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Aretha Laila Maira-Critica-Filme Daniel Blake

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
CURSO: Pedagogia
Disciplina:  Políticas Públicas para a Educação Básica
Docente: Claudia Ocelli Costa
Discente: Aretha Laila Maíra Aurélio Souza
Eu, Daniel Blake faz uma crítica à precarização dos serviços públicos, à perda de emprego e de direitos sociais, por meio da história desses dois personagens. Eles enfrentam graves problemas de sobreviver, de trabalho e de atendimento em assistência social. Além de denunciar a burocracia e os erros do sistema de Previdência Social britânico, sempre citado como uma referência e um modelo a ser copiado por outros países. Daniel Blake depende do sistema da burocracia governamental. A burocracia não conhece nomes ou individualidades, transforma pessoas em números. Ao longo do filme e de sua estrutura narrativa percebemos a desumanização dos indivíduos, que começam perdendo a paciência e pouco a pouco vão perdendo a dignidade. O mundo deixa de reconhecê-los e tratá-los como pessoas e ao mesmo tempo que há essa despersonalização causada por uma constante humilhação e degradação a que as pessoas são levadas, há o surgimento de um outro movimento, uma dignidade no cuidado umas com as outras, uma espécie de senso de comunidade baseado no respeito e ajuda. O personagem de Daniel Blake evidencia um sintoma social quanto maiores as dificuldades, quanto mais limitadas as condições de existência de um grupo, maiores são as noções de comunidade e empatia entre eles, mais próximas e solidarias as relações. Assistir a Daniel Blake é ver o serviço público trabalhando como se estivessem fazendo um favor, sendo que trabalho é devido por direito, por impostos pagos, ou pela simples aquisição capitalista de um serviço pago. A ineficiência burocrática fosse uma espécie de estratégia para que a pessoa acabe desistindo, ou, no caso de certos atendimentos do governo, até mesmo morrendo antes de ser capaz de resolver seu problema.

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