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Unid 4 -4 2 - Elaboração de respostas subjetivas

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Elaboração de respostas subjetivas
Apresentação
Quando você comunica algo, não está apenas transmitindo informações. Está, também, expondo o 
seu modo de ver o mundo. Não há, portanto, o uso "inocente" da língua: todo ato comunicativo 
veicula tanto uma informação quanto uma intenção de quem o produz. No entanto, há alguns 
recursos linguísticos que denotam mais claramente as intenções do falante, acentuando a 
subjetividade do discurso. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer esses recursos!
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a natureza intencional e dialógica dos discursos.•
Reconhecer as marcas de subjetividade inseridas no discurso.•
Avaliar a importância da subjetividade para a compreensão e a produção de textos.•
Desafio
Você recebe o seguinte bilhete do seu chefe: "Certas planilhas não estão certas." A repetição do 
termo "certas" é um pouco incômoda, não é mesmo? Mas a repetição não está incorreta, pois 
algumas palavras podem gerar sentidos diferentes, dependendo da posição que ocupam na frase. 
Pense mais sobre isso a partir das duas frases a seguir:
Infográfico
A subjetividade/intencionalidade do enunciador é marcada pela maneira como ele seleciona e 
hierarquiza as informações que veicula por meio de seu discurso. Acompanhe a seguir a inserção de 
marcas de subjetividade em um fragmento textual.
Conteúdo do livro
Você sabia que a subjetividade diz respeito à perspectiva do locutor frente a algo? É comum que a 
subjetividade seja entendida apenas como a expressão de sentimentos ou ao uso de expressões 
coloquias ou ainda ao uso dos pronomes 'eu' e 'nós'.
Você estudará o que significa subjetividade do ponto de vista textual e sua relação com o discurso.
Boa leitura.
COMUNICAÇÃO E 
EXPRESSÃO
Daisy Batista Pail
Elaboração de 
respostas subjetivas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar a natureza intencional e dialógica dos discursos.
  Reconhecer as marcas de subjetividade inseridas no discurso.
  Avaliar a importância da subjetividade para a compreensão e a pro-
dução de textos.
Introdução
Neste capítulo, você estudará o que é subjetividade no texto, com que 
outros conceitos ela se relaciona, quais são as suas características. Ao se 
falar em subjetividade, não se trata de “tudo é válido”, mas da forma como 
o locutor se projeta em seu enunciado, expressando seu ponto de vista 
sobre algo, seja por meio de expressões como “eu gosto de”, “eu acho”, 
“eu concordo com”, seja por meio de argumentos.
Na primeira seção, são discutidas as noções sobre discurso, diálogo, 
enunciação e intencionalidade. A seguir, são demonstrados alguns mo-
dos de se marcar e identificar a subjetividade. Por fim, verifica-se qual a 
relação e a importância desta para a produção e a compreensão textual.
Discurso
A comunicação é um fenômeno heterogêneo envolvendo elementos de na-
tureza variada, tais como situação, intenção, conhecimento de mundo, meio, 
conhecimento linguístico, entre tantos outros. Ela, em sentido amplo, envolve 
qualquer forma de troca de informações, desde a comunicação entre máquinas 
até a comunicação humana. Esta pode ser comunicação não verbal (i.e., por 
meio de imagens, de sons, do corpo) ou verbal (i.e., por meio de palavras). 
É na comunicação verbal que se encontra o discurso. Em uma acep-
ção ampla, o discurso é uma manifestação linguística em que se expõe 
de forma metódica determinado assunto. Discurso, entretanto, pode ser 
entendido não só como manifestação linguística para fins comunicativos, 
mas também como manifestação linguística que sustenta e é sustentada 
pela visão de mundo, ou ideologia, de um grupo ou de uma instituição 
(FOUCAULT, 1996). Nessa acepção, o discurso apresenta uma relação com 
poder social, permitindo que se diga discurso jurídico, discurso acadêmico, 
discurso religioso, discurso de direita, discurso de esquerda, etc. Por essa 
mesma razão, essa noção de discurso se liga a noções como subjetividade 
(ainda que esteja mais ligada à instituição, podendo ser representada por 
indivíduo) e intencionalidade.
Diálogo
Como todo e qualquer discurso é destinado a alguém, ele pode integrar um 
diálogo, isto é, uma troca comunicativa. De acordo com Walton (2008, p. 
4), [...] um diálogo é sequência de mensagens ou atos de fala entre dois (ou 
mais) participantes”. Entendido dessa forma, será considerado diálogo não 
apenas aquele realizado face a face em tempo real (acepção tradicional), mas 
também aquele que ocorre por intermédio de outros meios (por exemplo, 
cartas, mensagens de textos, mensagens de voz, áudios, etc.), em tempo real 
ou com diferença temporal.
