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METODOS DE VALIDAÇÃO DE PROTOCOLOS: Uma revisão integrativa. 
 
Francine Salapata Fraiberg Raniel Medeiros Lima 
Raniel Medeiros Lima 
 
 
INTRODUÇÃO 
Atualmente os profissionais de enfermagem enfrentam uma grande corrida sobre o 
conhecimento científico baseado em evidências. O cuidado exercido por eles é ocasionado de 
forma transversal, o que pressupõe um atendimento ancorado pela ciência. O conhecimento em 
enfermagem é orientado pela taxonomia do cuidado e seu viés de aceitação é finalístico em 
relação aos protocolos a serem seguidos. Não se trata apenas de orientações científicas, mas 
sim, aspectos que perpassam as condições legais. 
Notadamente, sua aplicabilidade e a oferta de cuidados na área de enfermagem são 
baseados em um sequenciamento lógico para tomada de decisões. Com o avanço de inúmeras 
técnicas, o profissional precisa estar ciente sobre os princípios científicos. Desse modo, é 
necessário que o profissional esteja pautado nas Práticas Baseadas em Evidência (PBE), uma 
vez que se faz indispensável conhecer o limiar de diferentes resultados e campos do 
conhecimento para que se alcance resultados positivos na atuação em saúde. A PBE é definida 
como uma abordagem que associa a melhor evidência científica disponível, com a experiência 
clínica e a escolha do paciente para auxiliar na tomada de decisão. 1 visto que, ela é 
indispensável para eficácia, confiabilidade e segurança nas práticas em saúde. Por quanto, 
relações entre o campo teórico e prático atuam através de achados das investigações clínicas 
que substituem as condutas previamente aceitas por informações mais seguras, acuradas e 
eficazes.1-2 
Dada a vasta gama de informações e casos clínicos indeterminados, e o grande campo 
de atuação dos profissionais da área da saúde, foi indispensável a criação de determinantes 
lógicos para atuação. Um dos mecanismos indicados para a segurança e confiabilidade é o 
Protocolo que é determinado através de métodos. Ele se caracteriza como a descrição de uma 
situação específica de assistência/cuidado, contendo a operacionalização e a especificação 
sobre o que, quem e como se faz determinada ação, orientando e respaldando os profissionais 
em suas condutas para a prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde. 3 Ressalta-se que os 
protocolos são embasados em uma visão sistêmica e estruturada, com a finalidade de nortear 
profissionais da saúde sobre determinações clínicas específicas. A conduta basilar de um 
profissional é estruturada através de atividades elementares que estreitam a segurança e a 
confiabilidade. 
As recomendações encontradas nos protocolos são baseadas em evidências científicas, 
na avaliação tecnológica e econômica dos serviços de saúde e na garantia de qualidade deles.4 
Em geral, ao método é atribuído uma detalhada orientação sobre como o trabalho deve ser 
executado. Entretanto, não existe um consenso sobre ele estar totalmente correto para a 
validação de protocolos e qual estrutura adequada a ser seguida. 
Á medida em que os processos de trabalho se tornam complexos, é necessária uma 
validação para que seja possível indicar a maneira ideal sobre a execução. Nesse caso, é 
indicado aos profissionais de saúde cercearem uma maneira de validação para os protocolos. 
Normalmente para que um protocolo seja declarado como validado, é indicado a atuação de 
personagens e um contingenciamento, além de uma determinação roteiro como check list. 4 
O check list é mensurado e comparado a atuação contingente e tão logo é referido entre 
as variáveis determinadas dentre as quais, podemos destacar que: comportamento, 
objetividade/desejabilidade, simplicidade, clareza, relevância/pertinência, precisão, tipicidade 
e amplitude. 
