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Ceticismo_e_Mito_da_caverna (2)

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – MG
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSOFIA
Fundamentos de Filosofia Política
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Prof. SAMUEL FRANÇA ALVES 
EPTNM - 2023/1
CETICISMO:
O ceticismo é, originalmente, uma posição filosófica acerca da questão do conhecimento.
Surgido na Grécia antiga, o ceticismo questiona a possibilidade do ser humano encontrar uma
verdade segura acerca de qualquer questão. Atualmente designamos por ceticismo também uma
postura ou um método que consiste em recusar o status de verdade de uma proposição a fim de
encontrar suas premissas mais fundamentais. Os céticos, assim, confrontam os defensores de uma
dada ideia quanto às justificativas para se acreditar nos seus fundamentos.
Pirro de Élis (aproximadamente 360 a.C a 270 a.C) é conhecido como o fundador do
ceticismo, e também da sua versão mais radical, o pirronismo ou ceticismo pirrônico. Mas algumas
posições céticas já podiam ser encontradas em filósofos anteriores, como alguns discípulos de
Demócrito e entre alguns dos chamados sofistas. A desconfiança em relação aos dados sensoriais, a
questão do movimento na natureza que torna o conhecimento instável, e a relatividade do
conhecimento às circunstâncias do indivíduo que conhece, são os principais temas que inspiraram o
ceticismo em seus primórdios.
Assim como sucedeu com diversos filósofos da antiguidade, o acesso às ideias de Pirro só nos
é dado pelas obras de filósofos posteriores, sendo Sexto Empírico o mais importante deles. Agrippa,
outro seguidor do pirronismo que viveu no século I a.C, descreveu o que seriam os cinco modos de
se chegar ao ceticismo, em postulados que ficaram conhecidos como os cinco Tropos de Agripa:
“De acordo com o modo baseado no conflito, concluímos que um desacordo indecidível sobre
o assunto em questão pode ocorrer tanto na vida comum, quanto entre os filósofos. Por esse motivo
não podemos nem decidir em favor de algo, nem recusá-la e assim somos levados à suspensão.
No modo derivado da relatividade, o objeto aparece sempre de maneira relativa ao sujeito
que julga e às circunstâncias de sua percepção, sendo que suspendemos o juízo sobre sua natureza.
O modo da circularidade ocorre quando aquilo que deveria ser empregado para provar o que
se investiga, pressupõe o que é investigado. Portanto, sendo impossível recorrer a um ou a outro,
suspendemos o juízo acerca de ambos.
Segundo o modo levando ao regresso ao infinito, dizemos que o que é apresentado em defesa
da posição em questão supõe algo em sua defesa e assim sucessivamente ao infinito, de tal forma
que não temos um ponto de partida para sustentar nada, e disso decorre a suspensão. 
O modo da hipótese ocorre quando os dogmáticos, levados ao regresso ao infinito, tomam
como ponto de partida algo não demonstrado, mas que assumem sem prová-la, como um
postulado.”
Mas o ceticismo não se resume a uma posição epistemológica, pois exige um comportamento
coerente com a negação da verdade de ideias correntes na sociedade. As implicações éticas da
adesão ao ceticismo fixaram uma imagem de seus defensores. O cético é descrito como alguém que,
insatisfeito com as irregularidades do mundo, saiu a procura de explicações que o levasse a entender
e resolver estas irregularidades, fornecendo verdades sobre o mundo. De posse da verdade, esperava
alcançar, enfim, a paz de espírito. Porém nenhum sistema filosófico que ele estudou foi capaz de lhe
proporcionar qualquer certeza sobre os objetos de estudo. Ainda por cima, para todo sistema
dogmático que afirmava ter descoberto a verdade, havia sempre um outro sistema dogmático oposto
ao primeiro e igualmente convincente (antilogia) que também dizia ter encontrado a verdade. Diante
destas contradições e incertezas, e da até então impossibilidade de alcançar uma explicação
absolutamente verdadeira, o cético decidiu por suspender seus juízos (epoké), encontrando assim,
paz de espírito (ataraxia), que antes ele esperava alcançar de posse da verdade.
PLATÃO:
Veremos adiante que Platão abordou o tema do conhecimento em sua obra, de modo a enfrentar as
questões colocadas pelo ceticismo. O cerne da teoria do conhecimento de Platão é apresentado na
alegoria conhecida como "Mito da caverna". Mas no diálogo “A República”, de Platão, a famosa
“alegoria da caverna” é precedida de outras duas, cruciais para a sua compreensão.
Alegoria do Sol
Primeiramente Platão usa o sol como uma metáfora para a fonte da "iluminação", presumivelmente
da iluminação intelectual, que argumentava ser a Forma ou Ideia do Bem. A metáfora é sobre a
natureza da realidade e sobre como o conhecimento é adquirido.