Ligada à noção de diálogo, há a enunciação. “A enunciação é vista como 
um processo, um ato pelo qual o locutor mobiliza a língua por sua própria 
conta” (BARBISAN, 2006, p. 28). Ao fazer isso, ele se introduz, enquanto 
aquele que fala (locutor), na sua fala, isto é, no enunciado (produto desse ato). 
Ainda de acordo com essa autora, as características linguísticas do enunciado 
serão estabelecidas pelas relações entre língua e locutor. Também é por meio 
desse processo que ele [...] enuncia sua posição com marcas linguísticas” 
(BARBISAN, 2006, p. 28), implantando o outro (alocutário, interlocutor). 
Em cada enunciado, como centro de referência interna, “[...] emergem marcas 
de pessoa (relação eu-tu), de ostensão, de espaço e de tempo, em que eu é o 
centro da enunciação” (BARBISAN, 2006, p. 28), assim como o ele, a não-
-pessoa, aquilo ou aquele sobre o que/quem se fala.
Essas noções também estão presentes na escrita, seja pela enunciação, seja 
pelo estabelecimento de diálogo por meio dela, seja pelo discurso. Quando se 
Elaboração de respostas subjetivas2
pensa na comunicação escrita, há principalmente uma relação tríplice, conforme 
Koch e Elias (2006), autor, texto e leitor, envolvida na construção do sentido. 
O sentido, de acordo com as autoras, é construído na relação entre esses 
três, não dependendo apenas do autor (o que ele quis dizer), nem do texto 
(o que está codificado), nem do leitor (o que ele entendeu). Essa relação é a 
fundação da compreensão do texto, porém outros fatores são intervenientes, 
como contexto e qualidade do material (letra pequena ou ilegível, tinta muito 
fraca, etc.).
Assim como o eu que fala se projeta no enunciado falado, também 
o faz na escrita, de modo mais ou menos intenso. Pode-se perceber essa 
projeção por meio de algumas marcas ou características, como será visto 
na próxima seção.
Intencionalidade discursiva
Toda produção oral ou textual tem uma intencionalidade por trás, que pode 
ser, por exemplo, de divulgar, informar a convencer, comover. Devido a isso, 
a imparcialidade é impossível, assim como a objetividade e a neutralidade, 
“pois a linguagem é sempre carregada dos pontos de vista, da ideologia, das 
crenças de quem produz o texto” (FIORIN, 2015, p. 45). A parcialidade é uma 
questão de gradação, do declaradamente parcial ao de efeito praticamente 
nulo, isto é, aquele cuja parcialidade não é percebida facilmente. Esse é caso, 
por exemplo, de artigos científi cos, em que, em uma situação ideal, a subje-
tividade será percebida na ordem como uma frase é estruturada, no uso de 
modalizadores, etc.; elementos que permitirão ao leitor perceber para quais 
informações se quis chamar mais atenção. Já nos declaradamente parciais, não 
só a opinião será expressa, como também emoções e sentimentos por meio 
de palavras que os expressem, como “amar/amor”, “odiar/ódio”, expressões 
pejorativas, entre outros.
De acordo com Koch (2015, p. 51, grifo nosso), “[...] a intencionalidade 
refere-se aos diversos modos como os sujeitos usam os textos para conseguir 
realizar suas intenções comunicativas, mobilizando, para tanto, os recursos 
adequados à concretização dos objetivos visados”. De modo mais restrito, 
pode ser entendida como o desejo (intenção)do locutor de se manifestar lin-
guisticamente de modo coeso e coerente ou não para provocar certos efeitos 
sobre a audiência. 
3Elaboração de respostas subjetivas
Essa intenção está presente nos atos de fala, isto é, ações que são reali-
zadas por meio das palavras (AUSTIN, 1975; SEARLE, 1976), tais como 
dar uma ordem, fazer um pedido, expressar emoções. Ela estará presente 
no que o locutor expressa ou deixa a entender, assim como no efeito que 
quer causar no outro. Veja o quadro “Exemplos”, a seguir, para maior 
compreensão.
Considere o seguinte contexto: duas 
pessoas assistindo a um filme. A pessoa 
A é um ótimo cozinheiro, a B, não.
B comenta com A: Bah, que fome!
O ato locucionário é a forma como 
algo é dito, isto é, o enunciado.
O ato ilocucionário atribui ao pri-
meiro uma determinada força, por 
exemplo, um pedido por uma refei-
ção. Este pode ser indireto, quando 
fica subentendido (como no exemplo), 
ou direto, quando é dito (Cozinha para 
a gente).
O ato perlocucionário é o efeito que 
o locutor quer causar no interlocutor, 
por exemplo, levar A a fazer a comida.
