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TEMA2_Raciocínio lógico

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21/03/2024, 11:54 Raciocínio lógico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 1/37
Raciocínio lógico
Prof. Marcelo Roseira
Descrição
Você vai aprender fundamentos dos argumentos lógicos, estrutura de
um argumento, premissas e conclusão, princípios da dedução e da
indução, diferentes formas lógicas de argumentos e sua validade,
estratégias para análise crítica, falácias mais comuns, bem como evitar
erros de raciocínio.
Propósito
O conhecimento em lógica matemática é fundamental para a formação
acadêmica e profissional em diversas áreas. A compreensão dos
princípios lógicos e das técnicas de argumentação proporciona uma
base sólida para a tomada de decisões, a resolução de problemas e a
análise crítica de informações. Essas habilidades são relevantes em
campos como ciência da computação, engenharia, matemática,
filosofia, direito e administração, em que a capacidade de raciocínio
lógico e a clareza na argumentação são valorizadas.
Objetivos
Módulo 1
Argumentos lógicos
Reconhecer as formas lógicas de argumentos.
Módulo 2
Avaliação de argumentos dedutivos
21/03/2024, 11:54 Raciocínio lógico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 2/37
Reconhecer estratégias de avaliação de argumentos dedutivos.
Módulo 3
Formas lógicas de argumentos indutivos
Identificar falácias comuns em argumentos indutivos.
Introdução
Aqui, você terá oportunidade de explorar os princípios
fundamentais da lógica e desenvolver habilidades essenciais
para análise e avaliação de argumentos. A lógica desempenha
papel fundamental em diversas áreas do conhecimento, desde a
filosofia e matemática até as ciências da computação e a tomada
de decisões. Ela nos ajuda a identificar a validade dos
argumentos, entender a estrutura lógica das proposições e
aplicar regras de inferência para chegar a conclusões precisas.
Inicialmente, você desenvolverá habilidades para analisar a
estrutura de um argumento, distinguir argumentos válidos de
argumentos não válidos e compreender diferenças entre
argumentos dedutivos e indutivos. Exploraremos também formas
lógicas comuns de argumentos, modus ponens e modus tollens,
bem como estratégias para avaliar a validade de um argumento.
Posteriormente, você aprenderá a aplicar regras de inferência
válidas e, por fim, exploraremos diferentes formas lógicas que os
argumentos indutivos podem assumir, como generalização,
analogia e argumento por autoridade. Também discutiremos a
importância de exemplos na argumentação indutiva e
identificaremos falácias comuns nesse tipo de argumento.
Ao longo do conteúdo, utilizaremos exemplos e exercícios para
facilitar a compreensão dos conceitos. Prepare-se para
mergulhar no mundo da lógica e desenvolver habilidades
analíticas que serão valiosas em sua formação acadêmica e
profissional. Vamos iniciar essa jornada emocionante juntos!

21/03/2024, 11:54 Raciocínio lógico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 3/37
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1 - Argumentos lógicos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer formas lógicas de argumentos.
Estrutura de um argumento:
premissas e conclusão
Neste vídeo, você aprenderá que comreender a estrutura de um
argumento é fundamental para análise crítica e avaliação de sua
validade. Você também compreenderá que a conclusão é deduzida
diretamente das premissas.
A estrutura de um argumento é a organização lógica das proposições
que o compõem. Compreendê-la é fundamental para análise crítica e
avaliação de sua validade. Um argumento consiste em premissas,
proposições que fornecem evidências ou razões em apoio à conclusão
(proposição final concebida a partir das premissas).
As premissas são fundamentos ou evidências que
justificam a conclusão, e podem ser expressas de
várias maneiras, como afirmações, fatos, dados
estatísticos, princípios gerais ou raciocínio indutivo. A
conclusão, por sua vez, é a proposição final derivada
javascript:CriaPDF()
21/03/2024, 11:54 Raciocínio lógico
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 4/37
das premissas; é a posição ou alegação que o
argumentador deseja estabelecer com base nas
premissas apresentadas.
A estrutura de um argumento pode ser representada de forma
esquemática, usando símbolos ou letras para as proposições e setas
para indicar a relação lógica entre as premissas e a conclusão. Essa
representação esquemática ajuda a visualizar a organização do
argumento e identificar inferências lógicas realizadas.
Veja exemplos de representação esquemática.
Exemplo
Premissa 1: Todos os seres humanos são mortais.
Premissa 2: Sócrates é um ser humano.
Conclusão: Portanto, Sócrates é mortal.
Representação esquemática:
P1: Todos os seres humanos são mortais.
P2: Sócrates é um ser humano.
C: Sócrates é mortal.
Aqui temos um argumento válido, pois a conclusão segue logicamente a
partir das premissas. A conclusão é deduzida das duas premissas, em
que a primeira estabelece uma generalização sobre todos os seres
humanos e a segunda afirma que Sócrates é um ser humano. A
conclusão de que Sócrates é mortal é suportada por elas.
Exemplo
Premissa 1: Se chover, a rua ficará molhada.
Premissa 2: Está chovendo.
Conclusão: Logo, a rua está molhada.
Representação esquemática:
P1: Se chover, a rua ficará molhada.
P2: Está chovendo.
C: A rua está molhada.
Aqui temos mais um argumento válido. A conclusão é deduzida
diretamente das premissas, em que a primeira estabelece uma condição
hipotética (se chover...) e a segunda afirma que está chovendo. A
conclusão de que a rua está molhada é uma dedução lógica baseada
nelas.
A estrutura de um argumento não depende do
conteúdo específico das proposições, mas sim da
relação lógica entre elas.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 5/37
Podemos ter argumentos válidos ou não válidos, independentemente de
concordarmos ou discordarmos das premissas ou da conclusão. A
validade de um argumento é determinada pela coerência da sua
estrutura lógica, ou seja, se a conclusão segue logicamente e pode ser
deduzida a partir das premissas.
Ao analisar a estrutura de um argumento, é essencial avaliar se as
premissas oferecem suporte adequado à conclusão. Isso envolve
examinar se as premissas são verdadeiras, se estão bem
fundamentadas, se são relevantes para a conclusão e se não há
contradições lógicas entre elas. Uma conclusão só poderá ser
considerada válida se, partindo-se de premissas verdadeiras, pudermos
garantir a veracidade lógica da conclusão.
Esse exemplo apresenta a estrutura de argumentos e como a conclusão
é deduzida a partir das premissas. Ao analisar essa estrutura, é
importante considerar a validade lógica das deduções obtidas, bem
como avaliar se as premissas fornecem suporte adequado para a
conclusão do argumento.
A prática de identificar a estrutura de argumentos em exemplos como
esses ajuda a desenvolver habilidades de análise crítica e avaliação em
diferentes contextos, contribuindo para uma tomada de decisão mais
fundamentada e uma comunicação mais clara e persuasiva.
