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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA JOYLSON BENTES CANTO JOÉLIA MARIA SANTANA GUERRA EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022. BELÉM – PARÁ 2024 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EMDICINA VETERINÁRIA EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022. Dissertação de especialização apresentada à Universidade Federal Rural da Amazônia como parte das exigências do curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária: área de concentração em Defesa Sanitária Animal, para obtenção do título de especialista. Orientadora: Profa. Dra. Andréa Maria Góes Negrão BELÉM – PARÁ 2024 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecas da Universidade Federal Rural da Amazônia Gerada automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) C232e Canto, Joylson Bentes EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022. / Joylson Bentes Canto, Joélia Maria Santana Guerra. - 2023. 25 f. : il. color. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) - Especialização em Defesa Sanitária e Inspeção de Produtos de Origem Animal, Campus Universitário de Belém, Universidade Federal Rural Da Amazônia, Belém, 2023. Orientador: Profa. Dra. Andréa Maria Góes Negrão 1. Vacinação. 2. Febre Aftosa. 3. Controle. 4. Vigilância Epidemiológica. I. Negrão, Andréa Maria Góes, orient. II. Título CDD 338.176211098115 4 JOYLSON BENTES CANTO EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022. Dissertação de especialização apresentada à Universidade Federal Rural da Amazônia como parte das exigências do curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária: área de concentração em Defesa Sanitária Animal, para obtenção do título de especialista. Aprovado em fevereiro de 2024. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Profa. Dra. Andréa Maria Góes Negrão Orientadora Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA ________________________________________________________________ Prof. Dr. Alexandre do Rosário Casseb Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA ________________________________________________________________ Profa. Dra. Nazaré Fonseca de Souza Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA 4 JOÉLIA MARIA SANTANA GUERRA EVOLUÇÃO DO CONTROLE DA FEBRE AFTOSA NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022. Dissertação de especialização apresentada à Universidade Federal Rural da Amazônia como parte das exigências do curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária: área de concentração em Defesa Sanitária Animal, para obtenção do título de especialista. Aprovado em fevereiro de 2024. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Profa. Dra. Andréa Maria Góes Negrão Orientadora Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA ________________________________________________________________ Prof. Dr. Alexandre do Rosário Casseb Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA ________________________________________________________________ Profa. Dra. Nazaré Fonseca de Souza Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem para em qualquer topada. Bob Marley RESUMO A Febre aftosa é uma doença viral de disseminação muito rápida, assim, o controle dessa doença, em uma região com grandes adversidades e desafios requer cautela na execução das ações e na avaliação dos resultados apresentados, uma vez que, há apenas uma entidade à frente dos trabalhos árduos propostos por Instituições Federias e Internacionais. Desde o ano de 2003, com a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará – ADEPARÁ, como órgão público fiscalizador e controlador das doenças animais de interesse econômico e de saúde pública, tendo como ações prioritárias e fundamentais o controle e erradicação da Febre Aftosa, uma doença de que pode acarretar prejuízos econômicos imensuráveis, levando a uma desvalorização do rebanho regional. Atendendo a demanda do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, o Pará aderiu ao Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa – PNEFA e iniciou os trabalhos de cadastramento obrigatório de todos produtores rurais com bovinos e bubalinos e posteriormente, a vacinação obrigatória. Através da criação de legislações aliadas a grandes atividades de conscientização através da educação sanitária, fiscalização de trânsito por meio de barreiras sanitárias, vigilâncias epidemiológicas em propriedades rurais, dentre outras, o programa foi tomando maior importância e notoriedade. Diante disso, se faz necessário demonstrar o quanto esse trabalho alavancou, visando atender exigências de comércio, e consequentemente, valorização de produtos no mercado interno e externo. Hoje, o Estado do Pará possui o status de “Livre de Febre Aftosa COM vacinação”, reconhecido, internacionalmente, pela Organização Mundial de Saúde Animal – WOHA, almejando alcançar em breve o importante reconhecimento de “Livre de Febre Aftosa SEM vacinação”. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a evolução do controle da febre aftosa no estado do Pará, considerando a vacinação o principal meio de contenção da doença, aliada a outros métodos como vigilância epidemiológica, controle de trânsito e educação sanitária entre 2018 e 2022. Palavras chaves: vacinação; febre aftosa; controle; vigilância epidemiológica. ABSTRACT Foot-and-mouthdiseaseis a viral disease that spreads very quickly, there fore, controlling this disease in a region with great adversities and challenges requires caution in carrying out actions and evaluating the results presented, since there is only one entity in charge. Of the hard work proposed by Federal and International Institutions. Since 2003, with the creation of the Agricultural Defense Agency of the State of Pará – ADEPARÁ, as a public supervisory body and controller of animal diseases of economic and public health interest, with priority and fundamental actions being the control and eradication of Fever. Foot and mouth disease, a disease that can cause immeasurable economic losses, leading to a devaluation of the regional herd. In response to the demand of the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply - MAPA, Pará joined the National Foot and Mouth Disease Eradication Program - PNEFA and began work on mandatory registration of all rural producers with cattle and buffaloes and subsequently, mandatory vaccination. Through the creation of legislation combined with major awareness-raising activities through health education, traffic inspection through health barriers, epidemiological surveillance on rural properties, among others, the program became more important and notoriety. In view of this, it is necessary to demonstrate how much this work has leveraged, directing attention to trade criteria, and consequently, valuing products in the domestic and foreign markets. Today, the State of Pará has the status of “Free from Foot and Mouth Disease WITH vaccination”, recognized internationally by the World Organization for Animal Health – WOHA, aiming to soon achieve the important recognition of “Free from Foot and MouthDisease WITHOUT vaccination”. Therefore, the present study aimed to evaluate the evolution of foot-and- mouth disease control in the state of Pará, considering vaccination as the main means of containing the disease, combined with other methods such as epidemiological surveillance, traffic control and health education between 2018 and 2022. Keywords: vaccination; foot and mouth disease; control; Epidemiological monitoring. SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 5 1.1- Importância da febre aftosa para a indústria pecuária e a economia no estado do Pará 6 2- JUSTIFICATIVA 7 3- OBJETIVOS 8 3.1 Objetivos Gerais 8 3.2 Objetivos Específicos 8 4- REVISÃO DE LITERATURA 8 4.1- Etiologia 8 4.2- Epidemiologia 10 4.3- Patogenia 11 4.4- Sinais Clínicos 12 5- METODOLOGIA 14 6- RESULTADOS E DISCUSSÕES 14 7- CONSIDERAÇÕES FINAIS 18 8- CONCLUSÃO 19 9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20 5 1- INTRODUÇÃO A febre aftosa está classificada na lista A do Código Sanitário Internacional como reflexo da sua elevada contagiosidade que coloca em risco o agronegócio das nações onde a pecuária tem importância econômica (SAMARA, 2004). A febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa, caracterizada por febre, claudicação e lesões vesiculares na língua, pés, focinho e tetas. É, provavelmente, a enfermidade de bovinos mais importante do mundo em termos econômicos. Além do impacto sobre a saúde animal a doença tem sido descrita como a principal restrição ao comércio internacional de animais e produtos de origem animal. Acomete animais biungulados como bovinos, suínos, ovinos e caprinos, assim como alguns animais silvestres como capivara, veados, entre