Buscar

Acidente Ofídico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Intoxicação por Zootoxinas em Animais Domésticos: Animais Peçonhentos 
 
Conceitos clínicos: 
• Plano geral de exame clínico (identificação, anamnese, exame físico...) 
• Exame físico 
• Inflamação X infecção 
• Soroterapia (algo que tem anticorpos prontos contra a peçonha) X fluidoterapia (procura o 
equilíbrio hidroeletrolítico e energético) X vacinação (algo que tem parte do patógeno que 
quando inoculado no organismo irá provocar a formação de anticorpos no mesmo). 
• Atendimento emergencial e importância da anamnese em toxicologia: 
o Kit de emergência, entubação, canulação de veia e reanimação. 
o Prevenção/tratamento de choques 
o Calculo de fluidoterapia: (Desidratação (24h), manutenção, perdas futuras, macro 20 X 
micro 60) 
▪ A desidratação é visível a partir de 5%, que deve ser reposta em até 4 horas 
▪ Transfusão sanguínea: 8% PV volemia (peso x8/100 [VG desejado – VG paciente]/VG 
doador) 
▪ Todo animal tem 8% do peso de volemia, desses 8%, 25% pode ser doado ou 
recebido. 
- Volume de reposição: 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 (𝐿) =
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) 𝑋 𝐺𝑟𝑎𝑢 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑎çã𝑜
100
 
- Formula para pequenos animais – manutenção: 
 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑐ã𝑒𝑠 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎⁄ ): 40 𝑎 60 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑔𝑎𝑡𝑜𝑠 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 70𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺) ⁄ 
 
- Fórmula para grandes animais - manutenção: 
 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑎𝑑𝑢𝑙𝑡𝑜 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 50 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑗𝑜𝑣𝑒𝑚 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 100 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑛𝑒𝑜𝑛𝑎𝑡𝑜 (𝑀𝑙 𝐷𝑖𝑎): 150 𝑚𝑙 𝑋 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑖𝑣𝑜 (𝐾𝐺)⁄ 
 
- Velocidade de reposição: 
 
𝐺𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑀𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑀𝑙) 𝑋 𝐺𝑜𝑡𝑎𝑠 (𝑀𝑙)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑢𝑠ã𝑜 (𝑀𝑖𝑛)
⁄ 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
 O que são zootoxinas? 
• São substancias tóxicas presentes nos fluidos de alguns animais (aranhas, escorpiões, serpentes, 
entre outros...) 
• Quanto mais potente a zootoxina, menos violenta ela é. 
 
O que são animais peçonhentos? 
• Possuem veneno e estrutura para inoculação do veneno. 
 
Venenosos ≠ Peçonhentos 
• Venenosos possuem peçonha, mas não conseguem inocula-la, os animais peçonhentos 
conseguem inocular. 
 
Acidentes Ofídicos 
 
• Fosseta loreal: Orifício encontrado entre os olhos e as narinas. Trata-se de um órgão do sentido 
usado para a caça, que funciona como sensor do calor irradiado por organismos de sangue 
quente. Exceto pelas corais-verdadeiras, as demais serpentes peçonhentas do Brasil apresentam a 
fosseta loreal; 
• A maioria dos casos nacionais são por jararaca, surucucu, cascavel e coral; 
Aspectos gerais: 
• Família Viperidae: 
o Família mais importe no Brasil, composta pelos gêneros: Bothrops (jararaca), Crotalus 
(cascavel), Lachesis (Surucucu) 
o Todas possuem: Pupila elíptica/vertical, fosseta loreal e dentição solenóglifa (dente grande 
e volumoso, dentição retrátil). 
o Para descobrir o gênero se olha a cauda: Jararaca (cauda lisa), cascavel (guiso) ou 
surucucu (escamas eriçadas que parecem um espinho) 
• Família Elapidae: 
o Gênero Micrurus: Corais verdadeiras 
o Coloração em anéis característica, mas pra saber se é verdadeira ou não só se sabe se 
abrir a boca, pela dentição 
 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Sentidos: 
• Visão: Hábitos noturnos 
o Olfato: Órgão de Jocobson > Língua bífida: Ao se 
locomoverem, as serpentes dão pequenos toques 
com a língua no chão para captarem pequenas 
partículas que, por sua vez, são colocadas em 
orifícios (conhecidos como órgão de Jacobson), 
que se localizam no céu da boca e estão ligados ao olfato. 
 
Dentição: 
• Áglifa: Não apresenta presas capazes de inocular veneno, pois seus dentes são maciços. Presente 
nas serpentes consideradas não peçonhentas, como as jiboias e as sucuris. 
• Opistóglifa: Possui duas ou mais presas, localizadas na posição posterior do maxilar superior, 
presentes na coral falsa. 
• Proteróglifa: Dotada de um par de presas fixas localizadas na posição anterior do maxilar superior, 
esta dentição é característica das corais verdadeiras. 
• Solenóglifa: Possui um par de presas inoculadoras grandes, pontiagudas e retráteis, localizadas na 
posição anterior do maxilar superior, presente nas jararacas surucucus e cascavéis. 
 
