação 
com o próprio tema da escrita ao 
a) fazer referência ao silêncio em oposição à escrita 
romanesca. 
b) designar o mar como um tema constante da poesia 
portuguesa. 
c) utilizar termos próprios da literatura ao comparar 
mar e canavial. 
d) empregaradjetivos românticos para descrever o 
movimento do mar. 
e) descrever o poeta como alguém que aprende poesia 
a partir da natureza. 
 
12. 
[…] A catinga estendia-se, de um vermelho 
indeciso salpicado de manchas brancas que eram 
ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em 
redor de bichos moribundos. 
– Anda, excomungado. 
O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-
lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar 
alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um 
fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. 
Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas 
dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não 
sabia onde. […]. 
 
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 
 
Por meio da irritação de um pai com o filho, o trecho do 
romance concentra-se em descrever a 
a) paisagem típica do sertão nordestino. 
b) peregrinação de retirantes em meio à seca. 
c) desobediência dos mais jovens em relação às 
autoridades. 
d) expulsão de fazendeiros de terras ocupadas 
ilegalmente por eles. 
e) chegada de doenças europeias no interior do Brasil, 
com os bandeirantes. 
 
13. 
QUADRILHA 
 
João amava Teresa que amava Raimundo 
que amava Maria que amava Joaquim que amava 
Lili, 
que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o 
convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para 
tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto 
Fernandes 
que não tinha entrado na história. 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. 
 
Apesar do tom humorístico, o poema de Drummond 
revela certo pessimismo ao levar à compreensão de que 
a) todos os amores originais de seus personagens 
falharam. 
b) a quadrilha metaforiza a impossibilidade de alcançar 
sonhos. 
c) o casamento era a única alternativa reservada às 
mulheres na época. 
d) a condição financeira suplantava a questão afetiva 
num matrimônio. 
e) a figura da mulher era representada socialmente de 
modo misógino. 
 
14. 
 
LEMINSKI, Paulo. “Lua na água”. 
 
O poema se integra à produção do Concretismo 
brasileiro porque utiliza-se também do signo verbal 
como forma de 
a) realizar críticas sociais por meio da escolha de 
palavras fortes. 
b) impor a superioridade do signo visual sobre a 
materialidade da palavra. 
c) subverter a língua portuguesa, unindo ao idioma 
expressões estrangeiras. 
d) contrariar a mensagem expressa pela interpretação 
única do texto visual. 
e) compor imagens que complementem o sentido 
expresso no texto verbal. 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 8 029.412 - 152033/20 
15. 
UMA OURIÇA 
 
Se o de longe esboça lhe chegar perto, 
se fecha (convexo integral de esfera), 
se eriça (bélica e multiespinhenta): 
e, esfera e espinho, se ouriça à espera. 
Mas não passiva (como ouriço na loca); 
nem só defensiva (como se eriça o gato); 
sim agressiva (como jamais o ouriço), 
do agressivo capaz de bote, de salto 
(não do salto para trás, como o gato): 
daquele capaz de salto para o assalto. 
 
Se o de longe lhe chega em (de longe), 
de esfera aos espinhos, ela se desouriça. 
Reconverte: o metal hermético e armado 
na carne de antes (côncava e propícia), 
e as molas felinas (para o assalto), 
nas molas em espiral (para o abraço). 
 
MELO NETO, J. C. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1997. 
 
Com apuro formal, o poema tece um conjunto 
semântico que metaforiza a atitude feminina de 
a) tenacidade transformada em brandura. 
b) obstinação traduzida em isolamento. 
c) inércia provocada pelo desejo platônico. 
d) irreverência cultivada de forma cautelosa. 
e) desconfiança consumada pela intolerância. 
 
 
 
 
1. 
 
Disponível em: www.racismoadrianaisabella.blogspot.com. 
Acesso em: 15 mar. 2012. 
 
Com o objetivo de transmitir uma mensagem-denúncia, 
o texto faz uso de um raciocínio argumentativa cuja 
base significativa se constrói por estabelecer uma 
relação entre 
a) as raças e os coeficientes de inteligência em nossos 
pais, elementos importantes para o alcance das 
realizações pessoais. 
b) as raças e os aspectos culturais, fatores responsáveis 
pela qualidade de vida e pelo sucesso do indivíduo 
na sociedade. 
c) as raças e as garantias de acesso às políticas 
públicas, vetores fundamentais na construção do 
sucesso do sujeito. 
d) as raças e as realidades sociais, aspectos que 
definem as possibilidades de sucesso no contexto 
socioeconômico do Brasil. 
e) as raças e o acesso à educação, fundamentos que 
definem o sucesso individual e coletivo, garantindo 
a expectativa de vida. 
 
2. 
 
Disponível em: http://tudodebomtodos.blogspot.com.br/ 
2013_06_01_archive.html. Acesso em 29 jun. 2017. 
 
Restrita às competições masculinas, a categoria das 
argolas é vista como a prova mais difícil de todas as 
modalidades da ginástica artística. O aparelho é 
constituído por uma estrutura de dois cabos pendurados 
que trazem em suas extremidades duas argolas nos 
quais os atletas se apoiam para a prática dos exercícios. 
Na imagem que ilustra o texto, explicita-se que os 
elementos observados no exercício do ginasta denotam 
que essa modalidade esportiva exige 
a) agilidade e força. 
b) equilíbrio e flexibilidade. 
c) força e equilíbrio. 
d) harmonia e agilidade. 
e) flexibilidade e agilidade. 
 
3. 
 
Disponível em: http://soleitura23013.blogspot.com.br/2013/05/esta-
semana-poderemos-ler-e-comentar.html 
Acesso em: 26 ago. 2017. 
PROFESSOR PAULO LOBÃO 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 9 029.412 - 152033/20 
A charge tem como tema o mundo das novas 
tecnologias da comunicação e da informação, propondo 
uma reflexão a respeito 
a) do isolamento social do homem atual, vítima das 
transformações ocorridas na sociedade 
contemporânea pela imposição do conhecimento 
digital. 
b) do ativismo humano, sintoma de uma sociedade que 
exige, cada vez mais, um homem com diferentes 
competências e com profunda inserção no mundo 
digital. 
c) das alterações do comportamento humano, 
consequência de um mundo cada vez mais 
conectado e nomofóbico. 
d) da limitação intelectual do homem, aspecto inerente 
ao indivíduo que faz uso excessivo das novas 
tecnologias da comunicação. 
e) da inovação tecnológica, fator determinante na 
estruturação do novo de ser humano na sociedade 
contemporânea. 
 
4. 
ABC DO SERTÃO 
 
Lá no meu sertão pros caboclo lê 
Têm que aprender um outro ABC 
O jota é ji, o éle é lê 
O ésse é si, mas o érre 
Tem nome de rê 
 
O jota é ji, o éle é lê 
O ésse é si, mas o érre 
Tem nome de rê 
 
Até o ypsilon lá é pissilone 
O eme é mê, i o ene é nê 
O efe é fê, o gê chama-se guê 
Na escola é engraçado ouvir-se tanto ê 
A, bê, cê, dê 
Fê, guê, lê, mê 
Nê, pê, quê, rê 
Tê, vê e zê 
 
[...] 
 
Atenção que eu vou ensinar o ABC 
A, bê, cê, dê, e 
Fê, guê, agâ, i, ji 
ka, lê, mê, nê, o 
pê, quê, rê, ci 
Tê, u, vê, xis, pissilone e zê 
Luiz Gonzaga 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/47079/. 
Acesso em 29 jun. 2017. 
 
Variação linguística é o movimento comum e natural de 
uma língua, que sofre variações por diferentes fatores. 
Considerando a canção de Luiz Gonzaga, pode-se 
identificar o fenômeno da variação linguística no campo 
a) semântico, que se confirma pela ressignificação de 
termos. 
b) fonético, que se confirma pela localização 
geográfica. 
c) morfológico, que se confirma pela derivação 
imprópria. 
d) sintático, que se confirma pela transgressão à norma. 
e) discursivo, que se confirma pela variação diafásica. 
5. 
 
