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CARTILHA (IGF)

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Imposto sobre Grandes Fortunas
Socorro Lira
Talita Feitosa
Vitoria Yasmim 
1
Apresentação ..................................................................................................................................................................... 3
O que é o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) .............................................................................................. 4
Para que seve o IGF.......................................................................................................................................................... 5
Aspectos tributários do IGF...........................................................................................................................................6
Por que tributar o IGF......................................................................................................................................................8
O IGF aplicado em outros países..................................................................................................................................9
França..................................................................................................................................................................................10
Argentina............................................................................................................................................................................11
Noruega...............................................................................................................................................................................12
O famoso Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF tendo como ponto de partida os projetos de leis que tramitam no Senado..............................................................................................................................................13
PL 130/2012.....................................................................................................................................................................14
PL 50/2020........................................................................................................................................................................15
PL 74/2022........................................................................................................................................................................16
Considerações Finais - Costurando esses PL’s...........................................................................................17 e 18
Referências ..............................................................................................................................................................19 e 20
SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO 
 Essa cartilha tem o instituto de falar um pouco sobre Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), de modo que, os super-ricos deveriam tributar de acordo com as suas fortunas. Todavia, não se obtendo, acarreta na tributação e na desigualdade econômica. Porém, no Brasil não é aplicado esse imposto, mas que se aplicado ajudaria no crescimento e bem-estar do nosso país. 
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O que é o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)?
A desigualdade no mundo é impulsionada por uma concentração muito elevada de riqueza, agravada pela tributação mínima dos ricos, em grande parte devido a uma combinação de isenções regressivas e baixas taxas marginais de imposto.
O imposto sobre grandes fortunas é uma das ideias propostas para reduzir a desigualdade social, pois é um imposto que visa os indivíduos mais ricos de um determinado território. Este tipo de imposto é considerado progressivo. Quanto mais bens pessoais você tiver, maior será sua responsabilidade fiscal.
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Para que serve o IGF?
O Imposto sobre Fortunas (IGF) está previsto no artigo VII, inciso 153, da Constituição Federal de 1988. Porém, apesar de ser uma medida constitucional, nunca foi regulamentada ou implementada no Brasil.
O imposto seria cobrado, portanto, sobre aqueles patrimônios considerados grandes fortunas, ou seja, ficaria estabelecida uma alíquota (porcentagem) que define em quanto o patrimônio deve ser tributado. A definição de “grandes fortunas”, por sua vez, gera bastante controvérsia, pois pode ter diferentes pontos de discussão.
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ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DO IGF
 Conforme art. 153 inciso VII da Constituição, “compete à União instituir imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar”. Embora prescinda de lei instituidora, decorre do texto constitucional que: a competência, ou seja, aptidão para instituir o IGF, é da União; sua hipótese de incidência será a titularidade sobre grande fortuna (critério material) localizada no território brasileiro (critério espacial); o sujeito ativo – pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir seu cumprimento (art. 119, CTN) – deverá ser definido pela lei que o instituir, sendo presumível que será a União, e o sujeito passivo – pessoa obrigada ao pagamento do tributo (art. 121, CTN) – será o titular de grande fortuna.
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Por que tributar o IGF?
A tributação de enormes riquezas deve ser consistente com o quadro da ordem económica global. Em essência, o objetivo deste imposto é exigir uma grande responsabilidade social para promover a justiça social daqueles que utilizam as regras do mercado, especialmente aqueles que alcançam resultados superiores, de preferência a longo prazo. Isso não significa necessariamente que a Constituição seja ruim para a construção de riqueza maciça no Brasil. Tudo o que é necessário é um fardo económico que preserve a riqueza à custa da população. É evidente que a Constituição de 1988 visa promover uma justiça igualitária específica que não prejudique os esforços nem os torne a única e exclusiva razão para resultados económicos favoráveis
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O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é um tributo que incide sobre o patrimônio de pessoas físicas com elevado patrimônio líquido. Embora o IGF seja adotado em alguns países ao redor do mundo, é importante destacar que as legislações fiscais e as consequências variam de acordo com cada nação. Será apresentado um resumo geral sobre o IGF em outros países e algumas de suas possíveis consequências.
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FRANÇA 
A França é conhecida por ter implementado o IGF, chamado de "Imposto sobre a Fortuna" (ISF), tendo cinco alíquotas que vão de 0,5% a 1,5%, tendo como regra que impede que a cobrança exceda 75% da renda individual declarada. O ISF foi estabelecido para tributar os indivíduos com patrimônio líquido superior a um determinado valor. A consequência dessa política é a arrecadação de recursos adicionais para o governo, que podem ser utilizados em projetos sociais e investimentos públicos. No entanto, o ISF também gerou debates sobre a fuga de capitais e a possível redução de investimentos no país.
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A Argentina é outro exemplo de país que já adotou o IGF, conhecido como "Imposto sobre os Bens Pessoais" (IPB). Na Argentina, o limite de isenção do imposto é de cerca de 2 milhões de pesos argentinos, e a alíquota do IPB, que chegou a ser de 0,75% foi reduzida para 0,25% nos últimos anos. Essa medida busca tributar os detentores de grandes fortunas para reduzir as desigualdades sociais. A consequência esperada é a geração de recursos adicionais para investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura. No entanto, críticos argumentam que o IPB pode afetar negativamente o investimento privado e a competitividade do país.
ARGENTINA
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A Noruega é um país que o imposto sobre grandes fortunas é descentralizado, sendo arrecadado por governo regionais, e cobrado apenas de pessoas físicas. Na Noruega as alíquotas são de 0,7% (piso) e 0,15% (teto), com limite de isenção nacional de 1,48 milhão de coroas norueguesas, que corresponde a R$ 926.173. Portando, significa que quem tem bens e ativos financeiro acima desse valor são tributadas. Por ano,a arrecadação desse tributo representa 0,5% do PIB do país, e recai sobre 15 mil contribuintes, num país de 5,4 milhões de habitantes. Embora não tenha um imposto específico sobre grandes fortunas, a Noruega adota uma abordagem progressiva de tributação, em que indivíduos com altos rendimentos e patrimônio são tributados em uma proporção maior. 
Essa de acordo com a estrutura política visa a reduzir as desigualdades e financiar os serviços públicos. As consequências desse modelo são a promoção da igualdade social e um sistema de bem-estar robusto. É importante ressaltar que o impacto do IGF pode variar econômica, social e política de cada país. Além disso, a implementação de um imposto sobre grandes fortunas é frequentemente um tema controverso, pois pode gerar debates sobre a eficácia da medida, possíveis efeitos na economia e a capacidade de atrair e reter investimentos.
Noruega
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O famoso Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF tendo como ponto de partida os projetos de leis que tramitam no Senado:
É certo que se o leitor fizer uma busca rápida no site do Senado Federal, ou mesmo na internet de forma geral, com o seguinte título “IGF” logo encontrará, no mínimo, 5 (cinco) propostas apresentadas naquela Casa Legislativa. Mas as questões a se pensar são:
 
