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Prévia do material em texto

Estatuto dos Funcionários 
Públicos Civis do Estado 
de Minas Gerais
Lei Estadual n. 869/1952
Professor: Diogo Surdi
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
2401299293M
TIPO DE MATERIAL:
E-book
TÍTULO:
Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários 
Públicos Civis do Estado de Minas Gerais
PROFESSOR:
Diogo Surdi
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
02/2024
Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos 
de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
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Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais
Professor: Diogo Surdi
SUMÁRIO
Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis 
do Estado de Minas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Abrangência e Linha do Tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Concurso Público e Provimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3. Posse e Exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Estágio Probatório e Estabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5. Vacância. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6. Direitos e Vantagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
7. Direito de Petição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
8. Regime Disciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
9. Ação Disciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
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Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais
Professor: Diogo Surdi
LEI ESTADUAL N. 869/1952 LEI ESTADUAL N. 869/1952 
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS 
CIVIS DO ESTADO DE MINAS GERAISCIVIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Olá, pessoal! Tudo bem? Espero que sim!!
O estudo do Estatuto dos Servidores Públicos é, nos concursos em que o conteúdo é 
exigido, de extrema importância para a conquista da aprovação.
Isso ocorre na medida em que as questões que abordam o tema tendem a exigir a 
literalidade de qualquer um dos dispositivos previstos na norma. Logo, é de fundamental 
importância o conhecimento, pelos candidatos, dos pontos mais exigidos, historicamente, 
em provas de concurso público.
Pensando nisso, o presente material foi elaborado com a finalidade de reunir os principais 
aspectos estabelecidos na Lei Estadual n. 869/1952, norma que estabelece o Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais.
Espero que o conteúdo seja útil na sua preparação. Em caso de dúvidas, me coloco, 
desde já, à disposição!
Um grande abraço a todos!
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo 
em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se 
destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário 
do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico 
Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais
Professor: Diogo Surdi
ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE 
MINAS GERAISMINAS GERAIS
1. ABRANGÊNCIA E LINHA DO TEMPO1. ABRANGÊNCIA E LINHA DO TEMPO
A Lei Estadual n. 869/1952 é a norma que institui o regime jurídico dos servidores 
públicos do Estado de Minas Gerais. Por meio das disposições da mencionada lei, desta 
forma, os servidores estatutários encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, 
bem como os requisitos para o seu exercício.
No entanto, as disposições da Lei Complementar em questão não se aplicam a todos 
os agentes públicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis estaduais. Isso implica 
afirmar que os empregados públicos, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro 
do campo de atuação do estatuto estadual.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais 
entes federativos, tal como a União e os municípios. Ainda que esses servidores sejam 
regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.
A Lei Estadual n. 869/1952 é aplicada A Lei Estadual n. 869/1952 não é aplicada
Aos servidores estatutários da administração 
direta estadual
Aos empregados públicos estaduais, que são 
regidos pelas disposições da CLT
Aos servidores das autarquias e fundações 
estaduais
Aos servidores públicos da União, do Distrito 
Federal e dos Municípios
Ao Ministério Público e ao magistério Aos militares
A linha do tempo do serviço público é uma forma de compreendermos todo o processo 
de ingresso, desenvolvimento e saída de um respectivo servidor no serviço público.
Por meio de sua análise, nos permitirá ter uma visão global de todas as etapas e facilitará 
a compreensão dos diversos institutos aos quais os servidores estaduais estão sujeitos.
Desta forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as seguintes 
fases: a) concurso, b) provimento, c) posse, d) exercício, e) estágio probatório, f) 
estabilidade e g) vacância.
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2. CONCURSO PÚBLICO E PROVIMENTO2. CONCURSO PÚBLICO E PROVIMENTO
O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo 
princípio da impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
A norma estadual se preocupou em estabelecer diversas regras a serem observadas pela 
administração pública quando da realização de concurso público. Tais regras, salienta-se, 
devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de realização dos concursos 
públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a administração pública.
Regras da Lei Estadual 
relacionadas com o 
concurso público
A primeira investidura em cargo de carreira e em outros que 
a lei determinar efetuar-se-á mediante concurso, precedida 
de inspeção de saúde.
Os concursos serão de provas e, subsidiariamente, de títulos.
Os limites de idade para a inscrição em concurso e o prazo de 
validade deste serão fixados, de acordo com a natureza das 
atribuições da carreira ou cargo, na conformidade das leis e 
regulamentos e das instruções respectivas, quando for o caso.
Os concursos deverão realizar-se dentro dos seis meses 
seguintes ao encerramento das respectivas inscrições.
Realizado o concurso, será expedido, pelo órgão competente, 
o certificado de habilitação.
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados. 
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela 
respectiva administração.
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Dessaforma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade 
competente, que é, no âmbito estadual, o governador. Neste sentido, estabelece o artigo 
11 que “compete ao governador do estado prover, na forma da lei e com as ressalvas 
estatuídas na Constituição, os cargos públicos estaduais”.
A norma estadual estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas:
a) Nomeação;
b) Promoção;
c) Reintegração;
d) Readmissão;
e) Reversão;
f) Aproveitamento.
Ainda que o texto da norma estadual preveja a transferência 
como uma das formas de provimento, o STF possui 
entendimento sumulado acerca da inconstitucionalidade 
do instituto.
Neste sentido, estabelece a Súmula Vinculante n. 43 que “é 
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie 
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso 
público destinado ao seu provimento, em cargo que não 
integra a carreira na qual anteriormente investido”.
De igual maneira, a forma de provimento readmissão teve 
todos os seus artigos revogados por normas posteriores à 
edição do Estatuto.
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Lei Estadual n. 869/1952 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Minas Gerais
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Vejamos as principais características de cada uma das formas de provimento admitidas 
no Estatuto dos Servidores de Minas Gerais:
Nomeação
Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, 
podendo ocorrer nas seguintes situações:
a) em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado que, 
por lei, assim deva ser provido;
b) em comissão, quando se tratar de cargo isolado que, em virtude de lei, 
assim deva ser provido;
c) em substituição no impedimento legal ou temporário de ocupante de 
cargo isolado de provimento efetivo ou em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de 
provimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, 
precisa de aprovação em concurso público anteriormente realizado.
Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre 
nomeação e exoneração, tal característica nem sempre está presente.
Isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de 
direção, chefia e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente 
escolhidos pela autoridade nomeante, que pode optar por provê-los com 
um servidor de carreira ou com uma pessoa até então estranha aos quadros 
funcionais do serviço público.
Na substituição, a nomeação possui um prazo determinado de tempo, sendo 
pautada no princípio da continuidade do serviço público.
De acordo com a norma estadual, “é vedada a nomeação de candidato 
habilitado em concurso após a expiração do prazo de sua validade”.
Promoção
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito 
da mesma carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de 
classe mais baixa e o provimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, 
não gerando saldo a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: No âmbito de determinado órgão público, os 
cargos são estruturados em três classes, sendo elas denominadas de A, B 
e C. Cada uma dessas classes é subdividida em padrões, de forma que o 
servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe inicial A e o padrão inicial 1.
Após o período de um ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão 
subsequente, permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão 
da classe a que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para 
outra da carreira, oportunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a 
classe B.
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Reversão
Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público, após 
verificação, em processo, de que não subsistem os motivos determinantes da 
aposentadoria.