Dedução e indução
21/03/2024, 11:54 Raciocínio lógico
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Neste vídeo, veremos que dedução é um tipo de raciocínio deduzido das
premissas que são apresentadas. Também veremos que a indução é um
raciocínio que tem sua conclusão a partir de observações e evidências.
Agora, vamos explorar dois diferentes tipos de raciocínio: dedução e
indução. Esses termos são amplamente utilizados na lógica e nos
ajudam a compreender como os argumentos são construídos e
avaliados.
Dedução
Tipo de raciocínio cuja conclusão é deduzida obrigatoriamente das
premissas apresentadas. É como seguir um caminho lógico e preciso,
cujas informações iniciais nos levama uma conclusão inquestionável.
Na dedução, a validade do argumento é determinada pela estrutura
lógica entre as premissas e a conclusão.
Exemplo
“Se todas as maçãs são frutas e João possui uma maçã, então
podemos deduzir que João possui uma fruta.”
Nesse exemplo, as premissas estabelecem uma relação clara e direta
entre as maçãs e as frutas. A partir dela, podemos deduzir que, se João
possui uma maçã, também possui uma fruta. Esse é um exemplo de
raciocínio dedutivo, cuja conclusão é uma dedução lógica das
premissas apresentadas.
Indução
Tipo de raciocínio cuja conclusão é obtida a partir de observações e
evidências. Na indução, partimos de casos particulares para chegar a
uma conclusão geral, baseada em uma probabilidade ou generalização.
É como se estivéssemos tirando conclusões a partir de exemplos
específicos.
Veja um exemplo de raciocínio indutivo:
"Todas as vezes em que Maria saiu de casa com um guarda-chuva,
choveu."
Com base nessas
observações, podemos
concluir que, sempre que
Maria sair de casa com um

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A conclusão não é necessariamente verdadeira em todos os casos. Por
isso, esse não é um exemplo de argumento dedutivo, pois pode haver
situações em que Maria saia com um guarda-chuva e não chova. A
indução nos fornece uma probabilidade, ou tentativa de generalização,
baseada em evidências, mas não garante a veracidade absoluta ou a
dedução da conclusão.
Embora exista uma tendência de que, sempre que Maria saia de casa
com um guarda-chuva, chova, não podemos afirmar que essa relação se
mantenha em todas as situações.
O raciocínio indutivo nos permite tentar fazer
generalizações com base em evidências, mas não
garante que a conclusão seja verdadeira em todos os
casos. É importante reconhecer as limitações desse
tipo de raciocínio e não o confundir com um argumento
dedutivo, cuja conclusão é verdadeira com base nas
premissas estabelecidas.
É fundamental compreender a diferença entre dedução e indução, pois
isso nos permite avaliar a força dos argumentos e a validade das
conclusões. Enquanto a dedução busca a validade lógica estrita, a
indução nos leva a conclusões mais prováveis, porém sujeitas a
exceções.
Vamos praticar um pouco com exemplos. Veja!
guarda-chuva, é certo que
chova?
Resposta
Não! Mas, podemos induzir que, sempre que
Maria sair de casa com um guarda-chuva, é
possível que chova. Mas é possível que não
chova também.
 Dedução
P1
Todos os cachorros são mamíferos.
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Nesse caso, estamos aplicando um raciocínio dedutivo para chegar à
conclusão. Observe a seguir.
A conclusão das premissas é uma consequência direta das premissas e
segue as regras de inferência válidas na lógica.
Diferentemente da indução, em um raciocínio dedutivo (argumento
válido), a conclusão é obtida e garantida a partir das premissas. Se elas
são verdadeiras, a conclusão também deve ser verdadeira. No exemplo
dado, se aceitamos as premissas como verdadeiras, a conclusão de que
Rex é um mamífero é uma dedução lógica, e estamos, portanto, diante
de um argumento válido.
 P2
Rex é um cachorro.
 C
Portanto, Rex é um mamífero.
Primeira premissa
Estabelece uma relação geral
entre cachorros e mamíferos,
afirmando que todos os
cachorros são mamíferos.
Segunda premissa
Afirma que Rex é um cachorro
em particular.
Conclusão
Deduz, a partir das premissas, a
conclusão de forma lógica e
suficiente: Rex também é um
mamífero
 Indução
P1
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Nesse caso, a indução é baseada em experiências anteriores de João
com morangos, que estavam deliciosos sempre que ele os comeu. Com
base nessa tendência observada, podemos inferir que é provável que o
morango que João está prestes a comer também esteja delicioso. No
entanto, não temos garantia absoluta de que isso será verdade em
todos os casos, pois pode haver exceções em que o morango não esteja
tão saboroso quanto os anteriores.
A indução nos permite tentar fazer generalizações com
base em evidências, mas não podemos afirmar que a
conclusão será verdadeira em todos os casos. É
importante reconhecer a natureza probabilística, e,
portanto, incerta, da indução e estar ciente das suas
limitações.
Ao utilizar a dedução e a indução, podemos analisar e avaliar
argumentos de maneira mais precisa. Essas habilidades são essenciais
para um raciocínio lógico e crítico, auxiliando-nos a compreender e
tomar decisões fundamentadas em diversas áreas de conhecimento.
Formas lógicas de argumentos:
condicional e disjuntivo
Aqui veremos exemplos que ilustram cada uma dessas formas,
permitindo identificar e compreender a estrutura lógica subjacente a
cada tipo de argumento.
Argumento condicional
P1
Em todas as vezes que João comeu um morango,
ele estava delicioso.
 P2
João está prestes a comer um morango.
 C
Provavelmente, esse morango também estará
delicioso.
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Também conhecido como argumento hipotético, tem uma estrutura
lógica (premissa) condicional, geralmente expressa na forma "Se...
então", e uma conclusão que decorre dessa premissa.
Um argumento condicional tem a seguinte estrutura básica:
Se uma condição (a premissa) for verdadeira, então
uma consequência (a conclusão) também será
verdadeira. A relação entre a premissa e a conclusão é
de implicação lógica, indicando que a veracidade da
conclusão depende da veracidade da premissa
condicional.
Veja um exemplo para ilustrar essa estrutura!
Premissa
Se estudo para a prova,
tiro uma boa nota.
Conclusão
Portanto, se eu estudar
para a prova, vou tirar
uma boa nota.
Nesse exemplo, a premissa condicional estabelece a relação entre o
estudo para a prova e a obtenção de uma boa nota. A conclusão é
inferida diretamente da premissa, indicando que, se a condição da
premissa for satisfeita (estudar para a prova), a consequência da
conclusão também será satisfeita (obter uma boa nota).
Existem diferentes formas de argumentos condicionais, sendo as mais
comuns o modus ponens e o modus tollens. O primeiro é uma regra de
inferência válida que afirma que, se temos uma premissa condicional na
forma "Se A, então B" e a premissa "A" é verdadeira, então podemos
deduzir que a conclusão "B" também é verdadeira.
Exemplo
P1: Se chover, a rua ficará molhada.
P2: Está chovendo.
