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Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras ● Zootoxinas são substâncias tóxicas presentes nos fluidos de alguns animais, como aranhas e serpentes. ● Esses animais apresentam estruturas para a inoculação do veneno. ● Animais peçonhentos são aqueles que inoculam o veneno, como escorpiões e abelhas. ● Já os animais venenosos são aqueles que apenas apresentam o veneno, mas não conseguem inocular, como os sapos. Sрpentс ● Famílias 🜙 Família Viperidae: gênero Bothrops ( jararacas), Crotalus (cascavéis) e Lachesis (surucucus) 🜙 Família Elapidae: gênero Micrurus (corais verdadeiros) 🜙 Família Boidae: jibóia e sucuri ⇢ não são peçonhentas ● Apresentam: 🜙 hábitos noturnos 🜙 pupila elíptica ou vertical ⇢ com exceção da cobra coral – arredondada 🜙 fosseta loreal: órgão termorreceptor ⇢ exceto coral 🜙 o olfato é constituído pelo órgão de Jacobson: a língua bífida passa por esse órgão e as cobras sentem os cheiros por ali 🜙 apresentam o osso quadrado que permite que as cobras engolem presas de tamanhos maiores. ● Como identificar uma serpente peçonhenta: ● Os dentes são importantes para diferenciar peçonhenta de não peçonhenta. 🜙 áglifa: não apresentam dentes inoculadores 🜙 opistóglifa: dentes no fundo da cavidade oral 🜙 proteróglifa: dentes inoculadores na parte cranial da boca 🜙 solenóglifa: dentes que se escondem e se projetam de tamanho maior Gênero Bothrops ● Cerca de 90% dos acidentes ofídicos são causados por serpentes desse gênero, sendo a B. alternatus (urutu cruzeiro) são as que mais causam acidentes ofídicos ● Elas apresentam manchas em forma de gancho de telefone com borda branca ● A atividade do veneno varia de acordo com cada espécie. 🜙 Proteolítica: ativa inflamação e destruição tecidual. ⇢ edema local progressivo, rubor, calor, dor e necrose. 🜙 Coagulante: ativação da cascata de coagulação, consumo do fator de coagulação. ⇢ inicia com hipercoagulabilidade sanguínea e depois tem uma incoagulabilidade sanguínea. ⇢ inativa o fator XIII e o fator de Von Willebrand. 1 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras 🜙 Vasculotóxica: há hemorragias, equimoses, epistaxe, hematúria. ⇢ pode ser observada septicemia, choque, CID, síndrome compartimental (aumento da pressão em um espaço anatômico restrito) e insuficiência renal aguda. ● Sinais clínicos: edema, dor próximo ao local de lesão, hemorragias, hipotensão, taquicardia, taquipnéia e depois aumento do tempo de coagulação. 🜙 há grande variabilidade do quadro clínico. ● Exames laboratoriais: leucocitose com neutrofilia, linfopenia, trombocitopenia (consumo de plaqueta), pode ter monocitose, urinálise com proteinúria, glicosúria e hematúria; aumento de uréia e creatinina como resposta à IRA, aumento de creatinina quinase (muscular), ALT e FA; teste do tempo de coagulação aumentado; redução do fibrinogênio e alteração na agregação plaquetária. ● Tratamento 🜙 soroterapia com soro antiofídico, levando em conta que deve ser neutralizado pelo menos 100 mg do veneno, sendo assim deve-se administrar pelo menos 50 mg do soro. ⇢ a cada 1 mL, neutraliza 2 mg de veneno 🜙 localizar o local de inoculação do veneno e proceder com a limpeza 🜙 elevar o local acometido para facilitar a diminuição do edema 🜙 analgesia, desbridamento de tecidos necrosados, drenagem de abscessos, fasciotomia em casos de síndrome compartimental, hidratação e profilaxia contra tétano, antibioticoterapia e pelo menos 72h de observação. Se o sangue continua incoagulável, repetir a dose inicial 12 a 2h após o início do tratamento Gênero Crotalus ● Principal espécie Crotalus durissus, sendo responsável por apenas 8% dos acidentes. ● Não tem lesão local ● Apresenta atividade 🜙 Miotóxica: principalmente pelas fosfolipases A (lesão membrana celular e mitocondrial, com necrose muscular evidente) ⇢mialgia generalizada e mioglobinúria. 