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Sustentabilidade2010 RelatóRio de Sustentabilidade2010 RelatóRio de Sumário 20 12 GoVeRNaNÇa e GeStÃo PeRFil da Caixa aPReSeNtaÇÃo 04 06 07 08 11 Destaques Públicos de Relacionamento da Caixa Estratégia e análise Mensagem da Presidenta Missão, Visão e Valores 72 74 76 28 54 42 66 iNdiCadoReS Tabela ibase RelaCioNaMeNto CoM o PÚBliCo iNteRNo Sobre este Relatório RelaCioNaMeNto CoM o PÚBliCo exteRNo deSeMPeNHo eCoNÔMiCo-FiNaNCeiRo indicadores GRi deSeMPeNHo aMBieNtal 4 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 deStaqueS investimentos em programas e/ou projetos externos (em r$ milhões) total dos investimentos em meio ambiente (em r$ milhões) receita bruta (em r$ bilhões) lucro líquido (em r$ bilhões) 2008 2009 2010 2008 2009 2010 síntese de desempenho econômico ativos totais (em r$ bilhões) patrimônio líquido (em r$ bilhões) 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010 investimentos internos (em r$ bilhões) investimentos externos (em r$ bilhões) síntese de desempenho social 295,7 341,8 401,4 12,7 13,1 15,4 3,9 3,0 3,8 40,6 44,8 51,2 4,26 2,26 2,20 síntese de desempenho ambiental 3,17 3,41 4,0 1,08 1,92 1,01 1,94 2,09 1,08 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 5 51.166.240 22.935.977 13.369.208 14.861.055 680.969 14.180.086 428.190 14.608.276 927.026 6.540.506 578.524 365.484 1.118.218 677.260 618.241 1.698.339 2.066.072 31,31 9,56 7,45 0,94 0,96 1,02 584.620.897 63.252.285 6,4% governo 63,57% colaboradores(as) 5,18% acionistas 4,24% terceiros 20,61% retido geração e distribuição de riqueza e renda (em r$ milhares) 1. g er aç ão d e ri q u ez a s 20 08(a) Receita bruta (B) Despesas de intermediação financeira (C) Bens e serviços adquiridos de terceiros (C) Valor adicionado bruto (a – B – C) (D) Retenções (depreciação, amortização, exaustão) (e) Valor adicionado líquido (C – d) (F) Transferências Resultado da equivalência patrimonial Resultado de participações societárias Receitas financeiras (g) Valor adicionado a distribuir (e + F) GOVERNO impostos expurgados os subsídios (isenções) EMPREGaDOS Salários Encargos previdenciários Previdência privada Benefícios Participação nos resultados FiNaNCiaDORES Remuneração de capital de terceiros aCiONiSTaS Juros sobre capital próprio e dividendos RETiDO Lucros retidos/prejuízo do exercício Margem bruta Margem líquida Giro dos ativos Retorno sobre ativo médio (ROa) Índice de endividamento Índice de liquidez aumento da capacidade produtiva Educação/treinamento 40.626.955 18.324.003 8.839.469 13.463.483 469.082 12.994.401 254.420 13.248.821 1.009.071 5.481.689 352.966 264.502 1.271.401 432.675 553.228 1.573.488 2.309.801 34,86 12,02 8,09 1,31 0,96 1,03 438.023.056 65.396.511 7,62% governo, 58,90% colaboradores(as) 11,88% acionistas 4,18% terceiros 17,43% retido 20 09 20 1044.878.300 19.625.268 11.210.755 14.042.277 605.205 13.437.072 324.835 13.761.907 1.824.494 5.946.145 399.975 322.022 1.196.078 449.990 623.496 662.233 2.337.473 33,60 8,68 8,07 0,88 0,96 1,02 462.341.775 58.416.593 13,26% governo 60,41% colaboradores(as) 4,81% acionistas 4,53% terceiro 16,99% retido 2. d is tr iB u iç ão p o r pa rt es in te re ss a da s in d iC a d o re s d e pr o d u ti V id a d e it en s d e in V es ti m en to d is tr iB u iç ã o d o V a lo r a d iC io n a d o (d Va ) eNtidadeS de RePReSeNtaÇÃo SiNdiCal eNtidadeS CoMuNitáRiaS ClieNteS tRaBalHadoReS eNtidadeS deSPoRtiVaS BaNCoS BeNeFiCiáRioS de PRoGRaMaS SoCiaiS uNiVeRSidadeS Mídia PaRCeiRoS eNtidadeS do SetoR BaNCáRio oRGaNiSMoS aMBieNtaiS eNtidadeS de deFeSa do CoNSuMidoR MiCRoS, PequeNaS, MédiaS e GRaNdeS eMPReSaS FoRNeCedoReS oRGaNiSMoS iNteRNaCioNaiS CoMuNidadeS PRodutoReS CultuRaiS CeNtRaiS SiNdiCaiS SoCiedade PÚBliCoS de RelaCioNaMeNto da caixa eMPReGadoS PReStadoReS de SeRViÇo adoleSCeNteS aPReNdizeS JoVeNS aPReNdizeS eStaGiáRioS PÚBliCo iNteRNo GoVeRNo FedeRal MiNiStéRioS eMPReSaS PÚBliCaS GoVeRNoS eStaduaiS GoVeRNoS MuNiCiPaiS tRiBuNal de CoNtaS da uNiÃo BaNCo CeNtRal do BRaSil PodeR PÚBliCo MiSSÃo, ViSÃo e valoreS • Sustentabilidade econômico-financeira e socioambiental. • Valorização do ser humano. • Respeito à diversidade. • Transparência e ética com o cliente. • Reconhecimento e valorização das pessoas que fazem a Caixa. • Eficiência e inovação nos serviços, produtos e processos. ValoReS MiSSÃo ViSÃo a Caixa será referência mundial como banco público integrado, rentável, socialmente responsável, eficiente, ágil, com permanente capacidade de renovação e consolidará sua posição como o banco da maioria da população brasileira. atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro. 8 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 eStRatéGia e análiSe a promoção da cidadania e do desenvolvimento susten- tável é um compromisso vinculado à própria razão de ser da Caixa. a dupla condição de organização vinculada ao governo federal (em nome do qual materializa e dinamiza políticas públicas) e de banco competitivo (que se destaca no mercado pela forte atuação em financiamento habita- cional e em crédito comercial) implica presença em diver- sas frentes e exercício de um amplo elenco de atividades. Dados esse perfil singular e a importância de sua contri- buição para o país, é altamente complexa a tarefa de fazer escolhas e priorizar ações. Daí a relevância para a Caixa das estratégias de planejamento e gestão como meios para o cumprimento dos objetivos corporativos. O Planejamento Estratégico constitui uma dessas ferramen- tas. Revisado continuamente, passa por ajustes frequentes, quando se mostra necessário dar conta da realidade de um mundo em constante transformação. Trata-se de dispositivo institucional indispensável, usado para instigar o quadro funcional de modo a despertar o envolvimento de todos, de forma participativa e democrática. O Estatuto da empresa prevê uma série de objetivos que, na essência, carregam forte cunho social, o que se traduz num Planejamento Estratégico focado em quesitos da responsabilidade social empresarial, como valorização do ser humano, respeito à diversidade, preocupação socioambiental, transparência e reconhecimento das pessoas que fazem o êxito da empresa. Exemplos de objetivos com implicações sociais constam no artigo 5º do Estatuto da Caixa. Entre as responsabilidades lista- das, incluem-se: • conceder empréstimos e financiamentos de natureza social, em consonância com a política do governo federal, observadas as condições de retorno, que, no mínimo, venham a ressarcir os custos operacionais, de captação e de capital alocado; • manter linhas de crédito específicas para as microempre- sas e para as empresas de pequeno porte; • atuar em projetos e programas de cooperação técnica internacional, como forma de auxiliar na solução de problemas sociais e econômicos. a atuação prevista nesse inciso deverá se dar em colaboração com o órgão ou a entidade da União competente para coordenar a cooperação técnica internacional; • efetuar aplicações não reembolsáveis ou reembol- sáveis ainda que parcialmente, destinadas a apoiar projetos e investimentos de caráter socioambiental, que se enquadrem em seus programas e ações, princi- palmente nas áreas de habitação de interesse social, saneamento ambiental, gestão ambiental, geração de trabalho e renda, saúde, educação, desportos, cultura,justiça, alimentação, desenvolvimento institucional, desenvolvimento rural, entre outras vinculadas ao desenvolvimento sustentável que beneficiem, prio- ritariamente, a população de baixa renda, na forma fixada pelo Conselho Diretor e aprovada pelo Conse- lho de administração. a Caixa dispõe de um Plano Estratégico Participativo 2009-2015, que apresenta um conjunto de compromissos a serem contemplados pela administração. além de enfa- tizar o papel da empresa como agente indutor de desen- volvimento e sua importância para a sociedade, o Plano Estratégico evidencia a preocupação corporativa com o tema da sustentabilidade, bem como o propósito de bus- car a melhoria, a simplificação e a agilidade de processos para que os objetivos prioritários sejam alcançados. Por exemplo, a Caixa definiu a estratégia de utilização da Certificação Digital, que permite o aumento da segurança na interação do governo com os cidadãos. a autoridade Certificadora Caixa foi criada com a filosofia de contri- buir decisivamente com o governo federal na migração de seus processos para o meio digital, favorecendo a melhoria das atividades e dos procedimentos internos, com legitimação da documentação pertinente. Outro desafio estratégico permanente da Caixa é conso- lidar-se como referência em atendimento, priorizando a acessibilidade, a satisfação e a comodidade das pessoas. Para tanto, a empresa adota nas instalações de novas agências um padrão visual e funcional que facilita o direcionamento e a movimentação dos usuários, contem- plando, inclusive, itens de acessibilidade para os portado- res de necessidades especiais ou de mobilidade reduzida. Na agência Dois Vizinhos, no Paraná, além do cará- ter inclusivo, foi inaugurado um modelo conceitual e Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 9 ambiental sustentável: a unidade tem um moderno sistema de captação e reaproveitamento das águas pluviais e um sistema de iluminação de alto rendimento. Na outra ponta do país, nos municípios da Bacia amazônica, a ino- vadora agência Barco Chico Mendes promove a inclusão social e bancária e dissemina os princípios da sustentabili- dade entre as comunidades ribeirinhas, prestando aten- dimento e comercializando produtos e serviços da Caixa adequados à realidade local. De caráter itinerante, a agên- cia Barco foi