Posteriormente, Searle (1976) estabeleceu outros atos de fala. O ato as-
sertivo consiste em dizer a alguém como algo é (fazer uma asserção); o ato 
diretivo, na tentativa de levar o outro a fazer algo por meio de convite a 
ordens; o ato expressivo, em expressar emoções e atitudes; o Ato comissivo, 
em provocar uma mudança ao agenciar outros; e, por fim, o ato declarativo 
consiste na possibilidade de causar um mudança por meio da linguagem.
Elaboração de respostas subjetivas4
Ato Exemplo Explicação
Assertivo Vai chover no fim de 
semana
É feita uma afirmação sobre algo
Diretivo Doure o alho an-
tes dos demais 
ingredientes
Apresenta uma orientação
Expressivo Me desculpe por 
esquecer teu 
aniversário
Expressa uma atitude do locutor
Comissivo #TodosPelaVida Essa hashtag pretendia envolver pessoas e 
instituições em uma corrida para arrecada-
ção de fundos para a sede do Instituto de 
Câncer Infantil em Campo Bom
Declarativo Eu o batizo Pedro Um padre, por exemplo, ao dizer isso muda 
a realidade da criança, não apenas pelo 
nome, mas também pelo rito religioso
Marcas de subjetividade
Subjetividade é a forma como um sujeito experiencia algo. Quando se fala em 
texto (oral ou escrito), é a forma como o locutor transparece sua atitude, sua 
opinião sobre algo. Ela pode ser expressa de modos mais ou menos diretos, 
mais ou menos passionais. Para Bakhtin, “[...] a subjetividade é constituída 
pelo conjunto de relações sociais de que participa o sujeito” (FIORIN, 2016, 
p. 60), o que implica que, ao mesmo tempo que o locutor se constitui discur-
sivamente, ele apreende [...] as vozes sociais que compõem a realidade em que 
está imerso, e, ao mesmo tempo, suas inter-relações dialógicas”.
5Elaboração de respostas subjetivas
São consideradas marcas de subjetividade expressões e palavras que 
permitem ao locutor expressar sua perspectiva sobre algo. Essas marcas podem 
ser mais ou menos discretas, dependendo do gênero textual e do contexto. 
É comum se associar à subjetividade o uso dos pronomes eu e nós, assim 
como verbos como achar, acreditar, crer, palavras pejorativas (palavrões e 
xingamentos), adjetivos qualitativos ( fácil, difícil, furtivo); porém não são a 
única forma de se marcar a subjetividade.
Em qualquer produção linguística, oral ou escrita, é possível fazer uso de 
indicadores modais, isto é, meios linguísticos para apresentar modalidade. “A 
modalização tem o papel de exprimir a posição do enunciador em relação a 
aquilo que diz” (FIORIN, 2000, p. 171, grifo nosso), aumentando ou diminuindo 
a força de um enunciado (em uma perspectiva mais lógica). De acordo com 
Koch (2010), os principais tipos modalizadores são: necessário/possível; certo/
incerto, duvidoso; obrigatório/facultativo. Há muitas formas de expressar a mo-
dalidade: algo é [modalizador adjetivo], é [modalizador adjetivo] algo; advérbios 
e locuções adverbiais, como talvez, provavelmente, possivelmente, certamente; 
verbos auxiliares modais, como poder, dever, precisar; construção de auxiliar 
+ infinitivo (ter de + infinitivo, precisar + infinitivo); orações modalizadoras, 
como não tenho dúvida de que, todos sabem que (KOCH, 2010). 
No exemplo a seguir, foram destacados trechos em que ocorrem modali-
zação. Nesses trechos, você perceberá que o autor usa modalizadores para dar 
mais força às afirmações e, consequentemente, expressa seu ponto de vista 
quando ao assunto. Tenha em mente que esse mesmo tipo de modalizadores 
podem aparecer em leis e manuais, e, nesses casos, não se trata de expressão 
de subjetividade. O autor deste texto fala sobre as alterações no Art. 149º do 
Código Penal e argumenta sobre o seu ponto de vista acerca do assunto.
Texto 1
As alterações do Art. 149º do Código Penal foram um importante 
passo para aprimorar a legislação, fechando o cerco à prática do traba-
lho escravo e das condutas que reduzem o trabalhador à condição de 
escravo. Mas, para alcançar essa boa finalidade, [1] é necessário que 
haja uma correta aplicação da lei, que não dê margens a abusos. 
Elaboração de respostas subjetivas6
No trecho do exemplo acima, foram destacados dois trechos que apresentam 
modalização. Em [1], algo é indicado como sendo necessário, ao passo que, 
em [2], como obrigatório. A modalização, como nesses casos, pode ser uma 
indicação de subjetividade, isto é, da atitude do sujeito (locutor) frente a algo 
(diferente de enunciados como “para ferver a água é necessário elevar sua 
temperatura até atingir 100°C”). 