🜙 Neurotóxica: crotoxina (causa bloqueio neuromuscular, com bloqueio pré-sináptico, inibindo a liberação de acetilcolina), crotamina, convulxina e giroxina fazem bloqueio neuromuscular pré-sináptico. ⇢ paralisia flácida da musculatura. Diferencial do acidente brotálico 🜙 Coagulante: atividade tipo trombina. Incoagulabilidade sanguínea, mas sem hemorragia evidente ● Sinais clínicos: insuficiência renal aguda bem evidente, anúria, mioglobinúria, mialgia generalizada, paralisia flácida, sem manifestação no local da mordedura, disfagia, dificuldade de fonação e sialorréia. A ação direta do veneno nos néfrons causa um efeito nefrotóxico e indiretamente leva a nefrose tóxica aguda (há rabdomiólise, liberação de mioglobina com seguinte mioglobinúria, deposição de mioglobina e IRA). ⇢ o efeito nefrotóxico pode se agravar em caso de desidratação, hipotensão, acidose metabólica e choque. ● Achados laboratoriais: mioglobinúria, aumento da creatininaquinase (CK), LDH e AST. Gênero Lachesis ● Lachesis muta ou Surucucu são serpentes grandes, responsáveis por 1,4% dos acidentes ofídicos. ● Estão presentes na floresta amazônica e na mata atlântica. ● Tem ação proteolítica, coagulante, vasculotóxica e neurotóxica ⇢ igual à ação do veneno crotálico, com excitação vagal. ● O acidente laquético lembra muito o acidente botrópico, com ação proteolítica e coagulante grande. ● Sinais clínicos: edema local, rubor, calor, dor, necrose, hemorragias, incoagulabilidade sanguínea. ● Necessidade de soroterapia específica. 2 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras Gênero Micrurus ● São as corais verdadeiras ● Tem dentição proteróglifa, anéis circundando o corpo inteiro e geralmente com números ímpar de anéis. ● Tem atividade neurotóxica, coagulante e miotóxica. Há instalação rápida do quadro clínico, com manifestações locais pouco evidentes. É visto apenas alteração neurotóxica, como ptose palpebral, dificuldade de deglutição, face miastênica, oftalmoplegia, dispnéia, rabdomiólise. ● Há paralisia flácida, semelhante ao veneno crotálico. ● Tratamento: soro antielapídico Para alguns casos de acidente ofídico ● Soros antiofídicos polivalentes são do gênero Crotalus e Bothrops. ● Alguns animais podem apresentar reações à soroterapia, como: 🜙 choque anafilático iniciando com prurido, tremores e náuseas 🜙 finalizando com edema dos órgãos, CID, hipotermia e falência múltipla. ● Tratamento: suspensão do soro, administração de adrenalina para hipotensão, prometazina (anti-histamínico), ringer lactato para volemia e oxigenioterapia. 3 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras Esc�piõс ● O escorpionismo tem maior importância devido a grande distribuição e prevalência do escorpião Tityus serrulatus. ● Gênero Tityus: 🜙 T. serrulatus: escorpião amarelo 🜙 T. bahiensis: escorpião marrom 🜙 T. stigmurus: escorpião do nordeste ● Ação do veneno é neurotóxica 🜙 atua nos canais de sódio pós-ganglionares, promovendo despolarização de membranas causando liberação de acetilcolina e catecolaminas. 🜙 a acetilcolina causa o aumento de secreções de glândulas lacrimal, pancreática, sudoríparas e da mucosa gástrica. 