Texto I 
POÉTICA 
 
Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado 
Do lirismo funcionário público com livro de ponto 
expediente 
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor. 
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no 
dicionário 
o cunho vernáculo de um vocábulo. 
Abaixo os puristas 
[...} 
Estou farto do lirismo namorador 
Político 
Raquítico 
Sifilítico 
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja 
fora desi mesmo 
[...} 
Quero antes o lirismo dos loucos 
O lirismo dos bêbedos 
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos 
O lirismo dos clowns de Shakespeare 
 
– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. 
 
Manuel Bandeira 
Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/poetica.htm 
Acesso em: 26 ago.2017. 
 
Texto II 
 
 
 Antropofagia, Tarsila do Amaral 
Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo74/ 
antropofagia Acesso em: 26 ago. 2017. 
 
Embora utilizem linguagens diferentes, o poema 
“Poética”, de Manuel Bandeira, e Antropofagia, de 
Tarsila do Amaral, pertencem ao ideário do 
Modernismo de 22. Considerando suas respectivas 
representações, é possível perceber que o aspecto 
comum entre as obras não se restringe apenas ao 
contexto cultural a que pertencem, mas também é 
observável na 
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a) proposição explicativa do conteúdo das obras, 
aspecto confirmado pelos títulos observados em 
cada uma delas. 
b) denúncia social que marca os objetos representados, 
revelando o espírito da modernidade da geração de 
22. 
c) reiteração dos valores nacionais defendidos pelo 
Modernismo, destacando a recusa dos artistas aos 
modelos do passado. 
d) renúncia aos ideais vanguardistas europeus nas 
obras, revelando a oposição que o Modernismo fez à 
cultura europeia. 
e) crítica ao ufanismo cultural da arte passadista, 
ressaltando o espírito de zombaria e revisão crítica à 
arte parnaso-simbolista. 
 
6. 
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se 
pega compartilhando notícias falsas, fotos modificadas, 
boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é 
falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi 
criada por motivos humorísticos ou literários (sim, 
considero o “jornalismo ficcional” uma interessante 
forma de literatura), mas para prejudicar a imagem de 
algum partido ou de algum político, não importa de que 
posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrariedade ou 
falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o 
resultado. Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa 
(que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente 
como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias 
direções. 
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro 
checar as fontes, ir aos links originais. 
 
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. 
Acesso em: 20 jan. 2015. Adaptado. 
 
 O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias 
on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos 
pode ter como consequência a 
a) displicência natural das pessoas que navegam pela 
internet. 
b) desconstrução das relações entre jornalismos e 
literatura. 
c) impossibilidade de identificação da origem dos 
textos. 
d) disseminação de ações criminosas na internet. 
e) obtenção de maior popularidade nas redes. 
 
7. 
 
 
Disponível em: http://sauloszinkaruk.blogspot.com.br/ 
Acesso em: 26 ago. 2017. 
A peça publicitária, para convencer o público-alvo, faz 
uso de uma estratégia argumentativa baseada 
a) na desconstrução de uma imagem sacralizada. 
b) na reiteração de um conhecimento de domínio 
público. 
c) na construção denotativa das informações 
veiculadas. 
d) na consolidação de um referencial do corpo. 
e) no emprego de relações metonímicas. 
 
8. 
 
 
VERISSIMO, L.F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por 
um raio. Porto Alegre: L&P, 2000. 
 
 No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em 
diferentes linguagens, o cartum produz humor 
brincando com a 
a) caracterização da linguagem utilizada em uma esfera 
de comunicação específica. 
b) deterioração do conhecimento científico na 
sociedade contemporânea. 
c) impossibilidade de duas cobras conversarem sobre o 
universo. 
d) dificuldade inerente aos textos produzidos por 
cientistas. 
e) complexidade da reflexão presente no diálogo. 
 
9. 
PELA INTERNET 
 
Criar meu web site 
Fazer minha home-page 
Com quantos gigabytes 
Se faz uma jangada 
Um barco que veleje... 
[...] 
Um barco que veleje 
Nesse infomar 
Que aproveite a vazante 
Da infomaré 
Que leve meu e-mail lá 
Até Calcutá 
Depois de um hot-link 
Num site de Helsinque 
Para abastecer 
Aihê! Aihê! Aihê!… 
Eu quero entrar na rêde 
Promover um debate 
Juntar via Internet 
Um grupo de tiétes 
De Connecticut 
Eu quero tá na rêde 
Promover um debate 
Juntar via Internet 
Um grupo de tiétes 
De Connecticut… 
[...] 
Gilberto Gil 
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/ 
gilberto-gil/pela-internet.html. Acesso em: 26 ago. 2017. 
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 Na canção de Gilberto Gil, o emprego de expressões 
linguísticas como “web site” “home-page”, “gigabytes”, 
“e-mail” e “Internet” contribui para 
a) enfatizar a necessidade do conhecimento da língua 
empregada na internet. 
b) diferenciar as variantes linguísticas dos internautas 
no universo virtual. 
c) satirizar a linguagem empregada pelos usuários das 
redes sociais. 
d) reiterar o tema abordado na canção por meio de 
seleção lexical. 
e) reforçar a importância da internet na sociedade 
contemporânea. 
 
10. 
DIVERSIDADE 
 
 “Foi pra diferenciar 
Que deus criou a diferença 
Que irá nos aproximar 
Intuir o que ele pensa 
Se cada ser é só um 
E cada um com sua crença 
Tudo é raro, nada é comum 
Diversidade é a sentença 
 
Que seria do adeus 
Sem o retorno 
Que seria do nu 
Sem o adorno 
Que seria do sim 
Sem o talvez e o não 
Que seria de mim 
Sem a compreensão 
 
Que a vida é repleta 
E o olhar do poeta 
Percebe na sua presença 
O toque de deus 
A vela no breu 
A chama da diferença 
 
A humanidade caminha 
Atropelando os sinais 
A história vai repetindo 
Os erros que o homem traz 
O mundo segue girando 
Carente de amor e paz 
Se cada cabeça é um mundo 
Cada um é muito mais 
(...)” 
 Lenine 
 
Organizada em uma base dicotômica, a canção 
“Diversidade”, de Lenine, explora um tema bastante 
atual. Assim, a canção cumpre a função de 
a) produzir uma reflexão sobre a diversidade cultural 
brasileira e suas implicações na formação e na 
evolução da produção artística brasileira. 
b) defender a ideia de que a pluralidade como 
singularidade nas organizações sociais é um fator 
positivo e integrador. 
c) questionar as particularidades da organização étnico- 
-cultural brasileira em relação ao restante do mundo. 
d) ratificar que a diversidade cultural é fruto de um 
processo amistoso entre colonizadores e 
colonizados. 
e) denunciar que a intolerância racial, cultural e sexual, 
constrói os muros da diferença e decreta as 
sentenças. 
 
11. A dança moderna propõe em primeiro lugar o 
conhecimento de si e o autodomínio. Minha proposta é 
esta: através do conhecimento e do autodomínio chego à 
forma, à minha forma — e não o contrário. É uma 
inversão que muda toda a estética, toda a razão do 
movimento. A técnica da dança tem apenas uma 
finalidade: preparar o corpo para responder à exigência 
do espírito artístico. 
 
VIANNA, K.; CARVALHO, M. A. A dança. 
São Paulo: Siciliano, 1990. 
 
Na abordagem dos autores, a técnica, o autodomínio e o 
conhecimento do bailarino estão a serviço da 
a) padronização do movimento da dança. 
b) subordinação do corpo a um padrão. 
c) concretização da criação pessoal. 
d) ideia preconcebida de forma. 
e) busca pela igualdade entre os bailarinos. 
 
12. Essa forma de dança social (folclórica) desenvolveu-se 
como parte dos costumes e tradições de um povo que 
expressa sua manifestação cultural. Transmitida de 
geração a geração, é uma das formas de dança mais 
antigas, datando desde a época das culturas tribais 
evoluídas que estabeleceram ligação com as grandes 
civilizações da história da humanidade. A principal 
característica dessa dança é a integração, socialização, 
prazer, divertimento, respeito aos costumes e tradições.HASS, A. N; GARCIA, A. Ritmo e Dança. Canoas: Ulbra, 2003. 
 
