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1 5 - ESTRUTURA POLÍTICO ADMINISTRATIVA

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ESTRUTURA 
POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA
2
ESTRUTURA POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
A posse da América Portuguesa estava “garantida” aos portugueses pela Igreja Católica por 
meio do Tratado de Tordesilhas, no qual a Igreja dividia as novas terras “descobertas” (América) 
entre Espanha e Portugal. A existência do tratado, no entanto, não impedia que ingleses e franceses 
questionassem essa divisão, já que foram excluídos dela.
No começo da década de 1530, o comércio com a Índia estava decadente, e as posses de 
Portugal na América eram constantemente ameaçadas por corsários franceses, que se aliavam 
aos indígenas inimigos dos portugueses e exploravam os recursos da terra sem a autorização de 
Portugal. O rei português percebeu que, diante da ameaça estrangeira, era necessário criar uma 
frente de colonização para garantir a posse da terra.
Sendo assim, em 1534, o rei português decidiu dividir as terras que pertenciam a Portugal 
pela força do Tratado de Tordesilhas. Com essa decisão, Portugal dividiu a colônia em 15 lotes de 
terra, que correspondiam, ao todo, a 14 capitanias, que foram entregues para a administração dos 
capitães-donatários.
Os portugueses criaram o sistema de capitanias hereditárias como forma de iniciar a colonização 
do Brasil e entregaram as responsabilidades de desenvolvimento e investimento da iniciativa aos 
donatários. Esses capitães eram, em geral, pessoas da pequena nobreza e comerciantes com algum 
tipo de ligação com a Coroa Portuguesa. Os donatários recebiam a faixa de terra correspondente 
à capitania por meio da carta de doação, documento que lhes dava uma série de direitos sobre a 
capitania, mas não lhes dava a posse da terra, que continuava sendo do rei de Portugal.
Os donatários possuíam grande poder administrativo e jurídico sobre a capitania. Eram também 
responsáveis por investir e atrair investimentos, moradores e pessoas interessadas em explorar 
a capitania, além de promover seu desenvolvimento econômico. A aplicação da lei, cobrança de 
impostos, distribuição de terras, construção de fortificações para resguardar a capitania de invasões 
estrangeiras e a luta contra os indígenas também eram atribuições do donatário.
O sistema de capitanias, no entanto, fracassou em decorrência de uma série de fatores. A 
divisão territorial permaneceu ainda durante séculos, e, até o século XVIII, ainda existiam dona-
tários com poderes investidos pelo Coroa. Apesar disso, esse sistema mostrou ser deficiente para 
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uma administração unificada da colônia, uma vez que mal havia comunicação entre as capitanias. 
Por conta disso, Portugal resolveu criar um sistema de administração que centralizava o poder na 
colônia. Para isso, criou-se o governo-geral em 1548, e Tomé de Sousa foi delegado para a função 
de governador-geral.
O fracasso das capitanias pode ser explicado por vários fatores. O principal deles foi que, das 
catorze capitanias, somente duas registraram, de fato, um desenvolvimento notável: São Vicente 
e Pernambuco. O sucesso dessas capitanias está relacionado com a instalação de engenhos e com 
o tráfico de indígenas para escravização. As capitanias também fracassaram pela inexperiência 
administrativa dos donatários. A falta de recursos também foi um grande impeditivo, assim como a 
falta de comunicação, seja interna, seja com a Coroa. Por fim, os conflitos com os indígenas também 
foram um fator relevante para o fracasso das capitanias.
GOVERNOS GERAIS
Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa 
estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da 
colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de 
combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território 
e procurar jazidas de ouro e prata. Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos 
políticos compostos pelos “homens-bons”. Esses eram os ricos proprietários que definiam os 
rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase. A 
capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica 
do país.
Forma de governo que vigora no país de 1548 até a chegada da família real ao Rio de Janeiro, em 
1808. O governador-geral é o representante do poder real na colônia. No século XVIII, diversos 
governadores recebem o título de vice-reis. Em 1548, diante das dificuldades apresentadas 
pela maior parte das capitanias, o rei português dom João III decide centralizar a administração 
colonial. Com o governo-geral, pretende reforçar o apoio da Coroa aos donatários e colonos, 
principalmente no combate aos índios hostis, no desenvolvimento da agricultura e na defesa 
do território. Os donatários e colonos, contudo, veem a nomeação do governador-geral como 
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uma ingerência indevida em suas capitanias. O conflito entre o poder central e o local se dá em 
torno de questões como a escravização indígena, a cobrança dos tributos reais e o controle das 
operações militares.
PRIMEIRO GOVERNO-GERAL
O primeiro governador nomeado por dom João III é o português Tomé de Sousa. Em 1549, 
ele funda a cidade de Salvador, na capitania da Bahia, para servir como sede do governo. Cria 
também os órgãos necessários à cobrança dos tributos, à aplicação da justiça e à organização 
militar. Com a intenção de atrair novos colonos, distribui sesmarias, terras incultas ou 
abandonadas, e consegue expandir a atividade açucareira e a criação de rebanhos.
SEGUNDO GOVERNO-GERAL
Em 1553, Duarte da Costa substitui Tomé de Sousa. O segundo governador do Brasil envolve-se 
nos conflitos entre donatários e jesuítas em torno da escravização indígena. Com isso, termina 
por se incompatibilizar com as autoridades locais e é obrigado a retornar a Portugal em 1557.
TERCEIRO GOVERNO-GERAL
O governador seguinte, Mem de Sá, resolve as disputas políticas, dedica-se à pacificação dos 
índios e ao combate dos franceses no Rio de Janeiro. Com a ajuda dos jesuítas Manuel da 
Nóbrega e José de Anchieta, neutraliza a aliança formada por índios tamoios e franceses e, com 
seu sobrinho Estácio de Sá, expulsa os invasores da Baía de Guanabara. Em 1565, Estácio de Sá 
funda no local a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mem de Sá permanece no cargo até 
1572, quando morre. Seu eficiente desempenho contribui para firmar a posição do governo-
geral no conjunto da vida colonial. No entanto, a resistência dos donatários à ingerência dos 
funcionários reais nas capitanias e vilas permanece no decorrer do tempo.
Buscando adequar-se a essa realidade, a atuação do governo-geral oscila entre as tendências 
para maior ou menor centralização. Em 1572, o governo-geral fica dividido entre Salvador e 
Rio de Janeiro. Volta a se unir em 1578, na Bahia, mas é novamente repartido em 1621: São 
formados o estado do Brasil, com sede em Salvador, e o estado do Maranhão, sediado em São 
Luís do Maranhão, com o objetivo de melhorar a defesa militar na Região Norte e estimular as 
atividades econômicas e o comércio regional com a metrópole.
Em 1763, a sede do governo do Estado do Brasil em Salvador, que de fato funcionava como 
capital da colônia, é transferida para o Rio de Janeiro, por decisão do Marquês de Pombal. Pesam 
nessa decisão, além da política de maior centralização do governo Pombal para a colônia, os 
interesses decorrentes do crescimento da mineração. Em 1774, Pombal extingue oficialmente o 
antigo Estado do Maranhão. O governo-geral vigora até 1808.
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