Buscar

fisiologia da atividade motora

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA DA 
ATIVIDADE MOTORA
André Osvaldo 
Furtado da Silva
Introdução ao sistema 
endócrino
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explicar as características e as funções do sistema endócrino.
 � Descrever o processo de produção e regulação hormonal.
 � Identificar os diferentes hormônios do sistema endócrino.
Introdução
No nosso corpo, o sistema endócrino é responsável por coordenar uma 
série de ações químicas para que se mantenha a homeostase em nosso 
organismo. Para isso, esse sistema atua nos demais órgãos e células do 
corpo humano com a finalidade de regular as suas ações e reações por 
meio de estímulos hormonais, que ocorrem a todo tempo no nosso 
organismo. 
Essas regulações causadas pelo sistema endócrino produzem alte-
rações das mais variadas e são causadas pelos mais diversos estímulos. 
A sensação do coração bater mais forte e até mesmo sentir o corpo tremer 
sob uma situação de estresse elevado, ou, ainda, a sensação de prazer 
durante e após a realização de uma atividade física ou do seu esporte 
favorito, são ótimos exemplos de reações que são causadas no organismo 
por uma atuação e regulação do sistema endócrino. 
Neste capitulo, você vai entender as principais características do 
sistema endócrino e seus componentes. Você também vai ver como 
funciona o processo de produção, regulação e liberação hormonal pelo 
sistema endócrino e, por fim, vai compreender as diferentes classificações 
dos hormônios e exemplos de hormônios que fazem parte do sistema 
endócrino.
Sistema endócrino
Podemos começar o nosso estudo do sistema endócrino buscando a etimologia 
da palavra endócrino, de origem grega, em que endo significa dentro, interno 
e krino significa secretar ou secreção, logo, podemos imaginar que o sistema 
endócrino é um sistema do corpo humano responsável pela secreção de al-
guma coisa para dentro do nosso organismo. Mas quem faz essa secreção? O 
que é essa alguma coisa? E por que “dentro” do nosso organismo? Pois bem, 
a resposta dessas e outras questões serão o conteúdo-chave deste capítulo 
(VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2017).
Uma vez introduzida a função básica do sistema endócrino, precisamos 
compreender suas estruturas, sendo que o sistema endócrino é um dos sistemas 
do corpo humano composto por diversas estruturas, cada uma com suas particu-
laridades específicas chamadas de glândulas endócrinas. Dentre as glândulas 
que compõem o sistema endócrino, podemos citar a glândula hipófise, também 
chamada de pituitária. Ela é considerada a glândula mestra do organismo 
humano, pois tem a função de coordenar as funções que alguns órgãos e até 
mesmo outras glândulas endócrinas realizam. A hipófise tem as suas ações 
reguladas juntamente com o hipotálamo, numa interface conhecida como eixo 
hipotálamo-hipofisário ou hipotálamo-hipófise (SILVERTHORN, 2017). 
É por meio desse eixo que as mensagens nervosas são recebidas e se emite 
sinais para que hajam respostas químicas no nosso organismo. São exemplos 
de glândulas e órgãos regulados pelo eixo hipotálamo-hipófise as glândulas 
mamárias, as paredes uterinas, os rins, regulando o processo de filtração que 
ocorre nos néfrons, os ossos, auxiliando na regulação dos níveis de cálcio no 
nosso organismo, a glândula suprarrenal, a glândula tireoide auxiliando na 
regulação do equilíbrio do organismo e as gônadas que auxiliam na regulação 
da reprodução. 
Outro exemplo de glândula bastante estudada no campo da endocrinologia 
são as glândulas suprarrenais, que se localizam sobre os rins e atuam em 
resposta ao estresse, por meio da secreção de hormônios corticosteroides e 
catecolaminas, como o cortisol e a adrenalina, respectivamente, e também 
atuam na regulação do funcionamento dos rins por meio da aldosterona, 
que, embora seja secretada pelas glândulas suprarrenais, como mencionado 
anteriormente, tem sua produção e secreção regulada pelo eixo hipotálamo-
-hipófise. Veja a Figura 1.
Introdução ao sistema endócrino2
Figura 1. Principais tecidos e glândulas endócrinas.
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2017, p. 571).
Hipotálamo
Hipó�se
Tireoide
Timo
Suprarrenais
Ovários
(feminino) Testículos
(masculino)
Pâncreas
(ilhotas)
Paratireoide
(parte
posterior da
tireoide)
Glândula
pineal
Embora o formato anatômico, a composição celular e o funcionamento 
fisiológico das glândulas sejam diferentes, elas têm em comum a capacidade de 
produzir e secretar os hormônios, que são mensageiros químicos que viajam 
a partir de sua fonte secretora pela corrente sanguínea até locais específicos, 
que são chamados de tecidos-alvo ou, ainda, de células-alvo. São nesses alvos 
que os hormônios irão atuar, regulando suas funções por meio de estímulos 
excitatórios ou inibitórios (SILVERTHORN, 2017).