Outrossim, a validade de um instrumento está na capacidade que o mesmo possui para 
medir com confiabilidade aquilo que se propõe. Autores mostram que a validade de conteúdo 
se trata de um processo de julgamento composta por duas etapas. A primeira fase é o 
desenvolvimento do instrumento de pesquisa e determinação dos protocolos a serem seguidos, 
logo após, seguido pelo julgamento de especialistas determinado pela segunda fase. 
Recomenda-se que neste processo seja utilizado procedimentos quantitativos e qualitativos. 5 
A validação de conteúdo torna-se efetiva, quando os atores se mostram de acordo com 
o que é determinado dentro do protocolo. A determinação de um Índice de Validação de 
conteúdo (IVC) fator para que seja ratificado a efetividade do conteúdo. Sendo assim, o 
interesse para pesquisar sobre os métodos de validação de protocolo fez-se presente. 
Considerando a importância do uso de protocolos assistenciais e sua validação, seguiu-
se à pergunta de pesquisa: “Quais os métodos de validação de protocolos apresentados na 
literatura?”. Sendo assim, este estudo objetivou identificar os métodos de validação de 
protocolos mais utilizados na literatura.
MÉTODO 
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja finalidade é reunir e sintetizar 
resultados de pesquisas sobre uma determinada temática para aprofundar-se a compreensão do 
tema investigado. 4 Neste método é possível mesclar outras produções de várias áreas do saber 
justamente pelo fato de ele viabilizar a capacidade de sistematização do conhecimento 
científico de forma que o pesquisador se aproxime da problemática que deseja apreciar, 
traçando um panorama sobre sua produção científica para conhecer a evolução do tema ao 
longo do tempo e, com isso, visualizar possíveis oportunidades de pesquisa. Tão logo, 
determinar a sua origem, evolução científica e sua contextualização pratica em torno de análises 
comparativas. 6 
A pesquisa estruturou-se em seis etapas: identificação do tema e definição da questão 
de pesquisa; busca ou amostragem na literatura; coleta de dados; análise crítica dos estudos 
incluídos; discussão dos resultados; e apresentação da revisão integrativa. 
Após o estabelecimento da pergunta de pesquisa “Quais os métodos de validação de 
protocolos apresentados na literatura?” foi realizada uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde, 
especificamente nas bases de dados LILACS e BDENF. Para isso, utilizou-se os descritores 
“estudos de validação”, “protocolo” e “enfermagem” conectados ente si pelo operador 
booleano “AND”. 
Como critério de inclusão, foram estabelecidos nesta pesquisa os artigos disponíveis 
online na íntegra que versassem sobre a validação de protocolos, escritos em português, inglês 
e espanhol no período de janeiro de 2011 a maio 2021. 
Foram excluídos os artigos não disponíveis na íntegra, fora do período e idiomas 
especificados, além de publicações como teses, carta ao editor, textos de opinião, editoriais e 
revisões bibliográficas. 
A seleção inicial dos dados se deu através da leitura dos títulos, resumos e indicações 
de metodologia sobre validação de protocolo como ‘determinação de validade de protocolo 
confirmada’. Documentos que não detinham a especificação de confirmação de protocolo 
foram excluídos do computo final. Os artigos restantes foram lidos através de análise 
sistemática sobre os quais determinavam elementos para validação de protocolos na área de 
enfermagem. 
RESULTADOS 
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, chegou-se ao resultado de 129 
artigos. Através da leitura dos títulos e resumos disponíveis afunilou-se a pesquisa sendo 
selecionados 55 estudos e após excluir as duplicidades de publicações, a amostra final 
constituiu-se de 22 artigos, conforme descrito na figura 1. 
 
