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Trabalho de Ética

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná 
 Escola de Direito 
 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL 
DIREITOS DO ADVOGADO 
 
ALUNO(S): ______________________________________________ 
 
01 – No que se refere aos direitos e deveres do advogado, assinale a opção correta. 
 
a) O advogado pode ter vista, mesmo sem procuração, de qualquer processo, 
administrativo ou judicial, que não esteja sujeito a sigilo, podendo copiá-lo e anotar o 
que bem entender. 
Justificativa: Artigo 7º, XIII, da Lei 8.906 /1994, é admitido ao advogado, ainda que 
sem procuração, examinar os autos de processos findos ou em andamento, desde 
que não sujeitos a sigilo ou segredo de justiça. 
 
b) Ao falar em juízo, durante uma audiência, o advogado deve permanecer em pé. 
 
c) O advogado que desejar falar com magistrado deve agendar previamente um 
horário, devendo estar presente à audiência com, pelo menos, quinze minutos de 
antecedência. 
 
d) O advogado devidamente inscrito na OAB só pode advogar no estado onde tenha 
homologado sua inscrição. 
 
02 – Otaviano, advogado regularmente inscrito na OAB/PR, aguardava pregão para 
ato judicial. Após uma hora do horário designado, certificou-se de que a autoridade 
que deveria presidir o ato não havia comparecido. 
 
a) Nessa situação hipotética, o que Otaviano poderia requerer? 
Resposta: Retirar-se do recinto mediante comunicação protocolizada em juízo. 
Justificativa: Artigo 7º, XX, da Lei 8.906 /1994: “retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao 
qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante 
comunicação protocolizada em juízo.” 
Jurisprudência: Habeas Corpus Nº 97.645 – PE (2007/0308615-1) 
 
03 – João Vítor e Ana Beatriz, ambos advogados, contraem núpcias, mantendo o 
estado de casados por longos anos. Paralelamente, também mantêm sociedade em 
escritório de advocacia. Por motivos vários, passam a ter seguidas altercações, com 
acusações mútuas de descumprimento dos deveres conjugais. Ana Beatriz, revoltada 
com as acusações desfechadas por João Vítor, requer que a OAB promova sessão 
de desagravo, uma vez que sua honra foi atingida por seu marido, em discussões 
conjugais. 
 
a) À luz das normas estatutárias, algum ato poderá ser realizado pela OAB? 
Resposta: Nenhum ato poderá ser realizado pela OAB, tendo em vista que as ofensas 
não ocorreram no exercício da profissão de advogado. 
Justificativa: Art. 18 do Regulamento Geral: “O inscrito na OAB, quando ofendido 
comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, 
tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a 
seu pedido ou de qualquer pessoa.” 
Estatuto da OAB: Art. 7º: “Art. 7º São direitos do advogado: XVII - ser publicamente 
desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;” 
Diante do caso em questão, o relator poderá propor o pedido de arquivamento 
do desagravo, conforme o §3º do artigo 18 do Regulamento Geral da OAB, pois a 
ofensa não se deu no âmbito do exercício profissional. 
 
04 – O advogado Ademar é surpreendido por mandado de busca e apreensão dos 
documentos guardados no seu escritório, de forma indiscriminada. Após pesquisa, 
verifica que existe processo investigando um dos seus clientes e a ele mesmo. Apesar 
disso, os documentos de toda a sua clientela foram apreendidos. 
 
a) Diante do narrado, é correto a apreensão de todos os documentos da clientela do 
advogado? 
Resposta: Houve excesso na apreensão de todos os documentos da clientela do 
advogado. 
Justificativa: De acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/1994), o 
escritório de advocacia possui inviolabilidade em relação aos seus arquivos, dados e 
correspondências, nos termos do artigo 7º, II, §6º E §7º. No entanto, essa 
inviolabilidade não é absoluta. 
 
“II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de 
seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, 
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;” 
 
§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por 
parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a 
quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em 
decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico 
e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das 
mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, 
bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham 
informações sobre clientes. 
 
§ 7º A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes 
do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados 
como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu 
causa à quebra da inviolabilidade. 
 
05 – Adolfo, policial militar, consta como envolvido em fato supostamente violador da 
integridade física de terceiros, apurado em investigação preliminar perante a Polícia 
Militar. No curso desta investigação, Adolfo foi notificado a prestar declarações e, 
desde logo, contratou a advogada Simone para sua defesa. Ciente do ato, Simone 
dirige-se à unidade respectiva, pretendendo solicitar vista quanto aos atos já 
concluídos da investigação e buscando tirar cópias com seu aparelho celular. Além 
disso, Simone intenta acompanhar Adolfo durante o seu depoimento designado. Neste 
caso, conforme o EAOAB: 
 
a) Quais são os direitos de Simone e seu cliente Adolfo? 
Resposta: É direito de Simone, e de seu cliente Adolfo, que a advogada examine os 
autos, no que se refere aos atos já concluídos e documentados, bem como empregue 
o telefone celular para tomada de cópias digitais, o que não pode ser obstado pela 
autoridade responsável pela investigação. Também é direito de ambos que Simone 
esteja presente no depoimento de Adolfo, sob pena de nulidade absoluta do ato e de 
todos os elementos investigatórios dele decorrentes. 
Justificativa: Art. 7º, incisos XIV e XXI e § 11. 
 
“XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir 
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de 
investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em 
meio físico ou digital;” 
 
“XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de 
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou 
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios 
e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, 
podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos;” 
 
“§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá 
delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a 
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando 
houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da 
finalidade das diligências.” 
 
06 – Viviane, Paula e Milena são advogadas. Viviane acaba de dar à luz, Paula adotou 
uma criança e Milena está em período de amamentação. Diante da situação narrada, 
de acordo com o Estatuto da OAB, pergunta-se: 
 
a) Viviane e Paula têm direito à suspensão de prazos processuais, em qualquer 
hipótese, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
 
b) Viviane, Paula e Milena têm direito de preferência na ordem das audiências a serem 
realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição. 
 
Justificativa: EOAB - Art. 7°-A, III. 
 
“Art. 7º-A. São direitos da advogada: 
 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem 
das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, 
mediante comprovação de sua condição;”

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