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ADAPTAÇÕES-CURRICULARES-PARA-A-EDUCAÇÃO-INCLUSIVA aula 1

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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO 2 
2 CURRÍCULO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR - CURRÍCULO, INCLUSÃO 
E DIVERSIDADE 3 
3 ADAPTAÇÕES CURRICULARES 8 
3.1 Adaptações de grande porte .............................................................. 17 
3.2 Adaptações de pequeno porte ........................................................... 20 
3.3 Ajustes curriculares: flexibilização, adequação ou adaptação? .......... 22 
4 DESAFIOS NA ADAPTAÇÃO CURRICULAR 27 
5 FORMAÇÃO DOCENTE 31 
6 PEI - PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO 32 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2 CURRÍCULO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR - CURRÍCULO, INCLUSÃO E 
DIVERSIDADE 
 
Fonte: cmbh.mg.gov.br 
 
Discutir a prática docente no contexto da inclusão significa investigar as formas 
variadas de manifestação da prática curricular e questionar o verdadeiro significado 
do currículo em ambiente escolar. O termo currículo é definido no dicionário Houaiss 
como o planejamento de cursos ou disciplinas a serem verificadas. Já no Dicionário 
Interativo da Educação brasileira, o currículo é definido como um conjunto de tópicos 
sobre um determinado curso ou plano de ensino, ou trilha de desenvolvimento pessoal 
e de carreira. Quanto à etimologia, a palavra currículo vem do latim Scurrer e 
significa correr, passar, percorrer, fazer uma rota e um caminho, referindo-se, 
portanto, ao curso de uma profissão, de um rio e um caminho que deve ser 
percorrido. Tanto a partir das definições quanto da etimologia notamos que o currículo 
é compreendido como um conjunto de conteúdos sistemáticos, apresentados de 
forma hierárquica e dividido em séries e períodos; com intuito de identificar um 
caminho a ser seguido a partir do qual um sujeito será considerado capaz de exercer 
uma determinada função, após ter realizado as fases de um determinado processo. 
Essa compreensão do currículo enquanto processo é reducionista, já que o 
currículo não é apenas um processo ou mesmo uma apresentação sistemática de 
conteúdo. A prática a qual ele se refere é uma realidade complexa, multifacetada, que 
inclui comportamentos didáticos, políticos, administrativos e econômicos, pautados 
 
4 
 
por valores culturais, ideologias, interesses; em outros termos, o currículo é marcado 
por esquemas de racionalidade que caracterizam o modo de ser e viver de uma 
sociedade. Assim, considerar o currículo a descrição neutra de um processo é deixar 
de lado todo esse conteúdo conforme o esforço inútil de racionalizá-lo. 
O currículo, deve, portanto, ser compreendido como uma construção cultural 
surgida de relações sociais tecidas no ambiente escolar, tornando evidentes relações 
diretas o conteúdo curricular, o poder e a identidade. No sentido Scurrer e, podemos 
entender o currículo como um produto simbólico estruturado e estruturante, inserido 
em relações sociais e produtor de relações sociais, uma forma de impor um padrão 
de capital simbólico, ao mesmo tempo que um problema para a educação. 
Tendo em vista os diferentes conceitos e perspectivas de currículo, podemos 
elencar os seguintes aspectos: 
 
a) Visões sobre sua função social. Ele pode ser considerado como uma ponte 
entre a sociedade e a escola. 
b) Projetos ou planos educacionais, intencionais ou reais, são compostos por 
diferentes aspectos, experiências, conteúdos, etc. 
c) O currículo é chamado expressão formal e material do projeto, e deve 
apresentar seu conteúdo, diretrizes e sequência em um determinado 
formato para resolver o problema, etc. 
d) O currículo se refere ao campo de prática que eles entendem. Entendê-lo 
dessa forma pressupõe as seguintes possibilidades: 1) analisar a realidade 
do processo de ensino e da prática na perspectiva de fornecê-los com 
conteúdo; 2) pesquisá-lo como um cruzamento de diferentes práticas e não 
apenas do processo de ensino; 3) apoiar a discussão da interação entre 
teoria e prática educacional. 
 
Observa-se que existe uma dificuldade em vários aspectos da configuração do 
currículo em cenário educacional, ou seja, é difícil estabelecer uma conexão entre 
teoria e prática no que diz respeito a função dos instrumentos curriculares, havendo 
uma constante dicotomização das situações onde o currículo entre pauta. De um lado 
ele é uma função no cenário educacional, de outro ele é apenas uma formalidade. Por 
fim, ele diz algo que é difícil colocar em prática, tornando um bilhete burocrático. 
 
5 
 
A partir deste ponto de vista é possível depreender que as práticas curriculares 
(satisfatórias ou não) são resultados direto da compreensão que se tem de escola no 
geral, sua função social e sua intencionalidade, entre outros aspectos. Pensar num 
currículo que atenda a diversidade dentro da instituição escolar significa pensar em 
uma concepção crítica, que considere de forma concomitante a singularidade do 
indivíduo e a generalidade da função educativa. Uma escola inclusiva é resultado de 
práticas pedagógicas inclusivas e consequentemente de um currículo bem definido 
em relação à sua função. Para Saviani (2012, p. 16), currículo é o “conjunto das 
atividades nucleares desenvolvidas pela escola”. Pressuposto o qual nos predispõe a 
refletir sobre o real papel da escola e o que é central ou secundário no processo 
educativo, ou seja, do que se compreende enquanto processo educativo. 
Na perspectiva da compreensão do currículo e dos significados construídos na 
prática educativa ocorrida no contexto das relações sociais, nos deparamos com a 
necessidade de perceber que o conteúdo do currículo se torna impreciso; e o currículo 
acaba por se tornar uma prática pedagógica. Ou a expressão das funções sociais e 
culturais das instituições escolares, que no que lhe concerne penetra em várias 
categorias de prática escolar. O currículo é a junção de diferentes práticas, no que lhe 
concerne, torna-se o configurador de tudo o que podemos chamar prática pedagógica 
em sala de aula e escolar; pois determina uma coisa a seguir, ainda que um dos 
dramas seja a impossibilidade de seguir aquilo que a lista curricular elenca. 
Nessa perspectiva, pode-se inferir que a prática curricular (satisfeita ou não) é 
resultado direto da compreensão das pessoas sobre a função social da escola e sua 
intencionalidade coletiva. Considerar um currículo que atenda à diversidade das 
instituições escolares significa considerar um conceito crítico, enquanto considera a 
singularidade do indivíduo e a universalidade das funções educacionais. 
As escolas inclusivas são o resultado de práticas pedagógicas inclusivas, 
portanto, de currículos identificados claramente com as suas funções. Para Saviani 
(2012, p. 16), o currículo é “uma série de atividades-fim desenvolvidas pela escola”. 
Um pressuposto que nos faz tender a refletir sobre o verdadeiro papel da escola e oque é central ou secundário no processo educativo, ou seja, o que se entende por 
processo educativo. 
Na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, a “[...] organização curricular dos 
vários níveis e modalidades de ensino [...] deverá tomar como referência a forma de 
 