outros (Sharma et al, 2016). No ano de 2018, o Estado do Pará recebeu pela World Organisation for Animal Health – WOAH (antiga OIE – Organização Internacional de Epizotias), o certificado de Estado Livre de Febre Aftosa Com Vacinação, sendo o resultado de uma longa jornada, desde a criação da Agência de Defesa Agropecuária do estado do Pará – ADEPARÁ, em 2003, sendo a responsável pela defesa sanitária animal e vegetal nesta jurisdição, porém com o principal papel de erradicar a febre aftosa. O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”. (BRASIL, 2017) Portanto, neste artigo, discutiremos a evolução do controle da febre aftosa no estado do Pará, com foco nas ações de vacinação e nos avanços alcançados ao longo dos anos de 2018 a 2022. 6 1.1-Importância da febre aftosa para a indústria pecuária e a economia no estado do Pará A febre aftosa diante da saúde pública seria de importância ínfima se não considerássemos sob o ponto de vista social e econômico. Afeta os produtores, empresários e famílias rurais por seus efeitos desfavoráveis sobre a produção, produtividade e rentabilidade pecuária. Incide negativamente nas atividades comerciais do setor agropecuário, prejudicando o consumidor e a sociedade em geral pela interferência que a enfermidade exerce na disponibilidade e distribuição dos alimentos de origem animal, assim como pelas barreiras sanitárias impostas pelo mercado internacional de animais, produtos e subprodutos. E mais, onera os custos públicos e privados, pelos investimentos necessários para sua prevenção, controle e erradicação (PITUCO, 2005). A reintrodução do vírus em países e regiões reconhecidas como livres ocasionou elevados prejuízos econômicos e sociais, como no Japão e Taiwan, livres da doença há quase 100 anos, vários países da Comunidade Europeia, livres há 10 anos, Argentina, Uruguai, Circuito Pecuário Sul do Brasil já reconhecidos como livres, fez com que a comunidade científica e todas as classes sociais se preocupassem com o assunto (PITUCO, 2005). Os prejuízos causados pela doença aparecem sob a forma de queda na produtividade e perda de mercados, tendo em vista barreiras sanitárias aplicadas pelos importadores de carne, custos públicos e privados de prevenção, controle e erradicação e indenização quando necessário o sacrifício dos animais. Os prejuízos se devem também as despesas para retomar os status de área livre da doença conforme regras do OIE, a perda de confiança do comprador em relação ao produto que compra tende a implicar custos significativos para os países exportadores (LIMA, 2005). A erradicação mundial da febre aftosa é dificultada pelo alto custo e nem todos os países afetados apresentam condições financeiras para realizá-la ou não tem interesse na sua erradicação pela pouca importância da pecuária em sua economia. Para toda a América, o controle da doença é extremamente importante devido à alta produção bovina e suína para o abastecimento mundial (STEIN, 2001). 7 2- JUSTIFICATIVA O controle da febre aftosa têm sido um desafio mundial, e o Brasil, por possuir o segundo maior rebanho bovídeo global e ainda ser um dos maiores exportadores de carne resolveu combater e erradicar a doença, tendo como principal artifício a implantação da vacinação nos bovinos e bubalinos e contenção imediata de focos de animais doentes. O Estado do Pará, que hoje ocupa o ranking nacional com o segundo maior rebanho bovídeo, também aderiu ao Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, e implementou em seu calendário anual, etapas de vacinação para febre aftosa, e hoje possui a certificação internacional de livre de febre aftosa com vacinação. A vacinação é uma das principais medidas de controle da doença. Ao longo dos anos, a ADEPARÁ tem promovido campanhas de vacinação em larga escala, visando sempre imunizar todo o rebanho bovídeo paraense, alcançando elevados níveis de cobertura vacinal. Essas campanhas são realizadas regularmente, seguindo as diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e as normas da World Organization for Animal Health – WOAH. Com o avanço do programa, O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, com apoio de diferentes colaboradores, elaborou um Plano Estratégico, para ser executado no Brasil no período de 2017-2026. Seu objetivo principal é criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira (BRASIL, 2017). Portanto, é fundamental demonstrar os resultados obtidos através da vacinação, para dar maior garantia e credibilidade nos trabalhos executados no Estado do Pará, a fim de galgarmos status de área livre de febre aftosa sem vacinação. 