Tal forma de provimento pode ocorrer de duas formas: a pedido ou de ofício. No 
entanto, deve ser salientado que “o aposentado não poderá reverter à atividade 
se contar mais de 55 anos de idade”.
Em nenhum caso poderá ser realizada a reversão sem que fique provada, em 
inspeção médica, a capacidade para o exercício da função.
De igual forma, será cassada a aposentadoria do servidor que reverter e não 
tomar posse ou entrar em exercício dentro dos prazos legais.
Além disso, algumas considerações merecem ser destacadas sobre a reversão:
a) A reversão far-se-á de preferência no mesmo cargo;
b) A reversão “ex-officio” não poderá se verificar em cargo de vencimento ou 
remuneração inferior ao provento da inatividade;
c) A reversão ao cargo de carreira dependerá da existência da vaga que deva ser 
preenchida mediante promoção por merecimento;
d) A reversão dará direito para nova aposentadoria, à contagem de tempo em 
que o funcionário esteve aposentado.
Aproveitamento
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela 
administração pública, para que o servidor público em disponibilidade 
volte a exercer suas atividades.
Neste contexto, a norma determina que o aproveitamento é o reingresso 
no serviço público do funcionário em disponibilidade.
Será obrigatório o aproveitamento do funcionário estável em cargo, de 
natureza e vencimentos ou remuneração compatíveis com o anteriormente 
ocupado. Contudo, o aproveitamento dependerá de prova de capacidade 
mediante inspeção médica.
Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o 
candidato com maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o 
de maior tempo de serviço público.
Se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo caso de 
doença comprovada em inspeção médica, será tornado sem efeito o 
aproveitamento e cassada a disponibilidade
Provada a incapacidade definitiva em inspeção médica, será decretada 
a aposentadoria do servidor.
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Reintegração
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao 
cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, 
com ressarcimento de todas as vantagens.
Caso o cargo já tenha sido provido ou extinto, a reintegração ocorrerá em 
cargo de natureza, vencimento ou remuneração equivalentes, respeitada 
a habilitação profissional.
Para que ocorra a reintegração, a demissão deverá ter sido invalidada por 
decisão administrativa ou judicial.
Não sendo possível efetuar a reintegração, será o ex-funcionário posto em 
disponibilidade no cargo que exercia, com provento igual ao vencimento 
ou remuneração.
Frisa-se que o funcionário reintegrado será submetido a inspeção médica. 
Sendo verificada a incapacidade, será ele aposentado no cargo em que tiver 
sido reintegrado.
A lei estadual não elenca a readaptação como uma forma de provimento dos cargos 
públicos estaduais. Contudo, é importante conhecermos, neste ponto, as principais 
características da readaptação.
Basicamente, duas são as situações que dão ensejo à readaptação, sendo elas:
a) nos casos de perda da capacidade funcional decorrente da modificação do estado 
físico ou das condições de saúde do funcionário, que não justifiquem a aposentadoria: 
Nesta situação, a readaptação será formalizada mediante atribuições de novos encargos ao 
servidor, devendo estes ser compatíveis com a sua condição física e estado de saúde atuais.
b) nos casos de desajustamento funcional no exercício das atribuições do cargo 
isolado de que for titular o funcionário ou da carreira a que pertencer: Neste caso, a 
readaptação poderáocorrer de duas diferentes formas, a depender do motivo ensejador 
do desajustamento funcional. Assim sendo, a readaptação poderá ocorrer:
1. 1. Pelo cometimento de novos encargos ao funcionário, respeitadas as atribuições 
inerentes ao cargo isolado ou à carreira a que pertencer, quando se verificar uma das 
seguintes causas:
• o nível mental ou intelectual do funcionário não corresponder às exigências da função 
que esteja desempenhando;
• a função atribuída ao funcionário não corresponder aos seus pendores vocacionais.
2. 2. Por transferência, a juízo da administração, nos casos de:
• não ser possível se verificar a readaptação na forma do item anterior;
• não possuir o funcionário habilitação profissional exigida em lei para o exercício do 
cargo de que for titular;
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• ser o funcionário portador de diploma de escola superior devidamente legalizado, de 
título ou certificado de conclusão de curso científico ou prático instituído em lei e 
estar em exercício de cargo isolado ou de carreira, cujas atribuições não correspondam 
aos seus pendores vocacionais, tendo-se em vista a especialização.
Independentemente dos motivos ensejadores da readaptação, as seguintes diretrizes 
devem ser observadas pelo poder público:
a) Quando o vencimento do readaptando for inferior ao de cargo inicial da carreira 
para a qual deva ser transferido, só poderá haver readaptação para cargo dessa classe inicial;
b) Se a readaptação tiver que ser feita para classe intermediária de carreira, só haverá 
transferência para cargo de igual padrão de vencimento. Nesta situação, a readaptação só 
poderá ser feita na vaga que deva ser provida pelo critério de merecimento;
c) A readaptação por transferência só poderá ser feita mediante rigorosa verificação 
da capacidade intelectual do readaptando;
d) A readaptação será sempre “ex-officio” e se fará nos termos do regulamento próprio.
3. POSSE E EXERCÍCIO3. POSSE E EXERCÍCIO
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada na imprensa oficial, o nomeado tem o 
prazo de 30 dias para tomar posse. Tal prazo poderá ser prorrogado, por outros 30 dias, 
mediante solicitação escrita e fundamentada do interessado e despacho da autoridade 
competente para dar posse.
Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação será declarado sem efeito, 
uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor público, fato que apenas 
ocorre com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e 
anteriormente nomeados têm o primeiro contato com a administração pública, passando, a 
partir de então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Nesse sentido, uma série de definições merecem ser destacadas em relação aos servidores 
públicos estaduais.
Funcionário público É a pessoa legalmente investida em cargo público.
Cargo público
É o criado por lei em número certo, com a denominação própria e 
pago pelos cofres do Estado.
Os cargos são de carreira ou isolados.
São cargos de carreira os que se integram em classes e correspondem 
a uma profissão.
São cargos isolados os que não se podem integrar em classes e 
correspondem a certa e determinada função.
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Classe
É o agrupamento de cargos da mesma profissão e de igual padrão 
de vencimento.
Carreira
É o conjunto de classes da mesma profissão, escalonadas segundo os 
padrões de vencimentos.
Quadro É o conjunto de carreiras, de cargos isolados e de funções gratificadas.
Podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em concurso 
público, nomeada (ato de provimento) e que, dentro do prazo legal (30 dias, que podem 
ser prorrogados por igual período), tomou posse perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, isto é, o 
conjunto de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público 
terá na sua carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, 
podem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de 
direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão 
ou não já ser integrantes do serviço público.
Só poderá ser provido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
a) ser brasileiro;
b) ter completado 18 anos de idade;
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c) haver cumprido as obrigações militares fixadas em lei;
d) estar em gozo dos direitos políticos;
e) ter boa conduta;
f) gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
g) ter-se habilitado previamente em concurso, salvo quando não haja essa exigência;
h) ter atendido às condições especiais, inclusive quanto à idade, prescrita no respectivo 
edital de concurso.
Professor, e quais são as autoridades que podem dar posse aos servidores públicos do Professor, e quais são as autoridades que podem dar posse aos servidores públicos do 
Estado de Minas Gerais?Estado de Minas Gerais?
Não são todas as pessoas que podem efetuar a posse dos agentes estaduais. Em sentido 
diverso, a posse apenas poderá ser realizada pelas seguintes autoridades:
a) o governador do estado;
b) os secretários de Estado;
c) os diretores de departamentos diretamente subordinados ao governador;
d) as demais autoridades designadas em regulamentos.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais 
da administração pública.