C: Portanto, a rua está molhada.
No modus ponens, a primeira premissa estabelece a relação condicional
entre a chuva e a rua molhada. A segunda afirma que está chovendo. A
conclusão é deduzida diretamente delas, indicando que, dado que a
premissa condicional é verdadeira e a premissa "Está chovendo"
também, podemos concluir que a rua está molhada.
Outra forma de argumento condicional é o modus tollens, que é a
negação do modus ponens: se negamos a consequência da premissa
condicional, podemos negar a condição.
Exemplo
P1: Se estudo para a prova, tiro uma boa nota.
P2: Não tirei uma boa nota.

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C: Portanto, não estudei para a prova.
No exemplo, a primeira premissa estabelece a relação condicional entre
o estudo para a prova e a obtenção de uma boa nota. A conclusão nega
a consequência da premissa condicional, indicando que não foi obtida
uma boa nota. A conclusão é obtida, negando a condição da premissa,
ou seja, concluindo que não houve estudo para a prova.
Argumento disjuntivo
Aqui temos uma premissa disjuntiva, que expressa uma relação lógica
de exclusão mútua entre duas ou mais alternativas. Veja a estrutura que
o argumento disjuntivo apresenta.
1
Uma premissa
disjuntiva que é
geralmente expressa naforma "A ou B" ou "A Ú
B", em que A e B são
proposições que
representam
alternativas.
2
Uma conclusão que
decorre dessa
premissa. A conclusão
do argumento disjuntivo
é deduzida da premissa
disjuntiva,
considerando-se as
possibilidades
apresentadas.
Veja um exemplo para entender melhor!
Nesse exemplo, a premissa disjuntiva apresenta duas alternativas: ir ao
cinema ou ficar em casa. A conclusão é inferida da premissa,
estabelecendo que, se a primeira alternativa não ocorre (não vou ao
cinema), então a segunda alternativa se torna verdadeira (fico em casa).

 P1
Ou vou ao cinema ou fico em casa.
 P2
Não vou ao cinema.
 C
Logo, fico em casa.
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O argumento disjuntivo não garante a veracidade de
uma das alternativas, mas estabelece uma relação
lógica entre elas. A conclusão é válida dentro do
contexto da premissa disjuntiva, considerando-se as
possibilidades apresentadas.
Existem outras formas de argumentos disjuntivos, como o silogismo
disjuntivo e o dilema. O primeiro afirma que, se uma das alternativas da
premissa disjuntiva é verdadeira, então a outra alternativa é falsa.
Veja um exemplo de silogismo disjuntivo.
Exemplo
P1: Ou é sábado ou é domingo.
P2: Não é sábado.
C: Portanto, é domingo.
Nesse caso, a primeira premissa disjuntiva apresenta duas alternativas:
ser sábado ou domingo. A segunda nega a primeira alternativa (não é
sábado). A conclusão é deduzida afirmando que, dado que a primeira
alternativa é negada, então a única opção restante é ser domingo.
Outra forma de argumento disjuntivo é o dilema, que
envolve uma premissa disjuntiva seguida por uma
implicação condicional. Ele apresenta duas
alternativas na premissa disjuntiva e uma conclusão
que é deduzida da implicação condicional,
considerando-se as possibilidades apresentadas.
Veja um exemplo de dilema.
Exemplo
P1: Ou estudo para a prova ou tiro uma nota baixa.
P2: Estudo para a prova.
C: Portanto, não tiro uma nota baixa.
Nesse exemplo, a primeira premissa disjuntiva apresenta duas
alternativas: estudar para a prova ou tirar uma nota baixa. A segunda
afirma que estudou para a prova. A conclusão é inferida da implicação
condicional, indicando que, dado que a primeira alternativa é verdadeira,
a segunda alternativa (tirar uma nota baixa) é falsa.
Os argumentos disjuntivos são utilizados em diferentes contextos, como
a lógica formal, o direito e a filosofia, permitindo que sejam analisadas
as relações de exclusão mútua entre diferentes alternativas.
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Formas lógicas de argumentos:
conjuntivo, bicondicional e transitivo
Neste vídeo, estudaremos as formas lógicas de argumentos conjuntivos,
cobinação de duas ou mais proposições; bicondicionais, baseada na
relação de implicação lógica bidirecional e transitivos, deduzidos pela
relação transitiva entre o primeiro termo e o terceiro.
Veremos agora argumentos conjuntivos, bicondicionais e transitivos,
apresentando exemplos que ilustram cada um e permitem identificar e
compreender sua estrutura lógica subjacente.
Argumento conjuntivo
Aquele em que duas ou mais proposições são combinadas por meio do
conectivo lógico "e" (conjunção). Aqui, a conclusão é obtida a partir da
relação de conjunção entre as premissas.
A estrutura geral de um argumento conjuntivo é a seguinte:
P1: Proposição 1.
P2: Proposição 2.
Pn: Proposição n.
C: Conclusão.
Nesse tipo de argumento, a conclusão é deduzida a partir da verdade
simultânea de todas as premissas. Se todas elas forem verdadeiras,
então a conclusão também será.
Veja um exemplo para ilustrar um argumento conjuntivo.
Exemplo
P1: João estuda todos os dias.
P2: João dedica-se aos exercícios práticos.
C: João tem um bom desempenho acadêmico.
Nesse exemplo, as premissas afirmam que João estuda todos os dias e
dedica-se aos exercícios práticos. A conclusão é de que João tem um
bom desempenho acadêmico. Para que o argumento seja válido, é
necessário que ambas as premissas sejam verdadeiras. Caso contrário,
a conclusão não pode ser considerada válida.
A validade de um argumento conjuntivo depende da
verdade das premissas e da correção da relação de
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conjunção estabelecida entre elas. Caso haja uma
falha na relação de conjunção, ou se alguma premissa
for falsa, o argumento pode se tornar inválido.
Veja outro exemplo.
Exemplo
P1: Ana gosta de sorvete.
P2: Ana gosta de chocolate.
C: Ana gosta de sorvete de chocolate.
Nesse caso, as premissas afirmam que Ana gosta de sorvete e de
chocolate. A conclusão é de que Ana gosta de sorvete de chocolate.
Novamente, para que o argumento seja válido, é necessário que ambas
as premissas sejam verdadeiras.
Assim como nos outros tipos de argumentos, é importante avaliar
cuidadosamente as premissas e a relação de conjunção estabelecida
para determinar a validade do argumento conjuntivo. A lógica e a
coerência das proposições desempenham papel fundamental na
determinação da validade do argumento.
Argumento bicondicional
Forma especial de argumento baseada na relação de implicação lógica
bidirecional, ocorre quando a conclusão é deduzida a partir de sentença
que estabelece uma equivalência entre duas proposições.
Relembrando
Para entender melhor, vamos revisar o conceito de implicação lógica
bidirecional, relação em que duas proposições são equivalentes, ou seja,
são verdadeiras juntas ou falsas juntas. A implicação bidirecional é
simbolizada pelo operador lógico "se e somente se" .