6 
 
organização da sociedade atual, assegurando sua plena compreensão por parte de 
todos os educandos” (SAVIANI, 2010b, p. 32). O autor apresenta o conceito de 
“clássico” para o estabelecimento dos currículos escolares, permitindo, dessa forma 
“[...] um critério para se distinguir, na educação, o que é principal do que é secundário; 
o essencial do acessório; o que é duradouro do que é efêmero; o que indica 
tendências estruturais daquilo que se reduz à esfera conjuntural” (SAVIANI, 2010a, p. 
27-28). 
Nesse sentido, tal perspectiva manifesta as contradições existentes no conjunto 
do processo educativo, assim como sobre o risco de esvaziamento do currículo e de 
sua função, ao tentar estabelecer relações de ajustes curriculares sob alegação de 
que estes poderiam privar o aluno de acessar os conteúdos produzidos cultural e 
historicamente pela humanidade ao longo do tempo. Tal pressuposto evidencia o 
frequente equívoco de interpretações sobre o currículo que o reduzem a mero 
cumprimento de conteúdos programáticos. No entanto, faz-se necessário ponderar 
que ajustar o currículo não diz respeito a facilitar ou suprimir objetivos de 
aprendizagem aos educandos e sim proporcionar formas diversas para a apropriação 
desses conhecimentos, visto suas especificidades. 
 Portanto, para que seja possível compreender as práticas pedagógicas e 
ajustes curriculares é necessário analisar a compreensão que se tem sobre o currículo 
escolar em questão. Enquanto o projeto que preside as atividades educativas 
escolares, o currículo define suas intenções e proporciona guias de ação adequadas 
e úteis para os professores, que são diretamente responsáveis pela sua execução. O 
currículo proporciona informações concretas sobre o que ensinar, quando ensinar, 
como ensinar e o que, como e quando avaliar. Um currículo é uma tentativa de 
comunicar os propósitos educativos de tal forma que permaneça aberto à discussão 
crítica e possa ser efetivamente transladado em prática. 
 O currículo, nesse sentido, deve estar organizado de modo a garantir aos 
estudantes um ensino que promova a apropriação de conhecimentos e não apenas a 
absorção mecânica de conteúdo, uma vez que esta seria uma compreensão 
equivocada de seu real conceito para a educação formal, compartilhando de tal 
prerrogativa, também estão alinhados os critérios referenciados nos Parâmetros 
Curriculares. Nessa acepção, o currículo deve estar apoiado em competências 
básicas para a inserção de nossos jovens na vida adulta. Tínhamos um ensino 
 
7 
 
descontextualizado, compartimentalizado e baseado no acúmulo de informações. Ao 
contrário disso, buscamos dar significado ao conhecimento escolar, mediante a 
contextualização; evitar a compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade; e 
incentivar o raciocínio e a capacidade de aprender. 
Outro ponto que merece ser citado é o fato de que muitas vezes o currículo é 
compreendido dentro da escola apenas como um requisito burocrático, ou seja, um 
documento que tem que ser elaborado a partir dos parâmetros normativos nacionais, 
a incluir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na discussão contemporânea, 
sendo visto como um mero cumprir de burocracias, enquanto este deveria ser 
apreendido como um processo que envolve todas as esferas da escola enquanto 
instituição: gestão escolar; professores; comunidade e alunos, estabelecendo uma 
relação dinâmica e coerente dentro dos princípios de uma gestão democrática. O 
Projeto Político Pedagógico da escola, por exemplo, revela-se enquanto um 
importante viabilizador da implementação prática do currículo, porém o que é 
observado na prática é a reprodução acrítica da redação deste documento ao longo 
dos anos, ficando na maioria das vezes, sob a responsabilidade apenas da gestão, 
sendo arquivado junto aos demais procedimentos burocráticos que envolvem a 
escola. O currículo deve subsidiar a prática do professor e a consequente organização 
de suas práticas pedagógicas estabelecidas no processo de ensino aprendizagem. 
O currículo viabiliza sua operacionalização, orientando propostas de 
atividades pedagógicas, maneiras de execuções, definindo os fins para a 
especificidade dos alunos, inclusive dando subsídios para identificação e 
avaliação das necessidades educacionais dos alunos, podendo contribuir 
com a deliberação dos apoios necessários em determinado momento de sua 
escolarização. Deve ser apresentado de forma organizada, objetivando 
caminhos a serem seguidos, e orientando as ações docentes nos diferentes 
níveis de ensino, favorecendo a aprendizagem de todos os alunos 
(FONSECA, 2011, apud SANTOS 2020, p. 46). 
Torna-se um desafio refletir sobre como o currículo vem sendo estruturado 
dentro da escola regular ao pensarmos no atendimento ao aluno PAEE (Público-alvo 
da educação especial), na sala regular, sendo possível elencar algumas questões 
pertinentes: O que é compreendido como ajuste curricular? Como eles se manifestam 
empiricamente no contexto escolar? Quais pressupostos embasam tais práticas? Para 
tanto, o item subsequente, objetiva discorrer sobre tais questionamentos, assim como 
dissertar sobre a problemática da “adaptação curricular” prevista para alunos PAEE 
 
8 
 
(Público-alvo da educação especial), na rede estadual de ensino, que frequentam as 
classes comuns da rede regular, numa perspectiva inclusiva. 
3 ADAPTAÇÕES CURRICULARES 
 
Fonte: professorcorreia.com.br 
Por adaptação curricular entende-se qualquer ação docente que visa a 
flexibilização do currículo com o intuito de dar uma resposta pedagógica às 
necessidades especiais dos alunos no ambiente escolar. Os contratempos durante o 
processo de aprendizagem são manifestados continuamente, tanto em casos mais 
simples e / ou temporárias (podendo ser solucionado espontaneamente no trabalho 
docente) até situações mais complexas e / ou permanentes - exigindo a utilização de 
instrumentos ou estratégias especiais de forma a capacitar os alunos para acessar os 
cursos. Lidar com esta dificuldade contínua requer uma resposta educacional 
adequada, incluindo adaptação gradual ao currículo, bem como adaptação aos seus 
elementos. 
Assim, a adequação curricular é uma probabilidade de solucionar as 
dificuldades específicas dos alunos, o que favorece a apropriação indébita dos 
saberes escolares e sua inserção no processo de ensino / aprendizagem, para que 
possam participar do plano escolar da forma mais natural possível. Quando 
necessário, serão realizados em cursos regulares para adequá-los às características 
 
9 
 
dos alunos com necessidades especiais. Não é um currículo novo, mas um curso 
dinâmico, mutável e extensível, que realmente atende todos os discentes. 
E todas estas moldagens do currículo integram uma modificação gradual do 
currículo regular, dirigido a alunos que precisam de serviços e / ou circunstâncias 
especiais, e devem ser realizadas no menor tempo possível, para que esses alunos 
possam participar gradativamente do ensino a cada momento. Com seu grupo / turma. 
O planejamento da reorganização curricular deve ser considerado a partir da 
construção comunitária do projeto pedagógico da escola, sendo necessário prever e 
apoiar a reorganização a ser realizada. A primeira ação será descrever o desejo de 
ser um símbolo de identidade no projeto político-pedagógico, ou seja, enfocar a 
diversidade é uma forma de trabalho escolar que atende às suas necessidades 
educacionais especiais. Ao organizar aulas públicas, é preciso prever segundo 
ZANATO (2017), a flexibilidade e adaptabilidade do currículo, considerando os 
conteúdos básicos, métodos de ensino, soluções didáticasdiferentes e o significado 
prático e instrumental do processo de avaliação adequado ao desenvolvimento de 
alunos com necessidades educacionais especiais, em consonância com os projetos 
de ensino da escola. 
O projeto político-pedagógico deve ser de responsabilidade do coletivo, depois 
de levantamento de dados, reflexões e discussões, revelando seus objetivos e 
projetando sua identidade. É um processo de tomada de decisão democrático, que 
fornecerá instruções para o planejamento escolar e da sala de aula. 
A escola deve utilizar o seu projeto pedagógico como referência para a sua 
prática escolar, ensino e implementação do currículo. Considerando que as escolas 
devem realizar atividades e práticas educacionais de modo flexível e diversificado 
para o autêntico enfrentamento das heterogeneidades do ambiente escolar e facilitar 
o processo de ensino/aprendizagem entre os alunos e facilitar o processo de ensino 
aprendizagem. Ao identificar as necessidades educacionais especiais dos alunos, 
podem ser garantidos recursos e meios favoráveis para apoiar o processo 
educacional, de forma que sugestões curriculares diversificadas possam ser 
adotadas. A partir das sugestões curriculares que levam em conta as características 
dos alunos, podem ser realizadas adaptações para atenderem às deficiências de 
ensino e facilitar a aprendizagem de alunos atestando uma participação mais efetiva 
em todas as atividades escolares. 
 