Como forma de o servidor conhecer o local da repartição para onde foi nomeado e se 
organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e demais procedimentos, a norma 
faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da posse, para a entrada em exercício. 
Esse prazo, assim como ocorre com a posse, pode ser prorrogado por igual período 
mediante requerimento do interessado.
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O exercício do cargo ou da função 
terá início dentro do prazo de 30 
dias, contados
a) da data da publicação oficial do ato, nos casos de 
promoção, remoção, reintegração e designação para função 
gratificada;
b) da data da posse, nos demais casos.
O servidor deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e antes 
de entrar em exercício, os elementos necessários à abertura do assentamento individual.
Nos termos da norma estadual, o chefe da repartição ou do serviço para que for designado 
o funcionário é a autoridade competente para dar-lhe exercício.
Durante o exercício do servidor, todos os demais institutos se fazem presentes, de forma 
que passa o servidor a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se 
a um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em 
lei, a estabilidade.
Vejamos as principais previsões da norma estadual relacionadas com o exercício do 
servidor público:
Exercício do servidor 
público
O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados 
no assentamento individual do funcionário.
Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou 
repartição diferente daquele em que estiver lotado, salvo os 
casos previstos no Estatuto ou mediante prévia autorização 
do governador do estado.
O número de dias que o funcionário gastar em viagem para 
entrarem exercício será considerado, para todos os efeitos, 
como de efetivo exercício.
Nenhum funcionário poderá se ausentar do estado, para estudo 
ou missão de qualquer natureza, com ou sem ônus para os 
cofres públicos, sem autorização ou designação expressa do 
governador do estado.
Salvo casos de absoluta conveniência, a juízo do governador do 
estado, nenhum funcionário poderá permanecer por mais de 
quatro anos em missão fora do estado, nem exercer outra 
senão depois de corridos quatro anos de serviço efetivo no 
estado, contados da data do regresso.
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4. ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE4. ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo 
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação em que diversos fatores são levados 
em conta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, 
sendo um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às 
condições por ela exigidas. Tais condições são as seguintes:
a) idoneidade moral;
b) assiduidade;
c) disciplina;
d) eficiência.
Ainda que o texto da norma afirme que o período de estágio probatório é de dois anos, 
deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 19, ocorrida em 
1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de três anos. Consequentemente, 
toda e qualquer questão de prova que exija o período de estágio probatório deve ser 
considerada correta se afirmar que o prazo é de três anos.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de 
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. No âmbito estadual, 
as seguintes disposições devem ser observadas com relação à avaliação do servidor:
a) Sem prejuízo da remessa periódica do boletim de merecimento ao Serviço de Pessoal, 
o diretor da repartição ou serviço em que sirva o funcionário, sujeito ao estágio probatório, 
quatro meses antes da terminação deste, informará reservadamente ao Órgão de 
Pessoal sobre o funcionário, tendo em vista os requisitos de avaliação do período de 
estágio probatório;
b) Em seguida, o Órgão de Pessoal formulará parecer escrito, opinando sobre o 
merecimento do estagiário em relação a cada um dos requisitos e concluindo a favor ou 
contra a confirmação;
c) Desse parecer, se contrário à confirmação, será dada vista ao estagiário (servidor 
em estágio) pelo prazo de cinco dias;
D) Se o despacho do governador do estado for favorável à permanência do funcionário, 
a confirmação não dependerá de qualquer novo ato;
e) A apuração dos requisitos deverá processar-se de modo que a exoneração do 
funcionário possa ser feita antes de findo o período de estágio.
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários. 
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem 
a coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, poderiam condicionar 
determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
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Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem 
direitos e garantias com esta qualidade. Consequentemente, o servidor público estadual 
estável apenas poderá perder o cargo nas seguintes situações:
5. VACÂNCIA5. VACÂNCIA
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o 
cargo público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, 
oportunidade em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o poder público, ou então 
tratar-se de hipóteses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
As hipóteses de vacância previstas no Estatuto Estadual podem ser mais bem visualizadas 
por meio da tabela adiante:
Exoneração
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas 
sim do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a administração 
pública. Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária ou 
involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se 
de exoneração de ofício, de iniciativa do poder público, estaremos diante 
da exoneração involuntária.
De acordo com a norma estadual, são as seguintes as hipóteses ensejadoras 
de vacância no serviço público:
a) a pedido do servidor;
b) a critério do Governo quando se tratar de ocupante de cargo em comissão 
ou interino em cargo de carreira ou isolado, de provimento efetivo;
c) quando o servidor não satisfizer as condições de estágio probatório;
d) quando o servidor interino em cargo de carreira ou isolado, de provimento 
efetivo, não satisfizer as exigências para a inscrição, em concurso;
e) automaticamente, após a homologação do resultado do concurso para 
provimento do cargo ocupado interinamente pelo servidor.
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Demissão
Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor, as 
situações que acarretam a demissão são hipóteses previstas em lei, 
em que o servidor comete alguma infração disciplinar ou não observa 
determinadas normas previstas no estatuto funcional.
Neste sentido, o artigo 107 da Lei Complementar estabelece que “a 
demissão será aplicada como penalidade”.
Aposentadoria
Trata-se da forma de vacância natural, em que o servidor, após atender 
as condições previstas na Constituição Federal e nas demais normas 
estaduais, rompe o seu vínculo com o poder público, passando a 
receber proventos decorrentes da inatividade.
Falecimento
Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, 
após a publicação no Diário Oficial, objeto de preenchimento por 
novo servidor público.
Posse em cargo 
inacumulável, 
desde que dela 
se verifique 
acumulação 
vedada
A posse em cargo inacumulável trata-se da hipótese de vacância em 
que o servidor público deixa de ocupar um cargo público para ingressar, 
sem quebra de vínculo com o poder público, em outro órgão ou entidade 
do mesmo ente federativo.
Como exemplo, podemos apresentar um particular que tenha sido 
aprovado para o cargo de Técnico Judiciário de um tribunal do Poder 
Judiciário.
Posteriormente, o servidor é aprovado para o cargo de Auditor Fiscal, 
cargo que, ainda que integrante do Poder Executivo, pertence à mesma 
esfera federativa.
Nesta situação, como forma de não perder o tempo de serviço público 
prestado como Técnico Judiciário, bem como utilizar os dias trabalhados 
na contagem de férias e demais verbas acessórias, o servidor solicita 
vacância no órgão de origem com base em posse em cargo inacumulável.
Caso, em sentido oposto, ele apenas tivesse solicitado exoneração, 
haveria a quebra do vínculo com poder público, sujeitando-se o servidor 
às eventuais regras instituídas antes da sua investidura no novo cargo.
Promoção
Como vimos nas hipóteses de provimento, com a promoção, o servidor é 
alçado a uma nova classe na carreira, de forma que o cargo anteriormente 
ocupado fica vago.
Por isso mesmo, esta é uma das hipóteses em que ocorre, simultaneamente, 
um provimento e uma vacância.
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6. DIREITOS E VANTAGENS6. DIREITOS E VANTAGENS
6.1. VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
Com a entrada em vigorda Emenda Constitucional n. 19/1998, o sistema remuneratório 
da administração pública passou a contar com três formas distintas de categorias jurídicas, 
sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, 
sendo vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de 
representação.