 
Figura 1 Fluxo do processo de seleção dos estudos sobre validação de protocolos. 
 
 
A partir do estudo, emergiram dados relevantes sobre a validação de protocolos em 
vários ambientes da área da saúde, os documentos analisados em questão mencionam em sua 
estrutura uma revisão da literatura como parte integrante da elaboração de protocolos, 
sendo elas revisões simples ou integradas como revisõesintegrativas ou sistemáticas 5,7 
Em alguns estudos a revisão da literatura está associada a outros instrumentos de coleta 
de dados, tais como aplicação de questionários ou entrevistas, estes foram excluídos da 
pesquisa, por consequência de não evidenciarem por completo as práticas de validação dos 
protocolos. 
Em relação aos métodos de validação de protocolos, observou-se a incidência do 
método de validação dos conteúdos dos protocolos através da ação de especialista. A validação 
do conteúdo dos protocolos é feita em duas etapas, sendo a primeira sobre a avaliação do 
conteúdo e a outra com veredito dos participantes, com a utilização do método Delphi em , 
n=11). 6-9,21-24,26 
Os participantes especialistas determinados como juízes, foram escolhidos de acordo 
com a demanda situacional (a depender do contexto funcional onde o trabalhador está inserido) 
com uma média de 8 a 46 participantes. Em vários estudos, a seleção dos juízes de conteúdo 
por meio da amostragem não probabilística e intencional, baseando-se na pesquisa por assunto 
na Plataforma Lattes. 7,10,11 
A tabela 1 demonstra os estudos levados em consideração na pesquisa com indicador 
de tempo, autoria, método e a temática abordada nos assuntos. 
 