🜙 leva também a tremores, espasmos musculares, arritmias cardíacas e respiratórias, podendo evoluir para falência cardio respiratória e edema agudo. ● Sinais clínicos: cursam com dor local, vômito, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, edema pulmonar pelo aumento da permeabilidade capilar pulmonar, levando ao choque. ● Diagnóstico: ELISA em casos moderados e graves ⇢ diagnóstico deficiente! Na maioria das vezes, ele é confundido com outras enfermidades devido a sua sintomatologia. ⇢ o prognóstico é considerado bom. ● Tratamento: soroterapia antiescorpiônica, feita pelo Butantã. ⇢ soro antiaracnídico polivalente também pode ser utilizado Não existe soro de uso veterinário Aranh� ● Esses artrópodes possuem glândula de veneno associado às quelíceras (ferrões), que é por onde inocula o veneno. ● As aranhas de maior importância são dos gêneros 🜙 Loxosceles: aranha marrom 🜙 Phoneutria: armadeira 🜙 Latrodectus: viúva negra ● Com menor importância, tem-se aindaas do gênero Lycosa (aranha de grama – tarântula) e Grammostola (caranguejeira). Loxosceles - Aranha Marrom ● Tem aproximadamente 4 a 5 cm de envergadura, os olhos são agrupados em duplas e tem hábito domiciliar e noturno. ● Os acidentes ocorrem geralmente quando essa artrópode está em meio às roupas e acabam sendo espremidos contra o corpo. ● Veneno: hemolítico e dermonecortico 🜙 relacionado a enzima esfingomielinase-D que tem uma ação direta e indireta sobre os constituintes das membranas celulares (endotélio vascular e hemácias). 🜙 ocorre a ativação da cascata do sistema complemento, da coagulação e das plaquetas, desencadeando um intenso processo inflamatório no local da lesão, acompanhado de obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose local. ● As lesões se apresentam de duas formas: 🜙 loxoscelismo cutâneo: mais comum. ⇢ há ação da fosfolipase D e hialuronidases, levando a sensação de dor, inflamação local e edema. ⇢ a evolução do caso varia de 1 a 2 semanas e a cicatrização é demorada, em torno de 2 meses 🜙 loxoscelismo cutâneo-visceral: menos frequente. ⇢ há ação proteolítica, hemolítica e lesão dermonecrótica. ● Diagnóstico: a identificação da aranha é difícil, sobrando apenas o presuntivo da lesão para confirmar. ● Tratamento: não há soro antiloxoscélico para a veterinária. O que deve ser feito é o tratamento suporte para o paciente, com fluidoterapia, antibiótico, AINE e antisséptico. 4 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras Phoneutria - Armadeira ● Tem aproximadamente 15cm, hábito domiciliar noturno e é extremamente agressivo, com lesão em mãos e pés. Os olhos são dispostos em 2, 4, 2. ● Veneno: efeito neurotóxico 🜙 atua sobre os canais de cálcio e sódio, despolarizando membranas, fazendo a liberação de neurotransmissores e levando a contração da musculatura vascular e aumento da permeabilidade vascular. ● Sinais clínicos: há muita dor, edema local, dispnéia, salivação, fasciculações, arritmias e diarréia. ● Tratamento: sintomático, com fluidoterapia, analgesia do local com Lidocaína Latrodectus - Viúva Negra ● As fêmeas são pequenas e com abdome globular, com aproximadamente 3 cm de envergadura. ● As teias são irregulares entre vegetações arbustivas e gramíneas. São domiciliares e peridomiciliares. ● Os acidentes ocorrem da mesma maneira que as outras espécies, mas não são tão comuns. ● Veneno: alpha-latrotoxina é o principal componente 🜙 atua sobre as terminações nervosas sensitivas, provocando quadro doloroso no local da picada. 🜙 sua ação sobre o SNA leva a liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos e na junção neuromuscular pré-sináptica, alterando a permeabilidade aos íons de sódio e potássio. ● Sinais clínicos: há manifestação local como sensação de queimadura por até 60 minutos. Pode haver hiperestesia e placa urticarifome acompanhada de infartamento ganglionar regional. Nas manifestações gerais tem-se tremores, excitabilidade, cefaleia, prurido, dor para os membros inferiores, movimentação incessante, hiperreflexia ósteo-muscular-tendinosa constante, dor abdominal, taquicardia com hipotensão. ● Tratamento: é feito com relaxantes musculares, atropina, corticóides e fluidos para choque. Lycosa - Tarântula ● Conhecidas como aranha de grama ou de jardim e tarântulas. ● São acidentes frequentes mas não constituem problema de saúde pública. ● Chegam a 5 cm de envergadura e apresentam formato de seta no abdômen. Grammostola - Caranguejeira ● Podem chegar a 20 cm de envergadura e são pilosas. ● Os acidentes são destituídos de importância médica e levam a irritação da pele e mucosas devido aos pelos que algumas espécies liberam como forma de defesa. 