O olho, diz Platão, é diferente dos demais sentidos, pois necessita de um meio, a luz, para conseguir
funcionar. A melhor e mais forte fonte de luz é o sol; com a sua luz, os objetos podem ser
apreendidos de maneira clara. Por isso o sol é usado como uma metáfora para se referir à fonte do
conhecimento. Os objetos inteligíveis são as coisas que só podem ser apreendidas pelo uso da
mente, pois não podem ser alcançadas por nenhum dos sentidos. Para Platão, estes objetos
inteligíveis são formas eternas e fixas, e são os objetos últimos do estudo científico e filosófico.
Alegoria da Linha
Imaginem uma linha vertical que foi cortada em duas partes desiguais e divida cada uma delas
novamente na mesma proporção, e suponha as duas divisões principais a corresponder, uma ao
visível e a outra ao inteligível, e depois compare as subdivisões em relação à sua clareza e falta de
clareza. A primeira seção na esfera do visível consiste em imagens. E por imagens quero dizer, em
primeiro lugar, sombras e, em segundo lugar, reflexos na água e em corpos sólidos, lisos e polidos e
coisas do tipo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_do_Bem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_do_Bem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_do_Bem
Esta imagem serve como uma espécie de medidor entre os graus da realidade sensível e os da
realidade inteligível. Na primeira parte, nós repartimos a linha nas duas realidades existentes, de
acordo com Platão: a realidade visível/sensível e a realidade inteligível. O conhecimento da
realidade sensível está limitado ao âmbito da opinião, enquanto que na realidade inteligível é
possível alcançarmos a ciência. Cada subparte é dividida mais uma vez. Por um lado, temos no
plano do sensível imagens derivadas de seus modelos originais como as sombras e os reflexos na
água. Elas são tidas como menos claras que os seus respectivos modelos, os objetos de onde
provém. Na parte inteligível, temos um pensamento que parte das hipóteses acerca da geometria e
da aritmética (os ângulos, o par e o ímpar etc). Platão argumenta que estando preso ao que se parece
o quadrado e o triângulo, limitado às hipóteses não se chega àquilo que eles realmente são. Ao
contrário, para saber aquilo que é o quadrado é necessário que se chegue ao âmbito das ideias. O
primeiro segmento do inteligível é sustentado pelas hipóteses, e usamos elas apenas como degraus
que permitem chegar ao que essas formas realmente são. O conhecimento a partir das hipóteses é
chamado de entendimento, enquanto o verdadeiro saber ele chama de intelecção. A crença é o saber
mais fraco nesse modelo. O entendimento é aquele que se coloca entre opinião e a intelecção. No
fim das contas temos graduada a linha em quatro níveis de conhecimento: a suposição (o mais
fraco), a crença, o entendimento e a inteligência.
Alegoria da linha:
Alegoria da caverna:
Texto: A alegoria da caverna – A República (514a-517c)
Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não,
de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma
morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a
largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância,acorrentados pelas
pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça
para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por
trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe.
Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume
que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual
manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.
Glauco: Entendo
Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de
objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de
animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Provavelmente, entre os
carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam. 
Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham
visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na
parede da caverna à sua frente?
Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a
cabeça imóvel?
Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
Glauco: É claro.
Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que vêem,
pensariam nomear seres reais? 
Glauco: Evidentemente.
Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que
passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela
da sombra que desfila à sua frente?
Glauco: Sim, por Zeus.
Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada
como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
Glauco: Não poderia ser de outra forma.
Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de
sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses
homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a
olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado
e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente.
Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via
coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para
objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe
designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o
que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe
pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora? 
Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que
ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria
verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
Glauco: Sem dúvida alguma.
Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se
não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser
assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho,
não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem
verdadeiros.
Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele
distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros
objetos refletidas na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a
noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a
luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do
sol.
Glauco: Sem dúvida.
Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra
superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
Glauco: Certamente.
Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as
estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a
causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se
possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e
teria pena deles?
Glauco: Claro que sim.
Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às
recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para
discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se
lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as
que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria
depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim
adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o
herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar
qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo
lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir
diretamente do sol? 
Glauco: Naturalmente.
Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em
competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista
ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um
tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os
prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida,
que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços,
fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o
matariam?
Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam. 
Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que
dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à
estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida
e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o
lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-
la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade.
Em todo o caso eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do
mundo inteligível aparece-me a idéia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas
que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela
própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é
preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida
pública.
Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.
Referência:
A Alegoria da caverna: A Republica, 514a-517c tradução de Lucy Magalhães.
QUESTÕES:
Analisem os três temas que inspiraram a postura cética na antiguidade e expliquem como eles
contribuem para a fundamentação do ceticismo.
Expliquem o que é a époche (suspensão do juízo) e qual a sua relação com as noções de
dogmatismo, conflito e relatividade.
Identifiquem qual das cenas narradas na "Alegoria da Caverna" corresponde a cada uma das quatro
partes da alegoria linha. Expliquepor que, citando as partes dos textos que embasam sua resposta.
Como Platão descreve a reação das pessoas cujo conhecimento está limitado às opiniões, quando
elas são confrontadas por aquelas que alcançaram a intelecção? O que lhes falta para poderem
compreender o que é inteligível?

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