Também chamada de remuneração em sentido estrito, os vencimentos são recebidos 
pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde 
ao padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas 
em lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
Por salário, devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez 
que estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se 
submetidos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus 
a todas as regras e direitos a eles garantidos.
Em nosso ordenamento, o diploma que estabelece as regras pertinentes aos empregados 
públicos, bem como aos empregados em geral, é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
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De acordo com a norma estadual, vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo 
efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão fixado em lei.
Remuneração, por sua vez, pode ser conceituada como a retribuição paga ao funcionário 
pelo efetivo exercício do cargo correspondente ao padrão de vencimento e mais as quotas 
ou porcentagens, que, por lei, lhe tenham sido atribuídas.
Tanto a remuneração quanto o vencimento não poderão, como regra geral, ser objeto 
de arresto, sequestro ou penhora. As exceções, ou seja, situações em que tais medidas 
podem acontecer, são as seguintes:
a) quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil;
b) quando se tratar de dívida à Fazenda Pública.
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6.2. DEMAIS DIREITOS E VANTAGENS
Para facilitar a compreensão dos demais direitos e vantagens que são assegurados aos 
servidores estaduais, faremos uso do seguinte quadro sinótico:
Abono de família
O abono de família será concedido ao servidor ativo ou inativo:
a) pela esposa;
b) por filho menor de 21 anos que não exerça profissão lucrativa;
c) por filho inválido ou mentalmente incapaz;
d) por filha solteira que não tiver profissão lucrativa;
e) por filho estudante que frequentar curso secundário ou superior 
em estabelecimento de ensino oficial ou particular fiscalizado pelo 
Governo, e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de 24 anos.
Deve ser salientado que, sempre que o pai e a mãe forem servidores 
inativos e viverem em comum, o abono de família será concedido 
àquele que tiver o maior vencimento.
Caso não vivam em comum, o abono será concedido ao que tiver os 
dependentes sob sua guarda.
Se ambos tiverem a guarda, o abono será concedido a um e outro 
dos pais, de acordo com a distribuição dos dependentes.
Duas outras informações são importantes com relação ao abono 
de família:
a) o abono será pago mesmo nos casos em que o servidor ativo ou 
inativo deixar de perceber vencimento, remuneração ou provento;
b) o abono não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, mas servirá 
de base para qualquer contribuição ou consignação em folha, inclusive 
para fins de previdência social.
Auxílio para diferença 
de caixa
Ao servidor que, no desempenho de suas atribuições comuns, pagar 
ou receber, em moeda corrente, poderá ser concedido um auxílio, 
fixado em lei, para compensar as diferenças de caixa.
O mencionado auxílio não poderá exceder a 5% do padrão de 
vencimento e só será concedido dentro dos limites da dotação 
orçamentária.
Ajuda de custo
A ajuda de custo será concedida ao servidor que, em virtude de 
transferência, remoção, designação para função gratificada, 
passar a ter exercício em nova sede, ou quando designado para 
serviço ou estudo fora do estado.
Observa-se assim que a ajuda de custo se trata de verba que possui 
o objetivo de indenizar o servidor das despesas de viagem e de 
nova instalação. Além disso, a norma determina que o transporte 
do servidor e de sua família correrá por conta do Estado.
Em determinadas situações, no entanto, será vedada a concessão 
de ajuda de custo, sendo elas:
a) quando o servidor se afastar da sede, ou a ela voltar, em virtude 
de mandato eletivo;
b) quando o servidor for posto à disposição do governo federal, 
municipal e de outro estado;
c) quando o servidor for transferido ou removido a pedido ou 
permuta, inclusive.
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Ajuda de custo
De igual forma, precisamos conhecer as situações em que o servidor, 
tendo recebido a ajuda de custo, estará obrigado a restitui-la. 
Nessas situações, ainda que a vantagem tenha sido recebida, o 
agente deixou de cumprir com alguma determinação para o efetivo 
recebimento dos valores. Logo, a restituição trata-se de uma forma 
de ressarcir os cofres públicos.
De acordo com a norma, a restituição deve ocorrer nas seguintes 
situações:
a) quando o servidor não seguir para a nova sede dentro dos prazos 
determinados;
b) quando o servidor, antes de terminado o desempenho da 
incumbência que lhe foi cometida, regressar da nova sede, pedir 
exoneração ou abandonar o serviço.
Como ocorre o processo de restituição?
No momento da restituição, devem ser observados os seguintes 
procedimentos: 
a) A restituição será feita parceladamente, salvo no caso de 
recebimento indevido, em que a importância correspondente será 
descontada integralmente do vencimento ou remuneração, sem 
prejuízo da aplicação da pena disciplinar cabível na espécie;
b) A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo atinge 
exclusivamente a pessoa do servidor;
c) Se o regresso do servidor for determinado pela autoridade 
competente, ou, em caso de pedido de exoneração, apresentado 
pelo menos 90 dias após seu exercício na nova sede, ou doença 
comprovada, não ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo.
Com relação aos valores, precisamos memorizar que a ajuda de 
custo será arbitrada pelos secretários do estado e diretores de 
departamento diretamente subordinados ao governador do estado.
No momento do arbitramento do valor, serão levados em conta cada 
caso, as condições de vida na nova sede, a distância que deverá 
ser percorrida, o tempo de viagem e os recursos orçamentários 
disponíveis.
É importante mencionar que a ajuda de custo não poderá ser 
inferior à importância correspondente a um mês de vencimento e 
nem superior a três, salvo quando se tratar do funcionário designado 
para serviço ou estudo no estrangeiro.
No caso de remuneração, calcular-se-á sobre a média mensal desta 
no último exercício financeiro.
No caso de servidor que designado para serviço ou estudo fora do 
Estado, a competência para o arbitramento da ajuda de custo é do 
governador. Nesta situação específica, a norma determina que a 
ajuda de custo a ser arbitrada não poderá ser inferior a um mês 
de vencimento ou remuneração.
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Diárias
O servidor que se deslocar de sua sede, eventualmente e por motivo 
de serviço, terá direito ao recebimento de diárias, nos termos de 
regulamento.
Para os efeitos de recebimento de diárias, a sede pode ser 
conceituada como a localidade onde o servidortem exercício.
O pagamento de diária, que pode ser feito antecipadamente, destina-
se a indenizar o agente por despesas com alimentação e pousada, 
devendo ocorrer por dia de afastamento e pelo valor fixado no 
regulamento.
Nota-se, de imediato, que a principal distinção entre a ajuda de 
custo e as diárias trata-se do caráter de eventualidade no exercício 
da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de 
ajuda de custo são aquelas em que o servidor passa a ter exercício 
em outra sede, com caráter de definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o 
exercício da atribuição ocorre em outro local que não o da repartição, 
mas de forma eventual ou transitória. Terminada a atividade, o 
servidor retorna para a sede da repartição pública.
Sendo assim, a diária é devida:
1) no período de trânsito, ao servidor removido ou transferido;
2) quando o deslocamento do servidor durar menos de seis horas;
3) quando o deslocamento se der para a localidade onde o servidor 
resida;
4) quando relativa a sábado, domingo ou feriado, salvo se a 
permanência do servidor fora da sede nesses dias for conveniente 
ou necessária ao serviço.
A diária será integral quando o afastamento se der por mais de 12 
horas e exigir pousada paga pelo servidor público.
Ocorrendo afastamento por até 12 horas, é devida apenas a parcela 
da diária relativa à alimentação.