Tabela 1 – Descrição das pesquisas identificadas na revisão, que contemplam validação de protocolos. 
 
TÍTULO ANO 
PAÍS 
MÉTODO CONSIDERAÇÕES 
TEMÁTICA 
Validation of a 
protocol to assist 
patients with intra- 
aortic balloon. 8 
2012 
Brasil 
Comitê de 
ética 
Elaborar um protocolo de cuidados a 
pacientes com Balão Intra Aórtico e 
validar o conteúdo desse protocolo. 
Validação de um 
instrumento para 
avaliação do cliente 
com afecções 
cutâneas. 9 
2013 
Brasil 
Delphi 
Validar conteúdo e aplicabilidade do 
protocolo de avaliação do cliente com 
afecções cutâneas, considerando dimensões 
clínicas, mentais e espirituais. 
Protocolo de 
assistência a pessoas 
com úlceras venosas: 
validação. 2 
2011 
Brasil 
índice Kappa 
validação de 
conteúdo 
Identificar aspectos validados por juízes 
para elaboração de protocolo de assistência 
a pessoas com úlceras venosas 
Protocolo de 
acolhimento e atenção 
para usuários 
submetidos a 
endoscopia digestiva 
alta e seus 
acompanhantes. 19 
2014 
Brasil 
Parecer de 
especialista 
Construir um protocolo de acolhimento e 
atendimento para os usuários submetidos à 
Endoscopia Digestiva Alta e seus 
acompanhantes 
Protocolo de 
assistência a pessoas 
com úlceras venosas: 
estudo metodológico. 
20 
2012 
Brasil 
Índice de 
validação de 
conteúdo 
(IVC) 
Averiguar a validade de conteúdo do 
protocolo para 
assistir pessoas com úlcera 
venosa na atenção primária 
Classificação de 
risco em pediatria: 
construção e 
validação de um guia 
para enfermeiros 10 
2015 
Brasil 
Parecer de 
especialista 
Construir e validar um guia abreviado do 
protocolo de Acolhimento com Classificação 
de Risco em pediatria. 
Validação de 
protocolo assistencial 
ao paciente séptico na 
Unidade de Terapia 
Intensiva 8 
2018 
Brasil Delphi 
Elaborar e validar um protocolo para 
assistência do enfermeiro ao paciente 
séptico em Unidades de Terapia 
Intensiva 
Gestionar el ambiente 
para prevenir la caída 
en los ancianos 
institucionalizados: 
validación de 
protocolo. 21 
2018 
Chile 
Delphi 
Validar el contenido de un protocolo con las 
intervenciones de enfermería para la gestión 
del riesgo de caída asociado al ambiente en 
Residencias de Larga Permanencia para 
Ancianos. 
Remoção de órgãos 
sólidos para 
transplante: protocolo 
para a enfermagem. 22 
2019 
Brasil 
Delphi 
Elaborar um instrumento na modalidade de 
protocolo que permita a uniformidade das 
ações de Enfermagem em remoção de 
órgãos sólidos para transplantes. 
Avaliação da 
segurança no cuidado 
com vacinas: 
construção e 
validação de 
protocolo. 23 
2019 
Brasil Delphi 
Construir e validar um protocolo para 
avaliação do cuidado seguro de enfermagem 
com vacinas na atenção primária. 
Cuidados de 
enfermeira post- 
angioplastia 
transluminal 
coronaria: validación 
de protocolo. 24 
2019 
Brasil 
Delphi 
Validar um protocolo de cuidados 
elaborado para clientes pós-angioplastia 
trans luminal coronariana. 
Validação das 
competências do 
enfermeiro nos 
cuidados com 
portadores de 
marca-passo 7 
2018 
Brasil Delphi 
Validar competências de enfermeiros 
atuantes nos cuidados com portadores de 
marca-passo. 
Validação de 
protocolo de 
enfermagem para 
avaliação e 
diagnóstico de 
retenção urinária no 
adulto. 25 
2019 
Portugal 
FEHRING 
adaptado ao 
contexto 
cultural 
Validar o conteúdo de um protocolo de 
enfermagem de avaliação e diagnóstico de 
RU no adulto, com recurso à 
ultrassonografia vesical, para utilização 
pelos enfermeiros portugueses. 
Construção e 
validação de 
protocolo 
assistencial de 
enfermagem com 
intervenções 
educativas para 
cuidadores. 26 
2020 
Brasil Delphi 
Construir e validar o conteúdo de um 
protocolo assistencial de enfermagem 
com intervenções educativas para 
cuidadores familiares de idosos após 
Acidente Vascular Cerebral. 
Elaboração, 
validação e 
fidedignidade do 
protocolo de 
segurança para o 
manejo da sede 
pediátrica. 27 
2020 
Brasil 
Índice de 
validação de 
conteúdo (IVC) 
Elaborar, validar e avaliar a fidedignidade do 
Protocolo de Segurança para o Manejo da 
Sede Pediátrica no pós-operatório imediato. 
Validação clínica de 
enfermagem na 
cicatrização de úlceras 
venosas com mel 
nativo chileno 
suplementado. 28 
Chile 
2020 
Índice de 
validação de 
conteúdo 
(IVC) 
Validar clínica e planimetricamente 
a cicatrização de ulcerações venosas com um 
protótipo de mel medicinal suplementado, 
nativo do Chile 
Terapia de nutrição 
enteral: construção e 
validação de protocolo. 
29 
2016 
Bolívia 
Parecer de 
especialista 
Construir e validar um protocolo de terapia 
de nutrição enteral para pacientes adultos 
em uso de sonda enteral. 
Validação de 
protocolo para 
pessoas com úlcera 
venosa: estudo 
quantitativo. 30 
2016 
Brasil 
índice Kappa/ 
Índice de 
validação de 
conteúdo 
(IVC) 
Confirmar e refinar a estrutura de protocolo 
de assistência multiprofissional para pessoas 
com úlcera venosa atendidas na atenção 
primária. 
Percurso 
metodológico em 
pesquisas de 
enfermagem para 
construção e 
validação de 
protocolos. 6 
2017 
Brasil 
Delphi 
Enfocar o percurso metodológico em 
teses/dissertações para construção e 
validação de protocolos na área da 
Enfermagem. 
Construção, 
validação e 
adequação cultural 
do protocolo 
COMPASSO 16 
2016 
Brasil 
Validação 
com 
especialistas 
Realizar a construção, validação de 
conteúdo e adequação cultural do 
protocolo Compasso para promover a 
adesão às práticas de autocuidado em 
diabetes via intervenção telefônica 
 