inaugurada em dezembro de 2010, em Manaus (aM), sendo batizada em homenagem ao ativista que se tornou símbolo da luta pela preservação da amazônia. alinhada com a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, a agência Barco oferece serviços de abertura de contas, atendimentos sociais (PiS, FGTS, Seguro Desemprego, CPF, Benefícios Sociais), habitação de interesse social, micro- crédito e produtos como Construcard Caixa e crédito por consignação. Seu público-alvo compõe-se de indígenas, ribeirinhos, seringueiros, quebradeiras de coco babaçu, quilombolas, pantaneiros e castanheiros, entre outras comunidades tradicionais. a agência também poderá via- bilizar o suporte a ações educativas, de promoção à saúde e de proteção ambiental. a agência Barco Chico Mendes tem os seguintes itens de sustentabilidade: • recursos de acessibilidade a pessoas com necessidades especiais, idosos, gestantes ou com mobilidade reduzida; • separação de lixo para reciclagem e separação de lixo seco e hospitalar gerado pelo atendimento médico e odontológico; • sistema de tratamento de efluentes de esgoto do barco, lançando no rio água 100% tratada; • casco pintado com tinta ecológica; • iluminação eficiente com lâmpadas LED, que não têm mercúrio e geram economia no consumo de energia de 51% em relação às lâmpadas comuns. Dentro da estratégia de expansão da rede em regiões não assistidas com serviços bancários, a Caixa inaugurou em 2010 a agência Complexo do alemão, no Centro Comercial Joaquim de Queiroz, no Rio de Janeiro (RJ), com o objetivo de levar os benefícios sociais à comunidade, promover sua bancarização e buscar oportunidades para oferta de pro- dutos e serviços. a instalação da agência dá continuidade à parceria entre os governos federal, estadual e municipal, que tem dotado o Complexo do alemão de moradia popu- lar, saneamento básico, asfaltamento de vias, creches, postos de saúde e teleférico, em ações do Programa de aceleração do Crescimento (PaC). Experiências como essa – cujos resultados integram um benefício coletivo que é, ao mesmo tempo, econômico, social e ambiental – estão perfeitamente alinhadas com a Missão, a Visão e os Valores da organização. E servem como marcos do aprendizado da empresa rumo a outro desafio fundamental: o de se transformar numa referência para o sistema bancário em Responsabilidade Social Empresarial e no apoio ao desenvolvimento regional sustentável. além de enfatizar o papel da Caixa como indutora de desenvolvimento, Plano Estratégico evidencia o foco na sustentabilidade 11 MeNSaGeM da preSidenta MaRia FeRNaNda RaMoS CoelHo, PReSideNta da Caixa Com muito orgulho, apresentamos o resultado de mais um ano de atua- ção da Caixa Econômica Federal, num momento muito especial em que completamos 150 anos de história e nos consolidamos como banco público promotor da cidadania e parceiro estra- tégico do Estado Brasileiro. Em 2010, obtivemos grandes vitórias, como a contratação de 1 milhão de novas moradias por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, num recorde de crédito, superando os R$ 75 bilhões em financiamentos. Mais de R$ 100 bilhões em créditos foram concedidos para o consumo das famílias e apoio à produção das empre- sas, seguindo as melhores práticas ban- cárias em relação aos critérios de sus- tentabilidade. a análise de regularidade socioambiental de clientes abrangeu projetos de investimentos envolvendo cerca de R$ 10,5 bilhões. Para nós, toda pessoa, cliente ou não do banco, é antes de tudo um cidadão e, como tal, é portador de direitos. Coe- rentes com essa visão, inauguramos a agência Chico Mendes, modelo inovador de agência-barco itinerante e que já atende com serviços sociais e finan- ceiros às comunidades ribeirinhas do rio Solimões, no trecho Manaus-Coari, beneficiando os municípios de iranduba, Manaquiri, Manacapuru, anamã, Beruri, anamori e Codajás. No âmbito de nossa política de respon- sabilidade empresarial, instituímos o Fundo Socioambiental para apoiar projetos de caráter social e ambiental voltados, prioritariamente, à população de baixa renda. Os recursos provêm do orçamento da Caixa correspondentes a até 2% do lucro líquido e também de doações financeiras de entidades com objetivos similares. as comunidades em situação de vulne- rabilidade social receberam da institui- ção R$ 1,8 milhão correspondentes a 74 projetos no âmbito do Programa Caixa Objetivos de Desenvolvimento do Milê- nio (ODM). Contribuímos, com isso, para a erradicação da extrema miséria e o alcance dos objetivos consignados pelo Brasil na ONU. Com relação aos nossos colaboradores internos, o respeito à diversidade e a valorização das pessoas traduzem-se em campanhas como “Equilíbrio de Gênero nos Cargos de Gestão”, que reconhece as unidades da empresa que se empenham em alcançar ou em se aproximar da paridade de gênero na ocupação dos cargos gerenciais e de chefias. Pela terceira vez consecutiva, conquistamos o Selo Pró-equidade, con- cedido pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República. Enfim, é com entusiasmo que apresen- tamos o presente Relatório, na certeza de estarmos dando passos firmes rumo à consolidação dos princípios da sustentabilidade nas práticas de gestão da Caixa. E também com humildade, pois reconhecemos que ainda existem grandes desafios a serem superados pelos nossos mais de 83 mil emprega- dos. Estas páginas registram os esforços da Caixa em exercer sua condição de banco público voltado ao desenvolvi- mento sustentável do país. ParticiPação Na ViDa NacioNaL Desde a suacriação, a CAIXA mantém uma relação de grande proximidade com o povo brasileiro. Ao longo de seus 150 anos de vida, consolidou-se como instituição pública voltada ao desenvolvimento econômico, ao atendimento das necessidades da população e à inclusão social, por meio de atividades bancárias e apoio à execução de políticas públicas. PerfiL da caixa PoUPaNça PeLa LiBerDaDe Em 5 de janeiro de 1865, três anos após abrir a caderneta de poupança nº 59 da CAIXA, a escrava Margarida Luiza sacou 335 mil-réis para comprar sua carta de alforria. Ela e muitos escravos e ex-cativos tiveram a CAIXA como referência para guarda de suas economias. fiNaNciaMeNto iMoBiLiÁrio Começo das operações de carteira hipotecária (para aquisição de bens imóveis). Primeiro empréstimo foi feito à Real Sociedade Clube Ginástico Português, no dia 1º de junho, num total de 240 contos de réis. 1865 1931 1861 cofre SeGUro Por meio do Decreto nº 2.712, de 12 de janeiro de 1861, o imperador D. Pedro II cria a Caixa Econômica da Corte, instituição nascida com a vocação de ser “o cofre seguro dos pobres”. 1961 SoNHoS e ProGraMaS SociaiS Início das atividades das loterias federais sob responsabilidade da CAIXA. Desde então, elas representam fonte permanente de arrecadação, acalentando sonhos de milhões de brasileiros e ajudando a financiar programas sociais do governo federal. 1980 aPoio À cULtUra A inauguração do Conjunto Cultural da CAIXA, em Brasília, marcou a abertura do primeiro de uma série de espaços culturais da empresa. Com o tempo, a CAIXA se tornou referência no incentivo às manifestações artísticas e na defesa da diversidade cultural brasileira. 2003 iNcLUSão BaNcÁria Criação da Conta CAIXA Fácil, primeira conta direcionada à população que vivia à margem do sistema bancário por falta de recursos ou por não atender às exigências burocráticas. Os clientes da conta CAIXA fácil não têm de comprovar renda ou fazer depósito mínimo. Ao final de 2010, a modalidade contava com 7,4 milhões de contas ativas. 14 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 A CAIXA está presente em todos os municípios brasileiros e, mais do que um banco, é uma instituição pública fundamental para o futuro do pais Em 2011, a CAIXA completará 150 anos de uma trajetória de profunda identificação com o povo brasileiro. Fundada em 12 de janeiro de 1861 pelo imperador D. Pedro II com a missão inicial de conceder emprés- timos e incentivar a poupança popular, num ambiente então dominado pela escravidão, a CAIXA cumpriu uma trajetó- ria de modernização e de inserção na vida social, agregando funções e responsabili- dades, expandindo-se Brasil afora. Por sua dimensão – está presente em todos os municípios do país – e pela complexidade de suas funções, a CAIXA é uma instituição única no mundo. Tama- nha singularidade é fortalecida pelo papel desempenhado na vida nacional. Mais do que um banco, a CAIXA é uma instituição pública de grande relevância para a construção do futuro do Brasil, pela sua capacidade de implementar ações, de inovar e de difundir essas inovações à sua rede de atendimento. Ao longo de sua trajetória, a CAIXA também tem cultivado a reputação de empresa inserida no cotidiano da popula- ção, na qualidade de principal parceira do governo federal na operação de políti- cas públicas que alcançam milhões de brasileiros e são decisivas para o desen- volvimento do país. Destaca-se por fazer a diferença na vida das pessoas ao oferecer produtos e serviços que contemplam os mais diversos segmentos da sociedade. Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 15 A CAIXA vai muito além do atendimento aos seus clientes bancários. Sua presença é sentida por todos os trabalhadores formais do Brasil, por meio do pagamento de benefícios como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Programa de Integração Social (PIS) e o Seguro-Desemprego Atende não só aos clientes bancá- rios, mas a todos os trabalhadores formais do Brasil, por meio do paga- mento de benefícios como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Programa de Integração Social (PIS) e o Seguro-Desemprego, além de atender a beneficiários de programas sociais e a apostadores das loterias, que têm boa parte dos recursos arrecadados revertida para iniciativas de apoio à cidadania. Além disso, ao priorizar setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, a CAIXA exerce também um papel fundamental na promoção do desen- volvimento urbano e da justiça social no país, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente da de baixa renda. Em seu relacionamento com a socie- dade, a CAIXA desempenha diversos papéis. Além das atividades ine- rentes a um ente bancário, assume relevantes iniciativas a serviço do governo federal – como articuladora do Sistema Financeiro da Habita- ção e indutora do desenvolvimento urbano, como fonte de crédito para empresas e pessoas realizarem seus projetos e sonhos. PreSeNça NacioNaL Instituição 100% pública e pre- sente em todo o território nacional, a CAIXA mantém sua sede e seu foro na capital federal, Brasília. Por estatuto, tem prazo de duração indeterminado e pode criar e supri- mir sucursais, filiais ou agências, escritórios, dependências e outros pontos de atendimento nas demais praças no país e no exterior. Como toda empresa que atua no setor financeiro e em serviços delegados do governo federal, está submetida à fiscalização do Banco Central e às decisões e à disciplina do Ministério da Fazenda. A CAIXA encerrou o ano de 2010 com mais de 97 mil colaboradores, entre empregados concursados, estagiários, adolescentes e jovens aprendizes, além de contar com mais de 24 mil postos ocupados por empregados terceirizados. Seu lucro líquido no ano foi de R$ 3,8 bilhões, crescimento de 25,5% na comparação com o exercício anterior. caPitaL Da caiXa Em 31 de dezembro do ano passado, a empresa possuía R$ 401,4 bilhões em ativos, e seu patrimônio líquido era de R$ 15,4 bilhões – nos dois casos, expansão de 17,4% em relação a 2009. Além dos recursos próprios, a CAIXA responde pela administra- ção de mais R$ 435,8 bilhões em ati- vos, com destaque para os R$ 260,3 bilhões do FGTS. Na condição de agente dos progra- mas sociais do governo federal, a empresa realizou no ano passado cerca de 297 milhões de pagamen- tos de benefícios, movimentando recursos da ordem de R$ 138,1 bilhões. Somente pelos programas de trans- ferência de renda foram distribuídos 147 milhões de benefícios, totali- zando R$ 15 bilhões (dos quais R$ 13,4 bilhões correspondem ao Programa Bolsa Família). No mesmo período, a CAIXA com- bateu com firmeza o problema da desbancarização: seu serviço criado especialmente para esse fim, a Conta CAIXA Fácil, foi responsável pela inclusão de mais de 1 milhão de brasileiros no sistema bancário. Em dezembro de 2010, essa moda- lidade contava com 7,4 milhões de contas ativas. O completo pacote de produtos e serviços operados pela CAIXA – des- crito no Estatuto Social da empresa 16 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 e disponível para consulta no endereço http:// downloads.caixa.gov.br/_arquivos/caixa/esta- tuto_caixa/Decreto_6473.pdf. – é oferecido à população por meio de uma ampla e capilari- zada rede de atendimento. Ao final de 2010, essa infraestrutura somava 39.957 unidades em todo o país. Incluir as popu- lações de localidades remotas ou desassistidas no sistema financeiro bancário – um direito básico da cidadania – tem motivado a expansão da rede nos últimos anos. A ampla abrangência geográfica de sua rede e o contato permanente com os mais diferen- tes setores da sociedade trazem à tona uma responsabilidade adicional para a CAIXA – o encargo de testar, adotar e disseminar princí- pios e práticas relevantes de desenvolvimento sustentável e de responsabilidade social e empresarial, de modo ainfluenciar toda a diversidade de sua cadeia de valor. A CAIXA estende sua atuação também para fora das fronteiras nacionais. No exterior, em qualquer parte do mundo, oferece a cidadãos brasileiros residentes o serviço de remessa de recursos ao Brasil, com possibilidade de crédito direto em contas da CAIXA ou de saque em dinheiro, dentro do país. Nos Estados Unidos, no Japão e em Portugal, os brasileiros têm o benefício adicional de contar com bancos parceiros da CAIXA, que apresentam condições mais vantajosas para a realização das operações. Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 17 A rede de atendimento da CAIXA chegou ao final de 2010 com 39.957 unidades. Incluir as populações de áreas remotas do território nacional ou desassistidas no direito de acesso ao sistema bancário tem motivado a expansão da rede nos últimos anos rePaSSeS aoS MUNicÍPioS Em 2010, a CAIXA movimentou um total de R$ 15,2 bilhões de investi- mentos nas áreas de saneamento, infraestrutura, saúde, agricultura e educação e desporto – R$ 12,4 bilhões em financiamentos e R$ 2,8 bilhões em repasses do governo federal aos municípios. Por sua vez, as operações habitacionais registraram saldo de R$ 108 bilhões, com contratações de cerca de R$ 78 bilhões, incluindo repasses, o que corresponde a um crescimento de 57% em relação ao ano anterior. PrÊMioS e recoNHeciMeNtoS Selo Pró-Equidade de Gênero A CAIXA recebeu o Selo Pró-Equi- dade de Gênero, concedido pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) da Presidência da República. É a terceira vez consecutiva que a empresa merece a certificação, fato que lhe valeu, também, um troféu. O selo é o reconhecimento ao esforço da CAIXA na implementação, em seu cotidiano, de práticas de equidade de gênero que contribuem para promover a cidadania, a difusão de práticas exemplares, a geração de oportunidades iguais e o respeito às diferenças no trabalho. Prêmio Top of Mind A CAIXA foi uma das marcas do mercado financeiro mais lembradas – sendo a primeira em poupança – pela população de Porto Alegre (RS), tendo sido mencionada por 45,4% dos habitantes. Amiga da Cultura Por ocasião da celebração do Dia Nacional da Cultura, o Conselho Estadual da Cultura de Alagoas distinguiu a CAIXA com o certificado Amigo da Cultura, por sua contri- buição ao desenvolvimento cultural daquele estado. Em 2010, a empresa aplicou R$ 850 mil em patrocínio a cinco projetos em Alagoas: a restau- ração das telas do pintor Rosalvo Ribeiro, a instalação do memorial do escritor Lêdo Ivo, a restauração do Museu da Imagem e do Som, a insta- lação de cineclube no mesmo museu e o projeto Alagoas em Cena. Prêmio CAiS Criado com o objetivo de eleger instituições e dirigentes que apre- sentaram contribuições significativas para a melhoria do saneamento no Brasil, o prêmio CAIS de Saneamento Básico e Ambiental – categoria “Agente Financeiro” – foi entregue à estrutura da rede física da caixa Ti Po d E u n id A d E n ú M Er o d E u n id A d ES E M 2 00 8Agências Postos de Atendimento Bancário (PAB) Postos de Atendimento Eletrônico (PAE) Correspondentes Lotéricos Correspondentes CAIXA Aqui Salas de Autoatendimento Total 2.074 470 1.095 8.910 9.914 2.533 24.996 n ú M Er o d E u n id A d ES E M 2 00 9 n ú M Er o d E u n id A d ES E M 2 01 02.084 481 1.129 10.476 12.646 2.710 29.526 2.206 532 1.456 10.671 22.345 2.747 39.957 CAIXA durante o 2º Congresso pela Sustentabilidade dos Investimentos em Saneamento (CAIS 2010). Top Consumidor Pelo segundo ano consecutivo, a CAIXA recebeu o reconhecimento Top Consumidor – Excelência nas Relações de Consumo e Respeito ao Meio Ambiente. Em sua 5ª edição, a premiação, concedida pela revista Consumidor Teste em parceria com o Instituto Nacional de Educação do Consumidor e do Cidadão (INEC), reconhece o esforço de empresas que desenvolvem práticas de excelência no atendimento e de respeito ao con- sumidor e ao meio ambiente. A CAIXA encerrou 2010 com mais de 97 mil colaboradores, entre empregados concursados, estagiários, adolescentes e jovens aprendizes, além de contar com mais de 24 mil postos ocupados por empregados terceirizados Parceira do Ciesp A CAIXA foi homenageada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) na qualidade de “Empresa Parceira do 1º Guia de Empresas 2010/2011”. O reconhecimento foi realizado em nome da Macrorregião 10 G7, que engloba quatro diretorias distritais e três diretorias regionais da entidade, as quais atuam numa área cuja população ultrapassa os 13 milhões de habitantes. O Ciesp é uma entidade que busca integração com seus associados e parceiros, congregando empresas de pequeno, médio e grande porte, dos setores industrial e de prestação de serviços. O guia será distribuído gratuitamente a todos os associados da macrorregião (num total 2.517 empresas, correspondendo a 27% do quadro do Ciesp) e estará disponível, em versão digital, no site da entidade. destaque no setor naval Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido na área, por meio da arti- culação entre instituições e empresas da indústria naval, a CAIXA conquistou o prêmio Intermarket 2010, promovido pela revista Intermarket, publicação especializada no setor. A premiação distingue a inauguração pela CAIXA, em fevereiro de 2010, de sua Superin- tendência Regional Petrobras/BNDES, voltada para atender ao incremento da cadeia produtiva do petróleo. Prêmio E-Finance A CAIXA foi agraciada com o prêmio E-Finance, promovido anualmente pela revista Executivos Financeiros, pela iniciativa de criar no âmbito de sua universidade corporativa a Escola de TI, um programa de ações edu- cacionais em informática voltadas para todos os empregados. O prêmio E-Finance tem como objetivo destacar as implementações de aplicativos nas áreas de infraestrutura, TI e teleco- municações que tenham contribuído para elevar a qualidade dos serviços prestados pelas instituições financei- ras que operam no país. Prêmio Brasil de Meio Ambiente A 4ª edição do Prêmio Brasil de Meio Ambiente distinguiu a CAIXA na categoria Eficiência Energética, pelo projeto da Agência Jardim das Améri- cas, em Curitiba. Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 19 Prêmio ribeirão Sustentável Pelo projeto Laranja Azul – que destina lacres de malote usados para reciclagem, revertendo o valor de sua venda para projetos sociais da ONG Moradia e Cidadania –, a CAIXA conquistou o prêmio Ribeirão Sustentável, promo- vido pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP). Melhores Práticas da A3P O Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente, pre- miou a CAIXA nas categorias Inovação na Gestão Pública (1º lugar para o projeto “Sistema de aqueci- mento solar da água na habitação de interesse social”) e Uso Racional dos Recursos Naturais (2º lugar para o projeto “Construção sustentável – uso racional da água nos prédios da CAIXA”). Parceiros da Aprendizagem O Programa de Aprendizagem CAIXA foi pioneiro na par- ceria com o SESI para inclusão de jovens do Projeto Vira Vida, iniciativa do Conselho Nacional do SESI de combate à exploração sexual de jovens e adolescentes brasileiros. Por isso, e pela institucionalização do Arco Ocupacional de Aprendizagem para o Setor Bancário, promovido pelo A CAIXA é a principal articuladora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e indutora de desenvolvimento urbano Ministério do Trabalho e Emprego, a CAIXA recebeu o Selo Parceiros da Aprendizagem. O Programa de Aprendizagem evoluiu do projeto original- mente denominado Adolescente Aprendiz, instituído em 2003 e dirigido a jovens de 15 a 18 anos. A alteração dos dispositivos legais e a assinatura de um acordo de coope- ração com o Ministério do Trabalho e Emprego possibili- taram a ampliação do Programa de Aprendizagem para atender também aos jovens entre 18 e 24anos, denomi- nado Programa Jovem Aprendiz. Prêmio Sodexo Vida Profissional Depois de avaliação pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o Programa CAIXA Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foi eleito um dos quatro melhores cases do Prêmio Sodexo Vida Profissional 2010, na categoria Responsabilidade Social e Voluntariado. Promovido pela Sodexo Motivation Solutions, empresa multinacional dos setores de alimentação, manutenção e conservação, o prêmio foi criado em 2004 para reconhecer e divulgar práticas de sucesso em gestão de pessoas, com a aplicação de inovações e estratégias para a valorização, a motivação e o incentivo dos profissionais. SeDe PrÓPria Inauguração, em 26 de janeiro, da primeira sede própria da CAIXA. Localizado na Rua D. Manoel, no Rio de Janeiro, e construído especialmente para essa finalidade, o prédio se manteve como sede do banco por 53 anos. 1887 GoVerNaNça e Gestão 1861 PriMeiro cLieNte Tão logo abriu as portas, a CAIXA recepcionou o seu primeiro cliente, o então professor e escritor Antônio Álvares Pereira, o “Coruja”, responsável por um depósito de 10 mil-réis. ÓrGão eStratÉGico Instituição do Conselho Superior das Caixas Econômicas, órgão que assumiu a responsabilidade de traçar as diretrizes operacionais e de negócios de todas as Caixas no país. 1934 SoB a MeSMa Direção Em 12 de agosto, decreto federal promoveu a unificação das 22 Caixas Econômicas Federais do país, que passaram a atuar de forma padronizada e sob o mesmo comando. eDifÍcio ceNtraL Inauguração da atual sede da CAIXA, em Brasília, empreendimento localizado no Setor Bancário Sul, com 21 andares e 30 mil m2 de área construída. 1976 ViSão De fUtUro Elaboração do primeiro Plano Estratégico da história da CAIXA, documento que se tornou o principal instrumento de gestão da empresa e de planejamento das ações de longo prazo. 2003 1969 22 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 Gerar valor para o seu público interno e externo e para a sociedade, em geral, é uma constante na trajetória dos 150 anos da CAIXA. Assim, a empresa empreende uma gestão fundamentada em princípios que garantem a transparência e a ética na condução de negócios e nos diversos segmentos de relacionamento. Essa postura constitui-se em fator de atração e retenção de clientes e parceiros que, conjugados, resultam em geração de riquezas e renda e possibilitam ao banco traçar estraté- gias e implementar ações que contribuem para o desen- volvimento sustentável do país e, como consequência, para o bem-estar da sociedade. A CAIXA interage com um amplo leque de públicos, influenciando-os e sendo influenciada por eles: colabo- radores, clientes, fornecedores, parceiros, setor público e, em sentido mais amplo, a própria população brasileira, na condição de beneficiária dos programas sociais do governo federal. Balizada pelos princípios constitucionais da adminis- tração pública, a CAIXA estabelece por meio do seu Estatuto Social o compromisso de seus administradores com os seguintes preceitos: • programação e coordenação de suas atividades, em todos os níveis administrativos; • desconcentração da autoridade executiva como forma de assegurar maior eficiência e agilidade às atividades-fim, com descentralização e desburocratização dos serviços e das operações; • racionalização dos gastos administrativos; • simplificação de sua estrutura, evitando o excesso de níveis hierárquicos; • incentivo ao aumento de produtividade, da qualidade e da eficiência dos serviços; • aplicação de regras de governança corporativa e dos princípios de responsabilidade social e empresarial; • administração de negócios direcionada pelo gerencia- mento de risco. (A íntegra do Estatuto da CAIXA está disponível no endereço http://downloads.caixa. gov.br/_arquivos/caixa/estatuto_caixa/Decreto_6473.pdf. ) O incentivo ao aumento de produtividade, da qualidade e da eficiência é compromisso do Estatuto Social da CAIXA ÓrGãoS Da aDMiNiStração A arquitetura da alta gestão da CAIXA prevê dois órgãos de planejamento e execução: o Conselho de Administra- ção e a Diretoria, cujos integrantes (conselheiros e direto- res) são investidos em seus cargos mediante a assinatura de termos de posse. Conselho de Administração Ao Conselho de Administração cabe a orientação geral dos negócios da CAIXA. É a instância responsável pelo estabe- lecimento de diretrizes, desafios e objetivos corporativos, ao mesmo tempo que monitora e avalia os resultados empresariais. Compõe-se de sete membros, assim desig- nados conforme o Estatuto: • cinco conselheiros indicados pelo ministro da Fazenda, entre eles o presidente do Conselho; • o presidente da CAIXA, que exerce a Vice-Presidência do Conselho; • um conselheiro indicado pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os conselheiros são nomeados pelo ministro da Fazenda e seus mandatos duram três anos – admite-se a recondu- ção ao cargo por apenas mais um triênio. Alguém que já tenha exercido o cargo por dois períodos consecutivos só poderá voltar a participar do Conselho depois de decorrido, no mínimo, um ano do término de seu último mandato. Em caso de vacância, nomeia-se um novo conselheiro, que assume as funções de seu antecessor até o fim do mandato. diretoria A Diretoria, por sua vez, responde pela administração exe- cutiva da CAIXA. É formada pela Presidência e por um Con- selho Diretor formado por nove vice-presidentes, que são nomeados e podem ser demitidos pelo presidente da Repú- blica, por indicação do ministro da Fazenda e mediante con- sulta ao Conselho de Administração. A esse órgão colegiado compete a representação e a gestão da CAIXA. Também compõem a Diretoria – mas sem responder por outras atividades da CAIXA que não aquelas sob sua incumbência específica – outras duas Vice-Presidências: uma delas é responsável pela gestão de ativos de terceiros; outra, pela administração ou operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo governo federal, o que inclui o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). competências do conselho de administração • Atuar como organismo de interlocução entre a CAIXA e o Ministério da Fazenda e opinar, quando solicitado pelo ministro da Fazenda, sobre questões relevantes ligadas ao desenvolvimento econômico e social do país e relacionadas às atividades da CAIXA. • Aprovar o modelo de gestão e suas atualizações. • Definir as diretrizes, os desafios e objetivos corporativos. • Aprovar o Plano Estratégico e acompanhar a sua implantação. • Monitorar e avaliar os resultados. • Aprovar as políticas de atuação da CAIXA. • Estabelecer e aperfeiçoar o sistema de governança corporativa. • Autorizar a contratação de auditores independentes e a rescisão dos respectivos contratos. • Aconselhar o presidente da CAIXA nas questões que dizem respeito às linhas gerais orientadoras da atuação da empresa. • Fiscalizar a execução da política geral dos negócios e serviços da CAIXA, acompanhar e fiscalizar a gestão do presidente, dos vice- presidentes e do diretor Jurídico; • Deliberar sobre regimentos internos, relatórios das auditorias, proposta orçamentária, fundos e programas sociais, demonstrações financeiras, propostas apresentadas pelo presidente, entre outros ítens. 