A norma determina que é vedado o pagamento de diária 
cumulativamente com qualquer outra retribuição de caráter 
indenizatório de despesa com alimentação e pousada.
Além disso, merece destaque a regra que estabelece que constitui 
infração disciplinar grave, punível na forma da lei, conceder ou 
receber diária indevidamente.
Função Gratificada
A função gratificada pode ser conceituada como aquela instituída 
em lei para atender os encargos de chefia e outros que a lei 
determinar.
Não perderá a mencionada gratificação o servidor que deixar de 
comparecer ao serviço em virtude de férias, luto, casamento, 
doença comprovada e outros serviços obrigatórios por lei.
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Férias-prêmio
Estabelece a norma estadual que o servidor gozará férias-prêmio 
correspondente a decênio de efetivo exercício em cargos estaduais, 
na base de quatro meses por decênio.
Assim, a cada 10 anos de efetivo exercício em cargos estaduais, 
terá o servidor direito de usufruir de férias-prêmio pelo período 
de quatro meses.
As férias-prêmio serão concedidas com o vencimento ou remuneração 
e todas as demais vantagens do cargo, excetuadas somente as 
gratificações por serviços extraordinários.
Quando usufruir das férias prêmio, o servidor não terá a perda da 
contagem de tempo de serviço. Assim sendo, o tempo de serviço será 
computado, para todos os efeitos, como se estivesse em exercício.
Para tal fim, não se computará o afastamento do exercício das 
funções, por motivo de:
a) gala ou nojo, até 8 dias cada afastamento;
b) férias anuais;
c) requisição de outras entidades públicas, com afastamento 
autorizado pelo governo do estado;
d) viagem de estudo, aperfeiçoamento ou representação fora da 
sede, autorizada pelo governo do estado;
e) licença para tratamento de saúde até 180 dias;
f) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
g) exercício de funções de governo ou administração em qualquer 
parte do território estadual, por nomeação do governo do estado.
O pedido de concessão de férias-prêmio deverá ser instruído 
com certidão de contagem de tempo fornecida pela repartição 
competente.
Considera-se repartição competente, para tal fim, aquela que 
dispuser de elementos para certificar o tempo de serviço mediante 
fichas oficiais, cópias de folhas de pagamento ou registro de ponto.
6.3. GRATIFICAÇÕES
São as seguintes gratificações que podem ser concedidas aos servidores públicos do 
Estado de Minas Gerais:
a) pelo exercício em determinadas zonas ou locais;
b) pela execução de trabalho de natureza especial, com risco de vida ou saúde;
c) pela elaboração de trabalho técnico ou científico de utilidade para o serviço público;
d) de representação, quando em serviço ou estudo no estrangeiro ou no país;
e) quando regularmente nomeado ou designado para fazer parte do órgão legal de 
deliberação coletiva ou para cargo ou função de confiança;
f) pela prestação de serviço extraordinário;
g) de função de chefia prevista em lei;
h) adicional por tempo de serviço, nos termos de lei.
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Vejamos, por meio do quadro sinótico a seguir, as principais características das 
gratificações que são detalhadas pela legislação estadual.
Gratificação pelo exercício em 
determinadas zonas ou locais
A gratificação em questão terá os seus valores estabelecidos em 
decreto.
Gratificação pela execução de 
trabalho de natureza especial, 
com risco de vida ou saúde
A gratificação em questão terá os seus valores estabelecidos em 
decreto.
Gratificação pela elaboração de 
trabalho técnico ou científico de 
utilidade para o serviço público
Essa gratificação será arbitrada pelo governador do estado, após 
a respectiva conclusão.
Gratificação de representação, 
quando em serviço ou estudo no 
estrangeiro ou no país
A gratificação em questão será autorizada pelo governador 
do estado, levando em conta o vencimento e a duração certa 
ou presumível do estudo e as condições locais, salvo se a lei ou 
regulamento já dispuser a respeito.
A gratificação terá como limite mínimo 1/3 do vencimento do 
servidor.
Gratificação em virtude de 
nomeação ou designação para 
fazer parte do órgão legal de 
deliberação coletiva ou para 
cargo ou função de confiança
A gratificação será fixada no limite máximo de um terço do 
vencimento ou remuneração.
Gratificação pela prestação de 
serviço extraordinário
A gratificação pela prestação de serviço extraordinário, que não 
poderá, em hipótese alguma, exceder ao vencimento do servidor, 
será:
a) previamente arbitrada pelo secretário de estado ou diretor de 
departamento diretamente subordinado ao governador do estado;
b) paga por hora de trabalho prorrogado ou antecipado.
Entende-se por serviço extraordinário todo e qualquer trabalho 
previsto em regimento ou regulamento, executado fora da hora do 
expediente regulamentar da repartição e previamente autorizado 
pelo secretário de Estado ou diretor de departamento diretamente 
subordinado ao governador do estado.
Gratificação de função de chefia 
prevista em lei
Os servidores que exercem as funções de direção, de chefia ou 
de assessoramento fazem jus a um adicional pago com base na 
complexidade da atribuição desempenhada.
Salienta-se, contudo, que o servidor que exerce tais funções pode 
ser livremente dispensado pela autoridade competência, não 
havendo obrigação de motivação para a prática do ato.
Nessas hipóteses, caso estejamos diante de um servidor de carreira, 
este voltará a desempenhar as atividades relativas ao seu cargo. 
Caso o ocupante do cargo em comissão não seja servidor público, 
a dispensa da função de confiança fará com que o seu vínculo com 
o poder público seja cessado.
Outras
O servidor perceberá honorário quando designado para exercer, 
fora do período normal ou extraordinário de trabalho, as funções 
de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concursos ou 
provas, de professor ou auxiliar de cursos legalmente instituídos.
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6.4. FÉRIAS
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores 
públicos, devendo ser exercida por todos os trabalhadoresda iniciativa privada.
As férias são um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os trabalhadores 
da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os entes federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um 
adicional de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades com 
relação ao direito conferido aos demais trabalhadores.
Férias
Na elaboração da escala, não será permitido que entrem em gozo de 
férias, em um só mês, mais de um terço de funcionários de uma seção 
ou serviço.
É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
Durante as férias, o funcionário terá direito ao vencimento ou remuneração 
e a todas as vantagens, como se estivesse em exercício exceto a gratificação 
por serviço extraordinário.
O funcionário promovido, transferido ou removido, quando em gozo de 
férias, não será obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.
É facultado ao funcionário gozar férias onde lhe convier, cumprindo-lhe, 
entretanto, antes do seu início, comunicar o seu endereço eventual ao 
chefe da repartição ou serviço a que estiver subordinado.
6.5. LICENÇAS
Atendidos os requisitos legais, o servidor público estadual poderá ser licenciado nas 
seguintes hipóteses:
a) para tratamento de saúde;
b) quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional;
c) por motivo de doença em pessoa de sua família;
d) à servidora gestante
e) quando convocado para serviço militar;
f) para tratar de interesses particulares;
g) à servidora casada com servidor;
As licenças concedidas dentro de 60 dias contados da terminação da anterior serão 
consideradas como prorrogação.
Além disso, deve ser salientado que o servidor não poderá permanecer em licença por 
prazo superior a 24 meses, salvo o portador doenças específicas (de tuberculose, lepra ou 
pênfigo foliáceo), que, nestas situações, poderá ter mais três prorrogações de 12 meses 
cada uma, desde que, em exames periódicos anuais, não se tenha verificado a cura.