5 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras Abelh� ● São conhecidas mais de 20 mil espécies Apis mellifera, com conhecimento comercial. ● Os acidentes são frequentes no dia a dia pela presença desses insetos em todo o ambiente e os ataques são em enxames, aumentando o perigo do veneno. ● O efeito do veneno varia de acordo com o número de picadas que o paciente recebe, podendo ser apenas uma reação local ou agravar para reação sistêmica. ● O cruzamento de duas espécies deu origem à abelha africanizada, que é a mais conhecida hoje no Brasil. ● O ferrão é dividido em uma estrutura muscular e quitinosa (introdução do ferrão e injeção do veneno) e porção glandular (produção e armazenamento do veneno). ● Veneno: efeito hemolítico, cardiotóxico, citotóxico e neurotóxico. 🜙 a hialuronidase permite a rápida absorção e dispersão do veneno. 🜙 a histamina é uma substância vasoativa que aumenta a permeabilidade vascular. 🜙 a melitina diminui a tensão superficial da água na membrana plasmática (efeito detergente), destruindo a membrana celular cardíacas, hemácias e tecidos adjacentes. 🜙 a fosfolipase A2 cliva fosfolipídeos da membrana, lisando a membrana do eritrócito, agravando o quadro hemolítico. 🜙 o fator degranulador de mastócito libera grânulos e aumenta a ação da histamina. 🜙 a apamina interfere na permeabilidade iônica das membranas celulares, diminuindo o fluxo de potássio e consequentemente diminui o tônus inibitório (prolongada ação de excitabilidade), além da ação neurotóxica sobre a medula, induzindo a quadro de convulsões, hiperatividade e espasmos musculares. ● As áreas mais afetadas são olhos, nariz e boca. Os cães são mais acometidos devido ao comportamento. ● Há três tipos de acidentes: 🜙 Animais que recebem uma ou poucas picadas: mais frequente 🜙 Animais sensíveis ou sensibilizados: há reação inflamatória local que pode evoluir para reação de hipersensibilidade ou choque (quando o animal é sensível). ⇢ os animais apresentam dor, eritema, prurido e edema, evoluindo para choque anafilático. 🜙 Animais que recebem múltiplas picadas: mais grave, por ter grande inoculação de veneno. ⇢ o animal se apresenta prostrado, hipotenso, taquicárdico, taquipnéia associado a edema pulmonar, incoordenação, tremor e morte pela ação cardiotóxica. ⇢ como manifestação tardia tem-se hematúria, hemoglobinúria, hematomas, rabdomiólise e IRA. Mesmo após a ferroada, essa estrutura muscular continua produzindo o veneno ● Exames laboratoriais: diminuição do hematócrito, hemoglobina e plaquetas, há leucocitose com neutrofilia, proteinúria, hemoglobinúria e hematúria, acidose metabólica, aumento de ALT, CK, uréia e creatinina. ● Tratamento: sintomático, com fluidoterapia, oxigenioterapia, anti-histamínicos, corticóides, antibioticoterapia pensando numa possível imunossupressão, correção do equilíbrio ácido-básico (rabdomiólise) e retirada dos ferrões. 🜙 sempre monitorar o paciente (urinálise, concentrações séricas, uréia, creatinina e volemia). 14 picadas/kg: prognóstico bom. Acima disso, varia de reservado a ruim. Vсp� ● Insetos da mesma ordem das abelhas, mas da Família Polistinae. ● Três mais importantes: Polybia paulista - paulistinha; Polistes versicolor - marimbondo cavalo; Stelopolybia vicina - caçununga ● Apresentam abdômen mais afilado e não perde o ferrão. ● Veneno: 🜙 mastoparanos que degranulam mastócitos e liberam catecolaminas. 