trabalho de sociologia

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Irei contar sobre a história da minha avó Laura Wermuth, desde sua adolescência até sua morte. Porém não tenho muitos documentos para especificar seu ano de nascimento e minha mãe não sabe muito sobre sua infância. 
	Laura Wermuth, filha de Helmuth Wermuth e Bertha Wermuth, residia em Ijuí na Linha 3 – Oeste, que era colônia antigamente, sua família tinha plantação e a mesma ajudava seus pais que eram feirantes, com a ajuda dos irmãos e irmãs, todos ajudavam igualmente. 
	Quando a mesma cresceu, conheceu Dary João Berno, que acabaram namorando, noivando e casaram, foi seu primeiro namorado e amor. Os dois, Laura e Dary, continuaram trabalhando na colônia, Dary também era filho de agricultores. Criavam porcos, galinhas, tinham vacas leiteiras e das vacas faziam derivados de leite que eram queijos, nata, ricota; vendiam as galinhas e seus ovos, porcos eram carneados e vacas também, dos porcos eram feitos torresmo, salame, morcilha, a banha e toda a sua carne era vendida, das vacas era vendida toda a carne e o couro do animal. Faziam o cultivo de frutas e verduras de todos os tipos, frutas (ameixa, maça, pêssego, pera, uva, melancia, morango, etc...), verduras (alface, repolho, abobora, chuchu, agrião, rúcula, etc...) e tinham bastante plantação de bergamotas e laranjas de todos os tipos. Naquela época não se era comprado praticamente nada.
	Anos depois com o nascimento de seus 3 filhos a sua rotina era a mesma, seus filhos se criaram na colônia. Laura só veio trabalhar na cidade quando seus filhos já eram adolescentes, ela trabalhou anos de domestica e depois foi confeiteira. Depois que a mesma veio morar para a cidade com o marido e com os filhos, começaram os problemas, Dary começou de jogar bolão na sogi e bebia bastante, os casal começou com brigas diariamente, até que chegou no ponto que o mesmo bateu uma vez nela e os filhos que estavam em casa se revoltaram e expulsaram seu pai de casa. Depois disso, Laura e nem seus filhos aceitaram mais Dary, o que gerou a separação do casal (DIVORCIO).
	Depois do acontecido, como Laura e seus filhos moravam de aluguel, não tinham condições de manter a casa, porque nenhum de seus filhos trabalhavam ainda, então voltaram a morar com os avós, até ficarem adultos e ajudarem Laura nas despesas. Laura arrumou um emprego no Supermercado Saidler de confeiteira, onde trabalhou aproximadamente de 30 á 40 anos. Aos poucos ela foi comprando materiais de construção, pois tinha ganhado um terreno de herança de seus pais, como tinha um filho que era Pedreiro, ele ajudou a construir toda a casa, com a ajuda de outros pedreiros, a casa era de dois andares. Não conseguiu terminar a casa, devido a problemas de saúde que começaram a surgir, entre isso teve duas fraturas graves no trabalho. 
	Laura gostavam muito de lascar lenha e cultivar flores, fazia gravetos para fazer fogo, pois gostava muito de fogão a lenha. Tinha um galpão aonde organizava tudo empilhado para o inverno. Em uma tarde, de meia estação, lascando lenha, houve o rompimento da artéria aorta, aonde perdeu o rompimento das pernas, que a deixou paraplégica. Foi encaminhada ao HCI aonde internou direto na UTI, e como não havia recursos em Ijuí, uma semana após a mesma foi encaminhada para Passo Fundo de urgência, deu entrada no Hospital São Vicente de Passo Fundo, onde também foi diretamente para a UTI, no mesmo dia a noite fez uma cirurgia, porém não foi possível reverter seu quadro, e ficou paraplégica.
	Ficando aproximadamente 30 dias em Passo Fundo internada, colocou um marca passo no coração, logo após voltou para o HCI onde permaneceu internada por 4 meses. Ficou em cadeira de rodas, tinha dificuldades para se alimentar, e não aceitava seu quadro de saúde, com o decorrer dos meses não queria mais viver e foi perdendo a vontade de se ajudar. Veio a internar novamente, até o dia do seu óbito, no dia 06 de abril de 2001, as 16:30 no HCI, aos 64 anos de idade. 
LAURA E SEU MARIDO Dary Berno;
Laura e sua filha;
Laura e Dary e seus 3 filhos;
Laura trabalhando como confeiteira;