Em um argumento bicondicional, as premissas estabelecem uma
relação de equivalência, e a conclusão é deduzida dessa relação. Pode
ser representado usando a seguinte estrutura:
Nesse esquema, e são proposições relacionadas pela implicação
bidirecional. A primeira premissa ( ) estabelece a equivalência
entre e , enquanto a segunda (P) afirma a verdade de P. A conclusão
(Q) é deduzida a partir dessas premissas.
Veja um exemplo de argumento bicondicional.
(↔)
P1 :  P ↔ Q
P2 :  P
c :  Q
P Q
P ↔ Q
P Q
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 15/37
Nesse exemplo, a primeira premissa estabelece a equivalência entre ter
um diploma universitário e um nível de educação superior. A segunda
afirma que João possui um diploma universitário. A conclusão é
deduzida a partir delas, concluindo que João possui um nível de
educação superior.
Assim como nos outros tipos de argumento, a validade
de um argumento bicondicional depende da correta
relação lógica entre as premissas e a conclusão. Se a
relação de equivalência estabelecida pelas premissas
for verdadeira, e se elas forem verdadeiras, então a
conclusão será necessariamente verdadeira.
No entanto, assim como em outros tipos de argumentos, a validade de
um argumento bicondicional não garante a verdade das premissas. É
possível ter um argumento bicondicional válido com premissas falsas.
Portanto, é importante analisar tanto a validade lógica quanto a verdade
das premissas ao avaliar um argumento bicondicional.
Argumento transitivo
Aquele cuja conclusão é obtida a partir de duas premissas
intermediárias conectadas por um termo comum. Aqui, a relação lógica
entre as premissas é estabelecida pela transitividade, propriedade que
permite estender a relação lógica de um termo para outro relacionado a
ele.
Em um argumento transitivo, as premissas
estabelecem relação entre o primeiro termo e o
segundo, e outra relação entre o segundo termo e o
terceiro. A conclusão é então deduzida pela relação
transitiva entre o primeiro termo e o terceiro.
Veja um exemplo para ilustrar esse conceito.
Exemplo
P1: Todos os seres humanos são mortais.
P2: Sócrates é um ser humano.
C: Portanto, Sócrates é mortal.Nesse exemplo, temos um argumento transitivo. A premissa 1
estabelece a relação de que todos os seres humanos são mortais. A
premissa 2 afirma que Sócrates é um ser humano. Com base em ambas,
podemos concluir que Sócrates é mortal.
P1: Ter um diploma universitário  ↔ Ter um nível de educação superior 
P2: João tem um diploma universitário 
C: João possui um nível de educação superior 
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 16/37
A transitividade desse argumento ocorre porque ser humano implica na
relação de ser mortal. Portanto, se todos os seres humanos são mortais
e Sócrates é um ser humano, podemos deduzir que Sócrates é mortal.
A transitividade não se limita apenas a argumentos
com duas premissas. Em argumentos com mais de
duas, a transitividade é aplicada sucessivamente para
estabelecer relação entre todos os termos envolvidos.
Agora que compreendemos o conceito de argumento transitivo,
podemos perceber sua utilidade na estruturação de argumentos válidos
e na dedução de conclusões lógicas a partir de premissas relacionadas.
A validade de um argumento transitivo depende da correta relação
lógica entre as premissas e de sua consistência. É importante avaliar
cuidadosamente as premissas e a conexão entre elas para garantir a
validade do argumento.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Analise o seguinte argumento e identifique sua estrutura lógica
(condicional, disjuntivo, conjuntivo, bicondicional ou transitivo). Em
seguida, avalie se o argumento é válido ou não válido. Escolha a
alternativa correta.
P1: “Se chover, então a rua estará molhada.”
P2: “A rua está molhada.”
C: “Logo, choveu.”
A Condicional - Válido.
B Condicional - Não válido.
C Conjuntivo - Não válido.
D Bicondicional - Não válido.
E Transitivo - Não válido.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20argumento%20apresentado%20%C3%A9%20condicional%2C%20pois%20segue%20a%20e
paragraph'%3EPara%20avaliar%20a%20validade%20do%20argumento%2C%20precisamos%20verificar%20se%
Questão 2
Analise o seguinte argumento e identifique sua estrutura lógica
(condicional, disjuntivo, conjuntivo, bicondicional ou transitivo). Em
seguida, avalie se o argumento é válido ou não válido. Escolha a
alternativa correta.
P1: “Ou eu estudo para a prova ou vou ao cinema.”
P2: “Estudei para a prova.”
C: “Logo, não fui ao cinema.”
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20estrutura%20l%C3%B3gica%20do%20argumento%20apresentado%20%C3%A9%20disjuntiv
paragraph'%3ENo%20entanto%2C%20esse%20argumento%20%C3%A9%20inv%C3%A1lido%2C%20pois%20a%
A Condicional – Não válido.
B Disjuntivo – Não válido.
C Conjuntivo – Não válido.
D Bicondicional – Válido.
E Transitivo – Válido.
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2 - Avaliação de argumentos dedutivos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer estratégias de avaliação de argumentos
dedutivos.
Conceito de validade lógica
Neste vídeo, vamos explicar e exemplificar o conceito de validade lógica
que é o que trata da relação lógica entre a premissa e a conclusão.
O conceito de validade lógica está relacionado à estrutura do argumento
e à relação lógica entre as premissas e a conclusão.
Um argumento dedutivo é considerado válido quando a conclusão segue
necessariamente das premissas, ou seja, quando não é possível que
todas as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa.
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Para avaliar a validade lógica de um argumento dedutivo, é necessário
analisar a estrutura lógica e verificar se a conclusão é uma
consequência lógica das premissas. Essa análise envolve o uso de
regras de inferência válidas e das leis da lógica.
As regras de inferência válidas são princípios lógicos que permitem
derivar uma conclusão a partir de premissas válidas. Essas regras são
fundamentadas na validade lógica e na coerência do raciocínio. Alguns
exemplos de regras de inferência comuns são o modus ponens, o modus
tollens, o silogismo hipotético e o silogismo disjuntivo.
Além das regras de inferência, as leis da lógica desempenham papel
importante na avaliação de argumentos dedutivos, pois são princípios
fundamentais que regem o pensamento lógico e a validade dos
argumentos. Algumas delas, comumente aplicadas na avaliação de
argumentos dedutivos, incluem:
a lei da identidade;
a lei da não contradição;
a lei do terceiro excluído.
Para avaliar a validade lógica de um argumento dedutivo, é necessário
verificar se a estrutura lógica do argumento segue as regras de
inferência válidas e respeita as leis da lógica.
O argumento é válido se obedecer a essas regras e leis.
No entanto, a validade lógica de um argumento não garante a verdade
das premissas ou da conclusão; trata apenas da relação lógica entre
elas, independentemente do conteúdo factual das afirmações.