Outra forma de se identificar/expressar a subjetividade é pelo uso dos 
chamados indicadores de atitude, ou estado psicológico do locutor frente 
a seu enunciado. Segundo Koch (2010, p. 53), “[...] a atitude subjetiva do 
locutor em face de seu enunciado pode traduzir-se também numa avaliação 
ou valoração dos fatos, estados ou qualidades atribuídas a um referente”, por 
meio, principalmente, de formas intensificadoras e adjetivos.
Se é certo que toda a escravidão deve ser exemplarmente punida, 
não se pode equiparar à escravidão qualquer descumprimento da 
lei trabalhista. São coisas muito diferentes, com gravidades distintas, 
e que, portanto, [2] devem produzir efeitos jurídicos diversos. De 
outra forma, haveria uma criminalização das relações trabalhistas, que, 
em última análise, seria extremamente prejudicial ao trabalhador.
Fonte: O Estado de São Paulo. 
Texto 2
Em Bohemian Rhapsody, conhecemos não só a jornada de sucesso 
da banda Queen, mas toda a trajetória do grupo. O filme nos retrata 
cada detalhe, a formação da banda, a composição das músicas 
mais famosas, as gravações de discos, e, claro, os altos e baixos 
do grupo, principalmente do vocalista, Freddie Mercury. Contar 
a história de uma banda que foi tão importante para o cenário 
mundial da música não é uma tarefa fácil, o diretor Bryan Singer 
conseguiu construir uma narrativa que envolve e emociona os fãs 
7Elaboração de respostas subjetivas
Nessa crítica, foram destacados alguns trechos que deixam clara a opinião 
da expectadora sobre o filme. Entre estes, estão alguns exemplos de indicadores 
de atitude e opinião. A sua atitude com relação ao filme é positiva, isto é, 
aberta ao que o filme se propõe. É diferente do que seria uma crítica feita por 
alguém, por exemplo, homofóbico (que tenderia a ver como algo negativo). Os 
trechos destacam sua opinião sobre o filme, uma vez que enfoca sua recepção 
e visão sobre a obra. Observe que a autora da crítica não fez uso de primeira 
pessoa gramatical (eu e nós) e ainda se percebe que é a avaliação dela sobre 
o filme. Isso porque, para se indicar subjetividade, não é necessário usar eu 
ou nós, inclusive é possível escrever artigos científicos e acadêmicos usando 
essas pessoas gramaticais sem torná-los subjetivos. 
O papel da subjetividade
A subjetividade permite, do ponto de vista do locutor, expressar sua opinião, sua 
perspectiva sobre algo; ao passo que,do ponto de vista do interlocutor, possibilita 
a identifi cação e a compreensão destes, sem, no entanto, signifi car concordância. 
Ela estará presente em diferentes tipos de produção textual, inclusive em 
respostas. Uma resposta subjetiva, por exemplo, se diferencia de uma objetiva. 
Respostas objetivas trazem informações pontuais ou factuais. Assim, ao citar 
uma lei (ou artigo desta, como no texto completo do exemplo) ou responder que 
horas são, quem é o presidente, quantos continentes há, se está fazendo uso de 
informações factuais e pontuais. Entretanto, ao se atribuir uma interpretação 
ou avaliação (que não quantitativa) a estas, passa-se para o âmbito subjetivo.
da banda que assistem ao filme. Além do filme como um todo ser 
excepcional, é preciso destacar a atuação de Rami Malek como 
Freddie Mercury, o ator se entregou completamente ao papel, 
sendo o verdadeiro destaque da história, assim como previsto, já 
que estava no papel de da banda. Apesar de “longo” (2h 15min), 
o filme não se torna cansativo em nenhum momento, você se 
envolve em cada segundo da narrativa, conhecer de perto e por 
outros ângulos a história do Queen foi uma experiência única e 
emocionante.
Fonte: Crítica feita por usuária no site Adoro Cinema. 
Elaboração de respostas subjetivas8
Dependendo do objetivo da produção, certas formas de expressar a subje-
tividade serão mais produtivas que outras, pois demonstrarão mais domínio 
e preparo. Ao se pensar em respostas a questões subjetivas, é preciso ter em 
mente que não significa que qualquer resposta é válida. É importante apresentar 
argumentos que reforcem ou comprovem seu ponto de vista. Esse tipo de questão 
é comum em provas com questões dissertativas, lembrando que suas respostas 
terão de apresentar argumento(s) que suportem sua posição, perspectiva, tese. 
Para ajudá-lo a elaborar suas respostas, seguem a seguir dicas sobre como 
escrever um parágrafo, o que é esperado na resposta a partir do verbo usado na 
ordem da questão, links com dicas, ferramentas úteis e dispositivos retóricos.