3Introdução ao sistema endócrino
É importante diferenciar nesse momento as glândulas exócrinas das glân-
dulas endócrinas. As glândulas exócrinas, como indica o prefixo exo, indica 
a ideia de exterior (algo externo, como no exoesqueleto, a parte flexível e 
resistente que cobre o corpo de muitos animais), e crino, novamente, remete 
à secreção, logo, pode-se imaginar que as glândulas exócrinas são aquelas que 
produzem e secretam suas substâncias para forma do corpo, por meio de ductor 
e canais específicos, como as glândulas lacrimais, que produzem e secretam 
as lágrimas no canal lacrimal, que termina no olho, em que as lágrimas irão 
lubrificar e limpar esse órgão. Outro exemplo de glândula exócrina são as 
glândulas salivares, responsáveis por produzir e secretar a saliva diretamente 
no interior da boca, onde ela irá atuar umidificando o alimento e já iniciando 
a digestão dos carboidratos. 
Já as glândulas endócrinas, como vimos, o prefixo endo é recorrente na 
fisiologia humana, que significa para dentro ou de dentro, como no endomé-
trio e no endocárdio, isto é, a mucosa que cobre a parte interna do útero e o 
revestimento interior do miocárdio. Endócrino significa que todo o material 
secretado por essas glândulas são secretados no interior do nosso organismo 
diretamente na corrente sanguínea, uma rede de vasos sanguíneos que percorre 
todo o interior do nosso corpo, levando o sangue com seus nutrientes, células 
e também hormônios. 
Por fim, existem ainda as glândulas que são consideradas mistas ou anfí-
crinas, em razão de sua atuação e secreção das duas formas, como as gônadas 
masculinas localizadas nos testículos, que são responsáveis por produzir e 
secretar a testosterona diretamente na corrente sanguínea (característico de uma 
glândula endócrina), mas também são responsáveis por produzir e secretar os 
espermatozoides, nos tubos seminíferos e consequentemente na uretra, canal 
por meio do qual esse produto é secretado para fora do corpo (característico 
de uma glândula exócrina).
Essa diferenciação é extremamente importante e está diretamente relacio-
nada com a atuação das regulações realizadas pelos hormônios produzidos e 
secretados pelo sistema endócrino. Por exemplo, a glândula mamária, localizada 
nas mamas, tem a responsabilidade de produzir e secretar o leite materno, 
material biológico extremamente importante, cuja função primordial é nutrir o 
recém-nascido, logo, diante dessa função e do objetivo dessa glândulas, faz todo 
o sentido biológico que a sua secreção seja em um ponto específico do corpo 
humano, tendo em vista que isso facilita bastante o processo de amamentação.
Por outro lado, o pâncreas é um órgão que, dentre outras funções, é res-
ponsável por produzir e secretar a insulina, um hormônio que tem função 
de metabolizar o açúcar presente no sangue por meio de uma facilitação do 
Introdução ao sistema endócrino4
transporte dessas moléculas de glicose que estão na corrente sanguínea para 
o interior de diferentes células, como as do tecido muscular ou do fígado para 
armazenamento e produção de energia, ou seja, é extremamente importante e 
faz todo sentido biológico que essa sinalização e “captação” da glicoseocorra 
em praticamente todas as partes do nosso corpo. Entretanto, como isso é feito? 
Através da corrente sanguínea, que tem vasos sanguíneos espalhados por todo 
corpo, e, justamente por isso, essa forma de distribuição do hormônio é tão 
importante fisiologicamente para o sistema endócrino.
Você sabia que não é somente os hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas 
que assumem um papel de regulação do organismo? Outros órgãos, não endócrinos, 
também realizam a produção de hormônios, como o coração que produz o peptídeo 
atrial natriurético, que atua na regulação da pressão arterial; os rins e o fígado, que 
produzem o calcitriol, que é responsável pelo aumento na absorção de cálcio pela 
via intestinal; o trato gastrointestinal, que produz a gastrina, hormônio que atuas 
nos processos digestivos, estimulando a secreção do suco gástrico e estimulando a 
motilidade do estômago. 
Assim, podemos observar que o sistema endócrino pode ser visto como 
um serviço de entrega de cartas criptografadas, que, distribui cartas para toda 
uma cidade, porém somente quem tem o código específico pode entender sua 
mensagem e produzir uma resposta. Assim, as interações do sistema endócrino 
podem ser descritas por meio de três componentes básicos que o constituem, 
descritas a seguir.