As danças folclóricas, sendo uma expressão das 
diferentes manifestações da dança, 
a) distinguem-se das demais pelo refinamento técnico 
dos seus gestos e movimentos e pela complexidade 
dos seus elementos coreográficos. 
b) compreendem expressões culturais brasileiras 
diversificadas como o maracatu, o funk, a catira, o 
boi-bumbá, o hip-hop e o baião. 
c) são contextuais, pois seus gestos e coreografias 
fazem referência a situações da vida cotidiana e/ou 
expressam visões de mundo de uma comunidade. 
d) possuem qualidades rítmicas e expressivas 
secundárias em relação aos significados sociais, 
culturais e representacionais. 
e) reforçam tendências de massificação social e de 
dispersão de sentidos da vida comunitária, 
favorecendo a universalização de valores culturais. 
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13. 
 
 
 
Disponível em: http://plugcitarios.com/blog/2013/08/04/15-anuncios-do-
greenpeace-que-deveriam-mudar-o-mundo/ 
 
O anúncio publicitário da entidade Greenpeace utiliza-se 
de uma estratégia argumentativa que tem por objetivo 
a) explorar a compaixão dos leitores, despertando para 
os problemas da sociedade observados nas páginas 
da revista. 
b) destacar a importância da instituição como 
importante organização no combate aos crimes 
ambientais. 
c) provocar, de maneira irônica, a reflexão do leitor 
para a situação em que se encontra o meio ambiente. 
d) satirizar a futilidade dos leitores de revista de 
entretenimento, destacando a importância do meio 
ambiente. 
e) reforçar a importância do meio ambiente para os 
leitores de revistas, destacando o compromisso do 
homem. 
 
14. 
SAUDOSA MALOCA 
 
Se o senhor não tá lembrado 
Dá licença de contá 
Que aqui onde agora está 
Esse adifício arto 
Era uma casa véia 
Um palacete assobradado 
 
Foi aqui seu moço 
Que eu, Mato Grosso e o Joca 
Construímos nossa maloca 
Mas um dia, nem quero me lembrá 
Veio os homis c'as ferramentas 
O dono mandô derrubá 
 
Peguemos tudo as nossas coisas 
E fumos pro meio da rua 
Apreciar a demolição 
Que tristeza que eu sentia 
Cada táuba que caía 
Doía no coração 
Mato Grosso quis gritá 
Mas em cima eu falei 
Os homis tá cá razão 
Nós arranja outro lugar 
Só se conformemos quando o Joca falou 
Deus dá o frio conforme o cobertor 
 
E hoje nós pega páia nas gramas do jardim 
E prá esquecê, nós cantemos assim 
Saudosa maloca, maloca querida 
Dim-dim donde nós passemos os dias feliz de nossa 
vida 
Saudosa maloca, maloca querida 
Dim-dim donde nós passemos os dias feliz de nossas 
vidas 
Adoniran Barbosa 
Disponível em: https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/43969. 
 
 Adoniran Barbosa (1910-1982) foi um cantor e 
compositor brasileiro. A geografia de seu samba tem 
como espaço a região da periferia de São Paulo, 
incorporando elementos do cotidiano da cidade e de 
seus habitantes. Adoniram, conforme se observa na 
canção “Saudosa Maloca”, buscava, em suas 
composições, 
a) estabelecer inserção social, empregando uma 
linguagem representativa dos becos e vilas 
populares, destacando o falar repleto de erros 
gramaticais. 
b) traduzir as variantes geográficas tipificadoras dos 
diferentes falares do povo brasileiro, incorporando 
em seu discurso musical as situações de 
comunicação. 
c) propor um diálogo linguístico com as diferentes 
camadas do público brasileiro, apropriando-se dos 
falares sociais e históricos das gerações. 
d) construir um retrato mais verdadeiro da linguagem 
dos tipos ilustrativos do espaço social representado, 
produzindo um painel verossímil pelo discurso. 
e) realizar uma grande crítica ao uso da linguagem 
pelas camadas mais baixas da população, 
sinalizando para a necessidade de um discurso 
formal na música. 
 
15. 
ALEGRIA, ALEGRIA 
 
Que maravilhoso pais o nosso, onde se pode 
contratar quarenta músicos para tocar um uníssono. 
(Mile Davis, durante uma gravação) 
Antes havia Orlando Silva & Flauta, e até mesmo 
no meio do meio-dia. Antes havia os prados e os 
bosques na gravura dos meus olhos. Antes de ontem o 
céu estava muito azul e eu & ela passamos por baixo 
desse céu. Ao mesmo tempo, com medo dos cachorros e 
sem muita pressa de chegar do lado de lá. 
Do lado de cá não resta quase ninguém. Apenas os 
sapatos polidos refletem os automóveis que, por sua 
vez, polidos, refletem os sapatos... 
 
VELOSO, C. Seleção de textos. São Paulo: Abril Educação, 1981. 
 
 Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de 
Caetano Veloso apresenta um(a) 
a) escolha lexical permeada por estrangeirismos e 
neologismos. 
b) regra típica da escrita contemporânea comum em 
textos da internet. 
c) padrão inusitado, com um registro próprio, 
decorrente da criação poética. 
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d) nova sintaxe, identificada por uma reorganização da 
articulação entre as frases. 
e) emprego inadequado da norma-padrão, gerador de 
incompreensão comunicativa. 
 
16. 
 Jerônimo, ao senti-la inteira nos seus braços; ao 
sentir na sua pele a carne quente daquela brasileira; ao 
sentir inundar-lhe o rosto e as espáduas, num eflúvio de 
baunilha e cumaru, a onda negra e fria da cabeleira da 
mulata; ao sentir esmagarem-se no seu largo e peludo 
colo de cavouqueiro os dois globos túmidos e macios, e 
nas suas coxas as coxas dela, sua alma derreteu-se, 
fervendo e borbulhando como um metal ao fogo, e saiu-lhe 
pela boca, pelos olhos, por todos os poros do corpo, 
escandescente, em brasa, queimando-lhe as próprias carnes 
e arrancando-lhe gemidos surdos, soluços irreprimíveis, 
que lhe sacudiam os membros, fibra por fibra numa agonia 
extrema, sobrenatural, uma agonia de anjos violentados 
por diabos, entre a vermelhidão cruenta das labaredas do 
inferno. 
 E com um arranco de besta-fera caíram ambos 
prostrados, arquejando. Ela tinha a boca aberta, a língua 
fora, os braços duros, os dedos inteiriçados, e o corpo 
todo a tremer-lhe da cabeça aos pés, continuamente, 
como se estivesse morrendo; ao passo que ele, de súbito 
arremessado longe da vida por aquela explosão 
inesperada dos seus sentidos, deixava-se mergulhar 
numa embriaguez deliciosa, através da qual o mundo 
inteiro e todo o seu passado fugiam como sombras 
fátuas. 
O Cortiço, Aluísio Azevedo. 
 
No trecho extraído do romance O Cortiço, de Aluísio 
Azevedo, escritor brasileiro filiado ao Naturalismo, 
constata-se, de maneira bastante explícita, na relação 
entre Jerônimo e Rita Baiana, 
a) visão mais fisiológica do relacionamento amoroso. 
b) concepção animalesca do amor romântico. 
c) dimensão mais sublime do amor entre os 
enamorados. 
d) corporificação do amor em sua face sexual. 
e) materialização das paixões em seu aspecto carnal. 
 
17. 
 
Paturi Djeoromitxi grava relato de mitos feito por Armando 
Djeoromitxi da família linguística dabuti. Língua dos djeoromitxi 
está seriamente ameaçada de extinção, mas ainda se mantém em 
núcleos familiares onde é falada por membros de diferentes 
gerações na reserva Guaporé. 
 