Um parágrafo é estabelecido por sua unidade e coerência entre as frases. 
Quando parte de um texto maior, cada parágrafo sustentará a ideia central. 
Dessa forma, é importante ter em mente qual é o seu argumento, sua tese, isto 
é, aquilo que você irá defender. Essa definição permite que você mantenha 
uma relação coerente entre as partes e não se perca escrevendo, seja um texto 
com múltiplos parágrafos ou apenas um.
Há diferentes formas de se organizar um parágrafo. A seguir, no Quadro 1, 
você verá algumas formas possíveis de se fazer isso.
Fonte: Adaptado de The Writing Center (2018).
Forma de organização Dica de como fazer
Narração Conte uma história, seguindo a ordem cronológica 
dos eventos
Descrição Dê detalhes específicos sobre a aparência de algo 
ou alguém, procure incluir informações, quando 
for o caso, que envolvam outros sentidos, como 
tato, paladar, audição e olfato. Organize essas in-
formações por ordem de surgimento, pela disposi-
ção espacial ou por tópico
Processual Explique como algo funciona, passo a passo
Classificação Separe em grupos e explique as diferentes partes 
do tópico
Ilustração Dê exemplos e explique como eles servem como 
suporte para o tópico
Quadro 1. Formas de organização do parágrafo
9Elaboração de respostas subjetivas
Um parágrafo bem organizado terá introdução, desenvolvimento e con-
clusão. Na introdução, você apresenta qual a ideia central, um tópico dele. 
Todas as sentenças do parágrafo devem estar relacionadas com o tópico. No 
desenvolvimento, você expõe evidências e informações para dar suporte ao 
tópico. Por fim, há a conclusão, que pode ser para encerrar o tópico ou para 
introduzir o próximo parágrafo. 
Cinco passos para construir um parágrafo:
Passo 1 — Defina sua tese e escreva a frase tópico, que ajudará a manter a coerência 
do parágrafo. Às vezes, pode ser necessário mais uma frase para estabelecer a tese.
Passo 2 — Explique sua tese, fazendo uso de um operador lógico ou explanação.
Passo 3 — Dê um exemplo (ou vários), isto é, apresente uma evidência que suporte 
o que disse nos passos anteriores.
Passo 4 — Explique o(s) exemplo(s) dado(s) e a relevância deste(s) para o tópico do parágrafo.
Passo 5 — Complete a ideia do parágrafo ou faça a transição para o próximo. Esse passo 
se trata de não deixar nós soltos e lembrar ao leitor a importância da(s) informação(s) 
desse parágrafo. Ele também pode ser sobre introduzir o tópico do próximo.
No exemplo a seguir, é analisado um parágrafo do texto “O Morro dos Ventos 
Uivantes”: quando a literatura é do tamanho da vida, sobre o livro Morro dos 
Ventos Uivantes, de Emily Brontë. 
Texto 3
Fonte: Nestarez (2018, documento on-line). 
Elaboração de respostas subjetivas10
O parágrafo acima não traz exemplos, mas apresenta introdução (em azul), 
desenvolvimento (em vermelho e verde) e conclusão (em amarelo). Lembre-se 
de que os passos dados para elaborar são dicas, mas não a única forma de 
organizar um parágrafo.
É comum em avaliações com questões dissertativas (aquelas em que se deve 
escrever um texto) que se peça a resposta em um único parágrafo. Também 
é comum que você tenha de expor seu ponto de vista sobre o assunto. Por 
ser subjetiva, há também um risco maior para não se apresentar argumentos, 
evidências que sejam válidas e sustentem sua tese. Outro risco, e este para 
qualquer questão ou atividade pedida, é a má interpretação. Para poder elaborar 
uma boa resposta, é preciso primeiro entender o que está sendo pedido e, para 
tal, é fundamental ler atentamente. No Quadro 2 são apresentados alguns 
verbos, o que deve ser feito e exemplos.
Verbos O que é esperado Exemplo de questão
Redigir 
(elaborar, 
escrever, 
discorrer)
Significa expor por escrito, 
e por si só é muito vago. É 
importante que se observe 
outras informações, como 
tema e textos motivadores. 
É possível que seja, nesse 
caso, pedido que se aborde 
um ou mais aspectos e con-
ceitos. Nesse caso, atente se 
é pedido para que se faça 
isso com um dos tópicos ou 
se com o conjunto deles.
(BRASIL, 2017a) A partir das 
informações apresentadas, 
REDIJA um texto acerca do 
tema: Epidemia de sífilis con-
gênita no Brasil e relações de 
gênero. Em seu texto ABORDE 
OS SEGUINTES ASPECTOS: 
- a vulnerabilidade das mulhe-
res às DSTs e o papel social dos 
homens em relação à preven-
ção dessas doenças;
- duas ações especificamente 
voltadas para o público mas-
culino a serem adotadas no 
âmbito das políticas públicas 
de saúde ou de educação, para 
reduzir o problema.