 � Glândulas endócrinas: composto por células de tecido epitelial es-
pecializada que se encontram espalhadas por todo o corpo. São as 
responsáveis por secretar seus produtos químicos (hormônios) no espaço 
intersticial ou diretamente na corrente sanguínea.
 � Hormônios: os produtos químicos liberados por uma célula, geral-
mente em quantidades muito pequenas acabam sendo mensurados em 
microgramas (10-6 g), nano gramas (10-9 g) e pictogramas (10-12 g), 
porém, com grande capacidade de exercer suas ações, sendo que os 
efeitos que um determinado hormônio exerce no organismo relaciona-se 
diretamente com a forma que ele está concentrado no plasma sanguíneo. 
5Introdução ao sistema endócrino
Sendo assim, essa concentração plasmática do hormônio é condicionada 
por seguintes como a taxa de secreção hormonal na glândula endócrina, 
a taxa metabólica ou de excreção do hormônio, a quantidade de proteína 
transportadora (nos casos que têm) e a alterações no volume plasmático.
 � Órgão-alvo: órgão que contém células com receptores específicos para 
determinados hormônios. É nesses receptores que os hormônios irão se 
ligar e produzir suas respostas biológicas (RAFF; LEVITZKY, 2012).
Além do sistema endócrino, que assume um papel bastante importante de 
regulação do organismo, o sistema nervoso também é responsável por atuação 
regulatória e coordenação das atividades de todas as estruturas essenciais do 
corpo para manter a homeostase e, por vezes, atuam juntos, pois compartilham 
diversas semelhanças, como estruturas associadas com o cérebro, como o 
hipotálamo, que, ao mesmo tempo que é uma área de grande importância para 
o cérebro, no qual é responsável por identificar diferenças na temperatura 
corporal e atuar tanto estimulando o aquecimento e o resfriamento do corpo, 
também atua no sistema endócrino, secretando hormônios para estimular a 
produção da hipófise e até mesmo produzindo e secretando hormônios, como 
o hormônio antidiurético e a ocitocina (GUYTON; HALL, 2017). 
Outro ponto em comum de ambos os sistemas é que eles atuam em con-
junto para regular processos cruciais do corpo e, por vezes, utilizando as 
mesmas substâncias como neurotransmissores (no caso do sistema nervoso) 
e como hormônios (no caso do sistema endócrino), como podemos ver com 
a adrenalina, que é tanto secretada na fenda sináptica, atuando como um 
neurotransmissor e produzindo uma resposta específica (apenas naquelas 
células-alvo que receberam a sinapse) e imediata, como também é secretada 
pela glândula suprarrenal na corrente sanguínea, onde ela atua de modo mais 
geral (todas as células com receptores adrenérgicos irão ser estimulados) e 
com uma resposta mais duradoura. 
No entanto, além dessas semelhanças, o sistema nervoso e o sistema en-
dócrino têm diversas diferenças, enquanto o sistema endócrino é dependente 
de um meio de transporte, isto é, a corrente sanguínea, o sistema nervoso 
funciona transmitindo mensagens por meio de sinapses entre neurônios e 
também entre neurônios e células-alvo, por meio da qual são secretados os 
mensageiros do sistema nervoso, os neurotransmissores. 
Assim, por meio dessa diferenciação na forma de transporte dos seus 
sinalizadores, o sistema nervoso promove, de modo geral, uma resposta mais 
rápida do que a produzida pelo sistema endócrino, uma vez que o estímulo 
Introdução ao sistema endócrino6
neural direto sobre a célula-alvo passa por número muito menor de interme-
diadores do que o sistema endócrino. 
É importante ressaltar que, embora a resposta do sistema nervoso seja rápida, é incorreto 
dizer que a resposta do endócrino seja lenta ou devagar, ele apenas responde mais 
devagar quando comparado ao sistema nervoso. Neurotransmissores, como acetilcolina, 
são direcionados às células-alvo e iniciam a produção da resposta em questão de 
milissegundos, enquanto alguns hormônios chegam às células-alvo em questão de 
segundo, ou seja, mesmo sendo mais devagar que o sistema nervoso, o transporte 
dos mensageiros endócrinos é bastante rápido. (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2017). 
Embora a velocidade da resposta produzida pelo sistema nervoso seja mais 
rápida, ela também tem duração de tempo menor, pois, em geral, o sistema 
nervoso mantêm atividade sobre as células-alvo apenas durante o envio do 
potencial de ação, já no sistema endócrino, a resposta tende a ser mais dura-
dora, tendo em vista que os hormônios permanecem na corrente sanguínea 
por minutos, dias e até mesmo semanas e, assim, ativam suas células-alvo 
durante todo esse tempo. 