Disponível em: http://linguistica.museu-
goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-
moore-galucio-gabas.pdf. Acesso em: 08 jun. 2020. 
DESAFIO DE DOCUMENTAR E 
PRESERVAR LÍNGUAS 
 
A maneira tradicional de descrever uma língua é 
elaborar uma gramática dela – fonética, fonologia, 
morfologia e sintaxe –, um dicionário e uma coletânea 
de textos. Em anos recentes, com a ênfase nas línguas 
em perigo de extinção, novos métodos de 
documentação foram desenvolvidos, focalizados na 
gravação de amostras da língua, na digitalização e 
anotação das gravações e no seu uso para revitalização 
linguística. Essas gravações e anotações devem ser 
armazenadas em forma digital nos arquivos linguísticos 
profissionais, em caráter permanente. 
 
Por Dennis Albert Moore, Ana Vilacy Galucio 
e Nílson Gabas Júnior 
Disponível em: http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-
moore-galucio-gabas.pdf Acesso em: 08 jun. 2020. 
 
O processo de documentação das línguas indígenas 
observado na imagem e no texto evidencia a 
importância do(a) 
a) registro digital para revitalizar as culturas dadas 
como extintas. 
b) pesquisa para promover a investigação sobre línguas 
indígenas mortas. 
c) necessidade de preservação das comunidades 
indígenas e de sua tradição oral. 
d) reconstituição da língua de um povo, por meio de 
coleta de dados históricos. 
e) tecnologia como recurso para preservar línguas 
ameaçadas de desaparecimento. 
 
18. 
É dia de festa na roça. Fogueira posicionada, 
caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes 
suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o 
salão. Mas o ponto mais esperado de toda a festa é 
sempre a quadrilha, embalada por música típica e 
linguajar próprio. Anarriê, alavantú, balancê de damas e 
tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha 
deixam a festa de São João, comemorada em todo o 
Brasil, ainda mais completa. 
Embora os festejos juninos sejam uma herança da 
colonização portuguesa no Brasil, grande parte das 
tradições da quadrilha tem origem francesa. E muita 
gente dança sem saber. 
As influências estrangeiras são muitas nas festas 
dos três santos do mês de junho (Santo Antônio, no dia 
13, e São Pedro, no dia 29, completam o grupo). 
O “changê de damas” nada mais é do que a troca de 
damas na dança, do francês “changer”. O “alavantú”, 
quando os casais se aproximam e se cumprimentam, 
também é francês, e vem de “en avant tous”. Assim 
também acontece com o “balancê”, que também vem de 
bailar em francês. 
 
SOARES, L. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com. 
Acesso em: 30 jun. 2015. Adaptado. 
http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf
http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf
http://linguistica.museu-goeldi.br/downloads/publicacoes/desafio-de-documentar-e-preservar-moore-galucio-gabas.pdf
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Ao discorrer sobre a festa de São João e a quadrilha 
como manifestações da cultura corporal, o texto 
privilegia a descrição de 
a) movimentos realizados durante a coreografia da 
dança. 
b) personagens presentes nos festejos de São João. 
c) vestimentas utilizadas pelos participantes. 
d) ritmos existentes na dança da quadrilha. 
e) folguedos constituintes do evento. 
 
19. 
 
 
As cobras: Luis Fernando Verissimo 
Disponível em: http://www.universohq.com/noticias/as-cobras-de-
luis-fernando-verissimo-em-coletanea-de-tiras/ 
Acesso em: 15 fev. 2020. 
 
No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em 
diferentes linguagens, a tirinha produz efeito de humor, 
explorando a 
a) caracterização da linguagem utilizada em uma 
esfera de comunicação. 
b) perspectiva como fator de mediação na leitura do 
mundo. 
c) impossibilidade de comunicação entre membros de 
um grupo social. 
d) relação de contrastes na forma de se compreender a 
realidade. 
e) complexidade da reflexão presente no diálogo entre 
as personagens. 
 
20. 
 
CAMPOS, A. Despoesia. São Paulo: Perspectiva, 1994. Adaptado. 
 
Augusto de Campos é um artista concretista brasileiro 
cuja poética estabelece a relação de diálogo entre as 
diferentes sensações. Enquanto texto artístico, pode-se 
afirmar que o aspecto lúdico do “poema-bomba” reside 
na 
a) exploração exclusiva da dimensão fônica das 
palavras, o que torna a sonoridade um elemento 
essencial na compreensão do texto. 
b) diagramação, harmonizando os componentes 
gráficos e espaciais, que se transformam em 
elementos de construção de sentidos diversos. 
c) impressão de movimento e de som, construída pela 
conjugação perfeita dos elementos dispostos em 
harmonia. 
d) utilização do espaço como elemento secundário para 
a construção de sentidos, já que a palavra é 
suficiente para a leitura do poema. 
e) conjugação da palavra, do som e da imagem, 
produzindo um efeito caótico pela disposição dos 
componentes gráficos no espaço do papel. 
 
 
 
 
1. 
 
VERISSIMO, Luis Fernando. As cobras. 
Rio de Janeiro: objetiva, 2010. 
 
 Na tira, as duas cobras estão dialogando entre si, quando 
a minhoca interfere. Nessa situação, a repetição e o tom 
exclamativo da fala da minhoca destacam 
principalmente a seguinte característica da personagem: 
a) Raiva. 
b) Arrivismo. 
c) Ansiedade. 
d) Intolerância. 
e) Contrariedade. 
 
2. 
IDENTIDADE (1992) 
 
Elevador é quase um templo 
Exemplo pra minar teu sono 
Sai desse compromisso 
Não vai no de serviço 
Se o social tem dono, não vai... 
 
Quem cede a vez não quer vitória 
Somos herança da memória 
Temos a cor da noite 
Filhos de todo açoite 
Fato real de nossa história 
 
Se o preto de alma branca pra você 
É o exemplo da dignidade 
Não nos ajuda, só nos faz sofrer 
Nem resgata nossa identidade 
JORGE ARAGÃO. vagalume.com.br 
 
A metáfora “preto de alma branca” é criticada na letra 
da canção por estar associada a um contexto de 
a) intolerância cultural. 
b) desigualdade étnica. 
c) discriminação política. 
d) hierarquia econômica. 
e) disparidade socioeconômica. 
PROFESSOR SOUSA NUNES 
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3. 
 
CREONTE: 
Esperem um pouco 
Eu preciso de alguém pra refletir 
comigo se eu estou caduco, louco, 
ou o mundo está ficando esquisito.... 
Fazem baderna, chiam, quebram trem, 
Quebram estação, muito bem, bonito 
E a gente inda tem que dizer amém 
(...) 
 
JASÃO: 
Não discuto quebrar.... Agora 
quem às três da manhã tá de olho aberto, 
se espreme pra chegar no emprego às sete, 
lá passa o dia todo, volta às onze 
da noite pra acordar a canivete 
de novo às três, tinha que ser de bronze 
pra fazer isso sempre, todo dia 
(...) 
 
Uma tragédia brasileira, de Chico Buarque e Paulo Pontes. 
 
 Na resposta de Jasão a Creonte, o uso da palavra 
“agora”, sublinhada acima, possui função 
argumentativa, expressando sentido de 
a) condição. 
b) oposição. 
c) conclusão. 
d) explicação. 
e) tempo. 
 
 Texto para as questões 4 e 5. 
 