(Questão 1 de formação geral 
da prova do ENADE do curso de 
Arquitetura e urbanismo)
Leia a questão completa em:
https://bit.ly/2zbxhAS
Quadro 2. Verbos e ordem de questão
(Continua)
11Elaboração de respostas subjetivas
No primeiro exemplo, é especificado nos tópicos o que se espera da 
questão. Uma resposta bem elaborada teria na primeira frase a tese relacio-
Verbos O que é esperado Exemplo de questão
Explicar Significa que você deverá 
dizer o que algo é, como 
algo funciona, ou como 
ocorre, ou por que ocorre 
(organização processual).
(BRASIL, 2017a) Considerando 
os dois modelos apresentados, 
elabore um texto que EXPLIQUE 
duas consequências relacionadas 
à qualidade do espaço urbano 
ou à infraestrutura urbana.
(Questão 3 de componente 
específico da prova do ENADE 
do curso de Arquitetura e 
urbanismo)
Leia a questão completa em:
https://bit.ly/2zbxhAS
Descrever Significa que você deve dar 
detalhes específicos sobre 
algo, alguém ou algum 
fenômeno, evento. 
(BRASIL, 2017b) Considerando a 
temática presentada nos textos, 
faça o que se pede nos itens a 
seguir.
- Descreva dois possíveis efeitos 
da ampliação das unidades 
de conservação sobre a 
biodiversidade.
- Apresente três exemplos de 
ações que integrem o reco-
nhecimento e a valorização do 
contexto sociocultural com a 
conservação da biodiversidade.
(Questão 3 de componente es-
pecífico da prova do ENADE do 
curso de Ciências biológicas)Leia a questão completa em: 
https://bit.ly/2K8TxQ8
Quadro 2. Verbos e ordem de questão
(Continuação)
Elaboração de respostas subjetivas12
nada ao tema (incluindo o primeiro aspecto). No desenvolvimento, seriam 
defendidos argumentos ou evidências que sustentem a tese. Já na conclusão, 
seria possível fazer a proposta de duas soluções em vista ao problema do 
tema. Uma resposta ao segundo teria uma organização diferente, o que não 
significa que são dispensáveis introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Na primeira frase, seria importante declarar o tema e/ou a tese (as duas 
consequências sobre as quais se falará) na introdução, de modo a ser o fio 
condutor do desenvolvimento em que explicará duas consequências. Ao 
final, retomar o tema e apresentar a relevância ou potencial do que abordou. 
O exemplo 3 pode ser respondido seguindo os 5 passos. Deveria ser dito 
sobre o que irá se falar, seguido da descrição dos efeitos. O ideal seria que 
os exemplos dados estivessem ligados com os efeitos descritos e que isso 
fosse explicado. 
Veja ferramentas para ajudar na produção textual (por exemplo, arquivo em nuvem, 
transcrição de áudio, preparação de slides, site para pesquisa acadêmica, referência 
on-line, busca de plágio) no link:
https://glo.bo/2RVbrbx
No próximo link, veja ferramentas on-line e gratuitas para ajudar na organização 
para a escrita:
https://bit.ly/2Q06n8y
São importantes na escrita coesão e coerência. A coesão permite as ligações 
entre as partes de uma frase, entre frases e entre parágrafos. Nela, entra o 
uso de pronomes para retomar o que já foi dito e conjunções que estabelecem 
relações lógicas e de dependência entre si, entre outros. Já a coerência garante 
que o interlocutor poderá interpretar o que foi dito ou está escrito. Entretanto, 
não são as únicas características importantes. Também o são as figuras de 
retórica. Figuras de retórica são estratégias que o locutor ou escritor emprega 
para convencer seu interlocutor. Confira nos links a seguir mais informações 
sobre esse assunto.
13Elaboração de respostas subjetivas
Leia artigos interessantes sobre figuras, disponíveis nos links a seguir. 
Fiorin fala sobre figuras do pensamento.
https://bit.ly/2FrUowt
Fiorin fala sobre figuras de retórica e retórica argumentativa.
https://bit.ly/2K7ecnz
Koch fala linguística textual, da qual fazem parte coesão e coerência. 
https://bit.ly/2PYqeoF
Daniele Fernanda Feliz Moreira fala sobre figuras de linguagem.
https://bit.ly/2BaSnAR
Como visto, há diferentes formas de se expressar subjetividade, do pessoal 
à argumentação para defender seu ponto de vista. No âmbito acadêmico e 
profissional, somente o segundo é válido. A seguir, são apresentadas 10 dicas 
para ajudar em suas respostas.