 
 
 
 
 
% 
Osso quadrado: Para 
abrir a boca quase 180° 
- cobra-coral não tem 
 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Acidente Botrópico 
 
• Gênero Bothrops; 
• Gênero das jararacas; 
• Responsáveis por 88% dos acidentes ofídicos 
ocorridos no país; 
• Família Viperidae, dentição solenóglifa, fosseta loreal 
presente, pupila elíptica, cauda lisa, manchas em 
forma de gancho de telefone com borda branca; 
• Possuem comportamento agressivo. 
 
Bothrops alternatus – Urutu Cruzeiro 
• Pode causar edema, necrose e hemorragia; 
• Do gênero Bothrops, a urutu cruzeiro é a mais 
agressiva; 
• Armam o bote (recuam para formar o 
engatinhamento (S) para o bote) que atinge 1/3 do 
seu tamanho; 
• Batem a cauda quando se sentem ameaçadas; 
• ‘Se não mata, leja’; 
• A quantidade máxima de peçonha que a jararaca 
pode inocular é de 10mg. 
 
Bothrops Jararacussu – Jararacuçu 
• Possuem manchas pretas ou castanho-escuras espalhadas em forma de losangos alongados; 
• Sua cabeça tem a cor preta com uma faixa amarela, destacando-se uma faixa negra atrás dos 
olhos; 
• Cabeça grande; 
• Maior do gênero Bothrops. 
 
Atividades da Peçonha 
• Fração Proteolítica: Componentes da peçonha que ativa destruição/lise tecidual, inflamação; 
o Causada por componentes como: Fosfolipases, hialuronidades, proteases, etc... 
 
• Fração Coagulante: Promove o consumo ou inatividade dos fatores de coagulação, ativando a 
cascata de coagulação, consumo de fator coagulação. Sangra nariz, vagina, vulva, prepúcio e 
anus; 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
o O processo inflamatório local agudo é potencializado pela atividade coagulante do 
veneno, pois ocorre formação de trombos na microvasculatura, responsáveis por hipóxia, 
agravamento de edema e necrose tecidual; 
o Atividade tipo trombina, ativação do FX e FII (protrombina) e fibrinólise; 
o Inativa fator XIII e fator de von Willebrand. 
 
• Fração Vasculotóxica: Promove lesão na parede dos vasos sanguíneos; 
o A atividade vasculotóxica sistêmica é promivida pelas hemorraginas, que rompem a 
integridade vascular por degradação de vários componentes da matriz extracelular, além 
de inibirem a agregação plaquetária; 
o Metoloproteinases (hemorraginas – lesão parede do vaso). 
 
• Outros fatores: Miotoxina (jararacuçu), cardiotoxina... 
 
Características que se deve saber... 
• Nome; 
• Nome popular; 
• Dentição; 
• Fosseta loreal; 
• Pupila; 
• Cauda? 
• Família e gênero; 
• Coloração; 
• Principais efeitos da zootoxina. 
 
Quadro clínico 
• A gravidade do quadro vai depender da espécie de serpente, volume de veneno inoculado, 
espécie e tamanho do animal acidentado, tempo decorrido entre o acidente e o tratamento 
adequado e local da picada; 
 
• Proteolítica 
o Edema local progressivo, rubor, calor, dor, necrose 
• Coagulante 
o Consumo de fatores → Incoagulabilidade sanguínea, hematúria 
• Vasculotóxica 
o Hemorragias, equimoses, epistaxe, hematúria, dor, edema etc 
• Complicações 
o Septicemia, choque (septicêmico, hemorrágico...), CID, IRA, síndrome compartimental (é o 
aumento de pressão numespaço anatómico restrito (compartimento fascial ou loja 
anatômica) com queda da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contidos). 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Veneno Botrópico – Sinais Clínicos 
• Muita dor, edema, hemorragias, 
equimoses, necrose; 
• Taquicardia, taquipneia; 
• Hipotensão; 
• Tempo de coagulação aumentado; 
• O quadro clínico normalmente tem grande 
variabilidade. 
 
Exames complementares 
• Hemograma: 
o Leucocitose com neutrofilia, linfopenia, trombocitopenia, monocitose. 
• Urinálise: 
o Proteinúria, glicosúria e hematúria. 
• Bioquímico: 
o ↑ CK (creatina quinase - muscular), ALT, FA; 
o ↑ Uréia e creatinina (IRA). 
• Tempo de coagulação: 
o ↑ tempo de coagulação: A evolução do animal é medida de acordo com o tempo de 
coagulação, se a coagulação estiver baixa refaz a soroterapia; 
o ↓ Fibrinogênio; 
o Alteração na agregação plaquetária. 
 