1. Por que tantas propostas?
 
2. A instituição do IGF é assegurada na Constituição Federal de 1988, então porque que mais de 30 anos após a promulgação da Carta Magna, ainda não se tributa referido imposto?
Com isso mente, para fomentar essa discussão tomaremos como base as proposituras dos Projetos de Lei – PL de números 130/2012, 50/2020 e 74/2022, desde já justificando que a escolha desses projetos entre tantos se baseou na problemática elencada como justificativa para suas proposituras. 
PL 130/2012
 Neste projeto da bancada petista na Câmara dos Deputados, com autoria dos deputados Paulo Teixeira PT/SP, Jilmar Tatto PT/SP, Amaury Teixeira PT/BA, Assis Carvalho PT/PI, Claudio Puty PT/PA, José Guimarães PT/CE, Pedro Eugênio PT/PE, Pepe Vargas PT/RS e Ricardo Berzoini PT/SP, as principais questões elencadas são o impacto positivo na redução das desigualdades de renda alcançados com a promoção do Programa Bolsa Família, e a elevada pobreza da população de baixa renda em relação aos pobres dos 80 países que apresentam renda per capita inferior a brasileira ipsi literis “entretanto, somente 43% - 34 países – apresentam os 20% mais pobres da sua população com renda menor que a renda dos 20 % mais pobres brasileiros (BRASIL, a, 2023, p. 5)”.
 
