Clonagem e Bioética - Trabalho

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Clonagem e Bioética
Alunos: 
Marcela Russo Silva Sheila Pomponet Bispo
Roselaine Margarett Pinho Tatiana Barroso F. Assis
Trabalho apresentado à disciplina de Bioética como requisito parcial avaliativo.
Profª.: Ms. Solange Maria Franco de Vasconcelos
O que é Bioética?
A bioética é a ética aplicada a vida e, abrange temas que vão desde uma simples relação interpessoal até fatores que interferem na sobrevivência do próprio planeta.
Ou seja, ela também se ocupa do uso correto das novas tecnologias na área das ciências médicas e da solução adequada dos dilemas morais por ela apresentados.
Este termo foi utilizado pela primeira vez no ano de 1970, pelo médico oncologista Van Rensselaer Potter.
O que é Clonagem?
Clonagem do grego klón significa cópia, que é realizada de forma assexuada com o objetivo de obter uma réplica do animal ou humano através da “doação” do material procriativo para experimento.
Consiste em substituir o núcleo de um ovócito, por núcleo de uma célula somática.
Você sabia que... Em 1997, o Conselho de ética para Biotecnologia da Comissão Europeia considerou inaceitável a clonagem humana para fins de reprodução? Porém, a clonagem animal foi considerada aceitável, desde que dentro de certos limites éticos nos seus procedimentos.
Clonagem Terapêutica e Reprodutiva:
Clonagem Terapêutica: Cria embriões para se retirar as células tronco, com finalidade de uso para o combate de doenças regenerativas.
Possui finalidade exclusivamente laboratorial;
Clonagem Reprodutiva: Cria cópias animais e humanas.
Cópias humanas, só com autorização dos genitores;
Sem ela, não há clonagem. 
 
Clonagem Animal:
Mc Grath e Solter (1983) são considerados os pioneiros na reconstrução de embriões mamíferos utilizando o método denominado transferência nuclear (TN);
Porém, o primeiro relato de um mamífero nascido a partir dessa técnica foi descrito somente em 1986, em ovinos, por Willadsen;
A TN vem sendo empregada com êxito em diversas outras espécies;
Estabelecimento e manutenção de culturas de células a serem utilizadas como fonte doadora de núcleo foi fundamental para o desenvolvimento da técnica, que resultou no nascimento da ovelha “Dolly”, o primeiro clone produzido a partir de células somáticas diferenciadas obtidas de um animal adulto.
A ovelha Dolly foi o 1º mamífero em 5 de julho de 1996 e faleceu em 14 de fevereiro de 2003 de uma doença pulmonar grave, ela sobrevivei por 7 anos ; ela sofria de artrite precoce.
Clonagem Animal:
No Brasil, foram conseguidos clones bovinos a partir de células embrionárias, fetais e adultas. Em março de 2001, em Brasília, DF nasceu o primeiro clone a partir de célula embrionária, a Vitória;
No dia 27 de abril de 2002, em Monte-Mor – SP, nasceu o primeiro clone a partir de célula diferenciada jovem, o Marcolino da USP;
Em julho de 2002, em Jaboticabal- SP, nasceu o primeiro clone a partir de célula diferenciada adulta, a Penta;
E em Dezembro de 2003, nasceu a Bela da USP, uma bezerra Nelore oriunda de célula diferenciada adulta;
Todas apresentaram desenvolvimento corporal, comportamental e sexual normais.
Clonagem Animal:
E em 2012, nasce o primeiro clone equino no Brasil, o cavalo Turbante JO da raça Mangalarga Marchador, realizado pela empresa In Vitro do Brasil na cidade de Mogi Mirim, onde o cavalo que morreu em 1998 , está inscrito no livro “Guinness” como o cavalo que produziu o maior número de filhos do mundo (1.678), e seu material genético esteve guardado durante 15 anos.
Clonagem Animal:
Clonagem Humana:
Possibilidade de duplicação das células embrionárias para fins terapêuticos ou reprodutivos, implica refletir acerca do status do embrião, ou seja, se é possível considerá-lo um conglomerado de células, uma pessoa ou um ser humano em potencial. 
Isso reflete a possibilidade ou não de que seja objeto de intervenções e pesquisa, ou se o Direito deva proibir tal possibilidade considerando como um desrespeito à sua dignidade.
Simpósio: Clonagem Terapêutica Humana:
Ocorreu no dia 22 de Maio de 2002 pela Câmara Técnica em Bioética, em parceria com o Centro de Bioética do Cremesp.
Segundo Maria Cristina Massarolo, professora da Escola de Enfermagem da USP:
"Não há justificativa para a clonagem reprodutiva“;
A professora confessou sua preocupação quanto à clonagem humana reprodutiva: “Temos que nos questionar como enfrentaríamos os problemas que ela pode causar. Quantos fetos mal formados, quantas tentativas frustradas antes de chegar ao sucesso? Se pensarmos na ovelha Dolly, temos que nos lembrar quantas tentativas foram feitas e quantos monstrinhos, por assim dizer, nasceram antes de Dolly".
Simpósio: Clonagem Terapêutica Humana:
Na visão de Marcos Almeida, professor de Bioética da Unifesp/EPM, a Natureza é o grande agente clonador. 
“A clonagem é a pá de cal definitiva no argumento das pessoas que asseguram que o momento do começo da vida é a fecundação, uma vez que, neste caso, não há espermatozóide e não há fecundação. Dessa forma, o homem vai se tornando dispensável na produção de outro homem".
Segundo Thomaz Rafael Gallop, livre-docente em Genética Médica da USP:
Há dificuldades em lidar com o novo e com as diferenças;
Gollop recordou-se da decisão tomada em reunião ocorrida em 1987, promovida pela ONU, sobre clonagem: “Concluímos, eu e os integrantes de outros 187 países, que deveríamos fazer uma moratória, ou seja, adiarmos permissões e proibições até que possamos ter as dimensões do seus riscos".
Supremo Tribunal Federal:
Autorização dos genitores;
Após os três anos;
Fertilização in vitro;
Bioética:
A autonomia da vontade do paciente;
Da beneficência e não-maleficência;
E a justiça social;
Legislação Mundial:
Antiético;
Benefícios para a sociedade;
Pratica desumana? 
Referências:
BRAUNER, M. C. C. Clonagem Humana: Aspectos Jurídicos. Disponível em: < http://www.ghente.org/temas/clonagem/clone_juridico.htm >. Acesso em: 02 out 2017.
CREMESP. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Simpósio sobre Clonagem. 2002. Disponível em: <http://googleweblight.com/?lite_url=http://www.bioetica.org.br/?siteAcao%3DAtividadesRealizadasIntegra%26id%3D19&ei=k7Zb6eA9&lc=pt-BR&s=1&m=252&a=www.google.com.br&ts=1507997806&sig=ANTY_L0ceg4Cy127N2CpgaH2BZyg1FgHiA>. Acesso em: 04 out 2017.
TRECENTI, A. S; ZAPPA, V. Clonagem Animal: Revisão de Literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária – ISSN: 1679-7353. Ano XI. Nº20. 2013.