10 
 
E para que possa ser atendido as necessidades de aprendizagem é preciso 
ajustar os objetivos, conteúdo, métodos, tempo e avaliação. Para isso, o ajustamento 
curricular é efetuado em três níveis: no plano do projeto de ensino (currículo escolar), 
no currículo desenvolvido na sala de aula e ao nível individual. As adaptações 
realizadas no âmbito do projeto pedagógico (currículo escolar) correspondem a 
medidas de adequação do currículo geral, como a organização escolar e os serviços 
de apoio. Essas adequações devem fornecer suportes basilares para a ocorrência de 
adaptações de sala de aula e pessoais 
As adequações feitas no currículo desenvolvido em sala de aula envolvem o 
planejamento de tarefas voltadas para a sala de aula, como organização e 
procedimentos de ensino. Por outro lado, a adaptação em nível pessoal tem como 
foco o aluno e, mais especificamente, visa identificar os fatores que intervêm em sua 
aprendizagem e resolvem suas dificuldades. Se outras medidas, como adaptação em 
grupo e atividades de fortalecimento, não funcionarem e constituírem ajustes ou 
modificações que outros alunos não podem compartilhar, a adaptação individual do 
currículo deve ser realizada. Devem ser realizados no menor tempo possível e em um 
lugar menos restrito, permitindo que os discentes participem gradativamente dos 
métodos de ensino mais usuais. 
Estas adaptações também podem ser classificadas conforme os componentes 
curriculares a que se referem, e divididas em duas categorias: os ajustes nos 
constituintes de acesso referem-se às mudanças nos elementos pessoais, materiais 
e organizacionais; quando se trata dos propósitos, conteúdos, métodos, ensino e 
atividades de aprendizagem e ao avaliar, faça ajustes aos elementos básicos do 
currículo. Pequenos e / ou grandes ajustes ao currículo podem ser precisos; estes 
devem sempre considerar as necessidades educacionais especiais dos alunos, a fim 
de resolver suas dificuldades e beneficiar sua aprendizagem. Nesse sentido, as 
adaptações curriculares podem ser classificadas de acordo com o seu significado, 
podendo ser denominadas: adaptações curriculares extraordinárias, significativas ou 
de grande escala, adaptações curriculares ordinárias, sem importância ou pequenas. 
Essas adaptações podem ser classificadas também em conformidade com os 
elementos curriculares aos quais se referem, pertencendo a duas categorias: 
 
 
11 
 
 
 
Esses pequenos e / ou grandes ajustes ao currículo podem ser necessários; 
estes devem sempre levar em consideração as necessidades educacionais especiais 
dos alunos, a fim de resolver suas dificuldades e beneficiar sua aprendizagem. 
Sendo assim, essas adequações aos currículos podem ser classificadas 
conforme seu nível de relevância, podendo ser denominadas como: adaptações 
curriculares extraordinárias, significativas, ou de grande porte; adaptações 
curriculares ordinárias, não significativas, ou de pequeno porte. 
Antes de implementar adaptações curriculares de grande porte ou em larga 
escala, as reais necessidades dos alunos devem ser sempre avaliadas com cuidado, 
pois isso deve ser sempre benéfico para o processo de aprendizagem. Esses ajustes 
devem permitir que alunos com deficiência alcancem objetivos educacionais que 
sejam viáveis e significativos para eles. Isso deve ser uma medida cautelar e só deve 
ser usado depois de comparar meticulosamente as completas circunstâncias que 
cercam o aluno e depois que outras medidas anteriores (incluindo pequenos ajustes) 
falharam. A gestão escolar é muito importante para o planejamento e implementação 
de dessas adaptações curriculares significativas ou em grande porte, e depende 
delas: 
 
12 
 
 
 
 
Conforme proposto em "Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptação 
Curricular" (1998), os elementos curriculares estão a promover a aquisição de 
currículo, objetivos, conteúdos, métodos e organização do ensino, avaliação e 
continuidade. A adequação do currículo corresponde à criação de condições materiais 
e ambientais para o estudo de longa duração dos alunos com necessidades 
educacionais especiais na escola. Para tanto, além da aquisição de móveis, 
equipamentos e recursos materiais específicos, pode ser necessária a adaptação ao 
ambiente físico da escola e aos materiais comumente utilizados nas salas de aula. A 
formação contínua de professores e demais profissionais e a implementação de ações 
que garantam a interdisciplinaridade e a instantaneidade também são ações 
necessárias para a construção de um sistema educacional inclusivo. 
As metas serão ajustadas para beneficiar as oportunidades educacionais dos 
alunos com necessidades educacionais especiais, para isso, as metas básicas 
poderão ser canceladas ou poderão ser introduzidas metas específicas, 
complementares e / ou alternativas. Essas mudanças não dependem apenas do 
 
13 
 
professor, é necessário realizar uma ampla análise antes de tomar essa decisão, 
sempre considerando as reais necessidades dos alunos, a fim de aprender melhor e 
facilitar a sua convivência com outros alunos. 
Portanto, quando a meta for ajustada, também será necessária a modificação 
do conteúdo, que pode se constituir em ajustes de conteúdo específicos, 
suplementares e / ou alternativos, bem como na eliminação do conteúdo básico do 
currículo. A avaliação está diretamente relacionada a esses ajustes, sendo um meio 
pelo qual professores e equipes gestoras podem avaliar a aprendizagem dos alunos 
com necessidades educacionais especiais a partir das mudanças anteriores e 
determinar sua trajetória escolar. A adaptação temporária deve ser baseada no 
próprio ritmo do aluno e no tempo que ele precisa para estudar, o que pode estender 
seu tempo de estudo. A adequação dos métodos de ensino e da organização do 
ensino também pode ser necessária, como a organização diferenciada da sala de 
aula, um pequeno número de alunos por sala de aula, e métodos específicos para 
atender às necessidades específicas dos alunos. 
De maneira geral, as adaptações curriculares de grande porte serão úteis 
para atender à necessidade especial do aluno quando houver discrepância 
entre suas necessidades e as exigências do currículo regular, à medida que 
se amplia a complexidade das atividades acadêmicas, no avanço da 
escolarização (ARANHA, 2000, apud ZANATO, 2017, p. 295). 
As adequações significativas ou de grande porte devem ser geralmente, 
antecipadas de uma criteriosa avaliação feita pelo gestor,docentes do ensino regular 
e docentes especialistas, para que possam ser analisados as reais necessidades dos 
alunos e os impactos dessas adaptações no processo de ensino/aprendizagem e na 
socialização dos alunos. 
 Diferentemente das adaptações curriculares significativas ou de grande porte, 
as adaptações curriculares não significativas ou de pequeno porte são de incumbência 
específica do professor, não depende de intervenções de instâncias superiores nem 
de autorização. Constituem modificações realizadas no plano de ensino e ações 
desenvolvidas em sala de aula pelo professor. 
Para a elaboração de seus planos de ensino, os professores devem estar 
atentos à diversidade que existe em suas aulas e promover os ajustes necessários 
para facilitar a participação efetiva de todos os alunos no processo de ensino / 
aprendizagem. Esse tipo de planejamento deve considerar as características pessoais 
 
14 
 
dos alunos para atender às suas necessidades educacionais. Quando necessário, 
pode ser formulado um plano de ensino personalizado para orientar a ação docente 
dos professores, que pode ser formulado com o auxílio de professores de educação 
especial e com apoio multidisciplinar, podendo ser atualizado continuamente de 
acordo com a evolução do aprendizado dos alunos. 
Levando em consideração a diversidade da sala de aula e as necessidades 
individuais dos alunos, os professores são livres para fazer ajustes de pequeno porte. 
Esses ajustes podem ser organizacionais, relacionados ao objetivo e ao conteúdo, 
avaliativos, procedimentos de ensino e atividades de ensino / aprendizagem e 
temporários. 
Essas adaptações de pequeno porte não constituem extrema personalização 
do ensino, mesmo que atendam às necessidades dos alunos, podem-se estabelecer 
roteiros gerais ou tipos de adaptações que podem ser utilizados com um grande 
número de alunos com características semelhantes. Os professores têm a 
responsabilidade de garantir que os alunos com necessidades educacionais especiais 
possam acessar todos os aspectos do currículo e de planejar e implementar ajustes 
para garantir que todos os alunos participem da sala de aula. 
De acordo com ARANHA (2000), em relação aos ajustes que os professores 
são responsáveis por fazer e implementar para garantir que alunos com necessidades 
especiais possam participar dos cursos escolares, todos os exemplos são geralmente 
os seguintes: 
 -Criar condições materiais, ambientais e materiais para a participação dos 
alunos com necessidades especiais em sala de aula; 
 -Promoção do melhor nível de comunicação e interação entre o aluno e a 
pessoa que vive com ele na comunidade escolar; 
-Apoiar o aluno a participar das atividades escolares; 
-Aquisição de equipamentos necessários e recursos materiais específicos; 
-Adaptação comum materiais de sala de aula; 
- No processo de ensino e processo de avaliação, usar um sistema de 
comunicação alternativo para alunos que são incapazes de se comunicar 
verbalmente; 
-Conduz à eliminação do complexo de inferioridade, sensação de inutilidade ou 
sensação de fracasso. 
 