DISCUSSÃO 
 
Dentro de um contexto institucional e de saúde os protocolos são imprescindíveis para 
execução de qualquer tarefa. Vale salientar que esses são orientações estruturadas de forma 
sistemática, a fim de nortear decisões de profissionais de saúde e/ou de usuários a respeito da 
atenção adequada em circunstâncias clínicas específicas. Essas recomendações se baseiam em 
evidências científicas, na avaliação tecnológica e econômica dos serviços de saúde e na garantia 
de qualidade do serviço prestado. 4 
Entretanto, para a ação multiprofissional da saúde a validação de conteúdo se faz 
presente. Todavia a maneira como os dados são coletados devem refletir a realidade e a 
confiança de indicadores, a prática baseada em evidências necessita de dados tidos como 
‘corretos’ para ótima execução da tarefa, dessa forma, cada vez mais a literatura tem alertado 
os pesquisadores sobre uma correta avaliação das qualidades dos instrumentos de coleta de 
dados. 5 
Com quanto, sua validação é salvaguardapara que ele passe a ser instrumento fidedigno 
aquilo que se quer desempenhar com segurança. Como visto em outros estudos, o protocolo é 
a diretriz guia de qualquer atividade, tão logo a validação é a chave mestra de ratificação da 
prática baseada em evidência. 15 Diante disso, nada mais justo do que indicar a construção e 
validação de protocolos de cuidados e atividades seguras e desenvolvidas com rigor 
metodológico para que se possibilite o conhecimento científico acessível aos profissionais de 
enfermagem que atuem em qualquer área. 2,15 
Entende-se que os estudos de validação de protocolos são adotados pela enfermagem 
para verificar a qualidade dos instrumentos elaborados e constituem um aspecto essencial para 
a credibilidade e legitimidade desses recursos. 2,15 
Os estudos referidos nessa pesquisa, não levaram em consideração a inclusão do 
AGREE II (Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation), uma ferramenta internacional 
desenvolvida para a avaliação de protocolos, diretrizes clínicas terapêuticas e Guidelines, já 
traduzida e adaptada para uso no Brasil, conforme descrito em outras publicações acadêmicas 
com o mesmo objeto de pesquisa. 12 Para a análise dos dados os estudos pesquisados utilizaram 
o (IVC) índice de validação de conteúdo e taxa de concordância. O Índice kappa 2,30 é utilizado 
em algumas pesquisas, contudo, o IVC é considerado como de alta relevância dentro da 
pesquisa. 16,20,27,28,29 
Para as pesquisas de enfermagem têm-se utilizado a técnica de validação de conteúdo, 
para uma maior confiabilidade nos métodos empregados. As técnicas/métodos utilizados são 
contextualizados de duas etapas, sendo eles decorrentes de uma revisão bibliográfica, pois, a 
revisão bibliográfica provê um ponto de partida em comum e fortalece a percepção dos 
participantes por se tratar de um processo baseado em evidências. 7,9,16 
A segunda etapa dos procedimentos consiste na validação por parte dos juízes de 
atuação. A validação por parte dos juízes pode ser determinada de maneira simples ou 
conjugada através de passos. O resultado não precisa ser unânime sobre a quantidade ou 
percentual, basta apenas que haja um consenso sobre o resultado, visto que dúvidas ou 
desentendimentos devem ser levados para discussão e análise. 7-8 
Não existe o consenso de uma técnica correta para determinar a validação de conteúdo, 
a literatura contemporânea sobre o assunto destaca várias maneiras de validação de elementos 
contextuais e cenaristas. Contudo, a maioria dos trabalhos estudados nessa pesquisa utilizaram 
o método Delphi de validação.9 Autores destacam que, como forma de efetivar a etapa de 
validação, a técnica Delphi, constitui uma estratégia que visa não apenas alcançar consenso 
elevado entre um grupo de especialistas sobre o assunto base do material construído, mas obter 
opiniões de qualidade por meio destes participantes. 3,17 
Dentro desta pesquisa, foi possível identificar que mesmo uma grama de 
técnicas/métodos para validação de conteúdo, a literatura e a pesquisa mostraram pouca 
incidência do método Delphi nos anos de 2011 a 2015. Um estudo realizado em 2020 15 também 
fez a mesma constatação, contudo o estudo destacou que a técnica Delphi figura em artigos 
após 2015. 
Contraria-se a pesquisa visto que no ano de 2013 9 o estudo destaca técnica Delphi como 
elemento indicador da validação do protocolo. Mesmo com a delimitação temporal encontrada 
em algumas pesquisas, é interessante destacar que a técnica Delphi permite trabalhar com 
problemas complexos, sua escolha pode ser justificada quando se pretende que um grupo de 
especialistas e pesquisadores dê sua contribuição para algum problema mais complexo de 
pesquisa. 17-18 
Este tipo de método tem pelo menos duas vantagens. A primeira é que a informação 
disponível está sempre mais contrastada que aquela da qual dispõe o participante melhor 
preparado, ou seja, do que a informação do especialista mais versado no tema. 17-18 
Na pesquisa, contatou-se que a maioria dos estudos relacionados a validação dos 
protocolos utilizou o método Delphi como forma eficiente para validação dos protocolos, como 
indicado anteriormente não existe um consenso ideal para quantidade de juízes para validação 
do conteúdo. A maneira como os participantes são incluídos faz a diferença no resultado final, 
sua experiência e sua atuação no contexto de saúde é relevante para a capitulação final dos 
eventos e validação de atividades. Como constatado em outras pesquisas, a definição de 
especialista na enfermagem não é consensual na bibliografia 15 Incorporado a validação de 
protocolos, o IVC é relevante dentro do contexto de validação, sendo este uma fórmula utilizada 
para validação de contexto em saúde. Ele é determinado sobre a relevância e avalia de 
concordância entre os juízes. Nesse interim, boa parte das pesquisas (n=9) determinaram um 
IVC com média de 80% para concordância para construção dos protocolos (variações dentro 
do contexto cultural e social). Tal índice pode ser utilizado para construção de cada etapa do 
processo de protocolo, desde a utilização para validação de questionários até a efetivação de 
segundas etapas. 4,10,16 
Dadas as não conformidades na literatura sobre qual método ou quais modelos se devam 
seguir, é necessária uma melhoria na pesquisa nacional e internacional. Sendo o tema bastante 
variável e postos limitados em algumas demandas, se faz necessária uma pesquisa mais 
aprofundada sobre o tema em questão, porém através das informações já descritas nesse e em 
outros estudos científicos se faz possível a inquirição de dados com subsídios básicos e 
suficientes para indicação do início do processo de validação de protocolos. 
 