🜙 fosfolipase A2 que causa efeito hemolítico. 🜙 peptídeos quimiotáticos que faz quimiotaxia de neutrófilos e monócitos. 🜙 cininas fazendo efeito inflamatório e hialuronidase que absorve e dispersa o veneno. ● Todos em conjunto têm efeito local e sistêmico semelhante ao provocado pelas abelhas. ● Tratamento: o mesmo para as abelhas. 6 Maria Lídia Resende UFLA - Universidade Federal de Lavras F�mig� ● Formigas do gênero Solenopsis, chamadas de formigas de fogo ou lava-pés, têm maior importância. ● São agressivas e atacam em grande número. A ferroada é extremamente dolorosa. ● Aquelas pertencentes ao gênero Atta, são também conhecidas como saúvas. Tem a mandíbula potente e pode produzir cortes na pele do animal. 🜙 algumas espécies apresentam o aguilhão abdominal que é associado ao veneno. 🜙 as picadas são dolorosas e causam complicações como anafilaxia, necrose e infecção secundária.● Sinais clínicos: pápulas, dor local, prurido, infecções secundárias. Como complicação, há processos alérgicos em diferentes graus, celulite e pode ter abscessos. ● Diagnóstico: clínico associado à ocorrência do acidente. ● Tratamento: recomenda-se compressas frias, corticóides tópicos, analgésicos e anti-histamínicos. Composição do veneno: 90% alcalóides oleosos (Solenopsin A - efeito citotóxico) + 10% proteínas (reação alérgica) Lag�t� ● São da Família Saturniidae, apresentam espinhos pelo corpo, ramificados, pontiagudos e com aspecto arbóreo. ● O acidente é conhecido como erucismo e está associado às glândulas de veneno presentes nos ápices desses espinhos. ● O gênero Lonomia tem maior importância devido à síndrome hemorrágica que causa. ⇢ o veneno tem ação de fosfolipases que causam hemólise, associada a ação fibrinolítica (diminui o fator XIII). ● Sinais clínicos: dor, eritema, edema, formação de vesículas, petéquias, necrose, ulceração, hipotensão, hematúria e disposição de imunocomplexos ● O tratamento é baseado em repouso, fluidoterapia, papa de hemácias e antibióticos. Sap� ● Família Bufonidae de maior importância. ● O gênero Rhinella, que são sapos robustos, de pele rugosa, com membros posteriores curtos e é lento, o que faz com que aumente os acidentes com cães. 🜙 R. ictericus ou sapo cururu, habitante de florestas, cerrado e pampa 🜙 R. schneideri é o sapo boi, tem tamanho grande e sua glândula de veneno se encontra na para traseira (glândula tibial); 🜙 R. marinus, conhecido como sapo jururu ou sapo gigante, utilizado como controle biológico. ● O veneno em contato com a mucosa, após a ingestão do sapo, lambedura ou abocanhamento, leva a irritação do TGI, ação cardiotóxica e neurotóxica. 🜙 adrenalina e noradrenalina: há vasodilatação, constrição de vasos da pele e aumento da FC e força de contração 🜙 serotonina: há efeitos na termorregulação, controle motor e ciclos do sono. 🜙 derivados de esteróides: não tem muito efeito do veneno (fração neutra), já outros levam a inibição da bomba de sódio-potássio, aumento da força de contração, diminuição da FC por ação reflexa vagal e da velocidade de condução do nodo sinoatrial para o nodo atrioventricular. ● Sinais clínicos: imediatos no TGI e local e aparecem de acordo com a quantidade de veneno ingerida e a espécie do paciente (braquiocefálicos tendem a ser mais sensíveis). ● Tratamento: lavagem da cavidade oral, carvão ativado, anticonvulsivantes, protetor de mucosa, propranolol para arritmias, oxigenioterapia, isso porque não há antídoto específico. ⇢ ver as alterações eletrocardiográficas. Os animais desse grupo são venenosos, mas não são peçonhentos. 7
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