15 
 
Medidas organizacionais que facilitem o processo de aprendizagem, como 
adequar a organização do ensino em turmas, espaços e turmas, são essenciais para 
garantir o acesso aos cursos. Essas medidas podem incluir mudanças no layout físico 
de materiais de ensino e móveis, a organização do tempo de desenvolvimento da 
atividade e a previsão do tempo de desenvolvimento de diferentes elementos do 
currículo da sala de aula. 
As adaptações relacionadas a objetivos e conteúdo podem incluir priorizar 
determinados objetivos e áreas ou unidades de conteúdo, reordenar o conteúdo e 
eliminar o conteúdo secundário. Esses ajustes de objetivos e conteúdos contidos no 
plano de ensino do professor devem se adequar às características dos alunos com 
necessidades educacionais especiais e atender às suas dificuldades. A fim de atender 
a avaliação de alunos com necessidades educacionais especiais, os professores 
podem fazer modificações nas técnicas e nos instrumentos utilizados, como, por 
exemplo, possibilitar que um aluno cego faça a prova em braile e a apresente 
oralmente ao professor. 
Em relação à temporalidade, ela pode ser ajustada aumentando ou diminuindo 
o tempo previsto para determinado objetivo ou conteúdo, como a demanda de um 
maior tempo para os alunos surdos nas atividades exclusivamente verbais ou para 
alunos cegos em atividades escritas. 
Levando em conta as diferentes formas de aprender dos discentes, o docente 
pode ter que realizar adaptações referentes aos procedimentos didáticos e às 
atividades, a partir da seleção de métodos mais adequados para o aluno, introduzir 
atividades complementares e/ ou alternativas, alterar o nível de complexidade das 
atividades, adaptar materiais. Para que as adaptações curriculares sejam efetivas é 
primordial de acordo com ARANHA (2000), que o professor fique sempre em alerta 
aos seus alunos e determine quais os conhecimentos que possui (relacionados com 
o tema de cada unidade de conteúdo) e as necessidades educacionais que propõe; 
deve usar sua criatividade para criar métodos alternativos de ensino para atender a 
certas necessidades; e usar continuamente avaliações para determinar o que precisa 
ser ajustado no processo de ensino. 
Para nortear as ações pedagógicas do professor e a elaboração das 
adaptações curriculares é recomendado que seja feita uma avaliação diagnóstica do 
aluno, sempre que possível com o auxílio de um professor especialista e de uma 
 
16 
 
equipe multidisciplinar, possibilitando, assim, que o professor tenha o maior número 
possível de informações a respeito da deficiência e das dificuldades e necessidades 
de aprendizagem do aluno, viabilizando a implementação de ações mais efetivas 
quanto à aprendizagem. 
Pensando mais especificamente no panorama da inclusão no Brasil, verificam-
se alguns aspectos restritivos. Primeiramente, evidenciam-se documentos legais 
apontando diretrizes que devam orientar o currículo e a prática pedagógica dos 
professores para o trabalho com a Educação Especial. Em outras palavras, aquelas 
chamadas adaptações de grande porte, ou de natureza significativa, são propostas. 
Contudo, em decorrência de se tratar de um país de dimensões continentais, percebe-
se que os possíveis impactos dessas propostas se tornam minimizados. Isso 
aconteceria em decorrência de carência de informações em regiões afastadas dos 
grandes centros, por carência de recursos financeiros, humanos e materiais. 
Diante dessas dificuldades, muitas adaptações mais amplas foram esquecidas 
e mais atenção foi dada às mudanças típicas do segundo nível, as chamadas 
pequenas adaptações. Isso ocorre porque, diante dos mais diversos ambientes, 
marcados por crianças com dificuldades e turmas muito diversas, os professores se 
deparam com a necessidade de buscar ajuda para adaptações individuais ou 
pontuais. É importante destacar que embora atendam às necessidades diretas 
geradas por condições específicas, não são suficientes para atender de forma 
satisfatória aos requisitos do processo inclusivo. É importante destacar que, em nível 
nacional, podem ser os mais frequentes. 
Embora essas adaptações sejam as mais frequentes, em muitas ocasiões 
não acontecem apenas no âmbito da temporalidade, ou de recursos materiais 
disponíveis. Raramente, identificam-se adequações substanciais no nível dos 
objetivos, conteúdos e estratégias de ensino. Para que essas adequações 
acontecessem seria necessária uma ambiência escolar convidativa e que 
valorizasse o trabalho em conjunto dos professores. Seria necessário que a 
atuação dos gestores fosse amparada por princípios democráticos e que 
valorizassem a experiência e a troca entre os professores (GIMENEZ, 2010, 
apud ZANATO, 2017, p. 298). 
Essa visão sistêmica e de complexidade pode ser considerada relativamente 
rara entreos gestores. Além disso, a formação dos professores parece não dar conta 
da complexidade típica desses contextos desafiadores de atuação profissional. 
 
17 
 
Os modelos lineares e de certeza que caracterizam os programas de formação 
de professores no âmbito nacional contribuem para dificultar esse olhar mais amplo 
sobre os processos de inclusão e sobre o seu próprio percurso formativo. 
Desse modo, não é raro que professores, quando se deparam com contextos 
de inclusão, substancialmente marcados por situações inusitadas e de dificuldade, 
argumentam não estarem preparados pelo fato de não se oferecer nenhum curso para 
a sua qualificação. 
As adaptações curriculares devem ser incluídas em planos municipais, planos 
de ensino de professores, planos de educação personalizados e programas de 
políticas educacionais que enfoquem a organização escolar e o acesso a serviços de 
apoio. A LDBEN informou em seu Artigo 59, Artigo I, que o sistema de ensino garantirá 
aos alunos com necessidades especiais: cursos, métodos, tecnologias, recursos 
educacionais e organizações específicas para atender às suas necessidades. 
Portanto, currículo, métodos, tecnologia, recursos educacionais e organização 
específica nada mais são do que ajustes curriculares. De acordo com OLIVEIRA 
(2008), o ajuste curricular é uma resposta educacional que o sistema educacional 
deve oferecer para beneficiar todos os alunos, permitindo-lhes obter cursos, participar 
integralmente e atender às necessidades educacionais especiais. 
Esses ajustes são necessários, e são considerados diferentes das estratégias 
realizadas por alunos típicos sem qualquer restrição, como forma de proporcionar 
aprendizagem e acesso ao curso para pessoas com determinadas necessidades 
educacionais. Conforme estabelecido no "Guia Curricular Nacional de Educação 
Básica de Educação Especial", para alguns alunos que não podem se beneficiar do 
currículo básico geral nacional, as adaptações curriculares devem ser feitas para 
fornecer adequações funcionais que atendam às necessidades reais da vida. 
3.1 Adaptações de grande porte 
As chamadas adaptações de grande escala são também chamadas de 
adaptações grandes porque permitem que todos na sociedade entrem, participem e 
existam de forma permanente, determinem as necessidades e implementem os 
ajustes necessários para facilitar a inclusão. As adaptações curriculares de grande 
porte, ou seja, aqueles ajustes que dependem de decisões e ações técnico-político-
 