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Decorrido o prazo em questão, o servidor será submetido à inspeção médica. Sendo 
considerado definitivamente inválido para o serviço público em geral, será ele aposentado.
Aqui, a melhor forma de conhecermos as características de cada uma das licenças é 
por meio do gráfico a seguir:
Licença para 
tratamento de saúde
A licença para tratamento de saúde será concedida tanto a pedido 
do servidor quanto mediante iniciativa do poder público (de ofício).
Em ambas as situações, é indispensável a realização de inspeção 
médica, que deverá ser realizada, sempre que assim for necessário, 
na residência do servidor.
Quando licenciado para tratamento de saúde, em virtude de 
acidente no serviço ou de doença profissional, o servidor receberá 
integralmente o vencimento ou a remuneração e demais vantagens.
Por isso mesmo, a norma determina que o agente não poderá, durante 
o período da licença, dedicar-se a qualquer atividade remunerada.
O servidor licenciado para tratamento de saúde é obrigado a 
reassumir o exercício, se for considerado apto em inspeção médica 
determinada pelo poder público.
Por fim, deve ser salientado que a licença será convertida em 
aposentadoria quando assim opinar a junta médica, por considerar 
definitiva, para o serviço público em geral, a invalidez do servidor.
Licença à servidora 
gestante
A licença à gestante e a licença-paternidade são direitos sociais 
estendidos aos servidores públicos.
Assim, ainda que a norma estabeleça o prazo de licença de três 
meses, com a entrada em vigor da Constituição Federal, o prazo 
passou a ser de, no mínimo, 120 dias.
Além disso, as seguintes disposições da norma estadual devem ser 
levadas em conta com relação a tal modalidade de licença:
a) A licença só poderá ser concedida para o período que compreenda, 
tanto quanto possível, os últimos 45 dias da gestação e o puerpério;
b) A licença deverá ser requerida até o oitavo mês da gestação, 
competindo à junta médica fixar a data do seu início;
c) O pedido encaminhado depois do oitavo mês da gestação será 
prejudicado quanto à duração da licença, que se reduzirá dos dias 
correspondentes ao atraso na formulação do pedido;
d) Se a criança nascer viva, prematuramente, antes que a servidora 
tenha requerido a licença, o início desta será a partir da data do parto.
Licença por motivo 
de doença em pessoa 
da família
O servidor poderá obter licença por motivo de doença na pessoa do 
pai, mãe, filhos ou cônjuge de que não esteja legalmente separado.
A doença em questão será comprovada mediante inspeção médica, 
na forma prevista em lei.
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Licença para serviço 
militar
Ao servidor que for convocado para o serviço militar e outros encargos 
de segurança nacional, será concedida licença (com vencimento 
ou remuneração e demais vantagens) descontada mensalmente a 
importância que receber na qualidade de incorporado.
A licença em questão será concedida mediante comunicação do 
servidor ao chefe da repartição ou do serviço, acompanhada de 
documento oficial de que prove a incorporação.
Tratando-se de servidor cuja incorporação tenha perdurado pelo 
menos um ano, o chefe da repartição ou serviço a que tiver de se 
apresentar o funcionário poderá conceder-lhe o prazo de 15 dias para 
reassumir o exercício, sem perda de vencimento ou remuneração.
Licença para tratar 
de interesses 
particulares
Após dois anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter 
licença, sem vencimento ou remuneração, para tratar de interesses 
particulares.
No caso, estamos diante de uma licença discricionária, ou seja, que 
pode ou não ser concedida pela administração pública.
Nesse sentido, a norma determina que “a licença poderá ser 
negada quando o afastamento do funcionário for inconveniente 
ao interesse do serviço”.
Não será concedida licença para tratar de interesses particulares 
nas seguintes situações:
a) quando o servidor for nomeado, removido ou transferido, antes 
de assumir o exercício.
b) quando o servidor, a qualquer título, estiver obrigado a realizar 
indenização ou devolução aos cofres públicos.
Licença à servidora 
casada com 
funcionário
A servidora casada com agente estadual, federal ou militar terá direito 
à licença, sem vencimento ou remuneração, quando o marido for 
mandado servir, independentemente de solicitação, em outro ponto 
do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro.
A licença em questão será concedida mediante pedido, devidamente 
instruído, e vigorará pelo tempo que durar a comissão ou nova 
função do marido.
6.6. CONCESSÕES
Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou qualquer outro direito ou vantagem legal, 
o servidor poderá faltar ao serviço até oito dias consecutivos por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, filhos, pais ou irmãos.
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No âmbito das concessões, três importantes regras estão previstas. São elas:
a) ao servidor licenciado para tratamento de saúde poderá ser concedido transporte, 
inclusive para as pessoas de sua família, por conta do Estado, fora da sede de serviço, 
se assim o exigir o laudo médico oficial;
b) poderá ser concedido transporte à família do servidor, quando este falecer fora 
da sede de seus trabalhos, no desempenho de serviço;
c) o vencimento ou a remuneração do servidor em atividade ou em disponibilidade e o 
provento atribuído ao que estiver aposentadonão poderão sofrer outros descontos que 
não sejam previstos em lei.
7. DIREITO DE PETIÇÃO7. DIREITO DE PETIÇÃO
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará 
obrigado a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia 
em suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os 
direitos que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver 
descaso por parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito 
de petição. Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que 
entenderem de direito, a saber:
Regra geral
O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá, 
em geral, nos mesmos prazos fixados para as ações próprias 
cabíveis no judiciário, quanto à espécie.
Não sendo o caso de direito 
que dê oportunidade à ação 
judicial
Prescreverá a faculdade de pleitear na esfera administrativa 
dentro de 120 dias, a contar da data da publicação oficial do 
ato impugnado ou, quando este for da natureza reservada, 
da data da ciência do interessado.
O fluxo do processo de direito de petição observará as seguintes regras:
1º) É assegurado ao servidor o direito de requerer ou representar. O requerimento será 
dirigido à autoridade competente para decidir e encaminhado por intermédio daquela 
a que estiver imediatamente subordinado o requerente;
2º) O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato 
ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado;
3º) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo 
de cinco dias e decididos dentro de 30 dias, sendo improrrogáveis;
4º) Poderão ser interpostos recursos nas seguintes situações: a) do indeferimento do 
pedido de reconsideração; b) das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos;
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5º) O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o 
ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
8. REGIME DISCIPLINAR8. REGIME DISCIPLINAR
8.1. RESPONSABILIDADES
Três são as esferas de responsabilidade a que os servidores públicos estão submetidos. 
São elas: civil, administrativa e penal.
A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em 
prejuízo da Fazenda Estadual ou de terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade 
civil todas as ações do servidor público que, agindo em nome da administração, cause algum 
dano ao particular ou ao próprio poder público.
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da 
imputação (por meio da qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, 
são atribuídas ao órgão ou à entidade na qual ele desempenha suas atribuições), caberá 
ao poder público, inicialmente, responder pelos danos causados.
Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agente 
público ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, será possível o ajuizamento de uma 
ação regressiva contra o servidor.
A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticados no 
desempenho do cargo.
A responsabilidade penal, por sua vez, abrange os crimes e contravenções imputados 
ao funcionário, nessa qualidade.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente 
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.
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8.2. DEVERES E PROIBIÇÕES
De acordo com o estatuto mineiro, temos uma série de deveres e de proibições para os 
servidores públicos regidos pela norma.
Salienta-se que a lista de deveres e de proibições apresentada não é taxativa, mas 
sim meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de 
cumprir com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente no texto da 
norma que rege a sua categoria funcional.