24 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 competências do conselho diretor • Aprovar as políticas, as demonstrações contábeis, as propostas orçamentárias e respectivos acompanhamentos mensais de execução, a prestação de contas anual e o sistema de controles internos e apresentá-los ao Conselho de Administração. • Elaborar proposta de plano de implementação do Plano Estratégico da CAIXA. • Aprovar os limites de alçadas, a arquitetura organizacional e o modelo de funcionamento das Vice-Presidências e da Auditoria Interna. • Decidir sobre a criação, instalação e supressão de unidades internas e agências, escritórios, representações, dependênciase outros pontos de atendimento no país. Presidência Instância maior na gestão e representação da CAIXA, a Presidência faz a interlocução entre o Conselho de Administração e a Diretoria. Entre suas atribuições, figuram a elaboração do modelo de gestão da empresa, a definição de desafios e objetivos corporativos e a construção da proposta de Plano Estratégico, bem como a responsabilidade sobre sua execução, além da coordenação e supervisão dos trabalhos das Vice-Presidências. O desenho organizacional preconizado pelo Estatuto da CAIXA busca eliminar eventuais conflitos de interesse, ao determinar que os órgãos da administração, no âmbito de suas res- pectivas competências e atribuições, observem regras de segregação de funções. A descrição completa desse conjunto de regras pode ser consultada em http://www.caixa.gov. br/acaixa/estrutura_organizacional.asp. A gestão está fundamentada em princípios que garantem a transparência e a ética nos negócios e nos relacionamentos da empresa Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 25 A CAIXA interage com um amplo leque de públicos, influenciando-os e sendo influenciada por eles: colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros, setor público e a própria população, beneficiária dos programas sociais do governo federal fiScaLização e coNtroLe O desenho de governança da CAIXA prevê vários organismos colegiados dedicados à fiscalização da gestão do ponto de vista econômico, ambien- tal e social. O principal deles é o Conselho Fiscal, integrado por cinco membros escolhidos e designados pelo ministro da Fazenda. Os órgãos de administração são obri- gados a fornecer ao Conselho Fiscal cópia das atas de suas reuniões, dos balancetes e das demais demonstra- ções financeiras elaboradas periodi- camente, bem como dos relatórios de execução de orçamentos. A pedido de qualquer de seus membros, esse Con- selho pode solicitar esclarecimentos e informações aos órgãos de admi- nistração, bem como demonstrações financeiras ou contábeis especiais. O desempenho do mais alto órgão de governança é refletido no resultado geral da empresa, que por sua vez passa pelo crivo do Conselho Fiscal. Os requisitos necessários à investi- dura de membros aos altos escalões da empresa configuram-se como segurança necessária do desempenho exigido para as operações e da sus- tentabilidade da empresa, condição reforçada pela fiscalização, denúncia de erros, detecção de fraudes e de outras irregularidades pelo Conselho Fiscal, se necessário. A qualificação e o conhecimento necessários à definição da estratégia da CAIXA pelo mais alto órgão de governança têm origem nos requi- sitos para o exercício do cargo de presidente, de vice-presidente e de membro do Conselho de Adminis- tração, constantes no Estatuto da CAIXA. O conhecimento e a qualifi- cação são inerentes às funções que os membros ocupam. Além do Conselho Fiscal, outros oito órgãos colegiados compõem a estru- tura da CAIXA: • Conselho de Gestão de Ativos de Terceiros; • Conselho de Fundos Governamen- tais e Loterias; • Comitê de Auditoria; • Comitê de Risco; • Comitê de Prevenção Contra os Crimes de Lavagem de Dinheiro; • Comitê de Compras e Contratações; • Comitê de Avaliação de Negócios e Renegociação; • Comissão de Ética. Tais conselhos e comitês temáticos operam como estruturas de apoio à gestão, realizando o monitoramento fino da atuação da CAIXA em cada área, o que demanda conhecimento temático específico. O Comitê de Risco, por exemplo, atua como órgão de caráter propositivo e deliberativo com a finalidade de propor a política de risco da orga- nização, decidir sobre a matriz de riscos globais e cenários econômicos, avaliar os níveis de exposição da empresa e decidir sobre os modelos para mensuração de riscos. A CAIXA mantém um vice-presi- dente designado exclusivamente para a função de controle e risco, o qual responde perante o Banco Central pelo acompanhamento, pela supervi- são e pelo cumprimento das normas e dos procedimentos de contabilidade e de riscos e pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo. O Comitê de Auditoria estabelece determinações cuja execução, acom- panhamento e monitoramento ficam a cargo da Auditoria Interna – vincu- lada ao Conselho de Administração e que se sujeita à orientação normativa e à supervisão técnica do Sistema de Controle Interno. Sua finalidade básica consiste em comprovar a lega- lidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar a eficácia da gestão de risco, do controle e das práticas de governança corporativa. ParticiPação NaS DeciSõeS eMPreSariaiS Como instrumento de afirmação de seu modelo de governança e como ferramenta de interação com os seus diversos públicos, a CAIXA disponibiliza canais de comunicação específicos para a manifestação de colaboradores, clientes e da sociedade. Por meio deles são recepcionadas recla- mações, elogios, sugestões e denúncias. Na relação com seus profissionais, a CAIXA dispõe do Canal de Relacionamento Interno, que, entre suas várias atribuições, acolhe reclamações, elogios, sugestões e denúncias, fomentando o modelo de gestão participativa e a transparência administra- tiva. O canal também subsidia os gestores na elabo- ração de planejamentos e de análises de conjuntura sobre processos internos, produtos e serviços. Além do contato direto nas unidades de atendi- mento, a interação com o público externo se faz por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente, que funciona como canal receptivo de primeira instância, prestando suporte tecnológico e operacional a quem o procura. Os casos não solucionados nesse canal são enca- minhados à Ouvidoria da CAIXA, que conta com o apoio técnico-consultivo das unidades gestoras. Entre as macroatividades da Ouvidoria figura a pro- posição à alta administração de medidas corretivas ou de melhoria de processos, em decorrência de avaliação das reclamações recebidas. Em função de sua relevância, manifestações dos colaboradores e do público externo podem se transformar em propostas estruturadas a serem incorporadas pelo sistema de governança e gestão da CAIXA. Especificamente, as sugestões e proposições ao Conselho de Administração devem ser formuladas por gestores estratégicos, mediante voto. Somente após a análise e a devida aprovação pelo Conselho Diretor, essas propostas passam a constar como resolução corporativa e a ter efeito institucional. ParticiPação eM aSSociaçõeS Com o objetivo de defender seus interesses em âmbito institucional e nos negócios, a CAIXA mantém-se filiada ou associada a diversas instâncias de caráter consultivo e deliberativo de entidades externas, governamentais e não-governamentais, nacionais e internacionais. competências do conselho fiscal • Fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais e estatutários. • Opinar sobre a prestação de contas anual da CAIXA e dos fundos e programas por ela operados ou administrados, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis. • Analisar, ao menos trimestralmente, os balancetes e demais demonstrativos contábeis da CAIXA e dos fundos e programas por ela operados ou administrados. • Examinar as demonstrações financeiras semestrais e anuais da CAIXA e as de encerramento do exercício social dos fundos e programas por ela operados ou administrados, manifestando sua opinião, inclusive sobre a situação econômico-financeira da empresa. • Manifestar-se sobre alienação ou oneração, exceto penhora em ações judiciais, de bens imóveis de uso próprio. • Denunciar aos órgãos de administração os erros, as fraudes ou outras irregularidades de que tiver conhecimento e sugerir-lhes as providências cabíveis. • Opinar sobre as propostas: orçamentárias da CAIXA e dos fundos e programas por ela operados ou administrados; de destinação do resultado líquido; de pagamento de dividendose juros sobre o capital próprio; de modificação de capital; de constituição de fundos, reservas e provisões; de absorção de eventuais prejuízos com as reservas de lucros; e de planos de investimento ou orçamento de capital. • Avaliar os relatórios semestrais relacionados com os sistemas de controles internos. • Apreciar os resultados dos trabalhos produzidos pelas auditorias externa, interna e integrada, relacionados com a avaliação dos processos de gestão de crédito, de análise de mercado e de deferimento de operações da CAIXA e dos respectivos fundos e programas por ela operados ou administrados. • Reunir-se, ao menos trimestralmente, com o Comitê de Auditoria para discutir sobre políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de suas respectivas competências. • Exercer as demais atribuições atinentes ao seu poder de fiscalização, consoante a legislação vigente. (A descrição das funções e atribuições das demais instâncias de governança corporativa da CAIXA aparece no Estatuto da empresa, disponível para consulta no endereço http://www.caixa.gov.br/acaixa/estrutura_organizacional.asp). Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 27 Entre os organismos dos quais a CAIXA participa, destacam-se: • Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) • Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) • Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito (Abecs) • Associação Brasileira de Engenha- ria Sanitária e Ambiental (ABES) • Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) • Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) • Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) • Associación Latinoamericana de Instituciones Financeiras para el Desarrollo (Alide) • Associação de Investidores no A CAIXA c0nta com canais de comunicação específicos para a manifestação de colaboradores, clientes e da sociedade. Ao receber reclamações, elogios, sugestões e denúncias, esses canais são instrumentos de afirmação do modelo de governança da empresa e ferramenta de interação com os seus diversos públicos As manifestações oriundas dos colaboradores e do público externo podem se transformar em propostas que venham a ser incorporadas pelo sistema de governança e pelas instâncias de gestão da CAIXA Mercado de Capitais (AMEC) • Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) • Brazilian-American Chamber of Commerce (BACC) • Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) • Câmara de Comércio Brasileira no Japão (CCBJ) • Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento (Cicef) • Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) • Comitê de Entidades de Combate à Fome e pela Vida (COEP) • Corporación Iberoamericana de Loterias y Apuestas de Estado (Cibelae) • Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) • International Centre for Local Credit (ICLC) • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social • Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) • Fórum de Ética nas Estatais • Conselho Curador do FCVS–CCFCVS • Conselho Curador do FGTS–CCFGTS • Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social (CCFDS) • Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental • Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) • Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) • Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) • Comissão de Ética Pública • World Lottery Association (WLA) • World Savings Banks Institute (WSBI) Relacionamento com o público interno 1861 1921 ValoRiZaÇÃo DaS mUlHeReS Ao contratar Thereza Ciccaio e Aurora Gomes para a função de escriturárias, a CAIXA se tornou uma das primeiras empresas do Brasil a empregar mulheres. O respeito à diversidade de gênero no ambiente de trabalho é uma das marcas da empresa em sua trajetória. 2005 PRimeiRa eQUiPe Ao abrir as portas, pela primeira vez, para atendimento à população, a CAIXA contava com uma equipe de 11 empregados (gerente, tesoureiro, chefe de escrituração, perito, ajudante, dois fiéis, dois escriturários, porteiro e contínuo). toleRÂncia e iGUalDaDe Instituição do Programa CAIXA de Diversidade, que passou a orientar as políticas corporativas de respeito ao ser humano e às diferenças de raça, gênero, orientação sexual e crenças religiosas. 2010 PReSenÇa nacional Ao final do ano, a estrutura de atendimento da CAIXA se apresentava composta por 2.206 agências, 10.671 unidades lotéricas e 22.345 correspondentes bancários, alcançando todo o país. enGaJamento SiStemÁtico Criação da Agenda CAIXA para Sustentabilidade, com o objetivo de habilitar gestores e equipes a praticar, nas unidades de trabalho, ações voltadas à sustentabilidade e à responsabilidade social empresarial. 2008 30 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 O quadro de colaboradores da CAIXA fechou 2010 com 124 mil pessoas, entre empregados diretos, estagiários, prestadores de serviços, adolescentes aprendizes e jovens aprendizes A política de gestão de pessoas da CAIXA reflete a postura da empresa na intera- ção com seus empregados e colabora- dores. Abertura ao diálogo, respeito ao indivíduo e acolhimento da diversidade são características essenciais da organi- zação – as quais traduzem o empenho permanente em favor da valorização, da qualificação e do bem-estar das pessoas que fazem a CAIXA. Executando as iniciativas corporativas ou representando a empresa no atendi- mento aos clientes, os empregados são a face visível da CAIXA. Seus desempenhos têm importância capital para o desen- volvimento perene dos negócios e para o fortalecimento da imagem institucional. Na condição de entidade pública, há limite para o quadro de pessoal, determi- nado por órgãos controladores externos. Quando necessário, esses órgãos autori- zam o aumento do número de emprega- dos e as vagas são distribuídas de acordo com as necessidades estratégicas da empresa e preenchidas por candidatos aprovados em concursos públicos. Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 31 A CAIXA coloca em prática uma política de gestão de pessoas que se caracteriza pelo equilíbrio da estrutura de remuneração, pelo reconhecimento e pela valorização da diversidade, pelo combate à discriminação e pelo tratamento equânime entre homens e mulheres no ambiente de trabalho A exceção fica por conta dos cargos de natureza esta- tutária, que dependem de nomeação pelo presidente da República: integrantes da alta administração, membros do Conselho de Administração e do Conse- lho Diretor. Os órgãos de gestão, também segundo o Estatuto da CAIXA, devem ser integrados por brasilei- ros residentes no país. Os membros da alta gerência são recrutados localmente, ou seja, têm de ser nasci- dos ou radicados em território brasileiro. O corpo de colaboradores da CAIXA encerrou 2010 com 83.185 empregados diretos. O número representa um aumento de 2,26% em relação ao quantitativo registrado ao final de 2009. Trata-se de um quadro caracterizado pelo alto nível de escolaridade – 77,03% dos contratados possuem grau superior (graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado). Em 2010, foram realizadas 5.901 admissões (expansão de 14% ante o ano anterior) e 3.824 desligamentos, com índice de rotatividade de 4,6%. Somando os profissio- nais concursados com estagiários, prestadores de serviços, adolescentes aprendizes e jovens aprendizes, chega-se a uma força de trabalho direta e indireta de mais de 124 mil pessoas. Outra característica importante da CAIXA tem sido a busca pelo equilíbrio de sua estrutura de remuneração, dado indicado pela variação entre o menor e o maior salário pagos ao longo do ano. A diferença salarial entre a base (técnico bancário novo) e o topo da pirâmide (presidente), que era de 22,8 vezes em 2008, segueem queda: de 20,07 em 2009 para 19,32 em 2010. O menor salário pago pela CAIXA corresponde a mais do que o triplo do salário mínimo nacional. escolaridade e faixa etária* 0 156 18.949 0 43.760 19.236 1.082 0 2 0 31.869 50.886 430 20 10 es co la ri da d e Fa ix a e tá ri a Perfil dos colaboradores da caixa Empregados concursados Prestadores de serviço Adolescentes Aprendizes Estagiários Jovens Aprendizes 83.185 25.239 3.695 10.282 685 81.306 26.358 3.736 12.103 147 20 10 20 09ti po * Tendo em vista que só a partir de 2010 foi adotada esta estratificação, não há como comparar com o exercício anterior. Analfabeto Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Técnico Ensino Superior Pós-graduação Mestrado ou Doutorado Outros Não informado Menor de 18 anos De 18 a 35 anos De 36 a 60 anos Maior de 60 32 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 rotatividade de colaboradores Total de empregados no final do período Total de desligamentos no período Total de admissões no período Total de desligados acima de 45 anos de idade em relação ao total de demitidos Rotatividade (%) 83.185 3.824 5.901 2.772 4,6% 20 10 DiVeRSiDaDe e iGUalDaDe De oPoRtUniDaDeS Alinhada com as diretrizes governamentais, a CAIXA reco- nhece e valoriza a diversidade e as diferenças culturais, sociais e individuais, e opõe-se a toda forma de discriminação e pre- conceito, seja ela de raça, etnia, religião, idade, sexo, orientação sexual, orientação político-partidária ou de qualquer ordem. A CAIXA implementa e executa desde 2005 iniciativas em prol da valorização da diversidade. No entendimento da empresa, o respeito às diferenças individuais é essencial para a construção de um ambiente de trabalho que favoreça o desenvolvimento das pessoas. O combate ao preconceito e à discriminação tem respaldo no próprio Planejamento Estratégico, que prevê a formulação de políticas promotoras da igualdade de oportunidades – inclusive por meio de ações afirmativas. Nesse sentido, vêm sendo realizadas as seguin- tes iniciativas: • adesão aos princípios de “empoderamento” das mulheres – Iniciativa resultante da parceria entre o Fundo de Desen- volvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) e o Pacto Global das Nações Unidas, tem por objetivo oferecer à comunidade empresarial um conjunto de estratégias que visam ampliar e valorizar a liderança feminina no mercado de trabalho. • autodeclaração de raça/cor – Realização de campanha de esclarecimento e estímulo à autodeclaração racial, na qual empregados são convidados a refletir sobre as nuanças de raça/cor e a participar de discussões sobre a temática racial e a valorização de raças/cores historicamente discriminadas. • campanha equilíbrio de Gênero nos cargos de Gestão – A CAIXA entende que a participação mais equânime de homens e mulheres nos cargos decisórios é fundamental para consolidar-se como empresa inclusiva e cada vez mais competitiva. Daí a promoção da campanha, que se esten- deu de março a dezembro de 2010. A ideia é reconhecer as unidades da CAIXA que mantiverem o índice de equilíbrio de gênero na ocupação de cargos gerenciais e de gestão, ou que evoluírem em 10% na ocupação de cargos gerenciais e de gestão, rumo ao equilíbrio. • instauração de comissões de diversidade – O objetivo consiste em potencializar a disseminação dos valores da equidade de gênero, da igualdade racial e da inclusão de pessoas com deficiência em toda a estrutura organizacio- nal e em todas as regiões brasileiras, de modo a contribuir para criar um ambiente que proporcione oportunidades de desenvolvimento profissional para todos, sem qualquer tipo de discriminação. rotatividade de emPregados Por faixa etária, gênero e região* Fa ix a e tá ri a 20 10 G ên er o re G iã o - 2,50% 5,29% 15,59% 5,15% 3,52% 3,14% 4,24% 4,29% 4,56% 4,26% Menor de 18 De 18 a 35 De 36 a 60 Maior de 60 Mulheres Homens Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste menor salário Pago Pela caixa e ProPorção em relação ao salário mais alto a n o 2009 2010 R$ 1.452,00 R$ 1.637,00 pr o po rç ã o20,07 19,32M en o r sa lá ri o p a G o * Tendo em vista que só a partir de 2010 foi adotada esta estratificação, não há como comparar com o exercício anterior. 