18 
 
administrativas, estão além do campo específico de atuação do professor, e 
pertencem ao poder formal do poder público de educação. 
A secretaria municipal de educação trabalha com unidades escolares para 
mapear o público que precisa de ajustes, determinar suas necessidades para alcançar 
a participação de todos, planejar e implementar mudanças, adotar recomendações 
curriculares flexíveis e reorganizar a estrutura e funções da escola. A prioridade deve 
ser determinada e cada modificação deve ser dividida em curto, médio e longo prazo 
para que todos os ajustes planejados possam ser de fato implementados, pois nem 
tudo pode ser concluído de imediato, principalmente porque em algum momento o 
ambiente vai mudar fisicamente. Existem seis tipos principais de adaptação, que são 
definidos pelos elementos curriculares, tais como adaptação de aquisição de curso, 
adaptação de objetivos, adaptação de conteúdo, adaptação de métodos de ensino e 
organização do ensino, adaptação de sistemas de avaliação e adaptação de tempo. 
Cabe às Secretarias Municipais de Educação em conjunto com as unidades 
escolares, mapear o público que irá precisar das adequações, identificando suas 
necessidades para cumprir a participação de todos, planejar e implantar as 
modificações, adotar propostas curriculares flexíveis e reorganizar a estrutura e 
funcionalidade da escola. Devem-se estabelecer prioridades, categorizando cada 
modificação em curto, médio e longo prazo para que realmente todas as adequações 
planejadas sejam realizadas, pois nem tudo se consegue realizar de uma vez só, 
principalmente por se tratar em alguns momentos de alterações físicas do ambiente. 
As adaptações de grande porte são de seis tipologias e foram definidas pelos 
elementos curriculares a que fazem parte como adaptações de acesso ao currículo, 
adaptações de objetivos, adaptações de conteúdo, adaptações do método de ensino 
e da organização didática, adaptações do sistema de avaliação e adaptações de 
temporalidade. 
A adequação do currículo inclui a provisão e reformulação da estrutura física 
do ambiente móvel ou propício à aprendizagem, recursos materiais específicos para 
comunicação ou desenvolvimento da aprendizagem, adaptação de materiais 
existentes, educação continuada e garantias para os profissionais envolvidos. Manter 
ações interdisciplinares na integração de disciplinas e conteúdos interdisciplinares, e 
ampliar os métodos e aplicabilidade dos conteúdos 
 
19 
 
Os alunos neurotípicos que não têm restrições quanto ao desenvolvimento e 
ao aprendizado, são capazes de atingir as metas e padrões gerais fornecidos pelo 
currículo comum. Por outro lado, os alunos atípicos encontrarão maiores dificuldades, 
por isso é necessário introduzir os objetivos específicos necessários aos alunos com 
algumas restrições, e determinar o que o aluno precisa aprender, ou seja, o que para 
ele é indispensável é claro que todas disciplina disciplinas são todas importantes, mas 
é importante priorizar àquelas mais importantes e úteis para o seu dia a dia, visando 
realizar a autonomia social. Quando todos aprendem o que precisam da maneira e no 
tempo que precisam, essas são consideradas adaptações de metas, revelando metas 
de vida significativas e apoiando a persistência dessas metas de maneira igual nas 
escolas regulares. 
 A adaptação do conteúdo representa a situação específica do conteúdo de que 
os alunos precisam. Mesmo que algum conteúdo básico do curso normal precise ser 
excluído para esse fim, lembre-se que se você excluir uma meta do plano de ensino, 
esses conteúdos também serão excluídos da mesma forma que qualquer meta é 
adicionada e também se tornará parte do processo de ensino. Este aluno precisa ser 
motivado pelo professor a desenvolver um plano de educação personalizado para 
promover seu aprendizado. 
Tendo em conta que a adequação dos métodos de ensino e organização do 
ensino se destina a alguns alunos que necessitam de diferentes métodos de 
aprendizagem devido às necessidades pedagógicas, podem ser diferentes as 
organizações espaciais na sala, e o número de alunos compatíveis, para que os 
professores possam fazer um bom trabalho entre a educação regular / especial o 
trabalho e o desenvolvimento integral são realizados de forma cooperativa entre os 
professores dessas duas áreas. Essas decisões têm capacidade político-
administrativa e podem proporcionar uma convivência saudável e respeitosa para a 
classe inclusiva. 
O campo de avaliação é bastante melindroso e precisa ser adaptado ao sistema 
de avaliação porque já ajustou seus objetivos e conteúdo. Esses principais ajustes 
estão relacionados a mudanças nos objetivos e no conteúdo, que já foram adicionadas 
ou removidas do plano de ensino. Dessa forma, influenciarão, promoverão ou não a 
promoção dos alunos, evitando a solicitação de conteúdos e habilidades que 
ultrapassem suas atuais possibilidades de aprendizagem e aquisição. 
 
20 
 
Assim a avaliação não pode ser entendida como um verificador quantitativo, 
mas sim como uma restauração contínua de conteúdos de forma a reformular o 
comportamento docente, visando a aprendizagem com cobranças reais e possíveis. 
Outro ajuste importante de grande porte é a idade em que as crianças e seus pares 
assumem responsabilidades administrativas e políticas. Desde que respeitada a faixa 
etária da turma e desenvolvido um plano de ensino personalizado,os ajustes 
temporários podem ser verificados com base no tempo de permanência de cada aluno 
em uma determinada série. 
3.2 Adaptações de pequeno porte 
São as habilidades que o professor deve possuir para promover a 
aprendizagem de alunos que apresentam certas limitações ou diferentes estilos de 
aprendizagem devido a determinados fatores. São denominados de pequena escala 
(não importam) porque sua implementação é de inteira responsabilidade e ação dos 
professores, não requer autorização e não depende da ação de qualquer outra 
autoridade superior nos campos político, administrativo e / ou técnico. 
Essas adaptações de pequeno porte devem ser feitas nos objetivos, conteúdo, 
métodos de ensino e organização do ensino, processo de avaliação e oportunidade 
do processo de ensino, de modo a beneficiar todos os tipos de alunos que precisam 
de professores solidários e inclusivos para atendê-los, orientando os alunos com o 
que precisam. 
O ajuste de metas consiste em o professor ajustar as metas de ensino de 
acordo com a situação real do aluno, destacando as reais necessidades e 
potencialidades, compreendendo toda a diversidade proporcionada pelo universo 
disponível e as funcionalidades para o dia a dia do aluno, de acordo com as 
prioridades que os profissionais delinearam antes. Algumas metas podem ser 
adicionadas ou excluídas no plano de ensino elaborado para todos os parceiros 
contemporâneos em detrimento a realidade do processo de aprendizagem desses 
alunos que precisam fazer alguns ajustes nas prioridades objetivas para alcançar as 
condições de participação produtiva e ganho de novos conhecimentos necessários 
para a vida na sociedade com a ajuda de vários recursos alternativos de ensino. 
 
21 
 
A adaptação do conteúdo estará intimamente relacionada à adaptação alvo. 
Com base nos objetivos traçados, será fornecido um conteúdo necessário para cada 
caso. As unidades temáticas podem ser priorizadas, enfatizadas, reformuladas ou 
mesmo canceladas. Os professores têm a responsabilidade de pesquisar, rastrear e 
determinar os conteúdos que serão abordados para cada criança, considerando 
sempre a função desses conteúdos na vida do destinatário e nas suas condições de 
vida. 
Após definir os objetivos e listar o que se aplica a cada aluno, é hora de formular 
o método, ou seja, como tudo vai acontecer. Esse momento é muito importante porque 
cada aluno tem suas próprias características de desenvolvimento, é preciso entender 
o público para investir e definir como todos participarão desse processo e como cada 
um pode aprender de forma eficaz e produtiva, considerando que cada aluno está 
aprendendo de maneiras diferentes. É necessária uma análise criteriosa para apontar 
a adequação, retorno ou avanço, adequação e seleção dos materiais a serem 
processados na ação docente, refletir sobre a complexidade e oportunizar tecnologias 
diversificadas para se adaptarem ao método de ensino e à organização do ensino. 
A avaliação é um processo complexo, mas como as várias etapas do processo 
de ensino foram ajustadas, a avaliação também deve ajudar a obter resultados que 
caracterizem a adaptabilidade do processo de avaliação. Segundo Vasconcellos 
(1995), se queremos superar efetivamente esses problemas, a avaliação deve 
perpassar todo o processo educacional e social. Quando almejamos a aprendizagem, 
podemos pensar em metas, conteúdo, métodos e avaliação como parte de um ciclo 
infinito, porque consideramos a aprendizagem (objetivos), o que aprender (conteúdo) 
e como aprender (métodos). 
A avaliação irá verificar se todas essas etapas (objetivos, conteúdos e métodos) 
são realizadas de acordo com o processo para atender às necessidades dos alunos. 
Se a resposta for não, a avaliação servirá de guia, considerando sempre por onde 
começa e para onde quer chegar. A avaliação educacional é um processo complicado 
que parte da formação dos objetos, requer um desenho meticuloso dos meios de 
obtenção das evidências dos resultados, a compreensão do grau de realização dos 
objetivos e a formação de juízos de valor. 
A avaliação será um sinal para “replanejar” o trabalho dos professores e a 
aprendizagem dos alunos, ao invés de um verificador quantitativo, porque os aspectos 
 