8 3- OBJETIVOS 3.1- Objetivos Gerais Avaliar aevolução do programa da febre aftosa,se faz necessária para analisar a eficácia da vacinação na prevenção e controle da doença, identificando possíveis lacunas e áreas de melhoria no programa de vacinação, visando a erradicação da febre aftosa e a garantia da saúde e segurança dos rebanhos bovinos e bubalinos no Estado do Pará. 3.2- Objetivos Específicos Demonstrar a eficácia da vacinação contra a febre aftosa em um determinado rebanho, verificando a taxa de proteção conferida pela vacina, a prevalência da doença após a vacinação e eventuais falhas no processo de vacinação. Diante disso, a avaliação da execução destas atividades para erradicação da doença, servem para mostrar o desempenho da entidade executora, no caso a ADEPARÁ, assim como o engajamento dos produtores, do setor produtivo e das entidades públicas de diversas esferas para o sucessodo trabalho. 4- REVISÃO DE LITERATURA 4.1- Etiologia A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória conforme o Código Sanitário para Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA e a Instrução Normativa nº 50/2013 do Ministério da Agricultura e Pecuária - MAPA (BRASIL, 2017).O vírus da febre aftosa (VFA) é do gênero Aphthovirus na família Picornaviridae. Existem sete principais sorotipos virais: O, A, C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e Ásia 1. O sorotipo O é o mais comum em todo o mundo. É responsável pela epidemia pan-asiática que começou em 1990 e tem afetado diversos países pelo mundo. Outros sorotipos também causam surtos graves; entretanto, o sorotipo C é incomum e não foi relatado desde 2004 (ROVID, 2015). https://www.woah.org/en/what-we-do/standards/codes-and-manuals/terrestrial-code-online-access/?id=169&L=1&htmfile=chapitre_fmd.htm https://www.woah.org/en/what-we-do/standards/codes-and-manuals/terrestrial-code-online-access/?id=169&L=1&htmfile=chapitre_fmd.htm https://www.woah.org/en/what-we-do/standards/codes-and-manuals/terrestrial-code-online-access/?id=169&L=1&htmfile=chapitre_fmd.htm https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa/arquivos/copy_of_IN50.pdf 9 O vírus da FA é inativado em pH abaixo de 6,5 (na musculatura essa condição é alcançada após o rigor mortis) e acima de 11. Ele pode sobreviver no leite e produtos lácteos após a pasteurização comum. Contudo, é inativado pela pasteurização com temperatura ultra-alta (UHT). Sua estabilidade aumenta a baixas temperaturas e pode sobreviver na medula óssea e linfonodos congelados. O vírus pode sobreviver a desidratação e permanecer por dias ou semanas em matéria orgânica sob temperaturas frias e úmidas. Ele é inativado em superfícies secas ou sob radiação UV (BRASIL, 2009). O vírus pode sobreviver por 24 a 48 horas no trato respiratório humano, podendo ser disseminado se não forem tomadas medidas preventivas (BRASIL, 2017). Tabela 1: Sobrevivência do vírus da febre aftosa em objetos contaminados à temperatura ambiente - 25ºC OBJETOS CONTAMINADOS SEMANAS Solo 1-21 Sujeira, areia de estábulo 1-10 Areia de estrada, solo de jardim 1,5-4 Excrementos (verão-inverno) 1-24 Resíduos líquidos (Amônia) 3-15 Estábulos (Verão-inverno) 2-11 Paredes, Tijolos 2-4 Solo, água 4 Plantas forrageiras (verão-inverno) 1-7 Fardo de feno (verão-inverno) 4-29 Saco de cimento 20 Farinha 7 Vegetais 1 Água 3-14 Mosca domestica 10 Carrapatos – hinfas de carrapatos 15-20 Lã de ovelhas 2 Roupa e calçados (verão-inverno) 3-9 10 Pelo de animal 4-6 Superfície de vidro 2+ Fonte: BORTOT; ZAPPA 2013. 4.2- Epidemiologia A febre aftosa é endêmica em partes da Ásia, África, Oriente Médio e na América do Sul (somente na Venezuela). Enquanto os sorotipos O e A são amplamente distribuídos, os vírus SAT ocorrem principalmente na África (com incursões periódicas no Oriente Médio) e o Ásia 1 é encontrado apenas na Ásia. As Américas do Norte e Central, Nova Zelândia, Austrália, Groelândia, Islândia e Europa Ocidental são livres de FA. A Europa Ocidental foi afetada por alguns surtos recentes (com erradicação bem-sucedida); na América do Norte não é relatada há mais de 60 anos. O último surto nos Estados Unidos ocorreu em 1929, enquanto o Canadá e o México estão livres da febre aftosa desde 1952-1953 (ROVID, 2015). No