Limitação do estudo 
O estudo limitou-se a utilização somente de artigos integrados da área da saúde. A busca 
por outras áreas do conhecimento fortalece o consenso de que o profissional de saúde é 
multidisciplinar, e pode atuar conjuntamente com outros profissionais de interesses distintos, 
mas com o mesmo objetivo. Nesse sentido, outras fontes de informações podem subsidiar 
conteúdo para produções acadêmicas/cientificas. Outra limitação do estudo foi o 
desenvolvimento do estudo em um cenário pandêmico, o que dificultou a pesquisa através de 
outras ferramentas. 
 
Contribuições para enfermagem 
Este estudo contribui para a enfermagem como subsídio de informações na escolha dos 
métodos inclusivos sobre validação de protocolo. Um conteúdo teórico que estrutura e 
fundamenta melhores evidências sobre validação, diminui as dúvidas sobre quais métodos e 
maneiras corretas para aprovação de protocolos em área de saúde, mesmo não sendo abordado 
nesta pesquisa práticas sobre todo os campos do conhecimento da enfermagem, as informações 
descritas nessa pesquisa já propiciam a criação de ações justificadas por evidências científicas. 
Tão logo, ganha-se com o aprimoramento do processo de tomada de decisões, os quais também 
são considerados na vivência e na competência do profissional de enfermagem. 
CONCLUSÃO 
Concluiu-se nessa pesquisa que é fundamental a busca por melhores evidências 
cinéticas para a justificativa das ações propostas dentro de protocolo. Depreendeu-se através 
do estudo que a PBE leva em consideração a vivência e a competência do profissional por 
intermédio do aprimoramento do processo de tomada de decisões. 
Dentro de um contexto de saúde onde um protocolo só se torna efetivo quando atendida 
as necessidades do cliente correspondentes e a expectativa de funcionamento para os 
profissionais da saúde, nada mais justo uma validação específica, para que não se tenha 
interferências ou discordâncias nas ações. Nesse caso constatou-se que de acordo com a 
literatura bibliográfica de saúde, não existe um consenso sobre qual o melhor método para 
validação de protocolo, não há um critério pré-determinado para indicação do método ou 
modelo, entretendo existe uma vastaindicação sobre métodos de validação de protocolos. Nos 
últimos dez anos evidenciou-se que, para validar um protocolo é indicado a participação de 
especialistas como descritos no quadro 1, e que seu critério para seleção é determinado pela 
instituição ou por seus demais participantes levando em consideração algumas variáveis. 
A validação por si só do método por seus participantes é insuficiente para uma validação 
de fato. É indicado pela bibliografia o uso de concordância e similaridade, para isso, a maioria 
das pesquisas optou por utilizar IVC, sendo ele um determinante para validação dos protocolos 
aliado ao método Delphi. 
 
 
REFERENCIAS 
 
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sociocultural na Atenção Primária. Physis Rev Saúde Coletiva. 2020;30(2):1–18. 
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http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5251/html_2 
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content/uploads/2019/03/Diretrizes-para-elaboração-de- protocolos-de-Enfermagem-.pdf 
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protocolos. Texto e Context Enferm. 2017;26(2):1–10. 
5. Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e 
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Available at: 
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n3/v12n3a14%0Ahttp://www.scielo.br/scielo.php?s 
cript=sci_arttext&pid=S0102- 
311X2007000400002&lng=pt&tlng=pt%0Ahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=s 
http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/view/5251/html_2
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/03/Diretrizes-para-elabora%E7%E3o-de-protocolos-de-Enfermagem-.pdf
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2019/03/Diretrizes-para-elabora%E7%E3o-de-protocolos-de-Enfermagem-.pdf
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