22 
 
qualitativos se sobrepõem aos aspectos quantitativos. O ajuste final é denominado 
ajuste do tempo do processo de ensino e aprendizagem. O tempo gasto na 
aprendizagem é relativo a cada caso, permitindo mais ou menos tempo para atingir 
os objetivos traçados no plano executado pelo professor e consolidar o conteúdo. 
3.3 Ajustes curriculares: flexibilização, adequação ou adaptação? 
De acordo com o dicionário Michaelis, o verbo “adaptar” apresenta os seguintes 
significados: encaixar ou ajustar uma coisa; tornar apto; tornar-se adequado. Tais 
significados nos remetem a dois diferentes pressupostos: 1) adaptar compreende o 
fato de ajustar algo que por algum motivo não se adequa a algo já existente e 2) tornar-
se adequado pode ser compreendido como ajustar-se ao que é considerado padrão. 
A dúbia interpretação do significado da palavra “adaptar” nos possibilita transpor tal 
querela para o âmbito das práticas curriculares no contexto educacional. 
Ao discutir sobre a adaptação curricular para alunos PAEE (Público-alvo da 
educação especial), na rede regular de ensino, objeto de estudo da presente 
pesquisa, nota-se que a palavra “adaptar” segue sua significação literal: ajustar 
(necessidades individuais desse aluno) a algo já existente (currículo comum) pelo fato 
destes alunos não terem condições de se apropriarem desse currículo já existente por 
apresentarem especificidades que requerem que sejam criadas vias alternativas de 
acessar a esses conhecimentos que são organizados hierarquicamente em forma de 
conteúdo. Pensar em adaptação curricular para esse público, não significa, 
necessariamente, a criação de um novo currículo e sim de ajustes que permitam o 
acesso ao mesmo, os quais acontecem nas diversas esferas do contexto educacional: 
político administrativo; orçamentário; de gestão; atitudinais; de práticas pedagógicas; 
de recursos, entre outros aspectos. Para tanto, o presente item, objetiva discutir sobre 
as diversas conceituações das terminologias utilizadas na literatura para definir esse 
fenômeno, assim como apresentar reflexões sobre as diversas faces que envolvem 
essa temática. 
Ao nos debruçarmos sobre a literatura acerca das possibilidades de promover 
o acesso ao currículo ao aluno PAEE (Público-alvo da educação especial), 
observamos as diversas concepções sobre esses ajustes, a partir da utilização de 
diversas terminologias: adaptações curriculares adequações curriculares; 
 
23 
 
flexibilizações curriculares. Alguns autores ainda, referem-se a tais ajustes a partir de 
mais de uma terminologia: flexibilizações/ adaptações; adequação/ adaptação; 
ajustes curriculares. 
Apesar das diversas terminologias serem apresentadas como sinônimos, a falta 
de clareza sobre os conceitos acaba dificultando a explanação e discussão sobre os 
mesmos. Objetivando estabelecer essa relação conceitual e diferenciar os termos, 
com tais fins Fonseca (2011) estabelece uma demarcação conceitual de modalidades 
definidas como ajustes curriculares, sendo que esta apresenta certa gradação quanto 
ao nível a ser planejado, compreendendo desde alterações metodológicas até uma 
modificação significativa no currículo propriamente dito: 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Ações de acesso ao currículo comum 
 
 
 
 
 
Fonte: FONSECA (2011) 
A partir da definição apresentada, é possível depreender que a diferenciação 
básica entre flexibilização curricular e adequação curricular é o fato de que a 
adequação prevê alterações mais estruturais desde conteúdos, objetivos, recursos e 
práticas pedagógicas, já a flexibilização prevê apenas alterações nas estratégias das 
práticas pedagógicas,não modificando conteúdos e objetivos de aprendizagem. A 
 
25 
 
adaptação compreende o repensar do currículo comum, sendo esta modalidade 
passível de alterações mais estruturais, a partir de um currículo, diferenciado para o 
aluno, a depender de suas necessidades individuais. 
Optou-se, por utilizar enquanto definição conceitual, o termo ajustes curricular, 
uma vez que conforme supracitado existem diversas modalidades de ajustes 
possíveis, sendo estas variáveis a depender do aluno. Sendo da escola tal 
responsabilidade de planejamento e implementação dos mesmos, de acordo com a 
especificidade do aluno PAEE (Público-alvo da educação especial), que está sendo 
considerado para que seja possível designar o tipo de modificação do currículo que é 
necessária. Nesse sentido, os ajustes curriculares compreendem conjuntos de 
procedimentos ou de práticas educacionais que objetivem garantir a aprendizagem 
dos conteúdos curriculares estabelecidos, ou, em outros termos, a consecução dos 
objetivos ou intenções educativas estabelecidas (FONSECA, 2011. p. 16). 
Nessa significação, pensar em um currículo “ajustado” não significa pensar em 
um currículo necessariamente paralelo, na grande maioria dos casos, o currículo é 
comum a todos, o que se altera são as condições de acesso a ele, conforme 
apresentado pela figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SANTOS (2020) 
Conforme ilustrado pela figura 2 o ajuste curricular pode ser considerado o 
ponto de intersecção entre o currículo comum e as necessidades individuais do aluno 
PAEE (Público-alvo da educação especial). Discute-se a questão dos ajustes 
 
26 
 
curriculares para esse alunado, visto que este público é amparado legalmente pela 
garantia de acessibilidade curricular e também compreendem a parcela, que na 
maioria das vezes, demanda maior necessidade de modificações dentro da sala de 
aula, no entanto, tais ajustes também beneficiarão qualquer aluno que apresentar uma 
necessidade que destoe do que é considerado padrão, uma vez que o currículo 
comum é pensado para atender às necessidades gerais dos educandos. 
[...] ferramenta básica da escolarização; que busca dimensionar o sentido e 
o alcance que se pretende dar às adaptações curriculares como estratégias 
e critérios de atuação docente; e admite decisões que oportunizam adequar 
a ação educativa escolar às maneiras peculiares de os alunos aprenderem, 
considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe atender à 
diversificação de necessidades dos alunos da escola (BRASIL, 1999, apud 
SANTO 2020, p. 50). 
Para tanto, ter um currículo ajustado às necessidades dos alunos é um direito 
garantido por lei, conforme estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN/9394/96), no seu artigo 59, inciso I, que regulamenta que os 
sistemas de ensino deverão assegurar a todos os alunos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação: “currículos, métodos, 
técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas 
necessidades” (BRASIL,1996). Ainda discorrendo sobre as instruções normativas em 
âmbito nacional, de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação especial na 
Educação Básica (2001) para o a organização das classes comuns, faz-se necessário 
prover: 
 [...] flexibilizações e adaptações curriculares, que considerem o significado 
prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e 
recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao 
desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais 
especiais, em consonância com o projeto político pedagógico da escola, 
respeitada a frequência obrigatória. (BRASIL, 2001, apud SANTO 2020, p. 
50). 
A própria definição legal do que é considerado o currículo no contexto 
educacional brasileiro e as instruções normativas asseguram a acessibilidade 
curricular para alunos PAEE (Público-alvo da educação especial) na classe comum, 
revelando a significativa e emergente necessidade de considerar as necessidades 
individuais dos alunos e pensar em estratégias que viabilizem o acesso desse público 
ao que é considerado o currículo da escola comum. No entanto, no relativo ao uso da 
terminologia em específico, este apresenta os termos “flexibilizações e adaptações” 
 