Brasil, a última ocorrência se deu no ano de 2006 no estado do Mato Grosso do Sul, enquanto que no Pará, o último caso foi em 2004, no município de Monte Alegre/PA(PARÁ, 2023). A sua epidemiologia envolve a transmissão direta entre animais, através do ar e de produtos de origem animal contaminados. A doença tem um impacto econômico significativo e medidas de controle, como a vacinação e o isolamento de animais infectados, são adotadas para controlar a sua propagação. Os bovinos são os hospedeiros mais susceptíveis pela infeção via respiratória, sendo importantes na manutenção do ciclo epidemiológico da doença na América do Sul. Os suínos são mais susceptíveis ao vírus pela via digestiva, especialmente pela ingestão de produtos de origem animal contaminados (carne, leite, ossos, queijo e outros) (BRASIL, 2017). As principais fontes de vírus são: Contato direto entre animais (em período de incubação e clinicamente acometidos), aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen; Água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal; Ar expirado, 11 saliva, fezes e urina, leite e sêmen (até 4 dias antes dos sintomas clínicos); Carne e produtos derivados em que o pH manteve-se acima de 6,0; Pelo vento, mas somente em condições especiais (temperatura, umidade, pressão) (BRASIL, 2017). O vírus é eliminado para o meio ambiente em todas as secreções e excreções dos bovinos doentes (lagrima, secreções nasais, saliva, sêmen, leite, urina e fezes), contaminando o meio ambiente. Além dos animais infectados serem fontes também de infecção nos abatedouros, estábulos, leiteria e outras instalações (BORTOT; ZAPPA, 2013). Uma conjunção de baixa temperatura, alta umidade e ventos moderados favorecem sobremaneira a difusão do vírus, que pode alcançar locais distantes até 10Km do foco original (PIRES, 2010). A entrada do vírus geralmente se faz através das mucosas das vias digestivas através da ingestão de água e alimentos contaminados e pela via respiratória ocorre através das gotículas de ar expirado pelos animais doentes (BORTOT; ZAPPA, 2013). 4.3- Patogenia Os bovinos são os hospedeiros mais susceptíveis pela infeção via respiratória, sendo importantes na manutenção do ciclo epidemiológico da doença na América do Sul. Os suínos são mais susceptíveis ao vírus pela via digestiva, especialmente pela ingestão de produtos de origem animal contaminados (carne, leite, ossos, queijo e outros). Os bovinos geralmente são os primeiros a manifestarem os sinais clínicos, e os suínos são considerados hospedeiros amplificadores por eliminarem grandes quantidades de vírus quando infectados (BRASIL, 2017). Nem sempre a febre aftosa evolui com toda a sintomatologia clássica descrita; as lesões podem aparecer com maior ou menor intensidade, dependendo da cepa de vírus atuante, quantidade de vírus infectante e estado imunitário dos animais. Dependendo da cepa do vírus da febre aftosa, nem sempre todas as espécies suscetíveis são atingidas (BRASIL, 2009). 12 O período de incubação para a febre aftosa pode variar de acordo com as espécies animais, a dose do vírus, a cepa viral e a via de inoculação. Relata-se que em ovinos é de 1 a 12 dias, com a maioria das infecções aparecendo em 2-8 dias; 2 a 14 dias em bovinos; e geralmente 2 dias ou mais em suínos (com algumas experiências relatando sinais clínicos com 18-24 horas) (ROVID, 2015). No quadro abaixo é apresentado um diagrama com as principais fases da patogenia da febre aftosa: Tabela 2: Desenvolvimento do vírus dentro do organismo e as principais manifestações clínicas PatogeniadaFebreAftosa a.Inalaçãodovírus 24-72h (1a3dias) b.Infecçãodecélulasnacavidadenasal,faringeeesôfago c.Replicaçãodo vírus edisseminação para célulasadjacentes d. Passagemdovírusavasossanguíneoselinfáticos e.Infecçãodenóduloslinfáticoseoutrasglândulas f.Infecçãodecélulasdacavidadeoral,patas,úbereerúmen g.Começodafebre 72-96h (3a4dias) h.Aparecimentodevesículasnacavidadeoral,patas,úbereerúmen i.Salivação,descarganasaleclaudicação j.Rupturadevesículaseintensificaçãodesintomas 120h (5dias) k.Finaldafebre l. Finaldaviremiaecomeçodaproduçãodeanticorpos m.Diminuiçãodotítulodevírusemváriostecidoselíquidos desde8ºdia n.Curadelesõeseoanimalcomeçaacomer desde10ºdia o.Desaparecimentogradualdovírusdetecidoselíquidos desde15ºdiap.Aumentodaproduçãodeanticorpos q.Curacompleta (Ovíruspodepersistirnaregiãonasofaringeanaportempode6a24mesesem