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DEFESA E INSPEÇÃO SANITÁRIA ANIMAL, PROGRAMAS NACIONAIS DE CONTROLE, ERRADICAÇÃO E SANIDADE M.V. MSc. KHALED SALIM DANTAS ABY FARAJ MAIO/2022 Atividade na defesa sanitária animal • A defesa sanitária animal • está presente na vida cotidiana das pessoas. • garantir segurança alimentar e estabilidade agropecuária. • deve ser integrada entre o governo, setor privado e o serviço veterinário. • ações e diretrizes com o intuito de prevenção, controle e erradicação de doenças que causam grande abalo na economia e de importância zoonótica, visando à valorização da pecuária nacional e à saúde pública. • A defesa sanitária animal é amparada por legislações, como o Decreto nº 24.548, de 14 de julho de 1934, que regulamenta o serviço de defesa sanitária animal, e o Manual de Legislação, de 2009, que apresenta os Programas Nacionais de Saúde Animal do Brasil. Atividade na defesa sanitária animal • Os programas sanitários são instituídos com o intuito de atender os objetivos da defesa sanitária animal e nada mais são que documentos que normatizam as ações de prevenção, vigilância, controle e erradicação de doenças dos animais terrestres e aquáticos (MACHADO, 2019). Quase todos os programas têm enfoque no controle, a fim de evitar a propagação de doenças, tendo em vista fortalecer o país, através de diretrizes. Os programas • Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa • Programa Nacional de Controle Nacional de controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT • Programa Nacional de Sanidade Avícola • Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e ovinos • Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos • Programa Nacional de Sanidade Suídea • Programa Nacional de Prevenção e Controle das Encefalopatias Espongiformes • Programa Nacional de Controle da Raivas dos Herbívoros • Programa Nacional de Sanidade do Animais Aquáticos • Programa Nacional de Sanidade Apícola PNCEBT • alta prevalência de brucelose e tuberculose • prejuízos econômicos • Zoonoses • diminuir os impactos negativos na saúde pública e na economia • vacinação dos rebanhos • obrigatório para brucelose • não há vacina para tuberculose • certificação de propriedades por monitoramento sorológico Brucelose Enfermidade transmissível, considerada zoonose que acomete diversas espécies. Os tipos de Brucella são: • B. Abortus • Acomete bovinos e bubalinos a nível de Brasil e América do Sul. • B. Suis • Acomete suínos. • B. Canis • Acomete cães. • B. Ovis • Acomete ovinos. • B. melitensis • Acomete caprinos e ovinos, sendo exótica no Brasil. Brucelose Características: • baixa mortalidade • elevada morbidade • febre ondulante, febre mediterrânica ou febre de Malta. • afeta frequentemente indivíduos que trabalham diretamente com os animais, como produtores rurais, tratadores e médicos veterinários, ou ainda, quem tem contato direto com produtos de origem de animal, como funcionários de matadouros ou de laboratórios. Brucelose Características: • Aborto • nascimento de animais mortos ou fracos • em touros manifesta-se orquite, epididimite, diminuição de libido e infertilidade. Brucelose testes oficiais que devem ser utilizados: • o Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) • o Teste do Anel do Leite (TAL) • o 2 Mercaptoetanol (2-ME) • o teste de Fixação do Complemento (FC) • Teste de Polarização Fluorescente (FPA). O primeiro, sendo um teste de triagem, o segundo de monitoramento para propriedades leiteiras e os três últimos, confirmatórios (SANTOS, 2019). Brucelose Medidas de controle: • Vacinação obrigatória em fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 a 8 meses de idade com a vacina B19 • RB51 (somente bovinos) para fêmeas não vacinadas até 8 meses de idade pela B19 e é realizada a partir de 24 meses de idade nas fêmeas não gestantes. • Os machos não são vacinados. • O transporte de animais com 24 meses de idade deve ser realizado com a guia de vacinação, acima de 24 meses de idade é necessário atestado de exame diagnóstico. • Fêmeas vacinadas devem ser marcadas no lado esquerdo da cara. • Diagnóstico de animais positivos deve ser providenciado o sacrifício ou abate sanitário