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Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Intoxicação por Zootoxinas em Animais Domésticos: Animais Peçonhentos Conceitos clínicos: • Plano geral de exame clínico (identificação, anamnese, exame físico...) • Exame físico • Inflamação X infecção • Soroterapia (algo que tem anticorpos prontos contra a peçonha) X fluidoterapia (procura o equilíbrio hidroeletrolítico e energético) X vacinação (algo que tem parte do patógeno que quando inoculado no organismo irá provocar a formação de anticorpos no mesmo). • Atendimento emergencial e importância da anamnese em toxicologia: o Kit de emergência, entubação, canulação de veia e reanimação. o Prevenção/tratamento de choques o Calculo de fluidoterapia: (Desidratação (24h), manutenção, perdas futuras, macro 20 X micro 60) ▪ A desidratação é visível a partir de 5%, que deve ser reposta em até 4 horas ▪ Transfusão sanguínea: 8% PV volemia (peso x8/100 [VG desejado – VG paciente]/VG doador) ▪ Todo animal tem 8% do peso de volemia, desses 8%, 25% pode ser doado ou recebido. - Volume de reposição: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 (𝐿) = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) 𝑋 𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑎çã𝑜 100 - Formula para pequenos animais – manutenção: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑐ã𝑒𝑠 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎⁄ ): 40 𝑎 60 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑔𝑎𝑡𝑜𝑠 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 70𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) ⁄ - Fórmula para grandes animais - manutenção: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 50 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑗𝑜𝑣𝑒𝑚 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 100 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 150 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ - Velocidade de reposição: 𝐺𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑀𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑀𝑙) 𝑋 𝐺𝑜𝑡𝑎𝑠 (𝑀𝑙) 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑀𝑖𝑛) ⁄ Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras O que são zootoxinas? • São substancias tóxicas presentes nos fluidos de alguns animais (aranhas, escorpiões, serpentes, entre outros...) • Quanto mais potente a zootoxina, menos violenta ela é. O que são animais peçonhentos? • Possuem veneno e estrutura para inoculação do veneno. Venenosos ≠ Peçonhentos • Venenosos possuem peçonha, mas não conseguem inocula-la, os animais peçonhentos conseguem inocular. Acidentes Ofídicos • Fosseta loreal: Orifício encontrado entre os olhos e as narinas. Trata-se de um órgão do sentido usado para a caça, que funciona como sensor do calor irradiado por organismos de sangue quente. Exceto pelas corais-verdadeiras, as demais serpentes peçonhentas do Brasil apresentam a fosseta loreal; • A maioria dos casos nacionais são por jararaca, surucucu, cascavel e coral; Aspectos gerais: • Família Viperidae: o Família mais importe no Brasil, composta pelos gêneros: Bothrops (jararaca), Crotalus (cascavel), Lachesis (Surucucu) o Todas possuem: Pupila elíptica/vertical, fosseta loreal e dentição solenóglifa (dente grande e volumoso, dentição retrátil). o Para descobrir o gênero se olha a cauda: Jararaca (cauda lisa), cascavel (guiso) ou surucucu (escamas eriçadas que parecem um espinho) • Família Elapidae: o Gênero Micrurus: Corais verdadeiras o Coloração em anéis característica, mas pra saber se é verdadeira ou não só se sabe se abrir a boca, pela dentição Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Sentidos: • Visão: Hábitos noturnos o Olfato: Órgão de Jocobson > Língua bífida: Ao se locomoverem, as serpentes dão pequenos toques com a língua no chão para captarem pequenas partículas que, por sua vez, são colocadas em orifícios (conhecidos como órgão de Jacobson), que se localizam no céu da boca e estão ligados ao olfato. Dentição: • Áglifa: Não apresenta presas capazes de inocular veneno, pois seus dentes são maciços. Presente nas serpentes consideradas não peçonhentas, como as jiboias e as sucuris. • Opistóglifa: Possui duas ou mais presas, localizadas na posição posterior do maxilar superior, presentes na coral falsa. • Proteróglifa: Dotada de um par de presas fixas localizadas na posição anterior do maxilar superior, esta dentição é característica das corais verdadeiras. • Solenóglifa: Possui um par de presas inoculadoras grandes, pontiagudas e retráteis, localizadas na posição anterior do maxilar superior, presente nas jararacas surucucus e cascavéis. % Osso quadrado: Para abrir a boca quase 180° - cobra-coral não tem Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Acidente Botrópico • Gênero Bothrops; • Gênero das jararacas; • Responsáveis por 88% dos acidentes ofídicos ocorridos no país; • Família Viperidae, dentição solenóglifa, fosseta loreal presente, pupila elíptica, cauda lisa, manchas em forma de gancho de telefone com borda branca; • Possuem comportamento agressivo. Bothrops alternatus – Urutu Cruzeiro • Pode causar edema, necrose e hemorragia; • Do gênero Bothrops, a urutu cruzeiro é a mais agressiva; • Armam o bote (recuam para formar o engatinhamento (S) para o bote) que atinge 1/3 do seu tamanho; • Batem a cauda quando se sentem ameaçadas; • ‘Se não mata, leja’; • A quantidade máxima de peçonha que a jararaca pode inocular é de 10mg. Bothrops Jararacussu – Jararacuçu • Possuem manchas pretas ou castanho-escuras espalhadas em forma de losangos alongados; • Sua cabeça tem a cor preta com uma faixa amarela, destacando-se uma faixa negra atrás dos olhos; • Cabeça grande; • Maior do gênero Bothrops. Atividades da Peçonha • Fração Proteolítica: Componentes da peçonha que ativa destruição/lise tecidual, inflamação; o Causada por componentes como: Fosfolipases, hialuronidades, proteases, etc... • Fração Coagulante: Promove o consumo ou inatividade dos fatores de coagulação, ativando a cascata de coagulação, consumo de fator coagulação. Sangra nariz, vagina, vulva, prepúcio e anus; Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras o O processo inflamatório local agudo é potencializado pela atividade coagulante do veneno, pois ocorre formação de trombos na microvasculatura, responsáveis por hipóxia, agravamento de edema e necrose tecidual; o Atividade tipo trombina, ativação do FX e FII (protrombina) e fibrinólise; o Inativa fator XIII e fator de von Willebrand. • Fração Vasculotóxica: Promove lesão na parede dos vasos sanguíneos; o A atividade vasculotóxica sistêmica é promivida pelas hemorraginas, que rompem a integridade vascular por degradação de vários componentes da matriz extracelular, além de inibirem a agregação plaquetária; o Metoloproteinases (hemorraginas – lesão parede do vaso). • Outros fatores: Miotoxina (jararacuçu), cardiotoxina... Características que se deve saber... • Nome; • Nome popular; • Dentição; • Fosseta loreal; • Pupila; • Cauda? • Família e gênero; • Coloração; • Principais efeitos da zootoxina. Quadro clínico • A gravidade do quadro vai depender da espécie de serpente, volume de veneno inoculado, espécie e tamanho do animal acidentado, tempo decorrido entre o acidente e o tratamento adequado e local da picada; • Proteolítica o Edema local progressivo, rubor, calor, dor, necrose • Coagulante o Consumo de fatores → Incoagulabilidade sanguínea, hematúria • Vasculotóxica o Hemorragias, equimoses, epistaxe, hematúria, dor, edema etc • Complicações o Septicemia, choque (septicêmico, hemorrágico...), CID, IRA, síndrome compartimental (é o aumento de pressão numespaço anatómico restrito (compartimento fascial ou loja anatômica) com queda da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contidos). Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Veneno Botrópico – Sinais Clínicos • Muita dor, edema, hemorragias, equimoses, necrose; • Taquicardia, taquipneia; • Hipotensão; • Tempo de coagulação aumentado; • O quadro clínico normalmente tem grande variabilidade. Exames complementares • Hemograma: o Leucocitose com neutrofilia, linfopenia, trombocitopenia, monocitose. • Urinálise: o Proteinúria, glicosúria e hematúria. • Bioquímico: o ↑ CK (creatina quinase - muscular), ALT, FA; o ↑ Uréia e creatinina (IRA). • Tempo de coagulação: o ↑ tempo de coagulação: A evolução do animal é medida de acordo com o tempo de coagulação, se a coagulação estiver baixa refaz a soroterapia; o ↓ Fibrinogênio; o Alteração na agregação plaquetária. Atendimento • O local de inoculação do veneno deve ser limpo com água e sabão; • A elevação do local acometido pouco acima do resto do corpo pode facilitar a diminuição do edema; • Analgésicos são comumente necessários nos casos mais graves; • Os tecidos necrosados devem ser cuidadosamente debridados e os abscessos drenados; • A fasciotomia deve ser realizada se ocorrer síndrome compartimental; • Adequada hidratação e profilaxia contra o tétano são medidas complementares importantes; • A antibioticoterapia é reservada para casos onde sejam verificados sinais clínicos e laboratoriais de infecção; • O paciente deve permanecer, pelo menos por 72 horas após a picada, internado em hospital para controle clínico e laboratorial. Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Tratamento • Tratamento específico: Soroterapia – IV de forma lenta; o Veterinária: Soro antibotrópico-crotálico ▪ 1 ml de soro neutraliza 2 mg de peçonha (veneno brotrópico) – 50ml; ▪ O tamanho do animal não interfere, pois, a quantidade de peçonha será a mesma. o Acidente botrópico – 100mg • Sangue incoagulável após 6 horas: Repetir metade da dose inicial do soro 12 a 24h após início do tratamento; • Fluidoterapia; • Transfusão sanguínea; • AINE (Flunexin meglumine); • Antibioticoterapia; • Tratar as áreas de necrose com antissépticos; • Alimentação enteral – Picadas na face; • Traqueostomia somente de forma emergencial; • Monitorização do fluxo urinário. Acidente Crotálico Gênero Crotalus • Espécies: Crotalus Durissus; • Chocalho ou guizo no extremo caudal; • Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos, em Minas Gerais a ocorrência é maior; • Não é uma espécie violenta; • Prognóstico desfavorável e muito preocupante. Atividade do veneno Sem lesão local: Não se encontra facilmente o local da lesão. • Miotóxica o Promove rabdomiólise (ruptura do tecido muscular esquelético) – Necrose muscular o Promove mialgia difusa generalizada, que irá liberar muita mioglobina; ▪ Mioglobinúria; ▪ Dor generalizada devido a mialgia; o Fosfolipase A (lesão subsarcolêmica e edema de mitôcondrias) Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras • Neurotóxicas o Crotoxina, crotamina, convulxina, giroxina (bloqueio neuromuscular pré-sinaptico); o Paralisia flácida da musculatura, o animal não recebe o estimulo do Sistema Nervoso para contrair a musculatura (bloqueio sináptico neuromuscular); o Ptose de mandíbula, orelha, olhos... Fácies miastenica ou neurotóxica; ▪ Aspecto de sedação; • Coagulante o Atividade tipo trombina; o Menos potente, geralmente não causa hemorragia; o O tempo de coagulação pode estar alterado, causando incoagulabilidade sanguínea. Quadro Clínico • Manifestações locais e alterações hemorrágicas pouco evidentes; o Incoagulabilidade. • Alterações miotóxicas e neurotóxicas; o Mialgia generalizada, paralisia flácida, ptose palpebral, midríase, fácies neurotóxica; • Lesão renal!!! o Mioglobinuria, proteinúria, anúria, sem hematúria; o Precisa monitorar fluxo urinário!!! – sondar o animal • IRA → Choque • Urina cor coca-cola, mioglobinúria evidente; • Ataxia; • Aspecto de sedação; • Disfagia; • Dificuldade fonação; • Sialorréia; • Mialgia; • Midríase; • Dispneia; • Paralisia flácida; • Oftalmoplegia (paralisia do globo ocular); • Ptoses mandibular e palpebral. Efeito nefrotóxico • Direto e Indireto o Vários fatores afetam a gravidade do acidente, como idade, pesp e estado geral da vítima, quantidade de veneno inoculada, número de picadas, local da picada e tempo até o início do tratamento; Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras o O acidente crotálico pode ter como complicações a insuficiência renal aguda e a insuficiência respiratória aguda; o Nefrose tóxica pelo veneno; o Lesão renal pelo excesso de deposição de mioglobina resultante da rabdomiólise, associada a outras substancias devido a lesão (células maiores que não deveriam passar, como proteínas); o Hipóxia; o Rabdomiólise → Liberação de mioglobina → Mioglobinúria → Deposição de mioglobina → IRA → NTA (Nefrose Tóxica Aguda); o Fatores que contribuem para instalação da IRA; ▪ Desidratação; ▪ Hipotensão; ▪ Acidose metabólica; ▪ Choque. Efeito Miotóxico • Achados laboratoriais: o Mioglobinúria; o Creatinoquinase (CK); o Lactato desidrogenase (LDH); o Aspartato amino transferase (AST). Tratamento • Soro anticrotálico ou antibotrópico-crotálico - IV. Gênero Lachesis – Acidente Laquético • Espécies: Lachesis muta; • Surucucu, Surucucu pico de jaca, Surucutinga; • Responsáveis por 1,4% dos acidentes ofídicos; • Cauda com escamas eriçadas; • Floresta amazônica e Mata atlântica; • Maior serpente peçonhenta das Américas (pode chegar a quase 4 metros); • Dobradura em duplo S para bote, atingindo mais da metade do seu tamanho durante o bote; • Inocula mais peçonha; • Similar ao acidente botrópico, porém pior; • Não é uma serpente que passa despercebida devido a sua coloração chamativa; • Sinal neurológico associado. Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Atividade do veneno • Proteolítica o Edema local, rubor, calor, muita dor, necrose; o Fosfolipases, hialuronidades, proteases, etc. • Coagulante o Consumo de fatores → Incoagulabilidade sanguínea; o Atividade tipo trombina, ativação do FX e FII (protrombina) e fibrinólise. • Vasculotóxica o Hemorragias, equimoses, epistaxis, etc; o Metaloproteinases (hemorragias). • Neurotóxica o Bradicardia, hipotensão e diarreia (aumento de peristaltismo e hipersecreção); o Estimula o nervo vago – Excitação de vago; ▪ Sistema cardíaco e digestório. Quadro Clínico • Semelhante ao botrópico, acrescido de sinais ‘neurotóxicos’; • Necessidade de soroterapia específica (soro antilaquético ou soro antibotrópico-laquético); • O soro antibotrópico NÃO é eficaz para o tratamento do acidente laquético. Gênero Micrurus – Acidente Elapídico • Gênero das corais verdadeiras; • Presença de anéis (vermelhos e pretos ou brancos e amarelos); • Fosseta Loreal (ausente), proteróglifa; • Anéis simétricos; • Não dá um bote. Quadro Clínico • Instalação rápida; • Manifestações locais pouco evidentes, difícil de achar o local do acidente; • Alterações neurotóxicas; o Ptose palpepral, midríase; o Fácies miastênico ou neurotóxico; o Dificuldade de deglutição; o Insuficiência Respiratória Aguda. Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras Atividade do veneno • Semelhante ao acidente crotálico, porém pior; • Neurotóxica: o Ação na junção neuromuscular (Atua nas ações pré e pós sinápticas); ▪ M. corallinus:toxina pré e pós-sináptica; o Causa paralisia flácida; o Fração mais potente do veneno; o Dificuldade respiratória. • Coagulante; • Miotóxica. Quadro clínico • Veneno Elapídico (Micrurus spp); • Sinais Clínicos: o Face miastênica; o Turvação visual, diplopia, oftalmoplegia; o Anisocoria (pupilas desiguais); o Dificuldade deglutição, mastigação e sialorreia; o Rabdomiólise; o Dispnéia; o Insuficiência respiratória aguda (a morte acontece por falência respiratória por paralisia muscular). Tratamento • Soro antielapídico. Reações a Soroterapia • Fazer sempre um preventivo antes da soroterapia; • Choque Anafilático (hipersensibilidade tipo I); o Início: Prurido, tremores musculares, dispnéia, tosse e náuseas; o Final: Taquicardia, edema dos órgãos, CID, hipotermia e falência múltipla. • Tratamento: o Suspensão do soro (após a recuperação do choque deve-se avaliar se é necessário continuar com o procedimento ou interrompe-lo); o Adrenalina (hipotensão); o Prometazina (anti-histamínico); o Ringer lactato (volemia); o Oxigenoterapia.
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