FÍSICA PARA POETAS 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
25 
 
O ensino da física sempre foi um grande 
desafio. Nos últimos anos, muitos esforços foram 
feitos com o objetivo de ensiná-la desde as séries 
iniciais do ensino fundamental, no contexto do 
ensino de ciências. Porém, como disciplina regular, 
a física aparece no Ensino Médio, quando se torna 
“um terror” para muitos estudantes. 
Várias pesquisas vêm tentando identificar 
quais são as principais dificuldades do ensino de 
física e das ciências em geral. Em particular, a 
queixa que sempre se detecta é que os estudantes 
não conseguem compreender a linguagem 
matemática na qual, muitas vezes, os conceitos 
físicos são expressos. Outro ponto importante é que 
as questões que envolvem a física são apresentadas 
fora de uma contextualização do cotidiano das 
pessoas, o que dificulta seu aprendizado. Por fim, 
existe uma enorme carência de professores formados 
em física para ministrar as aulas da disciplina. 
As pessoas que vão para o Ensino Superior e 
que não são da área de ciências exatas praticamente 
nunca mais têm contato com a física, da mesma 
maneira que os estudantes de física, engenharia e 
química poucas vezes voltam a ter contato com a 
literatura, a história e a sociologia. É triste notar que 
a especialização na formação dos indivíduos 
 
 
 
30 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
70 
 
costuma deixá-los distantes de partes importantes da 
nossa cultura, da qual as ciências físicas e as 
humanidades fazem parte.Mas vamos pensar em soluções. Há alguns 
anos, ofereço um curso chamado “Física para 
poetas”. A ideia não é original – ao contrário, é 
muito utilizada em diversos países e aqui mesmo no 
Brasil. Seu objetivo é apresentar a física sem o uso 
da linguagem matemática e tentar mostrá-la próxima 
ao cotidiano das pessoas. Procuro destacar a beleza 
dessa ciência, associando-a, por exemplo, à poesia e 
à música. 
Alguns dos temas que trabalho em “Física para 
poetas” são inspirados nos artigos que publico. Por 
exemplo, “A busca pela compreensão cósmica” é 
uma das aulas, na qual apresento a evolução dos 
modelos que temos do universo. Começando pelas 
visões místicas e mitológicas e chegando até as 
modernas teorias cosmológicas, falo sobre a busca 
por responder a questões sobre a origem do universo 
e, consequentemente, a nossa origem, para 
compreendermos o nosso lugar no mundo e na 
história. 
Na aula “Memórias de um carbono”, faço uma 
narrativa de um átomo de carbono contando sua 
história, em primeira pessoa, desde seu nascimento, 
em uma distante estrela que morreu há bilhões de 
anos, até o momento em que sai pelo nariz de uma 
pessoa respirando. Temas como astronomia, 
biologia, evolução e química surgem ao longo dessa 
aula, bem como as músicas “Átimo de pó” e 
“Estrela”, de Gilberto Gil, além da poesia 
“Psicologia de um vencido”, de Augusto dos Anjos. 
Em “O tempo em nossas vidas”, apresento esse 
fascinante conceito que, na verdade, vai muito além 
da física: está presente em áreas como a filosofia, a 
biologia e a psicologia. Algumas músicas de Chico 
Buarque e Caetano Veloso, além de poesias de 
Vinicius de Moraes e Carlos Drummond de 
Andrade, ajudaram nessa abordagem. Não faltou 
também “Tempo Rei”, de Gil. 
A arte é uma forma importante do 
conhecimento humano. Se músicas e poesias 
inspiram as mentes e os corações, podemos mostrar 
que a ciência, em particular a física, também é algo 
inspirador e belo, capaz de criar certa poesia e 
encantar não somente aos físicos, mas a todos os 
poetas da natureza. 
 
ADILSON DE OLIVEIRA 
Disponível em: cienciahoje.org.br, 08/08/2016. Adaptado. 
 
 
4. No trecho “A busca pela compreensão cósmica” é uma 
das aulas, na qual apresento a evolução dos modelos 
que temos do universo.” (l. 41-43), a forma verbal 
sublinhada expressa uma ação que se caracteriza como 
a) interrompida . 
b) simultânea. 
c) concluída. 
d) reiterada. 
e) habitual. 
 
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5. Para atingir seus propósitos, o curso oferecido pelo 
autor explora uma estratégia baseada sobretudo no 
seguinte aspecto da linguagem: 
a) Registro formal. 
b) Gêneros textuais. 
c) Metalinguagem. 
d) Metáforas cristalizadas. 
e) Vocábulos polissêmicos. 
 
6. 
 
Prezada senhorita, 
 
Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de 
acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, 
o tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à 
Rua da Praia, número 632, dar por encerrados nossos 
entendimentos de noivado. Como passei a ser o contabilista- 
-chefe dos Armazéns Penalva, conceituada firma desta 
praça, não me restará, em face dos novos e pesados 
encargos, tempo útil para os deveres conjugais. 
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no 
varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que me 
formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em 
solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e 
outras autoridades civis e militares, bem assim como 
representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade 
Cultural e Recreativa José de Alencar. 
Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador, 
Sabugosa de Castro 
 
CARVALHO, J. C. “Amor de contabilista”. In: Porque Lulu 
Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. 
 
 A exploração da variação linguística é um elemento que 
pode provocar situações cômicas. Nesse texto, o tom de 
humor decorre da incompatibilidade entre 
a) o objetivo de informar e a escolha do gênero textual. 
b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos 
interlocutores. 
c) o emprego de expressões antigas e a temática 
desenvolvida no texto. 
d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências 
estruturais da carta. 
e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a 
profissão do remetente. 
 
 
7. 
Menino de cidade — Papai, você deixa eu ter um 
cachorro no meu sítio? — Deixo. — E um porquinho- 
-da-índia? E ariranha? E macaco e quatro cabritos? E 
duzentos e vinte pombas? E um boi? E vaca? E 
rinoceronte? — Rinoceronte não pode. — Tá bem, mas 
cavalo pode, não pode? O sítio é apenas um terreno no 
estado do Rio sem maiores perspectivas imediatas. Mas 
o garoto precisa acreditar no sítio como outras pessoas 
precisam acreditar no céu. O céu dele é exatamente o da 
festa folclórica, a bicharada toda e ele, que nasceu no 
Rio e vive nesta cidade sem animais. 
 
CAMPOS, P. M. Balé do pato e outras crônicas. 
São Paulo: Ática, 1988. 
 
Nessa crônica, a repetição de estruturas sintáticas, além 
de fazer o texto progredir, ainda contribui para a 
construção de seu sentido, 
a) demarcando o diálogo desenvolvido entre o pai e o 
menino criado na cidade. 
b) opondo a cidade sem animais a um sítio habitado 
por várias espécies diferentes. 
c) revelando a ansiedade do menino em relação aos 
bichos que poderia ter em seu sítio. 
d) pondo em foco os animais como temática central da 
história narrada nessa prosa ficcional. 
e) indicando a falta de ânimo do pai, sem maiores 
perspectivas futuras em relação ao terreno. 
 
8. 
As alegres meninas que passam na rua, com suas 
pastas escolares, às vezes com seus namorados. 
As alegres meninas que estão sempre rindo, 
comentando o besouro que entrou na classe e pousou no 
vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem 
importância. 
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada 
uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem 
desafinado, riem sem motivo; riem. 
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca 
mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. 
Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. 
O corpo da menina encontrado naquelas condições, em 
lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa 
mais rir. 
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se 
adultas de uma hora para outra; essas mulheres. 
 
ANDRADE, C. D. “Essas meninas”. Contos plausíveis. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. 
 
No texto, há recorrência do emprego do artigo “as” e do 
pronome “essas”. No último parágrafo, esse recurso 
linguístico contribui para 
a) intensificar a ideia do súbito amadurecimento. 
b) indicar a falta de identidade típica da adolescência. 
c) organizar a sequência temporal dos fatos narrados. 
d) complementar a descrição do acontecimento trágico. 
e) expressar a banalidade dos assuntos tratados na 
escola. 
 
9. 
 