Atendimento 
• O local de inoculação do veneno deve ser limpo com água e sabão; 
• A elevação do local acometido pouco acima do resto do corpo pode facilitar a diminuição do 
edema; 
• Analgésicos são comumente necessários nos casos mais graves; 
• Os tecidos necrosados devem ser cuidadosamente debridados e os abscessos drenados; 
• A fasciotomia deve ser realizada se ocorrer síndrome compartimental; 
• Adequada hidratação e profilaxia contra o tétano são medidas complementares importantes; 
• A antibioticoterapia é reservada para casos onde sejam verificados sinais clínicos e laboratoriais de 
infecção; 
• O paciente deve permanecer, pelo menos por 72 horas após a picada, internado em hospital para 
controle clínico e laboratorial. 
 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Tratamento 
• Tratamento específico: Soroterapia – IV de forma lenta; 
o Veterinária: Soro antibotrópico-crotálico 
▪ 1 ml de soro neutraliza 2 mg de peçonha (veneno brotrópico) – 50ml; 
▪ O tamanho do animal não interfere, pois, a quantidade de peçonha será a mesma. 
o Acidente botrópico – 100mg 
• Sangue incoagulável após 6 horas: Repetir metade da dose inicial do soro 12 a 24h após início do 
tratamento; 
• Fluidoterapia; 
• Transfusão sanguínea; 
• AINE (Flunexin meglumine); 
• Antibioticoterapia; 
• Tratar as áreas de necrose com antissépticos; 
• Alimentação enteral – Picadas na face; 
• Traqueostomia somente de forma emergencial; 
• Monitorização do fluxo urinário. 
 
Acidente Crotálico 
 
Gênero Crotalus 
• Espécies: Crotalus Durissus; 
• Chocalho ou guizo no extremo caudal; 
• Responsáveis por 8% dos acidentes ofídicos, em Minas Gerais a ocorrência é maior; 
• Não é uma espécie violenta; 
• Prognóstico desfavorável e muito preocupante. 
 
Atividade do veneno 
Sem lesão local: Não se encontra facilmente o local da lesão. 
• Miotóxica 
o Promove rabdomiólise (ruptura do tecido muscular esquelético) – Necrose muscular 
o Promove mialgia difusa generalizada, que irá liberar muita mioglobina; 
▪ Mioglobinúria; 
▪ Dor generalizada devido a mialgia; 
o Fosfolipase A (lesão subsarcolêmica e edema de mitôcondrias) 
 
 
 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
• Neurotóxicas 
o Crotoxina, crotamina, convulxina, giroxina (bloqueio neuromuscular pré-sinaptico); 
o Paralisia flácida da musculatura, o animal não recebe o estimulo do Sistema Nervoso para 
contrair a musculatura (bloqueio sináptico neuromuscular); 
o Ptose de mandíbula, orelha, olhos... Fácies miastenica ou neurotóxica; 
▪ Aspecto de sedação; 
 
• Coagulante 
o Atividade tipo trombina; 
o Menos potente, geralmente não causa hemorragia; 
o O tempo de coagulação pode estar alterado, causando incoagulabilidade sanguínea. 
 
Quadro Clínico 
• Manifestações locais e alterações hemorrágicas pouco evidentes; 
o Incoagulabilidade. 
• Alterações miotóxicas e neurotóxicas; 
o Mialgia generalizada, paralisia flácida, ptose palpebral, midríase, fácies neurotóxica; 
• Lesão renal!!! 
o Mioglobinuria, proteinúria, anúria, sem hematúria; 
o Precisa monitorar fluxo urinário!!! – sondar o animal 
• IRA → Choque 
• Urina cor coca-cola, mioglobinúria evidente; 
• Ataxia; 
• Aspecto de sedação; 
• Disfagia; 
• Dificuldade fonação; 
• Sialorréia; 
• Mialgia; 
• Midríase; 
• Dispneia; 
• Paralisia flácida; 
• Oftalmoplegia (paralisia do globo ocular); 
• Ptoses mandibular e palpebral. 
 
Efeito nefrotóxico 
• Direto e Indireto 
o Vários fatores afetam a gravidade do acidente, como idade, pesp e estado geral da 
vítima, quantidade de veneno inoculada, número de picadas, local da picada e tempo 
até o início do tratamento; 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
o O acidente crotálico pode ter como complicações a insuficiência renal aguda e a 
insuficiência respiratória aguda; 
o Nefrose tóxica pelo veneno; 
o Lesão renal pelo excesso de deposição de mioglobina resultante da rabdomiólise, 
associada a outras substancias devido a lesão (células maiores que não deveriam passar, 
como proteínas); 
o Hipóxia; 
o Rabdomiólise → Liberação de mioglobina → Mioglobinúria → Deposição de mioglobina → 
IRA → NTA (Nefrose Tóxica Aguda); 
o Fatores que contribuem para instalação da IRA; 
▪ Desidratação; 
▪ Hipotensão; 
▪ Acidose metabólica; 
▪ Choque. 
 