Ao avaliar argumentos dedutivos, é importante lembrar que a validade
lógica é um critério objetivo e universalmente aplicável. Por meio da
análise da estrutura lógica, das regras de inferência válidas e das leis da
lógica, podemos determinar se um argumento é válido ou inválido,
independentemente do conteúdo específico das premissas e da
conclusão.
Regras de inferência válidas
Neste vídeo, aprenderemos sobre relações lógicas entre proposições
que nos permite chegar a uma conclusão de forma válida, ou seja, as
regras de inferência válidas.
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Regras de inferência válidas são princípios lógicos que nos permitem
realizar deduções corretas a partir das premissas de um argumento.
Estabelecem relações lógicas entre proposições, permitindo-nos chegar
a uma conclusão de forma válida.
Existem diversas regras de inferência válidas amplamente utilizadas na
lógica e na avaliação de argumentos dedutivos. Veja duas delas a
seguir.
Essas são apenas duas das regras de inferência válidas mais comuns.
Existem outras, como o silogismo hipotético, o silogismo disjuntivo, a
simplificação e a adição, aplicadas de acordo com a estrutura lógica do
argumento em questão.
Atenção!
A aplicação correta das regras de inferência válidas é fundamental para
a avaliação precisa da validade de um argumento dedutivo. Ao utilizar
essas regras, devemos garantir que a estrutura lógica do argumento
esteja correta, e que as inferências realizadas sejam logicamente
válidas.
Ao analisar um argumento dedutivo, devemos verificar se as premissas
são verdadeiras e se as inferências realizadas estão de acordo com as
regras de inferência válidas.
Se todas as premissas forem verdadeiras e a estrutura
do argumento seguir regras de inferência válidas,
podemos concluir que o argumento é válido.
Essas são algumas das principais regras de inferência válidas utilizadas
na avaliação de argumentos dedutivos. Elas nos ajudam a determinar a
validade lógica de um argumento e a chegar a conclusões corretas com
base nas premissas fornecidas.
Princípios lógicos aplicados na
avaliação de argumentos dedutivos
Neste vídeo, veremos os princípios lógicos aplicados na avaliação de
argumentos dedutivos, ou seja, o princípio do terceiro excluído, a lei da
identidade e a lei da não contradição.
Modus ponens 
Modus tollens 
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Agora vamos explorar alguns princípios lógicos aplicados na avaliação
de argumentos dedutivos, apresentando princípiosfundamentais que
regem o funcionamento do raciocínio lógico e permitem estabelecer
relações entre proposições e realizar inferências corretas. Na avaliação
de argumentos dedutivos, essas leis são aplicadas para garantir a
validade lógica das conclusões.
Vamos discutir algumas das leis da lógica mais relevantes.
Princípio do terceiro excluído
Essa lei afirma que uma proposição é verdadeira (V) ou falsa
(F), não havendo uma terceira possibilidade. Não pode existir
um meio-termo ou uma indefinição. Portanto, qualquer
proposição deve ser verdadeira ou falsa.
Exemplo:
P1: A afirmativa "O sol é uma estrela" é verdadeira.
C: Portanto, a afirmativa "O sol não é uma estrela" é falsa.
Lei da identidade
Estabelece que uma proposição é idêntica a si mesma. Ou seja,
se uma proposição é verdadeira, então ela é verdadeira. Se uma
proposição é falsa, então ela é falsa.
Exemplo:
P1: A afirmativa "2 + 2 = 4" é verdadeira.
C: Portanto, a afirmativa "2 + 2 = 4" é verdadeira.
Lei da não contradição
Afirma que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo. Uma proposição e sua negação não podem ser
verdadeiras simultaneamente.
Exemplo:
P1: A afirmativa "O dia é ensolarado" é verdadeira.
C: Portanto, a afirmativa "O dia não é ensolarado" é falsa.
Essas são apenas algumas das leis da lógica mais utilizadas na
avaliação de argumentos dedutivos. Elas nos ajudam a verificar a
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consistência e a validade lógica das proposições envolvidas em um
argumento.
Atenção!
Ao avaliar um argumento dedutivo, é importante garantir que as leis da
lógica sejam respeitadas e que as conclusões sejam coerentes com as
premissas fornecidas. A aplicação correta dessas leis nos permite
identificar inconsistências, contradições ou violações lógicas nos
argumentos.
A utilização das leis da lógica é um dos aspectos essenciais na
avaliação de argumentos dedutivos, juntamente com as regras de
inferência válidas. Ambos os elementos contribuem para a
determinação da validade lógica de um argumento e para a obtenção de
conclusões coerentes e corretas.
Estratégias de avaliação de
argumentos dedutivos
Neste vídeo, abordaremos estratégias de avaliação de argumentos
dedutivos que são: Modus ponens (MP), Modus Tollens (MT), Silogismo
disjuntivo (SD), Silogismo hipotético (SH).
Ao analisar a validade lógica de um argumento dedutivo, podemos
utilizar várias estratégias para nos ajudar a determinar se as premissas
fornecidas realmente suportam a conclusão de forma lógica e coerente.
Veja algumas das principais estratégias de avaliação a seguir:
Modus ponens (MP)
Estratégia que se baseia em duas premissas, uma condicional (se...
então) e a afirmação da primeira condição. Se a condicional é verdadeira
e a primeira condição é afirmada, então podemos deduzir que a segunda
condição também é verdadeira.
Exemplo
P1: Se chover, a rua ficará molhada.
P2: Está chovendo.
C: Portanto, a rua está molhada.
Nesse caso, a primeira premissa é uma proposição condicional (se
chover, a rua ficará molhada). A segunda afirma que está chovendo. A
conclusão é deduzida diretamente das premissas, seguindo a estrutura
lógica do modus ponens.
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Modus tollens (MT)
Estratégia semelhante ao modus ponens, mas, em vez de afirmar a
primeira condição, negamos a segunda. Se a condicional é verdadeira e
a segunda condição é negada, então podemos inferir que a primeira
condição também é falsa.
Exemplo
P1: Se o restaurante estiver fechado, não poderemos jantar lá.
P2: Podemos jantar lá.
C: Portanto, o restaurante não está fechado.
Nesse exemplo, a primeira premissa é uma proposição condicional (se o
restaurante estiver fechado, não poderemos jantar lá). A segunda afirma
que podemos jantar lá. A conclusão é deduzida negando a segunda
condição e inferindo que o restaurante não está fechado.
Silogismo disjuntivo (SD)
Estratégia que se baseia em uma premissa que afirma uma disjunção
(ou... ou). Se uma das opções da disjunção é negada, podemos inferir
que a outra opção é verdadeira.
Exemplo
P1: Ou vou ao cinema ou fico em casa.
P2: Não vou ao cinema.
C: Portanto, vou ficar em casa.
Nesse caso, a primeira premissa afirma uma disjunção entre duas
opções (ir ao cinema ou ficar em casa). A segunda nega a opção de ir
ao cinema. A conclusão é inferida ao deduzir que a outra opção, ficar em
casa, é a escolha a ser feita.
