Buscar

Auditorias e Perícias em Odontologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Bioetica em Odontologia
· Perito e Auditor
· Imparcialidade
· Acúmulo de funções
· Documentação e Informação
· Impossibilidade
CAPÍTULO IV
Da Auditoria e Perícias odontológicas
 Perito é a pessoa responsável por realizar exames técnicos em sua área de especialidade para esclarecer fatos em investigações policiais ou processos judiciais.
 Peritos Oficiais: exercem esse trabalho por atribuição de cargo público. Ex: médicos-legistas, odontolegistas, peritos criminais, etc.
 Pertos Não-oficiais: São pessoas designadas pela autoridade para substituir peritos oficiais quando estes estão impedidos de atuar.
Assistente técnico
· Em que tipo de perícia?
· Quantos são?
· Emite laudo?
· Em quanto tempo?
 Empresas de odontologia em grupo surgem nos anos 60 sem controle inicial sobre procedimentos dos profissionais credenciados.
 O relatório de auditoria é a documentação emitida pelo auditor após a auditoria, geralmente padronizado pelas operadoras.
 O auditor pode emitir parecer técnico em processos de responsabilidade profissional na rede prestadora, em ações ordinárias (Fórum Civil), Juizados Especiais ou Procons.
Classificação das Auditorias:
 Quanto ao tipo: Auditoria Técnica, Auditoria Clínica e Auditoria Eletrônica
 Quanto à fase de realização: Auditoria inicial, Auditoria final e Auditoria de acompanhamento
 Quanto ao resultado: Auditoria Conforme e Auditoria Não Conforme
 Quanto a natureza: Auditoria interna e Auditoria externa
Quanto ao tipo:
Auditoria técnica: examina documentos como radiografias, fichas clínicas e fotografias, sem realizar exame clínico do paciente.
Auditoria clínica: inclui exame clínico. Na auditoria inicial, verifica o plano de tratamento e sua indicação. Na final, avalia a qualidade do tratamento.
Auditoria eletrônica: usa o sistema da empresa para cruzar dados da história bucal do paciente e proposta de tratamento.
------
Quanto à fase de realização:
Auditoria inicial: relacionada ao controle de custos na operadora.
Auditoria final: focada no controle de qualidade.
Auditoria de acompanhamento: avaliação parcial durante o tratamento, comum em especialidades como prótese e ortodontia.
Quanto ao resultado:
Auditoria Conforme: Verifica se todos os itens propostos na ficha clínica foram realizados (auditoria final) ou serão realizados (auditoria inicial) pelo dentista, seguindo padrões aceitos pela odontologia.
Auditoria Não Conforme: Identifica trabalho que não está de acordo com as especificações da empresa ou é tecnicamente inadequado.
-----
Quanto à natureza:
Auditoria Interna: feita pelos auditores da própria empresa, que são funcionários contratados conforme as leis trabalhistas.
Auditoria Externa: realizada por uma rede credenciada de auditores, que são prestadores de serviços contratados por um contrato específico. Geralmente são pagos por cada auditoria realizada.
CAPÍTULO IV DAS AUDITORIAS E PERÍCIAS ODONTOLÓGICAS
Art. 10. Constitui infração ética
Resumo dos Deveres do Perito/Auditor Odontológico:
1. O perito/auditor deve atuar com isenção e competência, sem influências externas, limitando-se às suas atribuições e conhecimento.
2.Durante a perícia ou auditoria, o perito/auditor não deve intervir nos atos de outros profissionais nem fazer apreciações na presença do examinado, reservando observações e críticas para o relatório sigiloso.
3.É proibido acumular as funções de perito/auditor e profissional que realiza procedimentos terapêuticos odontológicos na mesma entidade prestadora de serviços odontológicos.
4.O profissional assistente não pode recusar o fornecimento de informações odontológicas necessárias para benefícios previdenciários ou outras concessões, dependendo da autorização do paciente ou responsável legal.
5.O perito/auditor não pode receber remuneração vinculada à glosa ou sucesso da causa.
6.Não é permitido realizar ou exigir procedimentos prejudiciais aos pacientes e ao profissional, contrários às normas de Vigilância Sanitária, exclusivamente para fins de auditoria ou perícia.
Um perito nomeado pode, injustificadamente, esquiva-se ao cargo para o qual foi nomeado? (Pode um nomeado evitar assumir o cargo sem uma razão válida?)
· Suspeição 
· Problemas de saúde
· Prestou depoimento, opinou anteriormente, analfabetos e menores de 21 anos.
VIII - NÃO PODE SER PERITO QUEM:
a) É parte interessada;
b) Já teve algum envolvimento no caso, como mandatário da parte, assistente técnico do Ministério Público ou testemunha;
c) É parente até o segundo grau da parte; 
d) Possui relação social, afetiva, comercial ou administrativa que possa comprometer a imparcialidade.
ÉTICA
 A ética é um ramo da Filosofia que estuda o comportamento moral das pessoas na sociedade, definindo o que é certo e errado. Ela é o conjunto de normas e formas de vida que visam realizar o bem. A ética reflete sobre valores em conflito para tomar decisões responsáveis e adequadas, promovendo a evolução da cidadania. 