 Explicando, o dado apontado implica dizer que dos 80 países com renda per capita inferior a do Brasil, 44 países ainda tem pobres “mais abastados” que os pobres do Brasil, ou seja, os brasileiros pobres são muito mais pobres do que deveriam ser.
 Inegável é que a justificativa da propositura do projeto em comento tem fundamentos fortes, de um lado a experiência exitosa do Bolsa Família, do outro, a dura realidade do ranking da “pobreza interna bruta”. 
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PL 50/2020
 No início de 2020 o Brasil passou pela turbulenta e deletéria Pandemia do Covid-19. Por si só o termo “pandemia” já era para ser capaz de instituir qualquer medida de enfretamento a calamidade pública, qualquer tributo, enfim qualquer coisa que pudesse ajudar a população brasileira a passar por essa “barra” com o mínimo de perdas possível, ao menos no nosso entendimento. Nessa mesma esteira, foi o entendimento da Senadora Eliziane Gama PSD/MA, que em defesa de sua proposta pontuou que antes mesmo da crise o cenário da desigualdade já era assolador (BRASIL, b, 2023, p. 7) e ainda destacou “grandes fortunas são resultado não apenas de mérito, mas também de décadas de renúncias fiscais, de crédito subsidiado, de proteção tarifária” (BRASIL, c, 2023, p. 8). 
 No que pese ter sido a pandemia do Covid-19 um divisor de águas na história do mundo, e notadamente, na história dos países em desenvolvimento a exemplo do Brasil, “as águas que passaram por debaixo dessa ponte” não foram suficientes para implementar o IGF. 
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PL 74/2022
 Nesta proposta de projeto de lei de autoria do Dep. Nereu Crispim PSD/RS defende que sua pretensão é oportuna, pois tem fulcro na “crise dos preços dos combustíveis que têm refletido mobilização de renúncias fiscais, propostas de subsídios e onerações a todo o ciclo econômico-produtivo, a que precisa ser pensado de forma conjunta a equilibrar receitas, despesas e renúncias fiscais” (BRASIL, d, 2023, p. 10).
 A base do projeto tem seu viés principal na política de preços dos combustíveis que afeta diretamente o setor de transporte de forma geral, mas resvala fortemente no consumidor final que depende do serviço de transporte para obter mercadorias, bem como para se locomover, entre outros motivos que se podem citar.
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Considerações Finais - Costurando esses PL’s
Passando pelas abordagens feitas nesta cartilha, o que é o IGF, para que serve, porque tributar, como ele é tributado em outros países, os projetos de lei de instituição do IGF e suas perspectivas, fica demonstrado que não faltam razões para postergar a implementação desse tributo, é urgente. Como bem foi destacado no PL 50/2020 as grandes fortunas não são resultado apenas de mérito, há mais sobre privilégio e proteção a ser observado, do que tão somente mérito, esse é um ponto.
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 Outro ponto é a dura realidade da desigualdade patrimonial da população brasileira, uma parcela tão pequena – os super-ricos, detém mais que o suficiente para alimentar a parcela populacional dos super-pobres.
 Um dos tributos que tem potencial para combater as desigualdades de renda no Brasil, certamente é o IGF, além de ser justo que “quem tenha mais, pague mais”. No entanto, ainda que pautados em bases sólidas, a citar, a desigualdade de renda, a pandemia do Covid-19 ou a crise dos combustíveis, até o momento nenhum dos PL’s alcançou a proeza de finalmente instituir o IGF, que não passa de uma utopia tributária.
18
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei 130/2012. Disponível em: 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=534163 . Acesso em: Setembro de 2023. 
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei 50/2020. Disponível em: 
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/141223 . Acesso em: Setembro de 2023.
BRASIL. Senado Federal. Projeto de Lei 74/2022. Disponível em: 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2313865 . Acesso em: Outubro de 2023.
DN/Lusa. Governo francês quer aumentar controlo fiscal das grandes fortunas. 2023. Disponível em: https://www.dn.pt/internacional/governo-frances-quer-aumentar-controlo-fiscal-das-grandes-fortunas-16318426.html . Acesso em: Outubro de 2023.
GUERRA, Leonardo da Silva. Breves considerações acerca do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). Disponível em: https://apet.org.br/artigos/breves-consideracoes-acerca-do-imposto-sobre-grandes-fortunas-igf/ . Acesso em: Outubro de 2023. 
19
20
REIS, Tiago. Imposto sobre grandes fortunas: entenda esse tipo de taxação. 2021. Disponível em: https://www.suno.com.br/artigos/imposto-sobre-grandes-fortunas/ . Acesso em: Outubro de 2023.
 
SANTOS, Ana Paula. Imposto sobre grandes fortunas: você sabe como funciona?. 2020, atualizado em 2023. Disponível em: https://www.politize.com.br/impostos-sobre-grandes-fortunas/ . Acesso em: Outubro de 2023.
 
VILELA, Pedro Rafael. Como funciona a taxação de grandes fortunas em outros países?. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/28/como-funciona-a-taxacao-de-grandes-fortunas-em-outros-paises . 2020. Acesso em: Outubro de 2023.

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