Efeito Miotóxico 
• Achados laboratoriais: 
o Mioglobinúria; 
o Creatinoquinase (CK); 
o Lactato desidrogenase (LDH); 
o Aspartato amino transferase (AST). 
 
Tratamento 
• Soro anticrotálico ou antibotrópico-crotálico - IV. 
 
Gênero Lachesis – Acidente Laquético 
 
• Espécies: Lachesis muta; 
• Surucucu, Surucucu pico de jaca, Surucutinga; 
• Responsáveis por 1,4% dos acidentes ofídicos; 
• Cauda com escamas eriçadas; 
• Floresta amazônica e Mata atlântica; 
• Maior serpente peçonhenta das Américas (pode chegar a quase 4 metros); 
• Dobradura em duplo S para bote, atingindo mais da metade do seu tamanho durante o bote; 
• Inocula mais peçonha; 
• Similar ao acidente botrópico, porém pior; 
• Não é uma serpente que passa despercebida devido a sua coloração chamativa; 
• Sinal neurológico associado. 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Atividade do veneno 
• Proteolítica 
o Edema local, rubor, calor, muita dor, necrose; 
o Fosfolipases, hialuronidades, proteases, etc. 
• Coagulante 
o Consumo de fatores → Incoagulabilidade sanguínea; 
o Atividade tipo trombina, ativação do FX e FII (protrombina) e fibrinólise. 
• Vasculotóxica 
o Hemorragias, equimoses, epistaxis, etc; 
o Metaloproteinases (hemorragias). 
• Neurotóxica 
o Bradicardia, hipotensão e diarreia (aumento de peristaltismo e hipersecreção); 
o Estimula o nervo vago – Excitação de vago; 
▪ Sistema cardíaco e digestório. 
 
Quadro Clínico 
• Semelhante ao botrópico, acrescido de sinais ‘neurotóxicos’; 
• Necessidade de soroterapia específica (soro antilaquético ou soro antibotrópico-laquético); 
• O soro antibotrópico NÃO é eficaz para o tratamento do acidente laquético. 
 
Gênero Micrurus – Acidente Elapídico 
 
• Gênero das corais verdadeiras; 
• Presença de anéis (vermelhos e pretos ou brancos e amarelos); 
• Fosseta Loreal (ausente), proteróglifa; 
• Anéis simétricos; 
• Não dá um bote. 
 
Quadro Clínico 
• Instalação rápida; 
• Manifestações locais pouco evidentes, difícil de achar o local do acidente; 
• Alterações neurotóxicas; 
o Ptose palpepral, midríase; 
o Fácies miastênico ou neurotóxico; 
o Dificuldade de deglutição; 
o Insuficiência Respiratória Aguda. 
 
Resumo de: Maíra Lara – 6° Período de Medicina Veterinária – Integral – 2024/1 - UniLavras 
Atividade do veneno 
• Semelhante ao acidente crotálico, porém pior; 
• Neurotóxica: 
o Ação na junção neuromuscular (Atua nas ações pré e pós sinápticas); 
▪ M. corallinus:toxina pré e pós-sináptica; 
o Causa paralisia flácida; 
o Fração mais potente do veneno; 
o Dificuldade respiratória. 
• Coagulante; 
• Miotóxica. 
 
Quadro clínico 
• Veneno Elapídico (Micrurus spp); 
• Sinais Clínicos: 
o Face miastênica; 
o Turvação visual, diplopia, oftalmoplegia; 
o Anisocoria (pupilas desiguais); 
o Dificuldade deglutição, mastigação e sialorreia; 
o Rabdomiólise; 
o Dispnéia; 
o Insuficiência respiratória aguda (a morte acontece por falência respiratória por paralisia 
muscular). 
 
Tratamento 
• Soro antielapídico. 
 
Reações a Soroterapia 
• Fazer sempre um preventivo antes da soroterapia; 
• Choque Anafilático (hipersensibilidade tipo I); 
o Início: Prurido, tremores musculares, dispnéia, tosse e náuseas; 
o Final: Taquicardia, edema dos órgãos, CID, hipotermia e falência múltipla. 
• Tratamento: 
o Suspensão do soro (após a recuperação do choque deve-se avaliar se é necessário 
continuar com o procedimento ou interrompe-lo); 
o Adrenalina (hipotensão); 
o Prometazina (anti-histamínico); 
o Ringer lactato (volemia); 
o Oxigenoterapia.

Outros materiais