O controle da homeostase corporal se dá tanto pelo sistema endócrino como pelo 
sistema nervoso, que têm particularidades em sua forma de regulação e resposta. 
Em uma situação de estresse emocional, como durante a participação em uma final 
de campeonato de alguma modalidade esportiva, um atleta que estava no banco de 
reservas e não estava participando do jogo é chamado pelo treinador. Nesse instante 
ocorre a liberação imediata do neurotransmissor adrenalina, que promove respostas 
como aumento da frequência cardíaca e pequenos tremores nos músculos. Ao mesmo 
tempo, a adrenalina é liberada pela glândula suprarrenal na corrente sanguínea, que 
levará alguns segundos até atingir todas as células-alvo e começar a produzir a resposta, 
porém, permanecerá mantendo o sujeito em um estado de alerta enquanto ela estiver 
circulando na corrente sanguínea, causando a sensação de euforia e estado anímico 
elevado, mesmo após a finalização da partida. 
7Introdução ao sistema endócrino
Como vimos, a atuação do sistema endócrino por meio dos hormônios 
produzidos e secretados pelas glândulas endócrinas é bastante ampla e ex-
tremamente importante para regulação de diversos processos fisiológicos em 
nosso organismo, porém, antes de compreendermos e estudarmos mais afundo 
suas particularidades, é preciso entender os processos fisiológicos relacionados 
com a estimulação e inibição da produção desses hormônios. 
Produção e regulação hormonal
Os hormônios, após secretados, produzem respostas em todo o corpo humano, 
regulando os processos de homeostase por meio de suas células-alvo, porém, 
é importante compreender que para produzir tais respostas, esses hormônios 
primeiro precisam ser secretados pelas suas glândulas, por meio de estímulos 
específicos. 
Antes de discutir esses estímulos, é preciso discutir os mecanismos de 
retroalimentação. A taxa de secreção hormonal na glândula endócrina depende 
sempre da magnitude do estímulo e se a função é de estimular ou inibir. Nesse 
sentido, uma das formas que ocorre é a retroalimentação negativa, que tam-
bém pode ser chamada de feedback negativo. Essa retroalimentação ocorre 
quando há a diminuição do estímuloque informa a necessidade de liberação 
ou inibição de hormônios. Como um exemplo de retroalimentação negativa ou 
feedback negativo, podemos utilizar os níveis de cálcio na corrente sanguínea. 
Quando os níveis de cálcio estão elevados no nosso sangue, é estimulada na 
glândula tireoide a produção de calcitonina. A calcitonina estimulará que o 
cálcio seja depositado nos ossos e que haja uma eliminação de cálcio pela 
urina. Esse hormônio também inibirá que o intestino absorva o cálcio pelo 
intestino. Assim, a taxa de cálcio no sangue irá diminuir. Quando os níveis de 
cálcio estão baixos no nosso sangue, a secreção da calcitonina é inibida e as 
glândulas paratireoides são estimuladas a produzir o paratormônio que tem 
a função inversa da calcitonina, ou seja, ele libera o cálcio dos ossos para o 
sangue e estimula o intestino a absorver cálcio, além de diminuir a eliminação 
dele pelos rins (SILVERTHORN, 2017).
Já a retroalimentação positiva, ou feedback positivo, acontece quando é 
amplificado o estímulo que informará a necessidade de liberação ou inibição 
de hormônios. Como exemplo de feedback positivo, podemos citar a situação 
quando o bebê está prestes a nascer e ele força a parede do útero, o que gera um 
estímulo forte. Assim, as células nervosas presentes na parede uterina geram 
Introdução ao sistema endócrino8
sinais nervosos que são conduzidos por uma via aferente até o hipotálamo, que, 
por seu controle neuroendócrino sobre a glândula hipófise, envia mensagens 
para que a neurohipófise libere um hormônio que é chamado ocitocina. A 
ocitocina tem a função de auxiliar no parto e irá causar a contração no útero. 
A contração uterina aumentará a força que o bebê exerce sobre a parede do 
útero, reforçando a sinalização nervosa descrita anteriormente, formando um 
ciclo. Assim os estímulos vão se tornando cada vez mais fortes um após o 
outro, até que o parto seja realizado e haja o nascimento (SILVERTHORN, 
2017). Veja a seguir a Figura 2.
Compreendidos os mecanismos de feedback positivo e negativo, podemos 
discuti-los por meio de três tipos de estímulos específicos: humoral, neural 
e hormonal.