81.306 1.722 5.061 841 2,11% 20 09 relação entre o menor salário da caixa e o salário mínimo nacional* it eM Proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo 3,21 20 0920 10 * Salário mínimo brasileiro de R$ 510,00, conforme Portaria MP nº 474/2009. 3,12 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 33 A CAIXA persegue a meta do tratamento equânime entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Dentro desse objetivo, não admite distinções salariais relaciona- das a gênero. Os salários estão alinhados ao cargo efetivo ocupado pelo colaborador e ao Plano de Funções Gratifica- das (PFG), implantado em 2010 para substituir o Plano de Cargos Comissionados (PCC). Pelas ações empreendidas nessa área de 2009 a 2010, a CAIXA recebeu o Selo Pró-Equidade de Gênero, promovido pela Secretaria de Promoção da Mulher (SPM) da Presi- dência da República – e também um troféu, conferido apenas a instituições certificadas com o selo por três vezes consecutivas. Perfil da diversidade na caixa (gênero, raça, deficiência e idade) eM pr eG a d o s Negros frente ao total de empregados Negros em cargo de gestão, frente ao total de gestores Negros em chefia de unidades, frente ao total de cargos de chefia de unidade Mulheres frente ao total de empregados Mulheres em cargo de gestão, frente ao total de gestores Mulheres em chefia de unidades, frente ao total de cargos de chefia de unidades 19,47% 15,27% 13,02% 45,97% 39,16% 26,08% 20 09 20 10 17,53% 13,48% 11,69% 46,48% 39,75% 27,21% À frente das iniciativas corporativas ou representando a empresa no atendimento aos clientes, os empregados são a face visível da CAIXA BenefícioS Os benefícios agregados ao salário têm se tornado fator decisivo nas políticas de atração e retenção de talentos adotadas pelas empresas. Na CAIXA não é diferente: determinada a manter elevado o nível de seu quadro profissional, a organização investe em políticas que somem à remuneração competitiva um diferencial que ultrapasse as conquistas trabalhistas já asseguradas pela legislação. A CAIXA tem como regra oferecer os mesmos benefícios, indiscriminadamente, a todos os empregados, inde- pendentemente de sua jornada de trabalho. É o caso do plano de assistência médico-hospitalar Saúde CAIXA. 34 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 diversidade na caixa eM pr eG a d o s Mulheres Mulheres negras (pretas e pardas) Homens negros (pretos e pardos) Pessoas com deficiência* Pessoas acima de 45 anos 39,16% 5,11% 10,15% 0,29% 43,73% 45,97% 7,93% 11,54% 1,12% 37,13% 39,75% 4,35% 9,13% 0,25% 43,67% 20,00% 20,00% 0,00% 0,00% 100,00% Fr en te a o to ta l d e em pr eg ad os D ire to re s e m re la çã o ao to ta l d e ca rg os d e D ire to ria 46,48% 7,33% 10,61% 0,54% 37,12% 20,00% 20,00% 0,00% 0,00% 100,00% G er en te s f re nt e ao to ta l d e ca rg os g er en ci ai s Fr en te a o to ta l d e em pr eg ad os G er en te s f re nt e ao to ta l d e ca rg os ge re nc ia is D ire to re s e m re la çã o ao to ta l d e ca rg os d e D ire to ria Perfil de salários (salário médio) ca te G o ri a s Cargos administrativos Homens negros (pretos/pardos) Homens brancos Mulheres negras (pretas/pardas) Mulheres brancas Cargos gerenciais Homens negros (pretos/pardos) Homens brancos Mulheres negras (pretas/pardas) Mulheres brancas Cargos de Diretoria Homens negros (pretos/pardos) Homens brancos Mulheres negras (pretas/pardas) Mulheres brancas R$ 5.569,84 R$ 6.021,74R$ 5.212,68 R$ 5.551,65 R$ 11.159,27 R$ 11.713,85 R$ 10.817,86 R$ 10.918,00 R$ 0,00 R$ 38.674,78 R$ 41.440,09 R$ 0,00 20 09 20 10 R$ 5.065.06 R$ 5.521.25 R$ 4.785.86 R$ 5.161.46 R$ 9.956.76 R$ 10.546.51 R$ 9.821.19 R$ 9.972.66 R$ 0,00 R$ 25.493.62 R$ 29.524.62 R$ 0,00 Quinto maior do país, com abrangên- cia nacional, o plano atende a todos os profissionais da ativa, aposentados, pensionistas e seus dependentes, incluindo entre suas coberturas assistência odontológica, médica, psicológica, de fonoaudiologia e fisioterapia; serviço de home care; internações e remoções terrestres e aéreas. Tem mais de 244 mil beneficiá- rios e conta com 20 mil credenciados em todo o Brasil. Filhos de empregados da CAIXA portadores de deficiência incapacitante têm direito à assistên- cia na área da saúde mesmo após completarem 24 anos de idade. Entre os benefícios de maior peso no que diz respeito à atratividade e retenção de talentos está o plano de previdência privada administrado pela Fundação dos Economiários Federais (Funcef). Instituição de direito privado criada pela CAIXA em 1977, a Funcef é o terceiro maior fundo de pensão do Brasil. Por meio dela, a empresa patro- cina o Novo Plano – plano de previdên- cia complementar aberto a todos os empregados, mas de adesão facultativa. O percentual mínimo de contribuição é de 5% do salário de participação e o máximo, de 12%. O teto de contribuição, definido no regulamento do plano, é reajustado anualmente. De sua parte, a CAIXA contribui com o mesmo valor pago pelo empregado. 2010 2009 * Na condição de empresa pública, a CAIXA admite seus empregados obrigatoriamente por concurso público e, em cumprimento ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC) nº 060/2008, convoca os candidatos aprovados de forma alternada e proporcional, iniciando pela lista de pessoas com deficiência. O percentual estabelecido em lei (5%) não foi alcançado pelas seguintes razões: • Nem todos os polos possuem candidatos habilitados e, às vezes, quando possuem, não atingem a proporção de 5%. • Na etapa de exames médicos, os candidatos são avaliados quanto à comprovação de sua deficiência. Caso não seja comprovada a deficiência, esses candidatos retornam para a listagem geral de classificação, como não portadores de deficiência; • Os candidatos considerados inaptos para o cargo são excluídos do certame. • Há, ainda, a ocorrência de desistência dos candidatos portadores de deficiência. Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 35 moDaliDaDeS Da PReViDência comPlementaR Da caiXa Benefício programado pleno – Bene- fício de renda continuada, devido ao participante que cumprir as condi- ções previstas no Novo Plano para a sua concessão. Benefício programado antecipado – Benefício de renda continuada, de caráter facultativo, devido ao parti- cipante que se manifestar pelo seu recebimento depois de cumpridos os requisitos previstos no Novo Plano. Benefício por invalidez – Benefício de renda continuada, assegurado ao participante que for considerado inválido. abono anual – Benefício devido ao assistido a título de 13ª parcela, correspondente ao valor do benefí- cio de renda continuada do mês de dezembro. Benefício Único antecipado – Valor único, pago conforme definido no Novo Plano, por ocasião da concessão do benefício de renda continuada, mediante solicitação do assistido. No caso de interrupção do vín- culo empregatício com a CAIXA, o associados da funcef Total de empregados CAIXA Empregados CAIXA ativos associados Empregados CAIXA ativos associados (%) Quantidade de associados (participantes, assistidos e pensionistas) 83.185 79.537 95,61% 111.476 20 10 participante dispõe de uma série de alternativas. O Benefício Propor- cional Diferido (BPD), por exemplo, abre a possibilidade de opção pelo recebimento dos proventos em tempo futuro. É possível também fazer a portabilidade dos recursos financeiros para outro plano de previdência complementar ou para uma sociedade autorizada a operar planos do gênero. Caso opte pelo resgate do saldo do benefício, o participante pode fazê-lo à vista ou em até 12 parcelas. E há, ainda, a possibilidade do autopatrocí- nio: ou seja, o beneficiário pode optar por continuar a recolher as contribui- ções normais, por conta própria. 