VIOLÊNCIA E PSIQUIATRIA 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
10 
 
 
 
O tipo de violência que aqui considerarei 
pouco tem a ver com pessoas que utilizam martelos 
para golpear a cabeça de outras, nem se aproximará 
muito do que se supõe façam os doentes mentais. Se 
se quer falar de violência em psiquiatria, a violência 
que brada, que se proclama em tão alta voz que 
raramente é ouvida, é a sutil, tortuosa violência 
perpetrada pelos outros, pelos “sadios”, contra os 
rotulados de “loucos”. Na medida em que a 
psiquiatria representa os interesses ou pretensos 
interesses dos sadios, podemos descobrir que, de 
fato, a violência em psiquiatria é sobretudo a 
violência da psiquiatria. 
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30 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
40 
 
 
Quem são porém as pessoas sadias? Como se 
definem a si próprias? As definições de saúde 
mental propostas pelos especialistas ou estabelecema necessidade do conformismo a um conjunto de 
normas sociais arbitrariamente pressupostas, ou são 
tão convenientemente gerais – como, por exemplo, 
“a capacidade de tolerar conflitos” – que deixam de 
fazer sentido. Fica-se com a lamentável reflexão de 
que os sadios serão, talvez, todos aqueles que não 
seriam admitidos na enfermaria de observação 
psiquiátrica. Ou seja, eles se definem pela ausência 
de certa experiência. 
Sabe-se, porém, que os nazistas asfixiaram 
com gás dezenas de milhares de doentes mentais, 
assim como dezenas de milhares de outros tiveram 
seus cérebros mutilados ou danificados por 
sucessivas séries de choques elétricos: suas 
personalidades foram deformadas, de modo 
sistemático, pela institucionalização psiquiátrica. 
Como podem fatos tão concretos emergir na base de 
uma ausência, de uma negatividade – a compulsiva 
não loucura dos sadios? De fato, toda a área de 
definição de sanidade mental e loucura é tão 
confusa, e os que se arriscam dentro dela são tão 
aterrorizados pela ideia do que possam encontrar, 
não só nos “outros” como também em si mesmos, 
que se deve considerar seriamente a renúncia ao 
projeto. 
DAVID COOPER 
Psiquiatria e antipsiquiatria. São Paulo: Perspectiva, 1967. Adaptado. 
 
 A relação entre “violência” e “psiquiatria” em “a 
violência em psiquiatria é sobretudo a violência da 
psiquiatria.” (l. 12-13) é destacada pelos dois termos 
sublinhados, que expressam, respectivamente, as noções 
de 
a) substância e causa. 
b) assunto e posse. 
c) posse e matéria. 
d) foco e assunto. 
e) área e agente. 
 
10. 
NANA PARA GLAURA 
 
Dorme como quem 
porque nunca nascida 
dormisse no hiato 
entre a morte e a vida. 
 
Dorme como quem 
nem os olhos abrisse 
por saber desde sempre 
quanto o mundo é triste. 
 
Dorme como quem 
cedo achasse abrigo 
que nos meus desabrigos 
dormirei contigo. 
 
 José Paulo Paes, 
Prosas seguidas de Odes mínimas, S. Paulo, 
Cia. das Letras, 1992, p. 37. 
 O pronome contigo, na última estrofe do poema, está 
empregado 
a) de acordo com a norma culta, pois o poeta dirige-se 
a Glaura na segunda pessoa do singular – dorme. 
b) em desacordo com a norma culta, apenas para rimar 
com a palavra abrigo, pois o correto seria “com 
você”. 
c) corretamente, por ser o único momento do texto em 
que é possível assegurar em que pessoa o poeta se 
dirige a Glaura. 
d) em desacordo com a norma culta, pois o correto 
seria “consigo”, já que o poeta se dirige a Glaura na 
terceira pessoa do singular – dorme. 
e) corretamente, desde que considerado o uso informal 
da língua; no uso formal, o mais adequado seria 
“convosco”. 
 
11. 
FUTUROS AMANTES 
 
Não se afobe, não 
Que nada é pra já 
O amor não tem pressa 
Ele pode esperar em silêncio 
Num fundo de armário 
Na posta-restante 
Milênios, milênios 
No ar 
 
E quem sabe, então 
O Rio será 
Alguma cidade submersa 
Os escafandristas virão 
Explorar sua casa 
Seu quarto, suas coisas 
Sua alma, desvãos 
 
Sábios em vão 
Tentarão decifrar 
O eco de antigas palavras 
Fragmentos de cartas, poemas 
Mentiras, retratos 
Vestígios de estranha civilização 
 
Não se afobe, não 
Que nada é pra já 
Amores serão sempre amáveis 
Futuros amantes, quiçá 
Se amarão sem saber 
Com o amor que eu um dia 
Deixei pra você 
Chico Buarque 
 
Sobre a letra da canção, é correto afirmar: 
a) Na segunda estrofe, a palavra Explorar configura-se 
como um sinônimo da expressão “tirar proveito”, 
podendo ser classificada como pejorativa. 
b) A imagem do rio como uma cidade submersa 
remete, no contexto, à passagem de um longo 
período de tempo, que já se anunciara na primeira 
estrofe, no verso Milênios, milênios. 
c) Na terceira estrofe, o eu lírico afirma que considera 
estranhas as reminiscências que guarda de um 
relacionamento, contidas em palavras, Fragmento 
de cartas, poemas e retratos. 
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d) Ao dizer que guardará o amor Num fundo de 
armário, ou Na pasta-restante, o eu lírico 
demonstra, por meio de metáforas, que deseja 
manter o seu sentimento somente para si. 
e) A ideia de que, no futuro, as pessoas, cada vez mais 
individualistas, não saberão entender as emoções 
está contida no segmento em vão Tentarão decifrar. 
 
12. Embora pudesse estar estampada na primeira página de 
um jornal, a manchete que está redigida em desacordo 
com a norma culta é: 
a) Aprovado projeto de lei que prevê mudanças 
significativas na educação. 
b) Polícia fecha o cerco a sequestradores de empresário 
da construção civil. 
c) Já há mais trabalhadores com carteira assinada do 
que no mercado informal. 
d) Ações orquestradas pelos três poderes freiam o 
desmatamento na região amazônica. 
e) Condenado há vinte anos de prisão por homicídio 
duplamente qualificado. 
 
 Texto para as questões 13 e 14. 
 
SERÁ A FELICIDADE NECESSÁRIA? 
 
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas 
felicidade é pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois 
fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é 
procurar uma definição para felicidade, o que equivale a 
rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de 
gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. 
O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta. 
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se 
tenha ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o 
mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de 
dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai 
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se 
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, 
é o caráter de permanência. Uma resposta consequente exige 
colocar na balança a experiência passada, o estado presente 
e a expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não 
ser clara. 
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que 
os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao 
influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que 
entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, 
que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a 
resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa 
grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas 
pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, que consiga 
cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se 
ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não 
dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a 
pobre criança. 
Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 
24 de março de 2010, p. 142. 
13. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem 
muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na 
profissão. (3º parágrafo) 
O emprego das formas verbais grifadas acima denota 
a) hipótese passível de realização. 
b) fato real e definido no tempo. 
c) condição de realização de um fato. 
d) finalidade das ações apontadas no segmento. 
e) temporalidade que situa as ações no passado. 
 
14. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. 
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (3º parágrafo) 
Com a palavra destacada, o autor 
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente 
afirmado. 
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na 
afirmativa anterior. 
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa 
feita anteriormente. 
d) determina uma situação em que se realiza a 
probabilidade antes considerada. 
e) estabelece algumas condições necessárias para a 
efetivação do que se afirma. 
 
15. 
 
Paulo Leminski foi um escritor múltiplo: além de 
poeta, traduzia (indo de Petrônio a James Joyce) e 
escrevia ensaios (concentrados nos dois volumes de 
Anseios crípticos), artigos e romances, e também letras 
de música. Nascido em Curitiba, no Paraná, em 1944, 
numa família em que o pai, de origem polaca, era 
militar, e amãe, de origem negra, era filha de um 
militar, estudou para ser monge beneditino no Colégio 
São Bento, em São Paulo, onde chegou a escrever um 
livro sobre a ordem. No entanto, acabou seguindo o 
caminho da poesia − em meio à agitação cultural e 
política dos anos 1960 e 1970. (…) 
 
André Dick. Paulo Leminski e a flor ausente. 
Disponível em: www.cronopios.com.br/site/ensaios.asp?id=4027. 
Acesso em 06 jun. 2009. Adaptado. 
 
… estudou para ser monge beneditino no Colégio 
São Bento, em São Paulo, onde chegou a escrever um 
livro sobre a ordem. No entanto, acabou seguindo o 
caminho da poesia – em meio à agitação cultural e 
política dos anos 1960 e 1970. 
 