Estímulo humoral: este estímulo se dá por moléculas que circulam na cor-
rente sanguínea, geralmente derivadas de células do sangue. Recebem o nome 
de estímulo humoral porque a palavra humor refere-se a fluidos corporais, 
como o sangue. Os hormônios que são controlados por estímulo humoral são 
sensíveis às concentrações plasmáticas de substâncias como glicose, cálcio 
e sódio, logo, quando os níveis sanguíneos dessas moléculas se alteraram, o 
hormônio é liberado em resposta a essa alteração. No entanto, além do estí-
mulo humoral, é importante destacar que a inibição também ocorre, muitas 
vezes, em resposta ao mesmo estímulo humoral. Geralmente, essas respostas 
ocorrem em hormônios que têm ação antagônica, isto é, quando o hormônio 
A se opõe ao hormônio B. Como exemplo dessa regulação humoral, podemos 
citar a relação insulina-glucagon, ambos hormônios secretados pelo pâncreas. 
Após o aumento da glicemia, característico do período pós-prandial, a grande 
quantidade de açúcar no sangue estimula a liberação da insulina, que irá me-
tabolizar esse açúcar e estimular a captação e o armazenamento deste como 
reserva de energia, ao mesmo tempo, ocorre uma inibição do glucagon, porém, 
em uma situação oposta, como após uma sessão de exercício aeróbico e/ou 
após horas em jejum, é natural que se observe uma redução na quantidade de 
açúcar do sangue. Essa hipoglicemia, ao mesmo tempo que inibe a ação da 
insulina, estimula a secreção do glucagon, um hormônio que irá estimular a 
gliconeogênese, isto é, a degradação das reservas de glicose do fígado (gli-
cogênio hepático) para ofertar glicose para a corrente sanguínea, mantendo 
os valores adequados.
9Introdução ao sistema endócrino
Fi
gu
ra
 2
. R
et
ro
al
im
en
ta
çã
o 
ne
ga
tiv
a 
e 
po
sit
iv
a.
Fo
nt
e:
 V
an
pu
tt
e,
 R
eg
an
 e
 R
us
so
 (2
01
7, 
p.
 5
79
).
Ad
en
e-
hi
pó
�s
e
H
or
m
ôn
io
 tr
ó�
co
Cé
lu
la
en
dó
cr
in
a-
-a
lv
o
Cé
lu
la
-a
lv
o
en
dó
cr
in
a
H
or
m
ôn
io
Al
vo
Al
vo
Re
tro
al
im
en
ta
çã
o
ne
ga
tiv
a
(a
) R
et
ro
al
im
en
ta
çã
o 
ne
ga
tiv
a 
pe
lo
s 
ho
rm
ôn
io
s
(b
) R
et
ro
al
im
en
ta
çã
o 
po
si
tiv
a 
pe
lo
s 
ho
rm
ôn
io
s
A 
gl
ân
du
la
 a
de
no
-h
ip
ó�
se
 se
cr
et
a 
o 
ho
rm
ôn
io
 tr
ó�
co
 q
ue
vi
aj
a 
pe
lo
 sa
ng
ue
 a
té
 a
 c
él
ul
a-
al
vo
 e
nd
óc
rin
a.
O
 h
or
m
ôn
io
 d
a 
cé
lu
la
-a
lv
o 
en
dó
cr
in
a 
vi
aj
a 
at
é 
o 
al
vo
.
O
 h
or
m
ôn
io
 d
a 
cé
lu
la
-a
lv
o 
en
dó
cr
in
a 
ta
m
bé
m
 p
os
su
i u
m
ef
ei
to
 d
e 
re
tr
oa
lim
en
ta
çã
o 
ne
ga
tiv
a 
so
br
e 
a
ad
en
o-
hi
pó
�s
e 
e 
o 
hi
po
tá
la
m
o.
A 
gl
ân
du
la
 a
de
no
-h
ip
ó�
se
 se
cr
et
a 
o 
ho
rm
ôn
io
 tr
ó�
co
 q
ue
vi
aj
a 
pe
lo
 sa
ng
ue
 a
té
 a
 c
él
ul
a-
al
vo
 e
nd
óc
rin
a.
O
 h
or
m
ôn
io
 d
a 
cé
lu
la
-a
lv
o 
en
dó
cr
in
a 
vi
aj
a 
at
é 
o 
al
vo
.
O
 h
or
m
ôn
io
 d
a 
cé
lu
la
-a
lv
o 
en
dó
cr
in
a 
ta
m
bé
m
 p
os
su
i u
m
ef
ei
to
 d
e 
re
tr
oa
lim
en
ta
çã
o 
po
sit
iv
a 
so
br
e 
a 
ad
en
o-
hi
pó
�s
e 
e 
o 
hi
po
tá
la
m
o.