Vejamos a seguir a lista de deveres e de proibições elencadas pela norma em estudo:
Deveres Proibições
I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – discrição;
IV – urbanidade;
V – lealdade às instituições constitucionais e 
administrativas a que servir;
VI – observância das normas legais e 
regulamentares;
VII – obediência às ordens superiores, exceto 
quando manifestamente ilegais;
VIII – levar ao conhecimento da autoridade 
superior irregularidade de que tiver ciência 
em razão do cargo;
IX – zelar pela economia e conservação do 
material que lhe for confiado;
X – providenciar para que esteja sempre em 
ordem no assentamento individual a sua 
declaração de família;
XI – atender prontamente:
a) às requisições para a defesa da Fazenda 
Pública;
b) à expedição das certidões requeridas para 
a defesa de direito.
I – referir-se de modo depreciativo, em 
informação, parecer ou despacho, às 
autoridades e atos da administração pública, 
podendo, porém, em trabalho assinado, 
criticá-los do ponto de vista doutrinário ou 
da organização do serviço;
II – retirar sem prévia autorização da 
autoridade competente qualquer documento 
ou objeto da repartição;
III – promover manifestações de apreço ou 
desapreço e fazer circular ou subscrever lista 
de donativos no recinto da repartição;
IV – valer-se do cargo para lograr proveito 
pessoal em detrimento da dignidade da 
função;
V – coagir ou aliciar subordinados com 
objetivos de natureza partidária;
VI – participar da gerência ou administração 
de empresa comercial ou industrial, salvo os 
casos expressos em lei;
VII – exercer comércio ou participar de 
sociedade comercial, exceto como acionista, 
quotista ou comandatário;
VIII – praticar a usura em qualquer de suas 
formas;
IX – pleitear, como procurador ou intermediário, 
junto às repartições públicas, salvo quando 
se tratar de percepção de vencimentos e 
vantagens, de parente até segundo grau;
X – receber propinas, comissões, presentes e 
vantagens de qualquer espécie em razão das 
atribuições;
XI – contar a pessoa estranha à repartição, 
fora dos casos previstos em lei, o desempenho 
de encargo que lhe competir ou a seus 
subordinados.
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8.3. PENALIDADES
São as seguintes as penalidades passíveis de aplicação aos servidores públicos estaduais:
a) Repreensão;
b) Multa;
c) Suspensão;
d) Destituição de função;
e) Demissão;
f) Demissão a bem do serviço público.
Apenas essas penalidades são passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma lista 
taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma modalidade de 
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade, devem ser garantidos 
o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
Para que tais direitos possam ser exercidos, a norma determina, por exemplo, que o ato 
que demitir o servidor mencionará sempre a disposição legal em que se fundamenta.
Agora, vamos conhecer as situações ensejadoras de aplicação de cada uma das penalidades 
previstas em lei.
Repreensão
A pena de repreensão será aplicada por escrito em caso de 
desobediência ou falta de cumprimento de deveres.
Havendo dolo ou má-fé, a falta de cumprimento de deveres será 
punida com a pena de suspensão.
Multa
A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente 
previstos em lei ou regulamento.
Será responsabilizado pecuniariamente, semprejuízo da sanção 
disciplinar que couber, o chefe de repartição que ordenar a prestação 
de serviço extraordinário, sem que disponha do necessário crédito.
O servidor que processar o pagamento de serviço extraordinário, 
sem observância do disposto em lei, ficará obrigado a recolher aos 
cofres do Estado a importância respectiva.
Comprovada a flagrante desnecessidade da antecipação ou 
prorrogação do período de trabalho, o chefe da repartição que o tiver 
ordenado responderá pecuniariamente pelo serviço extraordinário.
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Suspensão
A pena de suspensão será aplicada em casos de:
I – Falta grave;
II – Recusa do funcionário em submeter-se à inspeção médica 
quando necessária;
III – Desrespeito às proibições consignadas neste Estatuto;
IV – Reincidência em falta já punida com repreensão;
V – Recebimento doloso e indevido de vencimento, ou remuneração 
ou vantagens;
VI – Requisição irregular de transporte;
VII – Concessão de laudo médico gracioso.
O servidor que indevidamente receber diária será obrigado a 
restituir, de uma só vez, a importância recebida, ficando ainda 
sujeito à punição disciplinar de suspensão.
Será punido com a pena de suspensão, e, na reincidência, com a de 
demissão, o servidor que, indevidamente, conceder diárias, com 
o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos, ficando 
ainda obrigado à reposição da importância correspondente.
Será suspenso por 90 dias, e, na reincidência, demitido o servidor 
que, fora dos casos expressamente previstos em lei, regulamentos 
ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições 
o desempenho de encargos que lhe competirem ou aos seus 
subordinados.
Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, com a 
de demissão a bem do serviço público, o servidor que atestar 
falsamente a prestação de serviço extraordinário.
O servidor que se recusar, sem justo motivo, à prestação de 
serviço extraordinário será punido com a pena de suspensão.
Serão considerados como de suspensão os dias em que o servidor 
deixar de atender às convocações do juiz, sem motivo justificado
É importante mencionar que a pena de suspensão não poderá 
exceder a 90 dias. De igual forma, o servidor suspenso perderá 
todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo.
Destituição de função
Duas são as situações ensejadoras de destituição de função:
a) Quando se verificar a falta de exação no seu desempenho;
b) Quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o 
funcionário contribuiu para que se não apurasse, no devido tempo, 
a falta de outro.
O servidor que não entrar em exercício dentro do prazo será 
demitido do cargo ou destituído da função.
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Demissão
A pena de demissão será aplicada ao servidor que:
I – acumular, ilegalmente, cargos, funções ou cargos com funções;
II – incorrer em abandono de cargo ou função pública pelo não 
comparecimento ao serviço sem causa justificada por mais de 
trinta dias consecutivos ou mais de noventa dias não consecutivos 
em um ano;
III – aplicar indevidamente dinheiros públicos;
IV – exercer a advocacia administrativa;
V – receber em avaliação periódica de desempenho:
a) dois conceitos sucessivos de desempenho insatisfatório;
b) três conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em 
cinco avaliações consecutivas;
c) quatro conceitos interpolados de desempenho insatisfatório 
em dez avaliações consecutivas.
d) terá cassada a licença e será demitido do cargo o servidor 
licenciado para tratamento de saúde que se dedicar a qualquer 
atividade remunerada.
É importante mencionar que receberá conceito de desempenho 
insatisfatório o servidor cuja avaliação total, considerados todos 
os critérios de julgamento aplicáveis em cada caso, seja inferior 
a 50% da pontuação máxima admitida.
Demissão a bem do 
serviço público
Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço ao servidor que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa, de vício 
de jogos proibidos e de embriaguez habitual;
II – praticar crime contra a boa ordem e administração pública e 
a Fazenda Estadual;
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo 
ou função, desde que o faça dolosamente e com prejuízo para o 
Estado ou particulares;
IV – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou 
particulares, salvo se em legítima defesa;
V – lesar os cofres públicos ou delapidar o patrimônio do Estado;
VI – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens 
de qualquer espécie.
Cassação de 
aposentadoria ou 
disponibilidade
Será cassada, por decreto do governador do estado, a aposentadoria 
ou disponibilidade, se ficar provado, em processo, que o aposentado 
ou funcionário em disponibilidade:
a) praticou, quando em atividade, qualquer dos atos para os quais 
é cominada neste Estatuto a pena de demissão, ou de demissão 
a bem do serviço público;
b) aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
c) aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia 
autorização do governador do estado;
d) praticou a usura, em qualquer de suas formas.