Dez dicas para respostas subjetivas:
1. Leia com atenção o que a questão pede e sobre o que se trata.
2. Faça um plano para sua resposta. Defina sobre o que irá falar, estabeleça argu-
mentos ou evidências que sustentem seu ponto de vista, retome a relevância do 
que foi dito e encerre.
3. Siga uma relação lógica no desenvolvimento.
4. Evite expressões vagas ou que limitem a temporalidade de seu texto (p. ex., aqui, 
hoje, atualmente). Opte por expressões específicas, como nome do lugar, data, 
período.
5. Cuidado com adjetivos, dê informações para ajudar seu leitor (p. ex., descreva as 
características de alguém ou algo), mas sem excessos.
Elaboração de respostas subjetivas14
6. Cuidado com expressões como “eu acho”, “na minha opinião”, “eu acredito”, “do 
meu ponto de vista”. Expressões desse tipo podem enfraquecer seu argumento, 
pois elas funcionam como modalizadores que diminuem a força do que é dito. 
Além disso, se é resposta subjetiva, só pode ser sua opinião, do que contrário há 
de se dizer de quem é.
7. Dê preferência para palavras e estruturas frasais simples e com as quais esteja 
familiarizado. Usar palavras e estruturas que você desconhece pode levar ao uso 
inadequado e/ou soar artificial, piegas.
8. Dê preferência para estruturas frasais não muito longas e de ordem não marcada 
(sujeito, verbo, complemento verbal, adjunto adverbial).
9. Atenção ao tom emocional. Na medida certa, pode ser um recurso positivo, mas 
facilmente pode enfraquecer seu ponto de vista.
10. Revise a resposta antes da entrega. Tenha certeza de que abordou o que foi pedido, 
de que abordou o que deseja e precisa para defender seu ponto de vista, de que 
sua resposta tem uma frase tópico e um encerramento.
AUSTIN, J. L. How to do things with words. 2. ed. Cambridge: Harvard University, 1975.
BARBISAN, L. O conceito de enunciação em Benveniste e Ducrot. Letras, n. 33, p. 23-
35, 2006. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11921/7342>. 
Acesso em: 13 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. ENADE 2017: Arquitetura e urbanismo. SINAES, 2017a. 
Disponível em: <https://bit.ly/2zbxhAS>. Acesso em: 13 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. ENADE 2017: Ciências biológicas. SINAES, 2017b. Dis-
ponível em: <https://bit.ly/2K8TxQ8>. Acesso em: 13 dez. 2018.
FIORIN, J. L. Argumentação. São Paulo: Contexto, 2015.
FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2016.
FIORIN, J. L. Modalização: da língua ao discurso. ALFA: Revista de Linguística, v. 44, p. 
171-192, 2000. Disponível em: <https://bit.ly/2Qey7Dg>. Acesso em: 13 dez. 2018.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
KOCH, I. V. A inter-ação pela linguagem. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
KOCH, I. V. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas. 2. ed. São Paulo: 
Contexto, 2015.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
15Elaboração de respostas subjetivas
NESTAREZ, O. O Morro dos Ventos Uivantes: quando a literatura é do tamanho da 
vida. Revista Galileu, 20 out. 2018. Disponível em: <https://glo.bo/2zcPfmn>. Acesso 
em: 13 dez. 2018.
SEARLE, J. R. Speech acts: essay in the philosophy of language. Londres: Cambridge 
University, 1976.
WALTON, D. Informal logic: A pragmatic approach. New York: Cambridge University 
Press, 2008.
Leituras recomendadas
FIORIN, J. L. Semiótica e retórica. Gragoatá, v. 12, n. 23, p. 9-26, 2007.
FIORIN, J. L. As figuras de pensamento: estratégia do enunciador para persuadir o 
enunciatário. ALFA: Revista de Linguística, v. 32, 1988.
KOCH, I. G. V. Lingüística Textual: retrospecto e perspectivas. ALFA: Revista de Linguística, 
v. 41, 1997. 
THE WRITING CENTER. Tip and tools - Paragraphs. University of North Carolina at Chapel 
Hill. 2018. Disponível em: <https://writingcenter.unc.edu/tips-and-tools/paragraphs/>. 
Acesso em: 13 dez. 2018.
Elaboração de respostas subjetivas16
Conteúdo:
Dica do professor
O vídeo desta Unidade de Aprendizagem está extremamente esclarecedor.
Você consegue identificar a marca de subjetividade presente na frase anterior? Assista ao vídeo a 
seguir para entender de que forma as marcas aparecem no discurso. Você verá que nada é dito por 
acaso!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/328abf84bcff0ee1dbba90bb485ba21b
Exercícios
1) Numa aula, o professor lança a seguinte proposta: "Escreva um comentário sobre o Brasil." O 
professor pede as respostas por escrito. A seguir, são apresentadas algumas respostas 
produzidas pelos alunos. Uma delas não tem um tom subjetivo. Identifique-a. 