Re
tro
al
im
en
ta
çã
o
po
sit
iv
a
1
1 2 3
1 2 3
1
3
3
2
2
Ad
en
e-
hi
pó
�s
e
H
or
m
ôn
io
 tr
ó�
co
Introdução ao sistema endócrino10
Estímulo neural: esse tipo de regulação envolve o estímulo neural sobre as 
glândulas endócrinas, por meio da liberação de neurotransmissores na fenda 
pós-sináptica. Em alguns casos, esse neurotransmissor estimula as células 
a aumentar a produção e secreção de seus hormônios, em outros casos, os 
neurônios secretam neuropeptídios diretamente no sangue, que irão estimular a 
secreção hormonal de outras células endócrinas, sendo chamados de hormônios 
liberadores. Ao mesmo tempo, também é possível ocorrer a inibição neural, 
neste caso, os neurônios inibem seus alvos da mesma forma como se estivessem 
estimulando, porém, com um neurotransmissor diferente, fazendo com que 
a glândula não libere seu hormônio, ou, ainda, podem promover a inibição 
secretando neuropeptídios diretamente na corrente sanguínea, e neste caso são 
chamados de hormônios inibidores. Com exemplo, podemos citar o estímulo 
do sistema nervoso simpático sobre as glândulas suprarrenais para secretar 
adrenalina, ou a liberação de GHrH e GhiH, neuropeptídios secretados pelo 
hipotálamo na circulação porta para estimular ou inibir, respectivamente, a 
secreção do hormônio do crescimento pela glândula hipófise.
Estímulo hormonal: esse mecanismo se dá quando um hormônio é secretado 
e, então, ele mesmo estimula a secreção de outros hormônios. A inibição 
nestes casos se dá quando a secreção de um hormônio inibe a secreção de 
outros e ambos os mecanismos são comuns na regulação hormonal. Tal es-
tímulo é bastante comum na regulação da adeno-hipófise — uma porção 
da glândula hipófise — por meio da liberação de hormônios tróficos. Esses 
hormônios tróficos são liberados pelo hipotálamo, que estimula a liberação de 
um hormônio trófico hipofisário que irá atuar e estimular a secreção de uma 
terceira glândula e um terceiro hormônio. Por exemplo, o hipotálamo produz 
o hormônio tirotropina-estimulante, conhecido como TRH, que é liberado na 
adeno-hipófise, estimulando a produção do hormônios estimulante da tireoide, 
o TSH. O TSH estimula a tireoide a produzir e secretar seus hormônios, a 
tiroxina (T4), que é convertida a triiodotironina (T3), esse sim, responsável 
por estimular e acelerar o metabolismo corporal. Ao mesmo tempo, os hor-
mônios tireoidianos podem controlar os próprios níveis sanguíneos, inibindo 
a liberação de hormônio trófico hipofisário, assim, sua liberação é inibida. 
11Introdução ao sistema endócrino
Uma vez compreendido os processos de regulação, produção, estimulação 
e inibição das glândulasendócrinas, para termos uma completa noção do 
funcionamento do sistema endócrino, é necessário discutir e compreender 
melhor os diferentes tipos de mensageiros que são secretados pelo nosso 
corpo, os hormônios. 
Tipos de hormônios e sua função
Os hormônios foram visualizados pela primeira vez no ano de 1902 por dois 
fisiologistas britânicos, Ernest Starling e William Bayliss, esses fisiologistas 
demonstraram que uma substância que existia no interior do intestino poderia 
ser injetada em um cão para estimular o pâncreas a produzir outro fluído. Essa 
substância foi nominada por eles como secretina e a denominaram como sendo 
um hormônio. A palavra hormônio tem origem grega, sendo que hormo significa 
“pôr em movimento”, logo, são substâncias que colocam o corpo em movi-
mento. Assim, podemos dizer que os hormônios são as substâncias químicas 
que agem transferindo informações e instruções entre as células. Eles também 
podem ser chamados de mensageiros químicos do nosso organismo, pois são 
responsáveis por regular o crescimento e o desenvolvimento do nosso corpo, 
além de controlar as funções dos órgãos e auxiliar na função reprodutiva e de 
regular o metabolismo. É importante salientar que os hormônios fazem parte 
da via de informações químicas do nosso organismo sendo ele um mensageiro 
do sistema endócrino. Confira no Quadro 1 outros tipos de mensageiros que 
atuam na regulação da homeostase corporal.
Os mensageiros do sistema endócrino, os hormônios, podem ser classi-
ficados em duas categorias químicas, lipossolúveis e hidrossolúveis. Essa 
classificação é feita com base no comportamento químico, pois lembre-se 
que a membrana plasmática é formada por uma bicamada fosfolipídica que, 
por sua composição química, permite a passagem de moléculas lipossolúveis, 
mas não permite a passagem de moléculas hidrossolúveis, portanto, toda 
a interação do hormônio com sua célula alvo depende prioritariamente da 
natureza química do hormônio. A seguir, veremos algumas particularidades 
dessas duas classes de hormônios.
