Ebook - Sebrae - Ensino Stem

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ENTENDA O QUE É A EDUCAÇÃO 
STEM E COMO COLOCÁ-LA EM PRÁTICA
Introdução - 31
O que é STEM - 4 2
ENSINO STEM
Abordagem STEM - 8 3
Conhecimento
integrado - 114
STEM e educação
empreendedora - 145
Sobre o CER - 17 6
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Explorar, construir, inventar, descobrir. Nem só de fórmulas são feitas as ciências
exatas, a engenharia, a matemática e a tecnologia. Por trás dos números e cálculos,
essas disciplinas abrem caminho para um novo olhar para o mundo, uma nova maneira
de entender o espaço e o ambiente em que estamos.
Em um contexto em que é preciso, mais do que nunca, se reinventar, a aprendizagem 
multidisciplinar, baseada em projetos e com foco científico, também conhecida como 
STEM, ganha força como uma abordagem curricular capaz de desenvolver habilidades 
imprescindíveis para o mercado de trabalho nos dias de hoje.
Neste e-book, você vai entender o que é o ensino STEM e vai saber 
como colocá-lo em prática em sala de aula.
Boa leitura! E não deixe de nos contar o que achou pelos canais de contato. Os links 
estão no final deste material.
1. Introdução
ENSINO STEM
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A palavra STEM tem origem no nome das disciplinas Ciência, Tecnologia, Engenharia e 
Matemática (em inglês: Science, Technology, Engineering, Mathematics). Apesar do acrônimo 
ter-se popularizado no Brasil e no mundo apenas nos últimos anos, a junção das quatro 
disciplinas já é aplicada ao redor do mundo há algumas décadas – possivelmente desde o 
início da corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia.
O aumento da popularidade do ensino STEM se deve, em grande medida, ao baixo interesse 
dos alunos e, consequentemente, à deficiência de profissionais preparados para carreiras 
tecnológicas nos Estados Unidos, o que levou o governo de Barack Obama a fazer do 
STEM uma prioridade na educação daquelev país. Desde então, a modalidade tem recebido 
investimento financeiro e tem-se tornado diretriz para os novos programas de ensino nos EUA.
2. O que é STEM
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“Ciência é mais do que uma matéria escolar, a 
tabela periódica ou as propriedades das ondas. É 
uma abordagem para o mundo, um modo crítico de 
entender, explorar e se engajar com o mundo e, então, 
ter a capacidade de mudá-lo.” — Barack Obama.
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A valorização do STEM e os programas de governo 
voltados para o ensino tecnológico nos Estados Unidos 
fortaleceram o debate mundial em torno do tema, 
incentivando outros países, como o Brasil, a 
repensarem seus currículos escolares.
Não existe um conceito fechado do que é STEM, já 
que sua aplicação acontece nas mais diversas áreas de 
conhecimento e não tem formato ou modelo específicos. 
Na educação, pode-se dizer que o STEM tem como 
principal objetivo a formação de cidadãos preparados 
para os desafios do mercado de trabalho do século XXI 
por meio da pesquisa e desenvolvimento em Ciências, 
Tecnologias, Engenharia e Matemática.
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Mais que uma metodologia, o STEM é uma 
abordagem curricular que defende o ensino 
das quatro disciplinas de maneira integrada, 
baseado na experimentação e na prática 
e com foco na realização de projetos e na 
inovação.
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3.Abordagem STEM
Curiosidade Tecnologia
Prática Ciências
Projetos Mercado de trabalho
Integração Experimentação
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Por muitos anos, o conhecimento científico era diretamente 
relacionado ao aprendizado teórico, em sala de aula, combinado
com idas esporádicas a laboratórios para a comprovação de conceitos, 
fórmulas e hipóteses. No STEM, que tem relação direta com a cultura 
maker, esse modelo dá lugar a um ensino totalmente voltado à prática, 
em que a teoria é compreendida enquanto se cria algo novo.
Para isso, o ensino STEM parte de problemas reais para o aprendizado 
de conceitos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, 
geralmente por meio de projetos. Assim, a abordagem STEM, na 
prática, se assemelha a oficinas ou laboratórios criativos, o que 
estimula o senso crítico dos alunos e a construção do conhecimento 
de maneira ativa e reflexiva.
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M Quando o aluno aprende a partir de desafios tangíveis e
contextualizados, o exercício da experimentação acaba,
naturalmente, tornando o aprendizado mais inovador.
Na busca por soluções para o problema, os jovens testam
hipóteses e novos caminhos, abrindo o leque de possibilidades
para a aplicação da teoria e chegando a conclusões muitas
vezes inesperadas.
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A conexão entre as quatro áreas de conhecimento é, 
ao mesmo tempo, o trunfo e o maior desafio do STEM, 
uma vez que a integração verdadeira entre Ciências, 
Tecnologia, Engenharia e Matemática requer mais do 
que o ensino simultâneo das quatro disciplinas.
4. Conhecimento
integrado
É preciso que os projetos sejam de fato interdisciplinares.
Para realizar, por exemplo, um projeto de natureza 
matemática, no ensino STEM, o estudante será desafiado 
ademonstrar habilidades em programação, robótica, design
e planejamento e outras áreas de conhecimento.
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STEM além das quatro letras
Recentemente, a conexão entre as diferentes disciplinas tem ganhado uma nova dimensão. A discussão sobre 
a possível inclusão de mais uma letra ao acrônimo dá um significado mais amplo ao conceito STEM – que vem 
sendo chamado de STEAM por algumas correntes de ensino e instituições. O A vem de artes, área considerada 
por especialistas como fundamental para a integração entre as ciências exatas e as humanas.