A) "O Brasil já foi considerado o país do futuro, mas esse futuro demorou muito a chegar."
B) "Acho o patriotismo uma coisa patética. O Brasil é apenas mais um país no mundo, e não me 
sinto especial nem diferente das outras pessoas por ter nascido aqui.”
C) "É como alguém um dia disse: 'o Brasil não é um país sério'."
D) "O Brasil é um país com dimensões continentais e possui a quinta maior população do 
mundo."
E) "Todos os brasileiros criticam o Brasil, mas poucos fazemalguma coisa para mudá-lo."
2) Além das marcas explícitas da inserção do sujeito no discurso (como o pronome "eu" e os 
verbos conjugados na primeira pessoa do plural), alguns recursos linguísticos denotam a 
impressão da subjetividade no texto. Certos advérbios desempenham esse papel. Qual das 
alternativas a seguir não apresenta um exemplo de efeito de subjetividade causado pelo 
advérbio destacado? 
A) Naquele restaurante servem uma cerveja bem gelada.
B) A cidade realmente está violenta.
C) Não se sabe quantos desempregados há no Brasil.
D) Cecília é excessivamente emotiva.
E) Finalmente, meu pai veio me visitar.
3) As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para conferir originalidade, 
emotividade ou poeticidade ao discurso. Uma figura de linguagem bastante utilizada é a 
metonímia, que ocorre quando uma palavra substitui outra, havendo entre ambas algum 
grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Assinale a 
alternativa que não indica relação adequada estabelecida pelo termo destacado: 
A) Antes de sair, tomamos um cálice de licor. (Produção pelo produto.)
B) Já li muito Jorge Amado. (Autor pela obra.)
C) Os brasileiros se deixam guiar muito pelo coração. (Concreto pelo abstrato.)
D) A criança de hoje está cercada pela tecnologia. (Singular pelo plural.)
E) Almejando a medalha, a atleta treina por cinco horas diariamente. (Símbolo pela coisa 
simbolizada.)
4) Outra figura de linguagem comum é o eufemismo, que ocorre quando uma palavra ou 
expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou 
chocante. Apenas uma alternativa a seguir não traz um exemplo de eufemismo. Identifique-
a. 
A) Pode haver uma redução da oferta de postos de trabalho em função da diminuição dos 
incentivos fiscais às empresas.
B) Essa obra já foi vistoriada mil vezes e não apuraram as irregularidades.
C) "E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague" (Chico Buarque, canção 
"Deus lhe pague").
D) "Ele vivia de caridade pública" (Machado de Assis).
E) A funcionária da empresa foi arrolada entre as testemunhas.
5) Considere a seguinte frase: "Parece haver relutância dos professores em fazer alterações no 
currículo do curso." Qual das alternativas a seguir apresenta uma interpretação equivocada 
sobre essa frase? 
A) O enunciador não tem certeza quanto à informação que ele relata.
B) Ao usar o verbo de ligação "parece", o enunciador evita a exposição da sua própria opinião 
acerca da informação relatada.
C) A frase tende à objetividade e à imparcialidade.
D) O enunciador expressa de forma polêmica a informação relatada.
E) Infere-se que os professores estão sendo pressionados para que as alterações no currículo do 
curso sejam feitas.
Na prática
Você já deve ter ouvido falar que um texto acadêmico precisa ser escrito com neutralidade. Mas 
existe neutralidade no discurso? Muitos autores dizem que não.
Sempre que produzimos textos – sejam eles informais ou formais –, escolhemos as informações 
que queremos transmitir (e as que queremos omitir) e elegemos o modo como as combinamos. Por 
exemplo, na frase "Ele é uma ótima pessoa", a seleção da palavra "ótima" exprime determinada 
intenção, mas a intenção seria outra se, no lugar, estivesse a palavra "péssima": "Ele é uma péssima 
pessoa".
Agora, leia exemplos de como a seleção e a combinação de informações impedem que um texto 
seja visto como neutro e imparcial.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Enunciação: a categoria de pessoa.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Marcas da subjetividade No gênero discursivo didático - 
científico
veja no artigo a seguir sobre a Análise do Discurso de linha francesa forma a base teórica desse 
artigo que busca identificar as marcas da subjetividade na construção de enunciados escritos por 
alunos de estágio da área de psicologia do trabalho de uma Instituição de Ensino Superior pública
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/Htrw8tTmigY
https://silo.tips/download/marcas-da-subjetividade-no-genero-discursivo-didatico-cientifico

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