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Resolução da Atividade de Revisão I

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Resolução da Atividade de Revisão I 
 
1) Alguns dos motivos da divergência entre os limites de resistência a fratura obtidos 
experimentalmente e os que são estimados teoricamente são os seguintes: 
 Defeitos: As cerâmicas possuem poros, trincas e inclusões que agem como 
pontos de concentração de tensão, reduzindo significativamente a resistência 
à fratura real. 
 Distribuição estatística de falhas: A falha em cerâmicas é um processo 
probabilístico, com diferentes regiões da microestrutura apresentando 
diferentes susceptibilidades à fratura. 
 Fratura subcrítica: As cerâmicas podem sofrer fratura gradual sob tensões 
menores que a resistência teórica, devido à propagação de trincas 
preexistentes. 
 Anisotropia: As propriedades das cerâmicas podem variar em diferentes 
direções, influenciando a resistência à fratura de acordo com a orientação da 
carga aplicada. 
 Dificuldades na caracterização: A caracterização precisa das propriedades 
microestruturais e dos mecanismos de fratura é complexa, o que contribui para 
a discrepância entre os valores medidos e os teóricos. 
 O método de produção da cerâmica, como sinterização, moldagem e 
usinagem, pode introduzir defeitos e controlar a microestrutura, influenciando a 
resistência. 
2) A notável variabilidade na resistência à fratura de amostras do mesmo material 
cerâmico frágil se deve a uma complexa interação de fatores, que podem ser divididos 
em três categorias principais: Microestrutura, Processo de fabricação e as condições 
do ensaio. Trincas, poros, inclusões e outras imperfeições na microestrutura do 
material atuam como pontos de concentração de tensão, facilitando a propagação de 
trincas e a subsequente fratura. A distribuição, tamanho e morfologia desses defeitos 
variam consideravelmente entre diferentes amostras, levando à dispersão na 
resistência à fratura. Assim também como as Condições de 
sinterização, compactação, moldagem e outros processos de fabricação podem 
influenciar a distribuição de poros, tamanho de grãos e outras características 
microestruturais, afetando a resistência à fratura. A probabilidade de encontrar um 
defeito crítico aumenta com o tamanho da amostra, levando à variabilidade na 
resistência à fratura entre amostras de diferentes tamanhos. 
3) com base nos dados, podemos concluir que os resultados são consistentes com o 
critério de Griffith. A presença de poros no nitreto de silício ligado por reação atua 
como falhas críticas, diminuindo a resistência à flexão do material. Quanto maior o 
poro, maior a falha crítica e menor a resistência à flexão. A tabela na imagem mostra 
a relação entre o tamanho do grão de cera, o tamanho médio do poro e a resistência 
à flexão do nitreto de silício ligado por reação. Observamos que: A resistência à flexão 
diminui com o aumento do tamanho do poro. A maior queda na resistência à flexão 
ocorre entre os tamanhos de poro de 0-36 µm e 63-90 µm. Em outras palavras, quanto 
maior a falha, menor a força necessária para fraturar o material. 
4) O vidro de soda-cal tem um módulo de Young de aproximadamente 70 GPa, 
enquanto o Al2O3 (cerâmica) tem um módulo de Young de aproximadamente 380 
GPa. A presença de uma fase vítrea intergranular pode reduzir significativamente o 
módulo de Young da cerâmica. Para realizar uma comparação vamos Considerar um 
modelo simplificado de um material com 50% de volume de fase vítrea e 50% de 
volume de cerâmica. O módulo de Young efetivo (𝐸𝑒) pode ser calculado usando a 
regra de misturas: 
𝐸𝑒 = (𝐸𝑣𝑉𝑣) + (𝐸𝑐𝑉𝑐) 
Onde: 
 E_v = módulo de Young do vidro (70 GPa) 
 V_v = volume de fração do vidro (0,5) 
 E_c = módulo de Young da cerâmica (380 GPa) 
 V_c = volume de fração da cerâmica (0,5) 
Substituindo os valores obtemos: 
𝐸𝑒 = (70 ∗ 0,5) + (380 ∗ 0,5) 
𝐸𝑒 = 225 𝐺𝑝𝑎 
A porosidade também pode reduzir significativamente o módulo de Young de um 
material. A relação entre a porosidade (P) e o módulo de Young efetivo (𝐸𝑒) pode ser 
estimada pela seguinte equação: 
𝐸𝑒
𝐸𝑐
 = (1 − 𝑃)2 
Para conseguimos calcular o módulo de Young efetivo vamos estimar que o material 
possua aproximadamente 10% de porosidade. Substituindo os valores na equação 