ÉTICA: LIDA COM O CERTO E O ERRADO.
● Modo social de agir: implica no consenso e na adesão da sociedade.
● Normas e regras sociais: é guiada pela cultura da sociedade.
● Coletivo: se constrói a partir do consenso de várias morais.
-----
MORAL: LIDA COM O CERTO E O ERRADO.
● Modo pessoal de agir: é adquirido e formada ao longo da vida, por experiências.
● Normas e regras pessoais: é guiada pela consciência.
● Individual: é o que fundamenta a ética.
Bioética
Paul Max FRITZ JAHR (1895-1953) foi um pastor e teólogo que, em 1927, escreveu sobre bioética, analisando a relação ética entre humanos, animais e plantas. Ele defendeu a aplicação da ética a todos os seres vivos.
----
Van Rensselaer POTTER (1911-2001); foi um cientista que criou o termo "bioética" em seus livros. (em seus livros "Bioética: a ciência da sobrevivência" e "Bioética: uma ponte para o futuro".) 
 Ele alertou que o avanço da ciência pode melhorar a vida das pessoas, mas também pode representar uma ameaça à humanidade.
----
NASCIMENTO DA BIOÉTICA
 O Código de Nuremberg, criado em 1947 na Alemanha, consiste em 10 itens que destacam a importância da relação entre risco e benefício, consentimento informado e ajuste de cada pesquisa em seres humanos. Também enfatiza o direito de desistir a qualquer momento e rejeita a tortura, garantindo a liberdade e soberania do ser humano.
DECLARAÇÃO DE HELSINQUE, 1964
 foi criada pela Associação Médica Mundial (AMM) após casos de abusos em pesquisas com seres humanos. Ela exige que os pesquisadores sigam um protocolo de pesquisa, feito por profissionais qualificados, e reconhece o direito do paciente de tomar suas próprias decisões sobre participar ou não em pesquisas.
Atualizações da Declaração de Helsinque em reuniões sucessivas da AMM
 • Tóquio (1975): deixou clara a necessidade da criação de comités de ética em pesquisa.
· Veneza (1983).
· Hong Kong (1989).
· Somerset West (1996)
· Edimburgo (2000
 Um estudo observacional sobre os efeitos da sífilis não tratada foi realizado com 600 homens negros, dos quais 399 tinham a doença e 201 eram saudáveis (grupo controle). Os portadores foram informados de que tinham uma doença grave do sangue e receberiam tratamento médico gratuito, mas na realidade, receberam apenas placebo. Eles também foram prometidos transporte para a clínica, refeições gratuitas e cobertura das despesas de funeral. Os participantes não sabiam que estavam participando de um estudo.
CONSEQUÊNCIAS DO ESTUDO DE TUSKEGEE
 O Estudo de Tuskegee teve consequências graves: dos 399 doentes, apenas 74 sobreviveram, 40 cônjuges foram infectados e 19 crianças nasceram com sífilis congênita. Apesar da descoberta da penicilina na década de 1940, os doentes não foram tratados durante o estudo.
Estudo da cárie dentária de Vipeholm, 1952
 O Estudo da Cárie Dentária de Vipeholm, realizado entre 1947-1949 com 436 pacientes com deficiência mental do Hospital de Vipeholm, na Suécia, teve aspectos éticos questionáveis. Os pacientes não foram informados sobre o estudo, que não era voluntário. Eles foram submetidos a diferentes dietas com alto teor de açúcar e semhigienização adequada dos dentes. O estudo foi publicado em 1953, mas apenas em 1990 o governo sueco questionou sua ética.
Relatório Belmont
 Em 1979, foram publicados os "Princípios da Ética Biomédica", inspirados pelo Código de Nuremberg e pela Declaração de Helsinque. Esses princípios inauguraram a bioética principialista, baseada em quatro princípios orientadores de decisões: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Esses princípios são considerados primários, mas não absolutos.
Temas bioéticos de maior interesse em Odontologia:
 • Experimentação com seres humanos
 • Humanização das relações assistenciais.
Principais Correntes Bioéticas
· Bioética norte-americana ou anglo-saxônica – Bioética principialista
· Modelo bioético-europeu.
· Bioética latino-americana e caribenha.
 Bioética principialista ou anglo-saxônica: A bioética principialista é prática e lógica, seguindo regras morais e respeitando a liberdade individual para tomar decisões.
 Modelo bioético europeu: Destaca a dignidade universal da pessoa, sendo humanista e personalista. Em vez de regras, usa critérios de valor para classificar ações como boas ou más. Ele complementa o principialista, que segue regras morais de forma prática.
 Bioética latino-americana e caribenha: valoriza a ética social, buscando o bem comum, justiça e equidade. Também considera a virtude e excelência ao julgar atos como bons ou ruins, não como certos ou errados. Essa abordagem é influenciada pelas bioéticas norte-americana e europeia.

Continue navegando