27 
 
enquanto sinônimos, porém, podemos notar que tal definição compreende ajustes 
mais simples, na metodologia e nas práticas pedagógicas, por exemplo, o que para 
Fonseca (2011) equivale ao conceito de “flexibilização”, perpassando por alterações 
no planejamento e avaliações que ilustra a designação de “adequação”, alcançando 
as alterações mais estruturais de acordo com as especificidades do aluno, que devem 
estar contempladas no Projeto Político Pedagógico, que configura o conceito de 
“adaptação” apresentado pela autora supracitada. Conforme mencionado a priori, a 
literatura acerca dos ajustes curriculares apresenta diversas terminologias para os 
mesmos, assim como diferentes conceituações para tais nomenclaturas, tais como: 
diferenciar, adaptar, adequar; flexibilizar. Muitas vezes estabelecendo uma relação de 
semelhança entre tais conceitos, objetivando apenas pontuar as diversas 
possibilidades de promover a acessibilidade curricular. 
De acordo com Lopes (2010), flexibilizar, adaptar, adequar, diferenciar e 
diversificar ou qualquer outro termo que venha ser acrescentado na intenção acessar 
caminhos para que o aluno com deficiência obtenha êxito ao ser incluído na escola 
regular quer nas estratégias, nos métodos, nos recursos, nas formas e quer ainda nos 
instrumentos de avaliação não pode significar simplificação do currículo, mas garantia 
que as necessidades, desse aluno, sejam atendidas em nível de igualdade com os 
demais companheiros da sala de aula. 
4 DESAFIOS NA ADAPTAÇÃO CURRICULAR 
 
Fonte: forbes.com.br 
 
28 
 
A Resolução nº 30/CONSUP/IFRO, de 03 de outubro de 2011, regulamenta as 
condições básicas, composição, finalidade, atribuições e as especificidades do 
NAPNE, tendo, dentre suas atribuições: conceber propostas e projetos, propor 
adaptações que garantam o acesso e a permanência dos alunos com Necessidades 
Educacionais Específicas no Campus, projetar cursos de capacitação, desenvolver 
instrumentos de avaliação que sejam abrangentes e criteriosos, por meio dos quais 
seja possível identificar claramente as habilidades e competências desenvolvidas 
pelos alunos e planejar e elaborar o material didático pedagógico a ser utilizado em 
consonância com as necessidades específicas de cada grupo de alunos 
(CONSUP/IFRO, 2011). 
Tais atribuições, podem ser entendidas como adaptações do currículo, que, 
conforme defendido por MARIN e BRAUN (2020), é como o caminho que se trilha, é 
a forma com que os conteúdos são previamente selecionados a serem ensinados e 
aprendidos, é o atendimento às necessidades e aos interesses coletivos a serviço de 
docentes e estudantes para a efetivação de aprendizagens significativas. 
Para a efetivação destas adaptações, o NAPNE do IFRO Campus Porto Velho 
Calama é composto por profissionais com formações diferenciadas, sendo que parte 
dos integrantes do núcleo não possui formação específica em Educação Especial, 
assim como os demais professores do IFRO. Desta maneira, essa ausência de 
capacitação específica acaba por gerar dificuldades, ou até mesmo deficiências nos 
acompanhamentos. Outra problemática consiste no número reduzido de membros do 
NAPNE, que obriga, muitas vezes, o acompanhamento de mais de um caso para o 
mesmo membro. O quantitativo elevado de acompanhamentos (em relação aos 
membros integrantes do NAPNE) e a falta de capacitação, compromete a qualidade 
do ensino dos alunos com necessidades específicas. Isso é evidenciado por Ullrich e 
Vasques (2017), que explicitam a hipótese de que o surgimento de alguma situação a 
qual o professor não esteja preparado,ou alguma diferente dos parâmetros e dos 
referenciais curriculares, pode gerar insegurança desse professor, principalmente 
quando é necessária uma alteração no planejamento desenvolvido para toda a turma. 
Tais dificuldades não são inerentes apenas àqueles membros do NAPNE que 
acompanham os alunos, pois, apesar do papel deles de orientar e adaptar materiais 
e metodologias, quem efetivamente o fará em sala de aula é o professor da disciplina. 
Muitos desses professores não detêm capacitação específica para os casos que 
 
29 
 
surgem e, assim, também têm dificuldades nas adaptações curriculares requeridas. 
Marin e Braun (2020) também reconhecem que para determinados professores é 
desafiador entender as necessidades, limites e possibilidades dos estudantes e que é 
importante uma maior interação com práticas pedagógicas que favoreçam essas 
questões. 
Para retratar as dificuldades encontradas pelos membros do NAPNE e também 
pelos professores em sala de aula quanto às adaptações destinadas aos alunos com 
necessidades específicas, recorreremos a um rápido relato de caso de 
acompanhamento feito pelos autores deste estudo que também são membros do 
NAPNE. Tal acompanhamento ocorreu no ano de 2019, com um aluno do Curso 
Técnico em Edificações, que não foi identificado, e que possuía dislexia e déficit nos 
processos atencionais, conforme laudo entregue ao NAPNE. 
O primeiro passo no acompanhamento do aluno, por parte do NAPNE, é ter 
ciência da condição do aluno e estudar formas de transpor as barreiras impostas pela 
necessidade específica apresentada. A partir disso, o membro do NAPNE que 
acompanha o aluno deve preencher um “Plano Individual de Atendimento do 
Estudante”, onde são apresentadas as necessidades específicas do aluno, o 
acompanhamento das atividades desenvolvidas com ele e a especificação do 
atendimento solicitado, como, por exemplo, adaptações curriculares, professor de 
apoio, material pedagógico diferenciado, entre outros. Este plano é desenvolvido e 
acompanhado junto aos professores de cada disciplina de forma separada, já que o 
aluno pode ter maior ou menor grau de dificuldade de acordo com a disciplina. 
No caso analisado, o aluno foi acompanhado pelos autores deste artigo tanto 
via NAPNE quanto nas aplicações de ações em sala de aula, já que os mesmos 
ministraram a disciplina de forma conjunta. Nesta disciplina, que tinha caráter mais 
teórico que prático, o aluno apresentava dificuldades de interpretar textos longos, 
dificuldades em lembrar das atividades a se fazer, além de dificuldades em se 
concentrar durante as aulas. 
No plano individual deste aluno, foi requerido, após análise do NAPNE, a 
necessidade de adaptação curricular em conjunto com um professor de apoio. 
Contudo, a falta deste professor de apoio foi suprida com atendimentos extraclasse. 
No sentido de adaptação do currículo a este aluno, algumas medidas foram 
implementadas, conforme Quadro 1. 
 
30 
 
Adaptações curriculares por meio de medidas implementadas pelo NAPNE 
 
Fonte: SILVA [et. al] 2020. 
Neste caso em que a disciplina tinha mais cunho teórico, o aluno se 
desenvolveu bem, principalmente quando solicitado em apresentações orais, além de 
se desenvolver melhor quando as atividades se mostravam mais objetivas. Dessa 
maneira, com as adaptações feitas, foi possível perceber melhoria no rendimento do 
aluno na disciplina em questão, sendo um processo realizado em conjunto com os 
pais do aluno. Contudo, cabe destacar que, em outras disciplinas menos teóricas, 
mesmo com adaptações, o aluno não se desenvolveu tão bem. 
Houve relatos de professores de duas outras disciplinas, com componentes 
práticos, de que o aluno não conseguia progredir, mesmo com as adaptações 
realizadas, e que os referidos professores também estavam com dificuldades em 
adaptar materiais e métodos àquela necessidade requerida. Neste caso, esses 
professores adotaram medidas como: atendimento extraclasse semanal obrigatório 
ao aluno, simplificação e sintetização de conteúdo a cada final de aula, repetição das 
avaliações realizadas. Diante disso, foi observado que, em certas disciplinas, havia 
dificuldade tanto para o professor quanto para a adaptação curricular, cuja 
capacitação em necessidades específicas era ausente a estes profissionais, quanto 
para o aluno em lidar com as adaptações realizadas. 
 