bovinosede4a6mesesempequenosruminantes,segundofichastécnicasdaOIE) 15dias Fonte:www.panaftosa.org.br (Links: Enfermidades Vesiculares/Febre Aftosa/Diagnósticos, acessado em julho de 2008) 4.4- Sinais Clínicos Embora haja alguma variabilidade nos sinais clínicos entre as espécies, a febre aftosa é tipicamente uma doença febril aguda com vesículas (bolhas) localizadas nos pés, na mucosa e ao redor da boca e na glândula mamária. As vesículas geralmente se rompem rapidamente, evoluindo para erosões. Dor e desconforto das lesões levam a sinais clínicos como enfraquecimento, anorexia, sialorreia, claudicação, prostração e relutância em mover-se (ROVID, 2015). http://www.panaftosa.org.br/ 13 Os bovinos são mais suscetíveis ao vírus da febre aftosa, entretanto, em animais com certo grau de imunidade para febre aftosa podem ocorrer somente lesões na boca, sem generalização nas patas, ou apenas em uma ou duas patas sem o aparecimento de lesões orais. Em rebanhos não-vacinados, a suscetibilidade independe da idade dos bovinos. Os ovinos e caprinos apresentam lesões na boca e vesículas na região da coroa dos cascos em menor quantidade, menores e mais difíceis de serem identificadas (BRASIL, 2009). A claudicação devido à presença de úlceras e erosões nos espaços interdigitais e nas porções posteriores dos membros e pela inflamação na região coronária dos cascos (CAVALCANTE, 2000). O epitélio dos tetos apresenta também vesículas, úlceras e erosões que impedem os bezerros de mamarem, embora estes já tenham desenvolvidos graves lesões orais. Além das lesões nos tetos, há desenvolvimento de mastite viral, acometendo gravemente o parênquima da glândula mamária, que imediatamente tem esse quadro agravado pelas infecções bacterianas secundárias (FLORES, 2008). Nos rebanhos leiteiros, a mastite é evidente e gravíssima, e as vacas tem que ser esgotadas para minorar o sofrimento e serem tratados com antimastíticos, mas esse procedimento gera sofrimentos, pois a ordenha manual ou mecânica lesa muito o epitélio dos tetos, podendo inclusive haver perda do mesmo com sangramento e dor intensa (PIRES, 2010). Os suínos geralmente desenvolvem lesões podais severas, levando a descolamento de cascos e dificuldade de locomoção. Lesões de boca são menores e menos aparentes, raramente há salivação. Pode haver e vesículas em focinho e úbere. Em geral, a temperatura é próxima do normal. Leitões jovens podem morrer devido a falha cardíaca (BRASIL, 2017). Os suínos são mais sensíveis à infecção e apresentam sinais bem mais graves: as vesículas no focinho podem ser grandes e cheias de fluido sanguinolento; as lesões na boca geralmente são secas com epitélio necrosado; as lesões podais são graves e o casco pode se soltar completamente na altura da banda coronária (BRASIL, 2009). 14 5- METODOLOGIA As análises foram feitas com base nos resultados de etapas de vacinação apresentados pela ADEPARÁ, sendo que os dados são extraídos a partir da comprovação de vacinação pelos produtores no Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC3), e elaborado o Relatório de Etapa de Vacinação de cada município. Estes são encaminhados para central que os condensa e encaminha ao MAPA para análise e avaliação.As informações repassadas foram condensadas e analisadas através do software Excel Entretanto, para obter-se maior abrangência de rebanho, utilizou-se apenas os dados referentes as etapas que realizam a vacinação obrigatória de todo o rebanho, tendo em vista que os municípios do Arquipélago do Marajó realizam apenas uma vacinação anual, excetuando-se assim as etapas em que são vacinados apenas os animais até 24meses de idade, tendo como base o calendário oficial de vacinação do Ministério da Agricultura, como mostra a tabela abaixo. Tabela 3: Cronograma de vacinação contra febre aftosa dos municípios do Estado do Pará, conforme o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa – PNEFA/MAPA. Região 1ª. Etapa 2.ª Etapa Faro e Terra Santa 15/03 a 30/04 (Todo rebanho) 15/07 a 30/08 (somente de 0 a 24 meses) 127 Municípios 01/05 a 31/05 (Todo Rebanho) 01/11 a 30/11 (somente de 0 a 24 meses) Marajó (15 municípios) ** 15/08 a 15/10 (Todo rebanho) Fonte: MAPA Por fim, os dados regionais foram comparados com os nacionais extraídos do site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.gov.br/agricultura), para que pudéssemos ter uma visualização mais ampla destas informações. 