81.306 72.782 89,51% 105.505 20 09 Determinada a manter elevado o nível de seu quadro profissional, a CAIXA investe em políticas que somem à remuneração competitiva um diferencial que ultrapasse as conquistas trabalhistas já asseguradas pela legislação 36 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 Educação E trEinamEnto A Universidade Corporativa CAIXA tem como foco o desenvolvimento pessoal e profissional da equipe de colaboradores. Seu objetivo é manter, em seu quadro, pessoas capacitadas para o pleno exercício de suas atividades – seja por meio de programas de formação e capacitação em sua área específica de atuação, seja pelo estímulo à progressão em cursos da educação formal. As ações educacionais da Universidade podem ser realizadas na modalidade presen- cial, em espaço físico apropriado, e também a distância, por meio de ações de e-learning no ambiente da intranet e da internet. Em 2010, o conjunto dos empregados da CAIXA recebeu uma carga total de 880.298 horas de treina- mento, com 55.886 participações. Já em seu ingresso na empresa, os emprega- dos têm à disposição treinamentos específi- cos. É orientação da empresa que, em até 180 dias a partir da admissão, o recém-contratado participe dos cursos de Atendimento e Cida- dania, Pessoas com Deficiência e Responsa- bilidade Social Empresarial. Conforme a car- reira profissional evolui dentro da empresa, novas iniciativas educacionais são propostas: a CAIXA disponibiliza treinamento a todas as categorias funcionais de seu quadro de pes- soas, independentemente do cargo ocupado. A instituição entende que tais ações de desenvolvimento pessoal e profissional repercutem diretamente na melhoria do clima organizacional e na qualidade do atendimento Em até 180 dias após a admissão, os novos contratados participam de cursos de Atendimento e Cidadania, Pessoas com Deficiência e Responsabilidade Social Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 37 Horas de treinamento Por cargo (2010) ca rG o c o M is si o n a d o Diretoria Gerência Chefia/Coordenação Técnica/Supervisão Administrativo Operacional Total 7 2.948 13.263 29.306 3.312 34.349 83.185 4 2.898 14.050 26.057 2.887 30.951 76.847 46 123,57 144,35 112,26 85,9 107,7 - Ca rg a H or ár ia322 364.299 1.914.463 3.289.973 284.514 3.677.822 9.531.393 To ta l d e Em pr eg ad os Em pr eg ad os P ar tic ip an te s M éd ia d e H or as d e Tr ei na m en to po r E m pr eg ad o treinamentos caixa (2010) cu rs o Atendimento e Cidadania Coleta Seletiva Solidária Diversidade Jovem Aprendiz Libras Libras – Virtual Pessoas com Deficiência Responsabilidade Ambiental nos Negócios Responsabilidade Social Empresarial – Conhecendo Responsabilidade Social Empresarial – Indicadores Seminário de Integração 15 4 8 16 60 10 1 25 15 20 30 108.810 13.364 832 6.032 90.420 94.970 4.775 9.725 235.050 145.680 170.640 Pa rt ic ip aç õe s7.254 3.341 104 377 1.507 9.497 4.775 389 15.670 7.284 5.688 Ca rg a (e m n úm er o de h or as ) To ta l d e H or as prestado à população. Em 2010, 92% dos empregados submeteram-se a algum tipo de treinamento. Na área operacional – em que estão alocados quase 40% de todo o quadro funcional – registrou-se a média de mais de 107 horas extras de treinamento por pessoa. Como parte de sua política de apoio à progressão dos empre- gados na educação formal, a CAIXA oferece a todos os empregados sem graduação um incentivo financeiro, com vistas a possibilitar novos saltos acadêmicos e profissionais. Oincentivo consiste no reembolso da mensalidade do curso superior, limitado a R$ 400,00 por mês – a complementação da mensalidade, se houver, fica a cargo do empregado. Ao final de 2010, 7% do quadro funcional (6.277 pessoas) eram empregados com graduação incentivada. Da mesma forma, a CAIXA incentiva a participação dos empregados em cursos de pós-graduação. Os cursos de especialização em nível de pós-graduação lato sensu são voltados às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional e com caráter de educação continuada. No caso, o incentivo é direcionado a empregados que necessitam de conhecimentos com alto grau de especia- lização para o desempenho de suas atividades ou para o desenvolvimento de projetos estratégicos. A CAIXA tam- bém incentiva interessados em cursos de pós-graduação 38 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 stricto sensu, a partir da identificação das necessidades corporativas de capacitação para o alcance das metas e dos desafios propostos no planejamento estratégico, a médio e longo prazos. Mais de 18 mil empregados da CAIXA são pós-graduados ou cursam a pós-graduação, o que corresponde a 22% do quadro funcional. Desse total, 6.007 pessoas têm ou tiveram seus estudos apoiados pelo incentivo financeiro da empresa. emPReGaBiliDaDe e fim De caRReiRa Assim como as empresas buscam atrair talentos, cabe aos bons profissionais também se manterem sempre “atraen- tes” para o mercado de trabalho. Em outras palavras, isso Ações de desenvolvimento pessoal e profissional têm impacto na melhoria do clima organizacional. Em 2010, 92% dos empregados submeteram-se a algum tipo de treinamento. Na área operacional, registrou-se a média de mais de 107 horas de treinamento por pessoa emPregados com graduação – recursos PróPrios e incentivada ca rG o c o M is si o n a d o Diretoria Gerência Chefia/Coordenação Técnica/Supervisão Administrativo Operacional Total 7 2.948 13.263 29.306 3.312 34.349 83.185 0 375 1.832 2.433 270 1.367 6.277 0,00% 13,23% 14,98% 10,77% 12,48% 6,19% Po rc en ta ge m d e Em pr eg ad os co m G ra du aç ão e m R el aç ão à C at eg or ia de C ar go C om is si on ad o100,00% 96,13% 92,18% 77,12% 65,31% 64,32% To ta l d e Em pr eg ad os 7 2.834 12.226 22.600 2.163 22.093 61.923 Co m G ra du aç ão Em pr eg ad os co m G ra du aç ão In ce nt iv ad a Po rc en ta ge m d e G ra du aç ão In ce nt iv ad a em R el aç ão a o To ta l d e G ra du ad os emPregados com Pós-graduação – recursos PróPrios e incentivada ca rG o c o M is si o n a d o Diretoria Gerência Chefia/Coordenação Técnica/Supervisão Administrativo Operacional - 7 2.948 13.263 29.306 3.312 34.349 83.185 2 821 1.753 2.047 23 1.361 6.007 40,00% 54,73% 39,56% 27,93% 7,90% 27,01%P or ce nt ag em d e Em pr eg ad os Pó s- G ra du ad os e m R el aç ão à Ca te go ria d e Ca rg o Co m is si on ad o71,43% 50,88% 33,41% 25,01% 8,79% 14,67% To ta l d e Em pr eg ad os 5 1.500 4.431 7.328 2.091 5.039 18.594 Co m P ós -G ra du aç ão Em pr eg ad os co m P ós -G ra du aç ão In ce nt iv ad a Po rc en ta ge m d e Pó s- G ra du aç ão In ce nt iv ad a em R el aç ão a o To ta l d e Pó s- G ra du ad os Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 39 significa preservar a empregabilidade. A CAIXA apoia sua força de trabalho nesse sentido, contribuindo para que as pessoas aprimorem suas habilidades, desenvolvam suas potencialidades e se atualizem acerca das demandas presentes e futuras do mercado de trabalho. O modelo de “Gestão de Pessoas por Competência” adotado pela CAIXA tem como objetivos: • facilitar a implementação das estratégias da CAIXA; • subsidiar o desenvolvimento e encarreiramento do empregado; • subsidiar o provimento das funções gratificadas; • manter banco de sucessores para as funções gratificadas; • subsidiar a gestão do conhecimento; • subsidiar as demais ações para a gestão de pessoas; • contribuir para o alcance da Missão, da Visão e dos Desafios Estratégicos. O sistema integrado de gestão de pessoas baseia-se no conhecimento sobre os empregados e a organização, a fim de estruturar, integrar, orientar e acompanhar ações de provimento, seleção, desempenho, reconhecimento, capacitação e retenção em busca do melhor desempenho para a organização e para os empregados. Por meio de sua Universidade Corporativa, a empresa disponibiliza, por exemplo, programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua, com vistas não só à gestão da carreira com foco na empregabilidade, A Universidade Corporativa CAIXA disponibiliza programas para o desenvolvimento de competências e a aprendizagem contínua 40 Relatório de Sustentabilidade CAIXA 2010 mas também a preparar as pessoas para gerenciarem sua retirada do mercado de trabalho. Nesse contexto, as análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira têm importância crucial. O sistema que viabilizará as avalia- ções de competências e desempe- nho terá projeto piloto iniciando-se em 2011. Já neste ano, será possível contar com algumas informações numéricas, como o registro das competências dos empregados mapeados em cada unidade, quan- tidade de competências mapeadas, percentual de empregados avaliados e percentual de certificações obtidas. Em 2010, das 151 Gerências Nacionais, 114 identificaram e validaram uma competência específica, por meio da qual os empregados vinculados serão avaliados. SaúDe e SeGURanÇa no tRaBalHo A totalidade dos empregados da CAIXA está representada nos deba- tes sobre programas de segurança e saúde ocupacional por meio das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs) – instâncias dedicadas à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a compatibilizar o desempe- nho profissional com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. As CIPAs estão devidamente cons- tituídas e funcionam regularmente na CAIXA, tendo seus representan- tes eleitos pelos empregados. Nas unidades da empresa com menos de 100 empregados, onde não existe a obrigatoriedade legal da CIPA, um empregado é eleito para ficar responsável pelas atribuições dessa área. Como instância especializada adicional, a CAIXA instituiu, por meio de Acordo Coletivo de Trabalho, o GT Saúde. Trata-se de um grupo de traba- lho composto por representantes da empresa e dos empregados, voltado para o tema da saúde do trabalhador. O Programa Qualidade de Vida CAIXA promove a valorização das pessoas e estimula a adoção de uma vida saudável dentro e fora do ambiente de trabalho, o que se traduz em ações dirigidas não só aos empregados, mas também a seus familiares e à comunidade. Lançado em 2005, desde então realiza iniciativas em benefício da saúde: física, emocional, intelec- tual, social, e profissional. Entre as ações de destaque do Programa Qualidade de Vida CAIXA no campo da saúde estão o custeio para tratamento antitabagista, a orientação nutricional, a ginástica laboral, a campanha de vacinação antigripe e o programa de controle e prevenção do estresse (experiência- piloto em Brasília, Recife e São Paulo). No que diz respeito à segurança no trabalho, podem-se citar iniciativas como a dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); do Programa de Reabilitação Ocupacional (PRO) e da Brigada Voluntária de Saúde CAIXA. liBeRDaDe De aSSociaÇÃo O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) celebrado entre a CAIXA e as representações sindicais baseia-se nos pressupostos da liberdade de associação e da negociação coletiva. O documento prevê a liberação, com ônus para a empresa,
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