Introdução ao sistema endócrino12
Fo
nt
e:
 A
da
pt
ad
o 
de
 V
an
pu
tt
e,
 R
eg
an
 e
 R
us
so
 (2
01
7)
.
M
en
sa
ge
ir
o 
qu
ím
ic
o
D
es
cr
iç
ão
Ex
em
pl
o
Ilu
st
ra
çã
o
Au
tó
cr
in
o
Sã
o 
m
en
sa
ge
iro
s q
ue
 
sã
o 
se
cr
et
ad
os
 e
 a
tu
am
 
na
 m
es
m
a 
cé
lu
la
Ei
co
sa
no
id
es
, c
om
o 
pr
os
ta
gl
an
di
na
s, 
tr
om
bo
xa
no
s e
 le
uc
ot
rie
no
s a
ge
m
 c
om
o 
re
gu
la
do
re
s d
e 
fu
nç
õe
s f
isi
ol
óg
ic
as
M
en
sa
ge
iro
 q
uí
m
ic
o
Au
tó
cr
in
o
Pa
rá
cr
in
o
Pr
od
uz
id
a 
po
r d
iv
er
so
s 
te
ci
do
s e
 s
ec
re
ta
da
 n
o 
líq
ui
do
 e
xt
ra
ce
lu
la
r, 
te
nd
o 
ef
ei
to
 n
as
 c
él
ul
as
 v
iz
in
ha
s
H
ist
am
in
a,
 li
be
ra
da
 p
or
 c
él
ul
as
 
da
ni
fic
ad
as
 d
a 
pe
le
 q
ue
 to
rn
a 
os
 
ca
pi
la
re
s s
an
gu
ín
eo
s d
os
 lo
ca
is 
le
sio
na
do
s m
ai
s p
er
m
eá
ve
is 
ao
s l
eu
có
ci
to
s e
 a
nt
ic
or
po
s
M
en
sa
ge
iro
 q
uí
m
ic
o
Pa
rá
cr
in
o
N
eu
ro
tr
an
sm
iss
or
É 
pr
od
uz
id
o 
pe
lo
s 
ne
ur
ôn
io
s e
 s
ão
 
se
cr
et
ad
os
 n
a 
fe
nd
a 
sin
áp
tic
a,
 c
au
sa
nd
o 
ef
ei
to
 
na
s c
él
ul
as
 p
ós
-s
in
áp
tic
as
Ac
et
ilc
ol
in
a,
 u
m
 n
eu
ro
tr
an
sm
iss
or
 
qu
e 
at
ua
 n
o 
sis
te
m
a 
ne
rv
os
o 
so
m
át
ic
o 
e 
au
tô
no
m
o
N
eu
rô
ni
o
N
eu
ro
tr
an
sm
is
so
r
En
dó
cr
in
o
Se
cr
et
ad
o 
no
 s
an
gu
e 
po
r 
cé
lu
la
s e
sp
ec
ia
liz
ad
as
, 
pe
rc
or
re
nd
o 
bo
a 
di
st
ân
ci
a 
at
é 
ch
eg
ar
 
em
 su
as
 c
él
ul
as
-a
lv
o
Te
st
os
te
ro
na
 e
 e
st
ro
gê
ni
o,
 s
ec
re
ta
do
s 
pe
la
s g
ân
ad
as
 e
 re
sp
on
sá
ve
is 
pe
la
s 
ca
ra
ct
er
íst
ic
as
 s
ex
ua
is 
se
cu
nd
ár
ia
s
H
or
m
ôn
io En
dó
cr
in
o
Q
ua
dr
o 
1.
 C
la
ss
e 
do
s m
en
sa
ge
iro
s q
uí
m
ic
os
13Introdução ao sistema endócrino
Hormônios lipossolúveis: os hormônios lipossolúveis são não polares e in-
cluem hormônios esteroides — todos à base de colesterol, como testosterona, 
que atua na reprodução e manifestação das características sexuais secundárias 
e aldosterona, que relaciona-se com o controle eletrolítico —, hormônios 
tireoidianos — derivados de aminoácidos e atuam acelerando o metabolismo 
corporal — e derivados de ácidos graxos, como as prostaglandinas, respon-
sável por aumentar a permeabilidade capilar. Esses hormônios são pequenos 
e têm baixa solubilidade em fluidos aquosos como o sangue, por isso esses 
hormônios são transportados na corrente sanguínea por proteínas carregadoras, 
que garantem uma vida útil maior, que pode durar de dias até semanas. Esses 
hormônios lipossolúveis geralmente têm um padrão de secreção crônico, no 
qual se mantém relativa estabilidade de sua concentração, como é o caso do 
hormônio da tireoide ou padrão episódico, com variação regular dentro de 
espaços de tempo, como a flutuação mensal que ocorre com os hormônios 
sexuais femininos. 