A experiência do Museomix é um desses exemplos. A maratona criativa acontece em todo o mundo (em 2017, 
foi realizada no Brasil pela primeira vez) e tem o objetivo de ressignificar o acervo de museus a partir de projetos 
experimentais em uma espécie de hackaton.
Para isso, são selecionados profissionais e entusiastas de áreas como design, arquitetura, comunicação e 
artistas, que se reúnem para criar projetos autorais e protótipos de ideias inovadoras. No processo, vale de tudo 
para chegar ao resultado esperado: do uso da marcenaria e do corte a laser à impressão 3D e eletrônica.
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Papel do professor
Por ser estruturado em torno de um projeto, o ensino STEM exige uma nova 
postura do professor em sala de aula, que assume a responsabilidade de atuar 
mais como facilitador do aprendizado do que como transmissor de conteúdo.
O educador passa a ser a figura responsável por propor testes, fazer perguntas, 
sugerir caminhos alternativos e ter disponibilidade para aprender junto com os 
alunos. Como nenhuma experiência é igual a outra, ter atenção ao processo – 
e não só ao resultado final – é outro fator importante. Um professor sensível 
às necessidades dos alunos conseguirá identificar oportunidades, em meio às 
atividades do projeto, e inserir temas complementares que possam enriquecer o 
aprendizado.
A abordagem STEM também demanda mais interação entre a equipe de 
professores, que podem trabalhar juntos, cada um em sua especialidade, no 
mesmo projeto. Isso vai exigir o planejamento integrado das atividades e do 
processo, além de sinergia na forma de avaliação dos resultados.
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Por ser totalmente voltado a um objetivo prático, o STEM é uma 
ferramenta poderosa para a educação empreendedora. Aprende-se 
fazendo e, mais do que isso, fazendo algo de aplicação imediata no 
dia a dia. Por esse motivo, o ensino STEM requer do estudante uma 
mentalidade voltada para a resolução de problemas, a criatividade 
e a habilidade para o trabalho em equipe.
O aprendizado mão na massa também contribui para uma postura 
mais proativa e inclinada à experimentação, além do exercício da 
comunicação e da boa gestão da informação, consideradas 
habilidades essenciais para as profissões do século XXI.
5. STEM e educaçãoempreendedora
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No Brasil, as escolas particulares e os cursos livres saem à frente na oferta do ensino STEM, com aulas de 
robótica, programação e modelos de escolas makers. Em 2009, as escolas públicas receberam um incentivo 
a mais para a utilização da abordagem. A preparação dos alunos para o novo mercado de trabalho veio 
acompanhada do treinamento dos educadores por meio do programa de formação de professores voltado 
ao ensino STEM, lançado pela WorldFund. Quase 500 escolas já passaram pelo programa STEM Brasil, que 
oferece 180 horas de capacitação ao longo de dois anos.
Se você quer implantar a abordagem STEM em suas aulas, uma dica é se aprofundar mais em entender os 
fundamentos do ensino maker e começar a aplicá-los em pequenos projetos. Não é preciso ter tecnologia, 
laboratórios superequipados ou gadgets caros: o que importa é pensar em experimentos, brincadeiras e 
atividades que vão guiar os alunos à aprendizagem criativa. Para ler mais sobre o que é a mentalidade do 
faça-você-mesmo, confira a entrevista que fizemos com Edgar Andrade, do Fab Lab Recife.
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https://stembrasil.org/cav/index.php/Login
http://cer.sebrae.com.br/educacao-maker-construcao-de-comunidade-e-da-mentalidade-facamos-nos-mesmos/
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Empresas têm o poder de mudar realidades individuais e coletivas gerando oportunidades com muita velocidade, e os agentes de 
ensino são muito importantes para disseminar a cultura empreendedora.
Por isso, o Sebrae criou o Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora, uma iniciativa para produzir e compartilhar 
conhecimento e elaborar estudos, pesquisas e ferramentas com foco no desenvolvimento e no fomento da Educação 
Empreendedora. O Centro tem como um dos objetivos ser uma ponte entre o universo acadêmico e o mercado.
Já somos aproximadamente 52 milhões de empreendedores; de cada 100 brasileiros que iniciam o próprio negócio, 56 são 
motivados por uma oportunidade e não por uma necessidade. Contudo 85% desses empreendedores não procuraram o apoio de 
nenhum órgão para auxiliar estrategicamente o seu negócio.
Como mudar esse quadro e potencializar as chances de sucesso dos empreendedores brasileiros? Acreditamos que a 
disseminação da Educação Empreendedora em diversos níveis (indivíduo, empresas, educação, sociedade e políticas públicas) é 
fundamental para isso.
6. Sobre o CER
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O CER TEM COMO UM DOS OBJETIVOS SER UMA PONTE 
ENTRE O UNIVERSO ACADÊMICO E O MERCADO.
Nele você vai encontrar um ambiente em que a produção de conhecimento será fomentada por parcerias estratégicas com 
universidades, empresas, centros de pesquisas e profissionais renomados nacional e internacionalmente.
O objetivo é inspirar acadêmicos e empreendedores por meio de conteúdo de alta qualidade, capaz de impactar 
positivamente o ensino empreendedor e a cultura empreendedora no Brasil.
É aqui que você vai encontrar todo o conteúdo necessário para inovar na sua empresa ou na sala de aula, inspirar pessoas 
e difundir a Educação Empreendedora.
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http://cer.sebrae.com.br/codigo-para-uma-nova-educacao-entrevista-com-fernando-americano/
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