acima teremos: 
𝐸𝑒 = 380 ∗ (1 − 0,1)
2 
𝐸𝑒 = 307,8 𝐺𝑝𝑎 
Com base nos cálculos acima, podemos concluir que a presença de uma fase vítrea 
intergranular tem um efeito mais significativo no módulo de Young do que a mesma 
quantidade de porosidade. 
5) O material mais adequado seria o C, pois este material tem o coeficiente de 
dilatação térmica relativamente baixo, um módulo de elasticidade alto e uma 
tenacidade à fratura alta. Sua condutividade térmica é relativamente alta, mas isso 
pode ser mitigado com o uso de um isolante térmico. Já o material mais inadequado 
seria o A, pois o material tem um alto coeficiente de dilatação térmica, o que o torna 
inadequado para aplicações com flutuações térmicas. Além disso, ele tem um módulo 
de elasticidade relativamente baixo, o que o torna propenso à deformação. 
6) a) Tensões térmicas podem ser introduzidas em uma estrutura pelo seu 
aquecimento ou resfriamento rápido devido à criação de gradientes de temperatura. 
Quando a superfície da estrutura é aquecida ou resfriada rapidamente, a temperatura 
interna não muda na mesma velocidade. Isso resulta em diferentes expansões ou 
contrações em diferentes partes da estrutura, gerando tensões. 
b) no resfriamento, a superfície da estrutura se contrai mais do que o interior. Isso 
gera tensões compressivas na superfície e tensões tracionadas no interior. 
c) no aquecimento, a superfície da estrutura se expande mais do que o interior. Desta 
forma são geradas tensões tracionadas na superfície e tensões compressivas no 
interior. 
d) O choque térmico é mais provável em um resfriamento rápido de uma peça 
cerâmica. Isso ocorre porque a cerâmica é um material frágil com baixa condutividade 
térmica. No resfriamento rápido, a superfície da cerâmica se contrai rapidamente, 
enquanto o interior ainda está quente e expandido. Essa contração rápida gera 
tensões compressivas na superfície que podem exceder a resistência à tração da 
cerâmica, levando à formação de trincas e à quebra da peça. 
e) para reduzir a probabilidade de choque térmico podemos tomar as seguintes 
medidas: 
 Aquecimento e resfriamento lentos: Aumentar o tempo de aquecimento e resfriamento 
para permitir que a temperatura se distribua uniformemente pela peça. 
 Pré-aquecimento e pré-resfriamento: Aquecer ou resfriar a peça gradualmente em um 
forno ou outro ambiente controlado antes de expô-la à temperatura final. 
 Uso de isolantes: Usar materiais isolantes para retardar a transferência de calor para 
a superfície da peça. 
 Alteração da geometria da peça: Reduzir a massa da peça ou alterar sua forma para 
diminuir os gradientes de temperatura. 
 Seleção de materiais: Usar materiais cerâmicos com maior resistência à tração e à 
fratura. 
7) A porosidade diminui a condutividade térmica dos materiais cerâmicos por três 
mecanismos principais. Diminuição da área de contato: os poros introduzem espaços 
vazios na estrutura do material cerâmico. Isso diminui a área de contato entre as 
partículas sólidas, reduzindo o caminho para a transferência de calor por condução. 
O calor precisa "pular" entre as partículas sólidas, o que é menos eficiente do que fluir 
através de um material sólido contínuo. Ar preso: os poros geralmente contêm ar, que 
é um isolante térmico muito bom. O ar aprisionado nos poros impede a transferência 
de calor por convecção, pois o ar é um fluido com baixa capacidade de transportar 
calor. Dispersão de fônons: s fônons são vibrações na rede cristalina que transportam 
calor em materiais sólidos. Os poros espalham os fônons, diminuindo o seu livre curso 
e, consequentemente, a condutividade térmica do material. 
8) Não, a afirmação de que a cerâmica se expande igualmente em todas as direções 
quando aquecida não é totalmente correta. A expansãotérmica da cerâmica pode ser 
anisotrópica, o que significa que a expansão pode ser diferente ao longo dos eixos 
cristalográficos. A afirmação não está totalmente correta, pois existem alguns tipos de 
materiais cerâmicos que apresentam um comportamento de expansão isotrópica. 
Essa diferença de natureza térmica pode ser avaliada a depender da sua estrutura 
cristalina e microestrutura do material cerâmico que está sendo analisado.

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