 
 
31 
 
5 FORMAÇÃO DOCENTE 
 
Fonte: campos.rj.gov.br 
A formação docente é de extrema importância para se ter acesso às novas 
informações e ações pedagógicas mais eficientes. A LDBEN em seu artigo 59 no 
inciso III garante aos alunos com alguma necessidade, professores capacitados para 
o atendimento especializado e para o ensino regular em classes comuns, por isso a 
importância das capacitações aos professores para se ter um sistema inclusivo 
eficiente focado na criança que necessita das adaptações na escola regular, com 
professores trabalhando com a diferença e a diversidade, peculiaridades e 
singularidades. 
A formação continuada como processo que ocorre ao longo da carreira e vida, 
principalmente articulada ao contexto de atuação profissional, num 
movimento de autoconhecimento e de conhecimento dos diversos fatores que 
interferem na docência. Aos poucos o professor vai assumindo posturas e 
desenvolvendo autonomia em contextos sócio-históricos que naturalmente 
sofrem constantes transformações e em velocidade que vem aumentando 
vertiginosamente em função da produção acelerada de conhecimento. 
(RESENDE; FORTES, apud DALONSO, 2017, p. 17). 
De acordo com alguns estudos, mesmo após os professores realizarem alguns 
ajustes ou adequações para as necessidades dos alunos, muitos dos profissionais da 
educação necessitam de uma base teórica mais sólida na formação desses 
professores no sentido de explicar suas ações pedagógicas, já que, muitos 
professores realizam modificações sem saber o porquê. Para realizar a adaptação é 
 
32 
 
necessário conhecer detalhadamente o desenvolvimento normal (biomecânico, motor 
e sensorial). Além de conhecer o desenvolvimento humano, deve-se estudar o meio 
para verificar as barreiras conceituais, atitudinais e procedimentais, incluindo os 
objetivos. 
6 PEI - PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO 
 
Fonte: educacao.clinicalares.com.br/ 
O PEI (Plano Educacional Individualizado) é um instrumento relativamente 
novo no Brasil, mas em outros países como Estados Unidos, Portugal, Catalunha, 
Áustria, Bélgica e Reino Unido já são muito utilizados na educação de crianças com 
alguma deficiência. 
Um recurso para orquestrar, de forma mais efetiva, propostas pedagógicas 
que contemplem as demandas de cada aluno, a partir de objetivos gerais 
elaborados para a turma. É uma alternativa promissora, na medida em que 
oferece parâmetros mais claros a serem atingidos, sem negar os objetivos 
gerais colocados pelas propostas curriculares. (GLAT; PLETSCH, 2013, apud 
DALONSO, 2017, p. 19). 
Considerando que 90% dos alunos TEAs não acompanham os conteúdos e 
atividades desenvolvidos em sala de aula (GOMES; MENDES, 2010), o PEI é muito 
importante para este público, pois é um planejamento individual que fornece 
orientação para que os professores em sistema de ensino colaborativo trabalhem e 
desenvolvam os maiores potenciais da criança, diversificando os momentos e as 
 
33 
 
estratégias de ensino-aprendizagem para o mesmo conteúdo e na mesma sala de 
aula, oportuna e adequadamente: trata-se de um elemento essencial para atingir o 
sucesso na aprendizagem. 
Este instrumento é revisto de tempos em tempos por quem o definiu e prevê 
algumas metas para sua execução, entre elas devemos reconhecer primeiramente as 
seguintes: investigar seus centros de interesse, histórico e passagem do aluno pela 
escola considerando o processo de aprendizagem e conhecendo-o para verificar suas 
verdadeiras necessidades. Este é o primeiro passo. Em seguida, é necessário 
estabelecermetas de curto, médio e longo prazo para depois elaborar um programa 
definindo o tempo de início e término para o que foi planejado com a devida avaliação. 
Levando em conta que o professor já investigou os centros de interesse deste 
aluno, suas potencialidades e necessidades, neste plano deve conter os dados do 
aluno, da escola, dos profissionais envolvidos, o que este já sabe de conteúdo e o que 
ainda precisa adquirir, recursos, estratégias, expectativas, habilidades e 
procedimentos a ser utilizado. 
Sobre os conteúdos que o aluno precisa adquirir, é importante averiguar a 
função cognitiva, social e motora para perceber as reais necessidades no seu 
desenvolvimento funcional. 
Quando falamos em função cognitiva podemos considerar alguns fatores como 
sugestão para um olhar diferenciado e preenchimento deste instrumento: atenção 
para selecionar ou manter o foco, tempos de concentração, compreensão de ordens 
faladas ou escritas e identificação e nomeação de tudo que o cerca; percepção visual, 
auditiva, tátil, cinestésica, espacial e temporal ; memória auditiva, visual, verbal e 
numérica; linguagem como expressão e compreensão da língua portuguesa, com o 
ritmo da fala, qualidade de como se expressa oralmente, da forma como se lê e 
intensidade da escrita; raciocínio lógico com conceitos matemáticos que são inseridos 
desde o ensino infantil como classificação, seriação, espaço, tempo, igualdades e 
diferenças, consequências, conclusões e causalidades do cotidiano; sequências 
lógicas; resolução de problemas e enunciados. 
 “ESTILO DE APRENDIZAGEM VISUAL - São consideradas visuais as 
pessoas que usam a memória visual, geralmente precisam ver para aprender, 
observam detalhes, são observadores, organizados, são exigentes no 
escrever e desenhar com detalhes. Essas pessoas gostam de assistir filmes, 
pintar e de imagens estilo APRENDIZAGEM AUDITIVA - São pessoas que 
precisam ouvir para aprender, pensam alto e repetem o que ouvem. Contam 
histórias e fatos. Falam alto e fazem barulho e mesmo em sala de aula, estão 
 
34 
 
conversando. Não gostam de atividades escritas e leituras, preferem aulas 
expositivas. ESTILO APRENDIZAGEM CINESTÉSICO - São pessoas que 
precisam envolver-se fisicamente, seja por meio de toque ou movimentos, 
como a dança, gostam de se relacionar com outras pessoas, ficar perto, 
abraçar, segurar e sempre tem alguma coisa nas mãos.” (SALGADO 2009, 
FURLAN, 2014, p. 23). 
Ao descrever a função social, deve-se mencionar o aspecto afetivo, emocional 
e social considerando a forma como se relaciona socialmente com estabelecimento e 
preferência de contatos horizontais ou verticais, estado emocional quanto à frustração, 
isolamento, cooperação, medo e relações com a afetividade. Terminando com a 
função motora no que diz respeito a postura adequada ao sentar e combinação de 
movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço temporal, formas de 
locomoção e coordenação motora fina e global. 
Estes aspectos devem estar baseados no desenvolvimento típico como 
parâmetro, e se necessário solicitar ajuda de equipe multidisciplinar para avaliação, já 
que este olhar deve ser de um professor especializado com as demandas de um 
desenvolvimento global para este aluno. 
Todos aprendem, porém cada um tem um tempo diferente e uma necessidade 
específica, sendo necessárias muitas vezes algumas estratégias diferenciadas. 
Tendo em vista as funções cognitivas, podemos compreender o estilo de 
aprendizagem preferido que cada aluno elege para se desenvolver melhor. Na sua 
grande maioria, os TEAs se demonstram muito imagéticos e visuais, tendo o canal da 
visão um caminho mais rápido para aprender, por isso eles aprendem muito mais 
vendo do que ouvindo. 
“Em vez de pressupor que o aluno deva ajustar-se a padrões de 
“normalidade” para aprender, aponta para a escola o desafio de ajustar-se 
para atender a diversidade de seus alunos” (BRASIL, 2001, apud DALONSO, 
2017, p. 22). 
É isto que o PEI vai fazer, ajudar a concretizar este processo de ensino 
aprendizagem. O professor também pode solicitar ajuda dos profissionais da sala de 
recursos ou AEE pois esta também é uma das atribuições deste cargo, apoiar o 
trabalho do professor da sala regular. 
 
 
 
 
35 
 
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