Silogismo hipotético (SH)
Estratégia que envolve duas proposições condicionais. Se a primeira
condição implica na segunda e a segunda condição é negada, podemos
inferir que a primeira também é.
Exemplo
P1: Se estudarmos com dedicação, teremos um bom desempenho na
prova.
P2: Não tivemos um bom desempenho na prova.
C: Portanto, não estudamos com dedicação.
Nesse exemplo, a primeira premissa é uma proposição condicional (se
estudarmos com dedicação, teremos um bom desempenho na prova). A
segunda afirma que não tivemos um bom desempenho na prova. A
conclusão é deduzida ao negar a primeira condição e inferir que não
estudamos com dedicação.
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O silogismo hipotético é útil para analisar argumentos que envolvem
relações causais e implicações condicionais. Ao aplicar essa estratégia,
é importante garantir que as condições estejam corretamente
relacionadas e que a negação da segunda condição leve à negação da
primeira.
Resumindo
Argumento válido
1. É impossível que, se verdadeiras as premissas, seja falsa a
conclusão.
2. É impossível que, admitindo-se as premissas como verdadeiras, a
conclusão não possa ser imediatamente deduzida delas.
Argumento não válido
1. Supondo verdadeiras as premissas, a conclusão pode ser falsa.
2. Não obstante as premissas serem consideradas verdadeiras, a
conclusão não pode ser deduzida a partir delas.
A respeito das regras de inferência, observe o resumo a seguir.
Com relação às falácias, veja o resumo a seguir.
Modus ponens
→ q
p
q
text Modus tollens
p → q
p
q
Soligismo hipotético
p → q
p
q
 (i) Falácia da negação do antecedente
Distorção do modus ponens, sua forma é:
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As regras de inferência são ferramentas úteis para demonstrar a
validade de argumentos mais complexos. Utilizando esse método,
podemos verificar a validade de um argumento ou provar um teorema a
partir das seguintes etapas:
1. Supomos que as premissas sejam verdadeiras.
2. Aplicamos as definições dos conectivos lógicos para determinar o
valor lógico da conclusão, que deve ser verdadeira (V) para que o
argumento seja válido.
Essa abordagem nos permite analisar a estrutura lógica do argumento e
avaliar se as premissas realmente implicam na conclusão. Ao seguir
essas etapas, podemos determinar se o argumento é válido ou não.
Atenção!
A validade de um argumento não está relacionada ao conteúdo das
premissas ou conclusão, mas sim à sua estrutura lógica.
Essas são as estratégias de avaliação de argumentos dedutivos mais
comuns. Cada uma tem sua própria estrutura lógica e critérios de
aplicação.
Ao avaliar um argumento dedutivo, é importante
identificar a estrutura lógica subjacente e aplicar a
estratégia adequada para determinar a validade da
conclusão.
A aplicação dessas estratégias requer um raciocínio cuidadoso e uma
análise minuciosa das premissas e da conclusão do argumento. Além
disso, é importante considerar a consistência e a coerência lógica das
premissas em relação à conclusão para avaliar corretamente a validade
do argumento dedutivo.
p → q
∼ p
∼ q
 (i) Falácia da a�rmação do consequente
Distorção do modus tollens, sua forma é:
p → q
p
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Considere os seguintes argumentos:
I. Se 7 é menor do que 4, então 7 não é primo.
Mas 7 não é menor do que 4, logo 7 é primo.
II. Se Londres está na Dinamarca, então Paris não está na França.
Mas Paris está na França, portanto Londres está na Dinamarca.
III. III. Se 5 é um número primo, então 5 não divide 15.
Mas 5 divide 15, logo 5 não é um número primo.
A validade dos argumentos I, II e III forma, respectivamente, a
seguinte sequência:
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20argumento%20apresentado%20no%20item%20I%20possui%20uma%20estrutura%20cond
paragraph'%3EO%20argumento%20do%20item%20II%20possui%20uma%20estrutura%20condicional%2C%20c
paragraph'%3EO%20argumento%20do%20item%20III%20segue%20a%20estrutura%20condicional%2C%20cuja
Questão 2
Considere os argumentos a seguir:
I. Se 6 não é par, então 3 não é primo.
Mas, 6 é par. Logo, 3 é primo.
II. Se faz frio, Margarete fica em casa.
Margarete não ficou em casa.
Logo, não fez frio.
A Válido, válido, válido.
B Não válido, não válido, válido.
C Válido, não válido, válido.
D Válido, válido, não válido.
E Não válido, não válido, não válido.
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III. Se você tem ar-condicionado, então não passa calor.
Quem mora em Foz do Iguaçu tem ar-condicionado.
Logo, se você mora em Foz do Iguaçu, não passa calor.
O(s) argumento(s) dedutivo(s) é(são):
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EI.%20Nesse%20argumento%2C%20temos%20a%20implica%C3%A7%C3%A3o%20condicional%2
paragraph'%3EII.%20Nesse%20argumento%2C%20temos%20a%20implica%C3%A7%C3%A3o%20condicional%
paragraph'%3EIII.%20Nesse%20argumento%2C%20temos%20novamente%20uma%20implica%C3%A7%C3%A3
condicionado%2C%20ent%C3%A3o%20n%C3%A3o%20passa%20calor%22.%20A%20premissa%20%22Quem%
condicionado%22%20%C3%A9%20apresentada%2C%20o%20que%20nos%20leva%20a%20concluir%20que%20
3 - Formas lógicas de argumentos indutivos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car falácias comuns em argumentos
indutivos.
Generalização
A I e II.
B II e III.
C Somente I.
D Somente III.
E I, II e III.
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Neste vídeo, veremos o conceito de generalização, entendendo que ela
ocorre em todas as áreas de conhecimentos. Veremos ainda que ela
depende da representatividade e da diversidade dos casos observados.
Forma lógica de argumento indutivo, a generalização ocorre quando
uma conclusão é tirada com base em observações ou exemplos
específicos para fazer uma afirmação mais ampla sobre uma classe de
objetos, pessoas ou eventos. A generalização ocorre em diversas áreas
do conhecimento, como ciência, sociologia, psicologia e outras.
O processo da generalização envolve observar um
número limitado de casos e, a partir dessas
observações, inferir uma conclusão sobre todos os
casos semelhantes.
Por ser uma forma de raciocínio indutivo, a conclusão não é
necessariamente verdadeira em todos os casos. A força de um
argumento baseado na generalização depende da representatividade e
da diversidade dos casos observados. Quanto mais casos relevantes e
diversos forem considerados, maior será a probabilidade de a
generalização ser válida.
Ao avaliar um argumento baseado na generalização, é fundamental
considerar algumas questões importantes.
Casos representativos
É necessário analisar se os casos observados são suficientemente
representativos da classe em questão. Uma amostra pequena ou
enviesada pode levar a uma generalização inválida.