 Considerado o contexto, o sentido dos elementos 
grifados acima pode ser adequadamente reproduzido, na 
ordem dada, por 
a) disposição − tumulto. 
b) escola − confronto. 
c) equilíbrio − burburinho. 
d) congregação − efervescência. 
e) prudência – radicalismo. 
 
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1. 
RETRATO DO ARTISTA QUANDO COISA 
 
A menina apareceu grávida de um gavião. 
Veio falou para a mãe: o gavião me desmoçou. 
A mãe disse: Você vai parir uma árvore para 
a gente comer goiaba nela. 
E comeram goiaba. 
Naquele tempo de dantes não havia limites 
para ser. 
Se a gente encostava em ser ave ganhava o 
poder de alçar. 
Se a gente falasse a partir de um córrego 
a gente pegava murmúrios. 
Não havia comportamento de estar. 
Urubus conversavam sobre auroras. 
Pessoas viravam árvore. 
Pedras viravam rouxinóis. 
Depois veio a ordem das coisas e as pedras 
têm que rolar seu destino de pedra para o resto 
dos tempos. 
Só as palavras não foram castigadas com 
a ordem natural das coisas. 
As palavras continuam com seus deslimites. 
 
BARROS. M. Retrato do Artista Quando Coisa 
Rio de Janeiro: Record, 1998. 
 
No poema, observam-se os itens lexicais desmoçou e 
deslimites. O mecanismo linguístico que os originou 
corresponde ao processo de 
a) estrangeirismo, que significa a inserção de palavras 
de outras comunidades idiomáticas nó português. 
b) neologismo, que consiste na inovação lexical, usada 
para o refinamento estilístico do texto poético. 
c) arcaísmo, que expressa o emprego de termos 
produtivos em outros períodos históricos do 
português. 
d) brasileirismo, que significa a inserção de palavras 
específicas da realidade linguística do português. 
e) jargão, que evidencia o uso profissional de palavras 
específicas de uma área do léxico do português. 
 
2. Os discursos referentes à prática de exercícios físicos 
estão imbricados de valores sociais, culturais e 
educativos influenciados, principalmente, pelos 
discursos midiáticos. O processo natural de 
envelhecimento passa a ser visto como um descuido por 
aqueles que assim o aparentam, especialmente nos 
cuidados com o corpo. 
 
Disponível em: http;//umahistoriaporacabar.blogspot.com. 
Acesso em: 25 fev. 2012. 
Ao analisarmos a imagem, podemos considerar que ela 
apresenta 
a) os valores do corpo visto enquanto conjunto de 
partes funcionando como uma máquina, fruto dos 
valores mecanicistas. 
b) a ideia do corpo ideal jovem, musculoso e atlético e 
o exercício como a fórmula para se alcançar a 
juventude eterna e, por sua vez, o sucesso. 
c) a prática de exercícios como promoção de saúde e 
respeito ao desenvolvimento humano. 
d) um corpo em toda a sua essência, físico, psíquico, 
biológico e cultural e o exercício auxiliando o 
entendimento de todas essas dimensões. 
e) o exercício físico como possibilidade de atender às 
pessoas de qualquer idade e classe para o 
aprimoramento estético. 
 
3. 
Os mesmos objetivos que a teatróloga Spolin 
propõe para o espetáculo são válidos em cada 
momento durante o processo de aprendizagem, onde o 
teatro, enquanto manifestação viva e espontânea, deve 
estar presente em todos os momentos. Da mesma 
forma como a plateia de espectadores é normalmente 
pouco estimulada por emoções que pertencem ao 
passado, o jogador no palco não explora a si mesmo 
(suas emoções) através de um processo de 
identificação subjetivo, mas atua em função do 
momento presente. 
 
KOUDELA,I. D. Jogos teatrais São Paulo: Perspectiva. 2006. 
 
 
O jogo teatral permite a liberdade de ação e o 
estabelecimento de contato com o ambiente e a ação 
espontânea se desenvolve de forma a 
a) ocultar a atuação do ator, dispensando a renovação 
das emoções, que são desestimulantes. 
b) estimular a lembrança de momentos passados para 
salientar a importância das novas emoções. 
c) entender os processos que se desenvolvem no palco 
com a exploração dos seus próprios sentimentos. 
d) experienciar emoções novas, que surgem no 
presente, sem a exploração das velhas emoções do 
ator. 
e) vivenciar alguns momentos, que Spolin acredita 
serem pertencentes ao processo subjetivo do ator. 
 
4. 
RESUMO 
 
Gerou os filhos, os netos, 
Deu à casa o ar de sua graça 
e vai morrer de câncer. 
O modo como pousa a cabeça para um retrato 
é o da que, afinal, aceitou ser dispensável. 
Espera, sem uivos, a campa, a tampa, a inscrição: 
1906-1970. 
SAUDADE DOS SEUS, LEONORA. 
 
PRADO. A Bagagem. Rio de Janeiro: Record, 2007. 
PROFESSOR TOM DANTAS 
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O texto de Adélia Prado apresenta uma mulher cuja vida 
se “resume”. Sua expressão poética revela 
a) contradições do universo feminino infeliz. 
b) frustração relativa às obrigações cotidianas. 
c) busca de identidade no universo familiar. 
d) subterfúgios de uma existência complexa. 
e) resignação diante da condição social imposta. 
 
5. 
Texto I 
 
A INVASÃO DOS MARCIANOS 
 
O cineasta Orson Welles, em outubro de 1938, 
propôs à rádio Columbia Broadcasting System uma 
transmissão diferente: uma adaptação de A guerra dos 
mundos. A obra é um dos livros de ficção científica 
mais famosos do escritor H.G. Wells. Na época de sua 
publicação, foi considerado perigoso, pois poderia 
causar fobias nos leitores. 
Depois de passar 15 dias convencendo a direção 
da rádio a não colocar a locução na programação do 
dia, a transmissão foi ao ar às 20 horas do dia 30 de 
outubro daquele ano. 
Depois das previsões meteorológicas, a rádio 
começou a tocar música. Houve uma interrupção brusca 
e o locutor disse: “A C.B.S. interrompe seu programa 
para anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes 
dimensões caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova 
Jersey, a algumas milhas de Nova York'. A música 
voltou e novamente foi interrompida para a entrevista 
com um professor de meteorologia sobre a origem dos 
meteoros. Em seguida, entrou no ar um repórter falando 
sobre o meteoro e os muitos curiosos ao redor. Então, o 
enviado especial começou a descrever o meteoro se 
abrindo e dele saindo seres gigantescos com tentáculos. 
De repente, ele foi morto por raio disparado pelos seres 
extraterrestres. 
Logo chegaram à CBS as primeiras notícias de 
que a população estava histérica. No entanto, o diretor 
da estação resolveu não anunciar que tudo não passava 
de uma transmissão fictícia e decidiu continuar. “Vocês 
acabaram de ouvir a primeira parte de uma irradiação 
de Orson Welles, que radiofonizou a obra A guerra de 
dois mundos, do famoso escritor inglês H. G. Wells”. 
 
Disponível em: www.pucrs.br. Acesso em: 10 out. 2011. 
 
 
Texto II 
ESCRAVA ISAURA 
 
As novelas brasileiras fazem muito sucesso no 
exterior. A adaptação do romance a Escrava Isaura é 
um exemplo de sucesso mundial. Segundo o Guia dos 
Curiosos, “seu sucesso no exterior foi tamanho que 
influenciou acontecimentos importantes da História”. 
O site registra também que “em Cuba, o governo 
chegou a cancelar o racionamento de energia elétrica 
durante o horário da novela”. 
 
Disponível em: www.guiadoscursioso.com.br. 
Acesso em: 10 out.2011. 
Os textos I e II tratam da adaptação de obras ficcionais 
para o rádio e a televisão, tecnologias de comunicação einformação predominantes em determinadas épocas. 
São efeitos sociais dessas respectivas transmissões 
a) a negação dos avanços tecnológicos e a resistência a 
ideais políticos totalitários. 
b) a diminuição no número de leitores e o veto político 
a autores de pouca confiabilidade. 
c) a confirmação das limitações tecnológicas do rádio e 
a independência política da televisão. 
d) a alteração no modo de apreensão da realidade e a 
interferência em decisões oficiais. 
e) a desvalorização de obras literárias e a alteração na 
hegemonia do regime político de Cuba. 
 