em até 30 dias após a realização do exame confirmatório. Tuberculose • Doença transmissível, assim como a brucelose é considerada uma zoonose • Notificação obrigatória de casos confirmados • Em bovinos e bubalinos o agente etiológico é o Mycobacterium bovis, promove o desenvolvimento de lesões granulomatosas e pode infectar também os humanos. • A espécie Mycobacterium tuberculosis apresenta o homem como hospedeiro primário, também pode infectar suínos, cães e gatos • causa lesões, principalmente, nos pulmões, embora possa afetar outros órgãos. • A fonte de infecção são os animais infectados e as principais vias de eliminação são o ar expirado, leite, fezes, sêmen, urina e fluidos corporais. Tuberculose Características: • Podem ser observadas lesões com comprometimento pulmonar, também podem ser constatados abscessos viscerais. Métodos para diagnóstico: • teste da prega caudal • teste cervical simples • teste cervical comparativo. Medidas de controle: • são preconizadas o diagnóstico, descarte ou abate sanitário dos animais positivos e desinfecção adequada do ambiente. Febre Aftosa • Alto grau de contágio • Prejuízos bem expressivos aos agronegócios • É classificada na lista A do Código Sanitário Internacional • Brasil é considerado livre da doença com vacinação • Esta doença representa barreiras comerciais impedem as exportações de carne para países com status sanitário superior (livres sem vacinação) e detém a entrada do produto brasileiro a novos mercados • A saúde pública está interligada com o ambiente e o bem estar sócio econômico Febre Aftosa • Vírus da família Picornavirus • Gênero Aphtovirus • Animais afetados: • biungulados domésticos e selvagens, como bovinos, suínos, bubalinos, ovinos e caprinos. • Caracterizada por: • lesões vesiculares na mucosa oral, epitélio lingual, nasal, mamário, também podem ser observadas lesões na região dos cascos e nos espaços interdigitais. Febre Aftosa • O United States Department of Agriculture considera a Febre Aftosa uma doença viral grave e altamente contagiosa relacionada a bovinos e suínos, e especifica que outras espécies suscetíveis à doença são: ovinos, caprinos, veados; mas não possui aspecto zoonótico (UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE, 2007). • Nos documentos do Ministério da Saúde intitulado Vigilância em Saúde – Zoonoses, não consta em sua lista de doenças zoonóticas o agente etiológico da Febre Aftosa como causador de doença zoonótica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Febre Aftosa • Cada país desenvolve suas próprias estratégias de controle de seus pontos de entrada e importação diante da febre aftosa. Algumas legislações utilizadas na prevenção da entrada da doença inclui a proibição da importação de animais de países onde a febre aftosa seja endêmica. Outros países são mais rigorosos, permitindo apenas alguns produtos que tenham sofrido algum tipo de tratamento, assegurando assim que não contenha o vírus (OIE, 2016). Febre Aftosa • Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) em 2007, que dá as diretrizes gerais para a erradicação e a prevenção da Febre Aftosa em todo território nacional. O programa ainda prevê compartilhamento de responsabilidades entre os governos federal e estadual e o setor privado, tendo bem definidas as atribuições de cada uma das partes. Em 2017, foi aprovado o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, que partiu da necessidade de reformulação do PNEFA através da Portaria nº 116/2017, levando em conta o cenário nacional e regional da febre aftosa. Febre Aftosa • O Plano está regradocom o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), com o propósito também da erradicação da doença na América do Sul (SANTOS, 2019). A produção, controle de qualidade, comercialização e emprego de vacinas contra a febre aftosa, foi regulamentada pela Instrução Normativa nº 11 de 2018. Programa Nacional de Sanidade Suídea • Doença Aujeszky (DA) • Peste Suína Clássica (PSC) • Causam grandes prejuízos econômicos. Programa Nacional de Sanidade Suídea • A Peste Suína Clássica (PSC), também conhecida como febre suína ou ainda cólera dos porcos • Enfermidade viral infectocontagiosa • vírus da família