6- RESULTADOS E DISCUSSÂO O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e 15 gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”. (MAPA, 2017) Para o avanço no controle da febre aftosa no Estado do Pará, se faz necessário um trabalho conjunto entre diversas esferas governamentais e não- governamentais, pois a causa maior beneficia desde o pequeno produtor até ao grande empresário da indústria de carne, leite e seus derivados. Desta forma, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, elaborou o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (PE-PNEFA), no qual o Pará está inserido. Conforme mostra a figura 1abaixo, podemos observar que ao longo desse período o rebanho bovídeo do estado teve um crescimento médio contínuo de 4,29%, alcançando um pico no ano de 2021, equivalente a 7,59% em relação ao ano anterior, em decorrência, principalmente, da diminuição nas exportações. Figura 1: Evolução do rebanho bovídeo do estado do Pará durante o período de 2018 a 2022. Fonte: ADEPARÁ Os municípios de Faro e Terra Santa realizam etapa estratégicas em decorrência do clima e relevo da região, que forçam os criadores a realizar um manejo com fluxo de animais de “várzea-terra firme” com municípios do estado do Amazonas (Nhamundá/AM e Parintins/AM). Por outro lado, os municípios localizados no arquipélago do Marajó, realizam etapa única em decorrência das condições climáticas da região, onde a cheia dos rios dificulta o manejo durante uma parte do ano. 21245609,0 21300142,0 22272338,0 24103655,0 25370964,0 19000000,0 20000000,0 21000000,0 22000000,0 23000000,0 24000000,0 25000000,0 26000000,0 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral EVOLUÇÃO DO REBANHO 2018-2022 16 Destacamos que os índices de cobertura vacinal alcançaram resultados acima de 95% de cobertura vacinal em rebanhos, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa – PNEFA/MAPA. Figura 2: Índices de vacinação contra febre aftosa referente as etapas que envolvem todo o rebanho dos 129 municípios (exceto o Marajó), durante o período de 2018 a 2022. Fonte: Resultados de Vacinação - ADEPARÁ Nota-se ainda que mesmo enfrentando as dificuldades durante o período da Pandemia do COVID-19, estes índices se tornaram estáveis. Não obstante, o arquipélago do Marajó também seguiu o mesmo nível de cobertura vacinal do restante do estado, utilizando-se de estratégias de parceria entre os produtores e ADEPARÁ, onde são doadas, pela Agência, vacinas a produtores que possuem rebanhos com até 20 cabeças de bovídeos e os servidores realizam vacinação “agulha oficial”, aliados a uma boa educação sanitária. Figura 3: Índices de vacinação contra febre aftosa referente as etapas que envolvem apenas os 15 municípios pertencentes ao Arquipélago do Marajó), durante o período de 2018 a 2022. Fonte: Resultados de Vacinação - ADEPARÁ Série1; 2018; 99,01% Série1; 2019; 98,48% Série1; 2020; 98,56%Série1; 2021; 98,79% Série1; 2022; 99,02% ÍNDICES VACINAIS -129 MUNICÍPIO Série1; 2018; 99,01% Série1; 2019; 98,48% Série1; 2020; 98,86% Série1; 2021; 98,79% Série1; 2022; 99,36% ÍNDICES VACINAIS - MARAJÓ 17 Vale ressaltar que o rebanho bubalino do Estado do Pará ocupa o primeiro lugar no Brasil, tendo o município de Chaves a maior concentração desta espécie, e o Pará ocupa hoje o segundo maior rebanho bovídeo do país, atrás somente do Estado do Mato Grosso. Quando os índices de cobertura vacinal do Pará são comparados aos resultados nacionais, conseguimos observar a desenvoltura do trabalho exercido pelo estado, conforme mostra a figura 4 abaixo: Figura 4: Comparativo das coberturas vacinais do Pará em relação ao Brasil. Fonte: BRASIL, 2023 Considerando que o estado de Santa Catarina não realiza vacinação, e que a partir do ano de 2020 os estados do Acre, Paraná e Rondônia se tornaram livres de febre aftosa sem vacinação e no ano subsequente juntou ainda a estes, o estado do Rio Grande do Sul, e excetuando-se ainda o estado do Amapá, que realiza apenas uma vacinação anual no segundo semestre. Estes números mostram a seriedade com que o trabalho vem sendo desenvolvido no estado do Pará, mantendo-se numa constância sempre acima dos resultados obtidos na média nacional. BRASIL; 2018; 98,33 BRASIL; 2019; 98,08 BRASIL; 2020; 97,71 BRASIL; 2021; 97,8 BRASIL; 2022; 97,6 PARÁ; 2018; 99,01 PARÁ; 2019; 98,48 PARÁ; 2020; 98,56 PARÁ; 2021; 98,79 PARÁ; 2022; 99,02 Cobertura Vacinal: Brasil x Pará BRASIL PARÁ 18 7- CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer dos anos, o controle da febre aftosa no Pará evoluiu de forma significativa. Inicialmente, as ações de controle se concentravam na vacinação de animais em áreas consideradas de risco, no entanto, com o passar do tempo e a melhoria das técnicas de vigilância e diagnóstico, as ações de controle foram ampliadas para todo o estado. A ADEPARÁ tem investido em capacitação e treinamento de seus profissionais, buscando aprimorar as técnicas de vacinação e diagnóstico da doença. Além disso, foram implementadas medidas de biossegurança nas propriedades rurais, com o objetivo de prevenir a disseminação da doença. Ações de controle de trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal, vigilâncias epidemiológicas e vacinações contra a febre aftosa realizadas pela ADEPARÁ, juntamente com o envolvimento do produtor rural nos processos de controle e erradicação da doença, o estado do Pará alcançou o reconhecimento como livre de febre aftosa com vacinação, haja vista que não surgem casos da referida enfermidade desde 2004. Avanços significativos na erradicação da doença. Além disso, a ADEPARÁ tem investido em programas de educação e conscientização dos produtores rurais, objetivando a importância da vacinação e da adoção de medidas de biossegurança. Essas ações contribuíram para a eliminação da ocorrência da doença e para a melhoria da saúde animal no estado. A evolução do controle da febre aftosa no estado do Pará foi um processo gradual e contínuo desempenhado pela Agência, onde através das estratégias de vacinações implementadas no Pará, as políticas de conscientização do produtor rural baseadas nas ações de educação sanitária, foi possível almejar o avanço para a erradicação da doença. Mediante a estes esforços, fica claro, através das análises dos anos citados no presente trabalho, que se trata de ações constantes, onde nem mesmo o cenário pandêmico enfrentado durante a COVID-19 e todas as adversidades envolvidas puderam coibir o alcance satisfatório dos índices vacinais, o que nos assegura que mesmo que o rebanho bovídeo paraense tenha crescido ao longo desses anos, as 19 ações de fiscalização das vacinações e vigilâncias epidemiológicas tem sido executadas de forma eficaz pela Agência de Defesa do Estado. 8- CONCLUSÃO Os resultados mostraram que houve uma média positiva dos índices de cobertura vacinal, o que mostra um bom desenvolvimento dos trabalhos executados principalmente pela Agência e pelos produtores rurais. A educação sanitária massiva mostrando os impactos que a febre aftosa poderia trazer ao nosso rebanho ajudou a conscientizar quanto a importância da vacinação, sendo a forma mais econômica de controle da doença. As ações de vigilância epidemiológica e atendimento a suspeitas da doença, juntamente com as campanhas de vacinação, exerceram um papel fundamental para o controle da febre aftosa na região, dando mais credibilidade do serviço junto aos produtores rurais e consequentemente ao comércio regional e nacional, e até mesmo internacional, pois hoje o Pará ocupa no ranking nacional o primeiro lugar de exportação de gado vivo. Vale ressaltar, que apenas os bovídeos têm maior atenção nesta estratégia, até mesmo por ser o maior rebanho, porém deve-se salientar que outras espécies são também susceptíveis, em especial os suídeos, tendo em vista que os últimos casos de reintrodução do vírus em outros países, se deu pela ingestão de produtos e/ou subprodutos contaminados que foram ofertados a estes animais, disseminando a doença. Entretanto, é fundamental que os produtores rurais continuem atendendo as medidas sanitárias determinadas pelo MAPA e ADEPARÁ, bem como adotando as ações de prevenção recomendadas e notificação imediata de suspeitas da doença. Somente dessa forma será possível manter o estado livre de febre aftosa e garantir a saúde do rebanho bovino no estado do Pará. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORTOT, Diene do Carmo &ZAPPA, Vanessa; Febre Aftosa – Revisão de literatura. Revista cientifica eletrônica de medicina veterinária vol. 11 n.20. Disponível em: www.revista.inf.br. ISSN1679-7353 Acesso em 10 agosto 2016. BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Plano de ação para febre aftosa / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília : MAPA/SDA/DSA, 2009. BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Febre Aftosa. 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