6. 
Texto I 
 
Convivemos com o modelo de pirâmide social, no 
qual uma grande base de excluídos sustenta alguns 
poucos privilegiados situados no topo da pirâmide 
socioeconômica, modelo esse que se repete, ipsis 
litteris, no caso do acesso ao chamado mundo da 
cibercultura. E, mesmo com todas as políticas públicas 
de implantação de telecentros, infocentros, pontos de 
cultura e programas de introdução de computadores nas 
escolas, ainda percebemos que os conectados, no Brasil, 
são, em grande maioria, os que estão nas camadas mais 
altas da sociedade. 
 
PRETTO, N. L.; SILVEIRA, S.A. (Org) Além das redes 
 de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. 
Salvador: Edufba, 2008. Fragmento. 
 
Texto II 
 
 
 
CARUSO, F.: SILVEIRA, C. Quadrinhos para a cidadania. 
história, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, 
v. 16, n. 1. jan-mar. 2009. 
 
Os dois textos apresentam pontos de vista críticos sobre os 
usos sociais que são feitos dos sistemas de comunicação e 
informação. Em ambos, problematiza-se a 
a) distância existente entre o avanço das tecnologias da 
informação e comunicação e ó efetivo acesso de 
todas as classes sociais a esse aporte tecnológico. 
b) política de introdução de computadores nas escolas e 
a restrição de apeio financeiro a determinadas 
regiões do Brasil. 
c) carência de laboratórios de informática e a falta de 
acesso à rede mundial de computadores nas escolas 
públicas. 
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d) falta de formação dos alunos para o acesso ao 
mundo digital e o uso inapropriado dos 
equipamentos. 
e) quantidade insuficiente de professores para trabalhar 
com as tecnologias da informação e ensiná-las aos 
alunos. 
 
7. 
Pecados, vagância de pecados. Mas, a gente estava 
com Deus? Jagunço podia? Jagunço – criatura paga para 
crimes, impondo o sofrer no quieto arruado dos outros, 
matando e roupilhando. Que podia? Esmo disso, disso, 
queri, por pura toleima; que sensata resposta podia me 
assentar o Jõe, broreiro peludo do Riachão do 
Jequitinhonha? Que podia? Agente, nós, assim 
jagunços, se estava em permissão de fé para esperar de 
Deus perdão de proteção? Perguntei, quente. 
— “Uai? Nós vive... — foi o respondido que ele 
me deu. 
 
ROSA. G. Grande sertão: veredas Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira. 2001. Fragmento. 
 
Guimarães Rosa destaca-se pela inovação da linguagem 
com marcas dos falares populares e regionais. Constrói 
seu vocabulário a partir de arcaísmos e da intervenção 
nos campos sintático-semânticos. Em Grande sertão: 
veredas, seu livro mais marcante, faz o enredo girar em 
torno de Riobaldo, que tece a história de sua vida e sua 
interlocução com o mundo-sertão. 
 
No fragmento em referência, o narrador faz uso da 
linguagem para revelar 
a) inquietação por desconhecer se os jagunços podem 
ou não ser protegidos por Deus. 
b) uma insatisfação profunda com relação à sua 
condição de jagunço e homem pecador. 
c) confiança na resposta de seu amigo Jõe, que parecia 
ser homem estudado e entendido. 
d) muitas dúvidas sobre a vida após a morte, a vida 
espiritual e sobre a fé que pode ter o jagunço. 
e) arrependimento pelos pecados cometidos na vida 
errante de jagunço e medo da perdição eterna. 
 
8. 
A DESPROPÓSITO 
 
Olhou para o teto, a telha parecia um quadrado de doce. 
Ah! — falou sem se dar conta de que descobria, 
durando desde 
a infância, aquela hora do dia, mais um galo cantando, 
um corte de trator, as três camadas de terra, 
a ocre, a marrom, a roxeada. Um pasto, 
não tinha certeza se uma vaca 
e o sarilho da cisterna desembestado, a lata 
batendo no fundo com estrondo. 
Quando insistiram, vem jantar, que esfria, 
ele foi e disse antes de comer: 
“Qualidade de telha é essas de antigamente”. 
 
PRADO. A. Bagagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2006. 
 A poesia brasileira sofreu importantes transformações 
após a Semana de 1922, sendo a aproximação com a 
prosa uma das mais significativas. O poema da poeta 
mineira Adélia Prado rompe com a lírica tradicional e se 
aproxima da prosa por apresentar 
a) travessão, estrutura do verso com pontuação comum 
a orações e aproximação com a oralidade, elementos 
próprios da narrativa. 
b) uma estrutura narrativa que não segue a sequência 
de estrofes nem utiliza de linguagem metafórica. 
c) personagem situado no tempo e espaço, descrevendo 
suas memórias da infância. 
d) discurso direto e indireto alternados na voz do eu 
lírico e localização espacial. 
e) narrador em primeira pessoa, linguagem discursiva e 
elementos descritivos. 
 
9. 
 
ORLANDELI. Disponível em: www.danilohq.ad.ar.br. 
Acesso em: 28 fev. 2012. Adaptado. 
 
Essa tirinha tem como tema a nova ortografia da língua 
portuguesa e os diversos tipos de linguagem hoje 
existentes. A situação apresentada no último quadrinho 
indica que 
a) o sobrinho não compreendeu a linguagem mais 
conservadora utilizada pelo seu tio. 
b) o tio não está familiarizado com a linguagem de 
chats e de mensagens instantâneas. 
c) a informalidade presente |na linguagem do sobrinho 
impede a comunicação com o tio. 
d) o tio deve evitar utilizar a norma-padrão da língua 
no contexto da internet. 
e) o sobrinho desconhece a norma-padrão da língua 
portuguesa. 
 
10. 
Art. 5º — Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade. 
 
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. 
Disponível em: www. planalto.gov.br. Acesso em: 23 ago. 2011. 
Fragmento. 
 
A objetividade inerente ao gênero lei manifesta-se no 
alto grau de formalidade da linguagem empregada. 
Essas características são expressas na estruturação do 
texto por 
a) vocábulos derivados por sufixação. 
b) frases ordenadas indiretamente. 
c) palavras de sentido literal. 
d) períodos simples. 
e) substantivos compostos. 
 
MÓDULO DE REVISÃO ENEM 2020 
 
 22 029.412 - 152033/20 
11. 
É POSSÍVEL TER CÃIBRAS NO CORAÇÃO? 
 
É impossível ter cãibras no coração, apesar de ser 
comum pacientes se queixarem de dores semelhantes a 
uma contratura no órgão. A musculatura cardíaca é 
diferente da musculatura esquelética das pernas e 
braços, onde sentimos as cãibras. Isso porque o coração 
possui um tipo especial de fibra muscular estriada, que 
tem movimento involuntário. O órgão contrai e relaxa 
automaticamente. Não há registro de casos em que ele 
permaneça contraído sem relaxamento imediato, que é 
como a cãibra se apresenta. 
 
Disponível em: http://super.abril.com.br. 
 Acesso em: 30 jun. 2012. Fragmento. 
 
Os conectivos são elementos fundamentais para a 
ligação de palavras e orações no texto. 
Contextualmente, o conectivo “apesar de” (linha 1) 
expressa 
a) explicação, porque apresenta os motivos que 
impossibilitam o aparecimento de cãibras no 
coração. 
b) concessão, pois introduz uma ideia contrária à 
afirmação “é impossível ter cãibras no coração”. 
c) causa, tendo em vista que introduz a razão da 
manifestação da doença no coração. 
d) conclusão, já que finaliza a afirmação “é impossível 
ter cãibras no coração”. 
e) consequência, uma vez que apresenta os efeitos das 
cãibras. 
 
12. 
 
 
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