Flaviviridae • gênero pestivirus • predileção pelo sistema linfático e circulatório dos suídeos, apresentando alta morbidade e letalidade, manifestando-se com hemorragias e problemas reprodutivos (MELDAU, 2020). • É uma doença de notificação obrigatória e imediata. • A transmissão se dá, principalmente, de forma direta pelas secreções, excreções e sangue, por meio de fômites e ainda infecção transplacentária. Programa Nacional de Sanidade Suídea • A doença de Aujeszky, também denominada de peste de coçar ou pseudoraiva • doença viral que afeta suínos • causa quadros febris e compromete o sistema nervoso, sendo uma enfermidade de notificação obrigatória e imediata. • É causada por um vírus da família Hepeviridae • gênero Varicellovirus. • A transmissão ocorre por contato direto e fômites. Programa Nacional de Sanidade Suídea • Decreto nº 24.548/34 - caracteriza como obrigatória a notificação da Doença de Aujeszky. • Em 2001, com a Instrução Normativa nº 01/2001 - proíbe a entrada em zonas livres de suídeos, seus produtos e subprodutos que sejam considerados veiculadores do vírus peste suína clássica. • Com a Instrução Normativa nº 19/2002, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), são aprovadas normas para certificação das granjas de reprodutores suídeos. • as granjas que quiserem comercializar suínos para reprodução terão que ser certificadas e livres de determinadas doenças, dentre elas a peste suína clássica e a doença de Aujeszky. Programa Nacional de Sanidade Suídea • A Instrução Normativa nº 06/2004, aprova as normas para erradicação da PSC. • A Instrução Normativa nº 47/2004 aprova o Regulamento Técnico do Programa nacional de Sanidade Suídea (PNSS) • Prevê o controle dos estabelecimentos que criam suínos para produção, reprodução, comercialização, bem como material para multiplicação; também prevê medidas para impedir doenças exóticas, prevenir e controlar doenças existentes. Programa Nacional de Prevenção e Controle das Encefalopatias Espongiformes • A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença infecciosa; não contagiosa, neurodegenerativa progressiva, fatal, originada da suplementação da alimentação com farinha de ossos ou carne contendo a proteína príon. • É uma doença que não tem relação com a genética ou sexo dos animais. • Antes dos sinais neurológicos, os animais apresentam perda de peso e baixa produção de leite, bem como alteração no comportamento (inquietude, olhar assustado) e locomoção. Programa Nacional de Prevenção e Controle das Encefalopatias Espongiformes • Desde 1997, é considerada uma doença de notificação obrigatória, conforme estabelecido pela Portaria nº 516/97. • A Instrução Normativa nº 18, de 15 de dezembro de 2003, proíbe o abate de bovino e bubalino importados de país onde tenha tido casos da doença ou de país de risco para a doença. • A Instrução Normativa nº 18, de 15 de fevereiro de 2002, regulamentou as Normas que devem ser adotadas, visando promover a vigilância epidemiológica para detecção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) em ruminantes. Programa Nacional de Prevenção e Controle das Encefalopatias Espongiformes • Já a Instrução Normativa nº 8, de 25 de março de 2004, proibiu em todo o território brasileiro a produção, a comercialização e a utilização de produtos para a alimentação de ruminantes que em sua composição inclua proteínas e gorduras de origem animal. • Com Instrução Normativa nº 41, de 25 de 2009, foi aprovado conjunto de procedimentos adotados na fiscalização de alimentos de ruminantes em estabelecimentos de criação e na destinação dos ruminantes que foram alimentados com subprodutos de origem animal. • A Instrução Normativa nº 44, de 17 de março de 2013, normatiza o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância de Encefalopatia Espongiforme Bovina. Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros • A raiva é zoonose. • Gênero Lyssavirus. • Causa uma encefalomielite fatal em mamíferos. • Sua transmissão se dá forma direta e indireta. • É uma doença de notificação obrigatória de suspeita da doença e quando animais apresentarem mordeduras por morcegos ou quando da existência de abrigos de animais hematófagos. • Os herbívoros são hospedeiros acidentais da raiva, não sendo fonte de transmissão, salvo na forma acidental. Seu principal transmissor é o morcego hematófago Desmodus rotundus. Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros • O PNCRH foi normatizado em 2002 com a Instrução Normativa nº 5, que conforme seu Artigo 5º, tem como objetivo baixar a prevalência da doença na população de herbívoros domésticos, bem como fornecer orientações e traçar estratégias de vacinação a fim de alcançar tal objetivo. • Ainda em 2002, a Instrução Normativa nº 69/2002 regulamento a produção e comercialização de vacinas contra raiva em herbívoros. Os estados podem legislar complementarmente sobre a necessidade de vacinação compulsória em áreas de risco. • Em 2005, através da Portaria nº 168, é aprovado e determinação sua publicação o Manual Técnico para controle da Raiva em Herbívoros, com o objetivo de padronizar as medidas de controle. Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos • A defesa agropecuária voltada a animais aquáticos abrange: peixes, camarões, rãs, jacarés, algas, zooplâncton, fitoplâncton e moluscos em qualquer fase do desenvolvimento. • Com intuito de proteção contra introdução e/ou introdução de agentes patogênicos, tem-se como principal ato normativo a Instrução Normativa nº 4/2015 que cria o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos que foi atualizada pela Instrução Normativa nº 4/2019. Programa Nacional de Sanidade dos Animais Aquáticos • O programa foi instituído pela Portaria 573/2003. • Dentre as doenças em peixes de notificação obrigatória, nenhuma foi diagnosticada no Brasil; não havendo obstáculos para exportação até o momento. Ocorrem em espécies poucos cultivadas como salmão ou truta, por exemplo. (MACHADO, 2019). Programa Nacional de Sanidade Apícola • A economia brasileira depende bastante da sanidade das abelhas, delas dependem em média 35% da produção de alimento por meio de sua polinização. • No Brasil, são utilizadas por apicultores abelhas, africanizadas, um polihíbrido resultado de gerações com grande variabilidade genética e mais resistentes aos patógenos e parasitas do que as europeias. • Atualmente, ainda não se sabe ao certo a real da situação sanitária dos apiários no país; dos meliponários e das demais abelhas nativas, devido à alta de laboratórios, pesquisas, recursos humanos e financeiros. Programa Nacional de Sanidade Apícola • O PNSAP foi instituído por meio Instrução Normativa nº 16, de 8 de maio de 2008, com a finalidade o fortalecimento da cadeia produtiva apícola através de ações de vigilância e defesa sanitária animal. Programa Nacional de Sanidade Avícola • A fim de atender essas necessidades e considerando a importância da produção avícola para a economia brasileira, o ProgramaNacional de Sanidade Avícola (PNSA) foi consolidado pelo MAPA através de sua Portaria 193/94. O PNSA, basicamente normatiza os serviços veterinários nas áreas de campo, laboratório e inspeção; viabiliza estratégias de medidas de controle e erradicação de principais enfermidades em aves: micoplasmoses, doença de Newcastle, influenza aviária e salmonelas. • Em 2007, foi estabelecida a Instrução Normativa nº 56/2007 a fim de atender as necessidades de padrões sanitários mais rígidos voltados a atender mercados interno e externos, estabelecendo procedimentos registros, fiscalização e controle de estabelecimentos avícolas. • Em 2002, por meio da Instrução Normativa nº 59/2009, o MAPA alterou os padrões e prazos estabelecidos na Instrução Normativa nº 56. Atendendo, com isso, uma reivindicação do setor que não teve tempo hábil e condições para cumprir as exigências da instrução normativa anterior. (BRASIL, 2009) Programa Nacional de Sanidade Avícola • A Instrução Normativa SDA nº 10/2013, teve por objetivo definir o programa de gestão de risco diferenciado, tendo por base a vigilância epidemiológica e adoção de vacinas em estabelecimentos avícolas de maior sensibilidade à entrada e propagação de agentes patogênicos entre os plantéis brasileiros e para estabelecimentos avícolas que dentre suas atividades exercidas precisem de medidas sanitárias mais rigorosas (MACHADO, 2019). Programa Nacional de Sanidade