Será igualmente cassada a disponibilidade do servidor que não 
assumir, no prazo legal, o cargo ou função em que for aproveitado.
Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver 
conhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um 
lapso de tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido.
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Isso deve ocorrer em plena consonância com o princípio da segurança jurídica, uma 
vez que não é admitida, em nosso ordenamento, a possibilidade de haver punições 
imprescritíveis.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível.
A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades 
competentes para a sua aplicação. Nota-se, da relação apresentada, que as autoridades 
estão escalonadas de acordo com a gravidade da penalidade que está sendo aplicada:
Penalidade Autoridades Competentes
Demissão O chefe do governo
Suspensão superior a 30 dias
Os secretários de Estado e diretores de departamentos 
diretamente subordinados ao governador do estado
Repreensão e suspensão até 30 dias Os chefes de departamentos
Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação
Destituição de função Autoridade que houver feito a designação
Tendo sido sancionado com alguma das penalidades previstas em lei, o servidor poderá, 
após o decurso de determinado período de tempo, requerer a reabilitação administrativa, 
que, em linhas gerais, consiste na retirada dos registros funcionais do servidor das anotações 
das penas de repreensão, multa, suspensão e destituição de função.
A reabilitação administrativa estende-se ao aposentado, desde que ocorram os 
requisitos a ela vinculados. No entanto, nenhum caso de reabilitação importa no direito 
a ressarcimento, restituição ou indenização de vencimentos ou vantagens não percebidos 
no período de duração da pena.
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E quais são os prazos a serem observados para o processo de reabilitação?E quais são os prazos a serem observados para o processo de reabilitação?
De acordo com o Estatuto, o prazo para a solicitação da reabilitação deverá atender 
aos seguintes prazos:
a) Três anos para as penas de suspensão compreendidas entre 60 e noventa90 dias, 
bem como para destituição de função;
b) Dois anos para as penas de suspensão compreendidas entre 30 e 60 dias;
c) Um ano para as penas de suspensão de 1 a 30 dias, bem como de repreensão ou de multa.
9. AÇÃO DISCIPLINAR9. AÇÃO DISCIPLINAR
Além das normas materiais, a lei estadual estabelece uma série de procedimentos que 
devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
Nesse sentido, a autoridade que tiver ciência ou notícia da ocorrência de irregularidades 
no serviço público é obrigada a promover-lhe a apuração imediata por meio de sumários, 
inquérito ou processo administrativo.
No entanto, deve ser salientado que são competentes para determinar a instauração 
do processo administrativo os secretários de Estado e os diretores de departamentos 
diretamente subordinados ao governador do estado.
Em linhas gerais, o processo administrativo será desenvolvido em duas diferentes fases:
a) Inquérito administrativo;
b) Processo administrativo propriamente dito.
O inquérito pode ser compreendido como uma espécie de fase preliminar do processo 
administrativo disciplinar. Tal etapa trata-se de uma averiguação sumária e sigilosa, devendo 
ser iniciada e concluída no prazo improrrogável de 30 dias a partir da data de designação.
Ficará dispensada a fase do inquérito administrativo quando forem evidentes as provas 
que demonstrem a responsabilidade do indiciado ou indiciados.
 Obs.: Nenhuma penalidade, exceto repreensão, multa e suspensão, poderá decorrer 
das conclusões a que chegar o inquérito, que é simples fase preliminar do processo 
administrativo. Dessa forma, é correto afirmar que o processo administrativo 
precederá sempre à demissão do servidor.
Sendo instaurado, o processo administrativo, que será realizado por uma comissão 
designada pela autoridade que houver determinado a sua instauração e composta de três 
funcionários estáveis, se desenvolverá de acordo com os seguintes procedimentos:
1º) O processo administrativo deverá ser iniciado dentro do prazo improrrogável de 
três dias, que serão contados da data da designação dos membros da comissão. Uma vez 
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iniciado, o processo deverá ser concluído no prazo de 60 dias, a contar da data de seu início. 
Em caso de força maior, o prazo poderá ser prorrogado por até 30 dias;
2º) Os membros da comissão dedicarão todo o seu tempo às demandas desta, ficando, 
por isso, automaticamente dispensados do serviço de sua repartição, sem prejuízo do 
vencimento, remuneração ou vantagens decorrentes do exercício, durante a realização 
das diligências que se tornarem necessárias;
3º) Terá o servidor indiciado o direito de, pessoalmente ou por intermédio de procurador, 
acompanhar todo o desenvolver do processo, podendo, através do seu defensor, indicar e 
inquirir testemunhas, requerer juntada de documentos, ter vista do processo e adotar as 
demais medidas necessárias, sem prejuízo para o andamento normal do trabalho;
4º) Ultimado o processo, a comissão mandará, dentro de 48 horas, citar o acusado 
para, no prazo de 10 dias, apresentar defesa. É importante mencionar que, achando-se 
o indiciado em lugar incerto, a citação será feita por edital, que será publicado no órgão 
oficial durante oito dias consecutivos. Nesse caso, o prazo de 10 dias para apresentação 
da defesa será contado da data da última publicação do edital;
5º) Terminado o prazo para defesa, a comissão apreciará a defesa produzida e, então, 
apresentará o seu relatório dentro do prazo de 10 dias;
6º) Entregue o relatório da comissão, a autoridade que houver determinado a sua 
instauração deverá proferir o julgamento dentro do prazo improrrogável de 60 dias. Se 
o processo não for julgado no prazo indicado, o indiciado reassumirá, automaticamente, o 
exercício de seu cargo ou função, e aguardará em exercício o julgamento;
7º) Quando as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis escaparem da 
alçada da autoridade que instaurou o processo, esta deverá propor, dentro do prazo marcado 
para julgamento, as medidas necessárias à autoridade competente. Nessa situação, o prazo 
para julgamento final será de 15 dias, improrrogável;
8º) As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias;
9º) Uma vez submetidos a processo administrativo, os servidores só poderão ser 
exonerados depois da conclusão do processo e de reconhecida a culpabilidade.
A qualquer tempo pode ser requerida a revisão de processo administrativo, em que se 
impôs a pena de suspensão, multa, destituição de função, demissão a bem do serviço 
público, desde que se aduzam fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência 
do acusado.
O requerimento de revisão será dirigido ao governador do estado, que o despachará à 
repartição onde se originou o processo. Caso o governador julgue insuficiente instruído o 
pedido, poderá ele indeferi-lo liminarmente, isto é, sem a formação de comissão.
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Recebido o requerimento despachado pelo governador do estado, o chefe da repartição 
o distribuirá a uma comissão composta por três servidores de categoria igual ou superior 
à do acusado, indicando o que deve servir de presidente, para processar a revisão.
Concluída a instrução do processo, será ele, dentro de 10 dias, encaminhado, juntamente 
com relatório da comissão, ao governador do estado, que o julgará.
Para esse julgamento, o governador do estado terá o prazo de 20 dias, podendo antes 
determinar diligências que entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo.
Julgando procedente a revisão, o governador do estado tornará sem efeito as 
penalidades aplicadas ao acusado. Além disso, o julgamento favorável do processo implica o 
restabelecimento de todos os direitos perdidos em consequência da penalidade aplicada.
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