Diferenças relevantes
É necessário considerar se existem diferenças relevantes entre os casos
observados e a classe em geral. Se houver características distintas que
tornem os casos observados diferentes dos demais, a generalização
pode não ser apropriada.
Para compreender melhor, é interessante ver o exemplo a seguir.
Exemplo
"Todas as rosas que vi até agora são vermelhas.
Portanto, todas as rosas são vermelhas."
Nesse caso, a generalização é feita com base nas rosas observadas,
assumindo que todas as rosas compartilham a mesma característica de
cor. No entanto, a generalização pode ser questionada e refinada com
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novas evidências. Se, por exemplo, alguém observar uma rosa de cor
diferente, a generalização de que todas as rosas são vermelhas seria
refutada.
Resumindo
A ideia central aqui é compreender como a generalização é usada como
forma lógica de argumento indutivo. Por meio da análise cuidadosa dos
casos observados e considerando sua representatividade e diversidade,
podemos avaliar a validade e a força de um argumento baseado na
generalização.
Analogia
Neste vídeo, vamos aprender que a analogia é utilizada como forma
lógica de argumento indutivo. E que é por meio dela que podemos
avaliar a força e a validade de um argumento.
Forma lógica de argumento indutivo, a analogia é usada para fazer
comparações entre situações ou objetos semelhantes, a fim de inferir
uma conclusão sobre uma determinada situação ou objeto com base na
semelhança percebida.
Ocorre quando identificamos semelhanças entre dois ou mais casos e,
com base nelas, argumentamos que eles também são semelhantes em
outras características ou aspectos relevantes.
O raciocínio analógico é frequentemente utilizado em
diversas áreas, como ciências, filosofia, direito e até
mesmo no cotidiano.
Ao usar a analogia como forma de argumento indutivo, é importante
garantir que as semelhanças entre os casos sejam relevantes para a
conclusão que está sendo inferida. Quanto mais semelhantes os casos
comparados forem em termos de características e contextos relevantes,
maior será a força do argumento por analogia.
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No entanto, é preciso ter cuidado ao usar a analogia como argumento,
pois as semelhanças entre os casos nem sempre garantem a validade
da conclusão. As diferenças entre os casos também devem ser levadas
em consideração, pois podem afetar a validade da analogia.
Imagine que alguém apresente o seguinte argumento. Veja!
Exemplo
Assim como um pássaro constrói um ninho para proteger seus filhotes,
um ser humano também deve construir uma casa para proteger sua
família.
No caso anterior, a analogia é estabelecida entre o comportamento do
pássaro e a necessidade humana de construir uma casa. A conclusão é
inferida com base na suposta semelhança de proteção e cuidado entre
as duas situações. Entretanto, existem diferenças significativas entre
seres humanos e pássaros, suas necessidades, capacidades e
contextos de vida. Portanto, a validade dessa analogia pode ser
questionada.
Ao avaliar um argumento baseado na analogia, é
fundamental analisar semelhanças e diferenças entre
os casos comparados, bem como a relevância dessas
semelhanças para a conclusão que está sendo
inferida.
Em resumo, a ideia central aqui é compreender como a analogia é
utilizada como forma lógica de argumento indutivo. Por meio da
identificação de semelhanças relevantes entre casos comparados e da
consideração cuidadosa das diferenças, podemos avaliar a força e a
validade de um argumento baseado na analogia.
Argumento por autoridade
Neste vídeo, veremos que argumento de autoridade é usado para dar
credibilidade a um discurso. Apesar disso, especialistas podem cometer
erros, portanto é necessário sabermos avaliar criticamente as
afirmações.
O argumento por autoridade explora uma forma de argumento indutivo
cuja conclusão é baseada na autoridade ou expertise de uma “fonte
confiável”.Aqui, acredita-se que a pessoa ou instituição com
conhecimento especializado em determinado assunto possui
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credibilidade e, portanto, suas afirmações devem ser consideradas
verdadeiras ou altamente prováveis.
É frequentemente utilizado em áreas como ciência, medicina, direito,
política, entre outras em que a opinião e o conhecimento de
especialistas são fundamentais para embasar decisões e crenças.
Ao utilizar o argumento por autoridade, é importante
considerar a reputação e a expertise da fonte em
questão. Quanto maior for o conhecimento e a
experiência da pessoa ou instituição em relação ao
assunto em discussão, maior será sua autoridade para
sustentar a conclusão.
No entanto, é necessário ter cautela ao empregar o argumento por
autoridade. A autoridade não é garantia absoluta de veracidade, e nem
todos os especialistas concordam entre si. Portanto, é fundamental
analisar criticamente a base de conhecimento e as evidências
apresentadas pela autoridade, bem como considerar possíveis conflitos
de interesse ou visões enviesadas.
Exemplo
Suponha que um renomado cientista afirme que a vacinação é segura e
eficaz com base em extensas pesquisas e evidências científicas.
Nesse caso, o argumento por autoridade se baseia na expertise e no
consenso científico estabelecido na comunidade científica. A conclusão
é inferida com base na confiança na autoridade do cientista e na
credibilidade da ciência como método confiável para obter
conhecimento.
Contudo, é importante ressaltar que até especialistas podem cometer
erros ou ter opiniões divergentes. Portanto, é necessário avaliar
criticamente as afirmações e verificar se há consenso geral entre a
comunidade acadêmica ou científica antes de aceitar a conclusão
baseada em um argumento por autoridade.
Argumento por exemplo
Neste vídeo, abordaremos o argumento por exemplo, e entenderemos
como exemplos específicos podem ser usados para suportar uma
generalização ou tendência mais ampla.
O argumento por exemplo explora uma forma de argumento indutivo
cuja conclusão é baseada em exemplos específicos que suportam uma
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generalização ou tendência mais ampla. Aqui, utiliza-se a ideia de que,
se algo é verdadeiro em alguns casos específicos, é provável que seja
verdadeiro em outros casos semelhantes. É frequentemente utilizado
para sustentar afirmações sobre comportamentos, características,
tendências ou ocorrências observadas na realidade.
Ao fornecer exemplos específicos que ilustram um padrão ou uma
regularidade, busca-se estabelecer uma conclusão mais geral. A força
de um argumento, por exemplo, depende da representatividade, da
quantidade e da relevância dos exemplos apresentados.
Quanto mais exemplos relevantes e representativos forem
apresentados, maior será o suporte para a conclusão geral.
É necessário ter cautela ao utilizar o argumento por exemplo. Um
número limitado de exemplos não é suficiente para sustentar uma
generalização universal. Sempre há possibilidade de existirem exceções
ou casos atípicos que não se enquadram no padrão observado.
Exemplo
Suponha que alguém afirme "todos os estudantes que se dedicam aos
estudos alcançam boas notas". Nesse caso, o argumento por exemplo
seria construído apresentando estudantes que se dedicaram aos
estudos e obtiveram boas notas. Esses exemplos servem como
evidência para a conclusão de que a dedicação aos estudos está
relacionada ao bom desempenho acadêmico.