Avícola • A Influenza Aviária (IA) é uma enfermidade grave de notificação obrigatória, zoonose com mortalidade em seres humanos e exótica no brasil. • A Doença de Newcastle (DNC) é também muito relevante, mas atualmente o Brasil considerado livre da mesma. • A Portaria 182/94 e a Instrução Normativa nº 32/2002 normatizam que em caso de suspeita dessas doenças todas as notificações deverão ser imediatamente investigadas e deve ser providenciado o envio de amostras para laboratório oficial ou credenciado ao MAPA (BRASIL, 2009). • Também deve haver interdição das propriedades ou do estabelecimento avícola e registros das categorias de aves, com indicação do número de mortes, e de aves com sinais clínicos e assintomáticas. • Deve ser feita manutenção das aves nos locais de alojamento ou confinadas em outros locais onde devem estar isoladas e sem movimentação; a biosseguridade deve ser reforçada; deve ser providenciado sequestro da carne e/ou ovos de aves produzidas durante o período de incubação da doença. Programa Nacional de Sanidade Avícola • Ainda referente à DNC, a Instrução Normativa nº 17/2006 aprova o plano nacional de prevenção da IA e do controle e prevenção da DNC, baseada em dois tipos de vigilância: a vigilância passiva, com inspeção de granjas observação da apresentação de sinais clínicos e o diagnóstico de exclusão quando há casos de mortalidade anormal; a vigilância ativa será a partir do isolamento viral e/ou testes moleculares conduzidos principalmente em abatedouros com fiscalização do SIF e, também, por meio de acompanhamentos das vigilância clínicas e sorológicas, trabalhando com a ideia de foco. (BRASIL, 2009). Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos • O Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO) teve início com a Portaria SDA 47/204 que criou o Comitê Consultivo do PNSCO, com a Instrução Normativa nº 87/1994 que aprova o regulamento do programa e a Instrução Normativa nº 20/2005 que aprova os procedimentos para cadastro sanitários de estabelecimentos (BRASIL, 2009). • O programa tem por principal objetivo a vigilância epidemiológica e sanitária das principais doenças que acometem esses animais por meio de atendimentos da vigilância em propriedades e estabelecimentos, fazendo a vistoria dos animais, verificação de suspeitas de doenças e monitoramento de suas ações. Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos • Entre as doenças de notificação obrigatória destacam-se: • Scrapie (ou prurido lombar), doença neurodegenerativa fatal, que acomete o sistema nervoso de ovinos entre 2 e 5 anos de idade devido a alimentação com produtos de origem animal que contenham a partícula infectante, denominada príon. Os principais sinais clínicos são pruridos intensos, incoordenação motora e tremedeira ou estado convulsivo. • Outra enfermidade é a Maedi-Visna (MV), parecida com artrite encefalite dos caprinos, doença crônica causada por um Lentivirus que afeta SNC e pulmões de ovino jovens. Sinais clínicos dificilmente são observados, mas entre estão dificuldade respiratória, emagrecimento e podendo apresentar a forma nervosa paralítica. • Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos • Entre as doenças de notificação obrigatória destacam-se: • Linfadenite Caseosa (ou mal do caroço), doença crônica infectocontagiosa causada pelo Corybacterium pseudotuberculosis, que caracteristicamente provocar abscessos em linfonodos e órgãos. • Epididimite infecciosa ovina (ou brucelose ovina), causada pela Brucella ovis, com tendência a uma evolução crônica caracterizada por lesões genitais, epididimite nos machos, placentite nas fêmeas, mortalidade de recém nascidos ou nascimento abaixo do peso. Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos • As principais enfermidades abrangidas pelo programa são: • Anemia Infecciosa Equina • Mormo. • O PNSE, foi instituído em 2008 pela sua Instrução Normativa nº 17/2008 visando medidas de ações de vigilância e defesa sanitária animal (BRASIL, 2009). Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos • Anemia Infecciosa Equina • Enfermidade também conhecida como febre do Pântanos e Aids dos Equinos. É uma doença que ocorre no mundo todo, e em todo o Brasil, principalmente em áreas pantanosas, considerada de notificação obrigatória para Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). É uma doença viral do gênero Lentivirus, com um período de incubação longo, afetando exclusivamente equinos. A transmissão ocorre por picada de insetos hematófagos, iatrogênica, fômites e verticalmente. As normas para prevenção e controle da Anemia Infecciosa Equina foram em 2004 por meio Instrução Normativa nº 45/2004 (MACHADO, 2019). Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos • Mormo • Doença contagiosa, zoonose geralmente fatal, causada pela bactéria Burkholderia mallei, de curso agudo ou crônico, acomete principalmente equinos podendo ou não ter sinais clínicos. De baixa morbidade e alta mortalidade. Infecção se dá via oral, transcutânea e respiratória. De notificação obrigatória, sendo incluída ao PNSE em 2018 pela Instrução Normativa nº 6/2018 (MACHADO, 2019). Inspeção sanitária • Tem-se o conhecimento que é direito das pessoas obterem produtos de qualidade e adequados. Em muitas das etapas de controle desses produtos ocorrem falhas operacionais que resultam em danos ou doenças. Logo, entende-se a importância da inocuidade dos alimentos que chegam ao consumidor. E atende-se minimamente as expectativas referentes a essa inocuidade por meio de inspeção sanitária. Inspeção sanitária • A inocuidade tem relação com possibilidade de ocorrer sua contaminação física, química ou biológica, o controles deve ser realizado em todas as etapas da cadeia produtivas, ou seja, desde do produtor até o produto final que chega ao consumidor, a partir dessa ideia é importante que estejam estabelecidas as ferramentas (boas práticas de fabricação, sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle, procedimentos padrão de higiene operacional, programas de autocontrole etc.) para as indústrias poderem controlar seus processos, evitando ou minimizando a ocorrência de contaminação. Inspeção sanitária • A Lei nº 1.283 de 18 de dezembro de 1950, que obriga a inspeção sanitária em produtos de origem animal, sendo a responsabilidade pela execução do Governos Federal,Estadual ou Municipal, conforme para onde o comércio se destina. Em 1952, com o Decreto nº 30.691, de 29 de março de 1952, o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), aprovado e ficaram definidos os regulamentos, em todo Brasil a inspeção sanitária dos produtos de origem animal. (BRASIL, 2009). Inspeção sanitária • Em 2017, o RIISPOA sofreu uma atualização considerando a Operação Carne Fraca. O novo RIISPOA foi publicado através do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 e alterado pelo Decreto nº 9.069, de 31 de maio de 2017. (MACHADO, 2019). Inspeção sanitária • Em 1989, com a Lei nº 7.889 ficou estabelecido os três níveis de inspeção, que depende da abrangência da área de comercialização da indústria, essa lei também foi atualizada pelo Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017 e alterado pelo Decreto nº 9.069, de 31 de maio de 2017. Para o comércio dentro no próprio município o registro é obtido junto às secretarias ou departamentos de agricultura dos municípios (Serviço de Inspeção Municipal – SIM); para o comércio em dentro do mesmo Estado, o registro é obtido junto às secretarias ou departamentos de agricultura dos Estados (Serviço de Inspeção Estadual – SIE), para comercialização interestadual ou internacional, o registro é obtido junto ao MAPA –Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Serviço de Inspeção Federal – SIF). Logo, todos os estabelecimentos que elaboram produtos de origem animal, devem dispor de registro e inspeção. (MACHADO, 2019). Inspeção sanitária • O Decreto nº 5.741/2006 regulamentou o funcionamento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA). O SUASA, vem a ser um sistema de inspeção, organizado de forma unificada, descentralizada e integrada entre a União (por meio do MAPA), que coordena o sistema. Seu objetivo é garantir a saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços e a identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos destinados ao consumo (BRASIL, 2009).
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