Hormônios hidrossolúveis: os hormônios hidrossolúveis são moléculas polares; 
incluem-se hormônios proteicos — como o hormônio do crescimento, GH ou so-
matotrofina, que estimula o crescimento celular do tecido muscular e ósseo —, 
peptídicos — como a insulina, responsável pela metabolização do açúcar na 
corrente sanguínea — e, na sua maioria, os derivados de aminoácidos, como a 
adrenalina — responsável por promover respostas de luta ou fuga no organismo. 
Em razão da sua solubilidade, muitos circulam como hormônios livres, sendo 
que muitos dissolvem-se diretamente no sangue e chegam a suas células-alvo 
sem nenhum tipo de proteína de ligação para esse fim, sendo utilizadas apenas 
em casos de hormônios pequenos, aos quais a proteína transportadora serve 
como uma proteção para que não seja filtrada para fora do sangue. Ao mesmo 
tempo, as moléculas maiores, embora não precisem de um transportador, 
geralmente difundem primeiro para os espaços extracelulares e de maneira 
mais lenta. Esses hormônios hidrossolúveis têm uma meia-vida mais curta, 
pois são degradados com maior rapidez em razão de ações enzimáticas, as-
sim, esses hormônios têm concentrações que mudam rapidamente no sangue 
e tendem a regular as atividades com início rápido e curta duração. Nesses 
hormônios são observados um padrão de secreção aguda, pois a concentração 
desses hormônios é bastante irregular e muda de forma drástica de acordo 
com cada estímulo, como o hormônio derivado de aminoácido, adrenalina, 
que é influenciado pelo estresse ou pela atividade física. 
Introdução ao sistema endócrino14
Como vimos, os hormônios são lançados na corrente sanguínea de modo 
que chegam a todas as partes do corpo humano. Parte desses hormônios cir-
culam intactos na corrente sanguínea, já outros necessitam de uma substância 
para serem transportados, por meio de uma molécula de proteína, para que 
consigam se manter dissolvidos no sangue. Essas substâncias também podem 
ter o objetivo de reservatório de hormônio, o que garante que seja mantida 
a concentração hormonal, assim mantendo constantemente a concentração 
hormonal e protegendo esse hormônio contra uma possível decomposição 
química no decorrer do tempo (SILVERTHORN, 2017). 
Veja no link da revista Trip como os hormônios podem 
influenciar na nossa rotina e nas nossas atitudes.
https://goo.gl/4pHjpy
Portanto, são nas glândulas endócrinas, como hipotálamo, hipófise, ti-
reoide, pâncreas, entre outras, que na maioria das vezes são secretados os 
hormônios, elas são responsáveis por produzir e fazer com que essa produção 
seja aumentada ou diminuída. A homeostase é, em parte, regulada no nosso 
organismo por conta dos hormônios que são os mensageiros químicos que 
regulam a ação do órgão ou sistema. Os hormônios são transmitidos pelo 
organismo através do sangue que o conduz até o local dentro do organismo 
onde ele deve exercer um efeito. Pelo sangue,é possível que um hormônio 
passe por todo o organismo, no entanto, ele causará efeito somente em alguns 
órgãos. Portanto, o sistema endócrino age pelos hormônios e é por meio deles 
que o sistema realiza a função de auxiliar na manutenção da homeostase. 
15Introdução ao sistema endócrino
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
RAFF, H.; LEVITZKY, M. G. Fisiologia médica: uma abordagem integrada. Porto Alegre: 
AMGH, 2012.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. Ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017.
VANPUTTE, C.; REGAN, J.; RUSSO, A. Anatomia e fisiologia de Seeley. Porto Alegre: AMGH, 
2017.
Leituras recomendadas
CERRONE, L. A. et al. Diabetes Mellitus tipo 3 e exercício físico: relações entre obesidade, 
resistência insulínica e distúrbios cognitivos. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, 
Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 71, p. 336-345, 2018. Disponível em: <http://www.
rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/706/541>. Acesso em: 10 dez. 2018.
PRESTON, R.; WILSON, T. E. Fisiologia ilustrada. Porto Alegre: Artmed, 2014.
SANTOS, D. C. N. As repercussões da prática de exercício físico sobre o diabetes mellitus tipo 
ll: um estudo de revisão. 2016. 18 f. Monografia (Graduação em Educação Física) — 
Centro Desportivo, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.
Introdução ao sistema endócrino16
Conteúdo:

Outros materiais