Nem todos os estudantes que se dedicam aos estudos alcançam boas
notas, pois fatores como habilidades individuais, ambiente educacional,
motivação e recursos disponíveis também podem influenciar nos
resultados. Portanto, é necessário considerar a variedade de
circunstâncias e contextos antes de generalizar a partir de um conjunto
limitado de exemplos.
Em resumo, essa estrutura de argumento nos permite compreender
como exemplos específicos podem ser utilizados para sustentar uma
generalização ou tendência mais ampla. Ao utilizar esse tipo de
argumento, é importante apresentar exemplos relevantes e
representativos, além de considerar possíveis exceções e contextos
específicos que possam influenciar os resultados.
Duas falácias importantes
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Neste vídeo, vamos explicar e exemplificar a falácia da afirmação do
consequente e a falácia da negação do antecedente.
Falácia da a�rmação do consequente
Ocorre quando alguém afirma erroneamente que, se uma determinada
consequência ocorre, então a condição antecedente também deve ser
verdadeira. Essa afirmação não é válida, pois existem outras condições
que podem levar à mesma consequência. É uma falácia porque, a partir
do conhecimento da verdade do consequente, não podemos deduzir a
veracidade do antecedente.
Observe a seguir o exemplo.
Essa afirmação é falaciosa, pois existem outras razões pelas quais João
pode ter passado no exame, além de ser um bom estudante.
Falácia da negação do antecedente
Ocorre quando alguém erroneamente nega o antecedente de uma
condicional e, com base nessa negação, conclui que o consequente
p → q
q2
p
 P1
Se João for um bom estudante, ele passará no
exame.
 P2
João passou no exame.
 C
Portanto, ele é um bom estudante.
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também é negado. Essa inferência não é válida, pois, mesmo que o
antecedente seja falso, o consequente ainda pode ser verdadeiro.
Observe a seguir o exemplo.
Essa afirmação é falaciosa, pois, mesmo que não esteja chovendo,
existem outras maneiras pelas quais a grama pode ficar molhada, como
ser regada com uma mangueira. É importante reconhecer essas falácias
para evitar erros lógicos em nossos argumentos e raciocínios.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Leia atentamente o seguinte argumento e identifique sua forma
lógica (generalização, analogia, argumento por autoridade,
argumento por exemplo). Em seguida, avalie se o argumento é forte
ou fraco e escolha a alternativa correta.
"Todos os cães que conheci são brincalhões. Portanto, todos os
cães são brincalhões."
p → q
∼ p
∼ q
 P1
Se chover, a grama ficará molhada.
 P2
Não está chovendo.
 C
Portanto, a grama não ficará molhada.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ENo%20argumento%20apresentado%2C%20o%20autor%20utiliza%20a%20experi%C3%AAncia%2
Questão 2
Leia atentamente o seguinte argumento e identifique sua forma
lógica (generalização, analogia, argumento por autoridade,
argumento por exemplo). Em seguida, avalie se o argumento é forte
ou fraco e escolha a alternativa correta.
"Assim como as plantas precisam de luz solar para crescer, os
seres humanos também precisam de luz solar para se manterem
saudáveis."
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20argumento%20n%C3%A3o%20estabelece%20uma%20compara%C3%A7%C3%A3o%20rele
A Generalização – Forte.
B Analogia – Forte.
C Argumento por autoridade – Forte.
D Argumento por exemplo – Forte.
E Analogia – Fraco.
A Generalização – Forte.
B Analogia – Fraco.
C Analogia – Forte.
D Argumento por autoridade – Forte.
E Argumento por exemplo – Fraco.
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Considerações �nais
Exploramos princípios fundamentais da lógica aplicados e
desenvolvemos habilidades essenciais paraanálise e avaliação de
argumentos lógicos. Vimos diferentes aspectos da lógica, desde a
estrutura de um argumento até a aplicação de regras de inferência.
Aprendemos a identificar a estrutura lógica de um argumento, distinguir
argumentos válidos de não válidos e compreender as diferenças entre
argumentos dedutivos e indutivos. Exploramos também formas lógicas
comuns de argumentos, como o modus ponens e o modus tollens, e
aprendemos estratégias para avaliar a validade de um argumento.
Aprofundamos nosso conhecimento sobre o conceito de validade lógica
e estudamos regras de inferência válidas. Com base em princípios
lógicos, desenvolvemos habilidades para avaliar a força dos argumentos
dedutivos e aplicar estratégias de avaliação. Exploramos diferentes
formas de argumentação (generalização, analogia, argumento por
autoridade e argumento por exemplo), vimos como podem ser utilizadas
na prática e avaliamos sua força na construção de uma argumentação
convincente.
Trabalhamos com exemplos e exercícios que nos ajudaram a aplicar os
conceitos aprendidos e a desenvolver habilidades práticas de análise e
avaliação de argumentos. Reforçamos a importância de uma
abordagem lógica e crítica no processo de tomada de decisão, na
resolução de problemas e na análise de informações.
Esse conhecimento em raciocínio lógico é valioso tanto no âmbito
acadêmico quanto profissional. Ele nos capacita a identificar a validade
dos argumentos que encontramos no nosso dia a dia, a construir
argumentos sólidos e a tomar decisões fundamentadas em bases
racionais.
Explore +
Veja em Como vencer um debate sem precisar ter razão o receituário de
precauções que Schopenhauer oferece contra a argumentação
desonesta, ensinando a reconhecer e desmontar as artimanhas do
debatedor capcioso.
Antony Weston e David Morrow têm um portal com vários conteúdos
sobre a publicação A Workbook for Arguments: A Complete Course in
Critical Thinking.
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Veja em The Nature and Functions of Critical & Creative Thinking
(Thinker's Guide Library) como Richard Paul e Linda Elder promovem o
ensino simultâneo de diferentes tipos de pensamento, explorando suas
inter-relações como entendimentos essenciais na aprendizagem.
Em "Validity and Soundness", capítulo do livro A Brief Introduction to
Philosophy, Yoni Porat discute conceitos de validade e solidez no
raciocínio dedutivo, explorando suas diferenças e sua importância na
avaliação de argumentos.
Acesse a Stanford Encyclopedia of Philosophy, excelente fonte de
informações sobre uma ampla gama de tópicos filosóficos. O site
oferece artigos acadêmicos e revisados por especialistas que exploram
conceitos, teorias e debates na área da lógica. 
Referências
COPI, I. M.; COHEN, C. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 2002.
HURLEY, P. J. A concise introduction to logic. Boston: Cengage Learning,
2017.
SAMPAIO, C. A. A.; MARTINS, G. A. Lógica de argumentação: um guia
para o estudante. São Paulo: Atlas. 2017.
TARSKI, A. Introduction to logic and to the methodology of deductive
sciences. Oxford: Oxford University Press. 1994.
VENN, J. The principles of empirical or inductive logic. Oxfordshire:
Routledge. 2018.
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