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23 2 Aula 12 - Representações Sociais, SocioHistorica e Psi Política

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Representações sociais, Sócio-
Histórica e Psicologia Política
Prof Drº Valber Sampaio
• “La Psychanalyse, son image, son public” de Serge Moscovici, 
destacou-se nas ciências sociais e causou grande impacto na 
Psicologia. 
• Logo, Mokovici se questiona como o conhecimento é formado e 
quais os impactos que isso tem no corpo social. Moscovici 
indagou sobre os mecanismos cognitivos envolvidos na 
representação de um discurso científico por uma comunidade 
específica.
• Teoria sóciocognitiva, as suas primeiras referências estavam na 
antropologia de Lévy-Bruhl, na psicologia do desenvolvimento de 
Jean Piaget e na própria psicanálise de Sigmund Freud.
• O conhecimento possui dois “universos”. São eles:
- Institucional: mundo acadêmico (concentra apenas 2 ou 3%).
- Senso-comum: conhecimento atrelado ao campo prático.
oO que orienta o comportamento do ser humano na sociedade é o 
senso comum, ou o institucional atrelado ao campo prático.
oOu seja, um conjunto de ideias, explicações, heurísticas, o campo 
perceptivo, que são resultados da interação social. Isso é 
denominado representações sociais. Ou mesmo, o interesse pelo 
estudo de como os indivíduos pensam e por que o fazem te tal 
maneira.
• Toda representação é 
representação de algo ou de 
alguém, o que significa que todo 
mundo encontra-se em 
determinado momento histórico 
e em determinado ciclo de 
relações (JODOLET, 2001).
• É isso que constitui modos de 
vida, a partir de uma cultura, 
ideologias, entre outros 
elementos.
• As representações sociais 
produzem modos de pensar e 
agir.
ANCORAGEM
• Considerado como um dos conceitos mais importantes dos 
estudos de Moskovici.
• É a integração cognitiva do objeto que é representado a um 
sistema de pensamento social e que busca transformações que 
estão implicadas em tal processo.
• Assim, pensar nesse conceito é transformar algo “estranho / 
novo / perturbador” em nossos sistema particular, 
assimilando-o e classificando como novos conteúdos aos 
conteúdos pré-existentes.
OBJETIVAÇÃO
• Transformação 
de algo abstrato 
em algo tangível 
(SAWAIA, 2004).
• Reproduzir o 
conceito em uma 
imagem.
MAS, O QUE A 
PSICOLOGIA SOCIAL 
TEM COM ISSO?
• Considerando-se que a psicologia social, por ser uma ciência “híbrida”, 
ocupa uma posição de intersecção entre psicologia e sociologia, abre-se 
também a possibilidade de concepção de projetos distintos para essa área 
do conhecimento.
• A preocupação de Moscovici estava centrada nos processos de mudança e 
transformação dos saberes, não apenas nas estruturas estáveis da cognição 
social.
• Na abordagem das representações sociais, a importância atribuída à 
dimensão subjetiva do homem pode ser observada, de um lado, na ênfase 
dada às dimensões simbólicas das representações e, de outro, no 
reconhecimento da realidade como construção social.
MARCOS HISTÓRICOS
• As condições de construção da Psicologia no século XIX (1875) diante da 
ascensão da burguesia;
• Ênfase da razão humana, liberdade do homem, possibilidade de 
transformação do “mundo real”, dentre outros, tiveram forte influência na 
organização da ciência, sobretudo no saber Psicológico.
• Falamos de um método científico rigoroso, que permite o cientista 
observar e construir conhecimento sem interferência de suas crenças 
valores.
CARACTERÍSTICAS CIENTÍFICAS
• Racionalista: pela ênfase na razão de desvendar as leis naturais;
• Positivismo: porque baseia seu sistema no campo observável;
• Mecanicista: porque pauta na ideia do funcionamento regular do mundo;
• Associacionista: porque se baseia na concepção de que as ideias se 
organizam na mente de forma a permitir associações que resultam em 
conhecimento.
• Atomistas: pela certeza que o todo é resultado das partes;
• Determinista: por pensar o mundo como um conjunto de fenômenos que 
são sempre o resultado da relação causa-efeito.
EM 1875...
• Wundt e o laboratório de Leipzig, na Alemanha, caracterizava uma nova 
ciência: a experiência do consciente.
• O autor coadunava com as ideias do atomismo, enquanto o caráter básico 
dos elementos da consciência.
• Mas buscava se diferenciar do associacionismo, por pensar a consciência 
como processo ativo na organização do conteúdo pela força da vontade.
• O pensamento humano era produto da natureza, mas também uma criação 
da vida mental.
• Logo, a Psicologia surge com inúmeras contradições, com as quais Wundt 
não tinha ferramentas para solucioná-las.
• Logo, surgem duas Psicologias: a Psicologia Experimental e uma 
Psicologia Social.
• Dicotomias: natural x social ; determinação x autonomia; interno x 
externo.
• Surgem então as abordagens de como pensar o ser humano: inicialmente, 
o comportametalismo pensou o mesmo a partir de produtos de seus 
condicionamentos; a Gestalt valorizou as experiências vividas e a 
Psicanálise enfatizou forças que o ser humano não domina e não conhece 
sobre si mesmo, mas que o constituem.
• Porém, não superam o “homem como máquina” (mecanicismo de Wundt).
NO BRASIL...
• A Psicologia amarga a diferença de realidades dos demais países que encaminham suas 
teorias para o território brasileiro.
• Mesmo durante o governo militar, houveram diversos grupos de psicólogos/as que saem 
dos consultórios para atuar junto aos grupos comunitários, comunidades eclesiais de base 
e afins.
• Kurt Lewin foi um dos principais autores que influenciou o campo da Psicologia (em 30 e 
40, mas no Brasil a partir de 50 e 60), sobretudo pelos estudos sobre a teoria de campo e 
dinâmicas de grupo.
• A Psi Social Comunitária começa a ser prática emergente no Brasil com influência latino-
americana, na teoria da Libertação (Ignácio Martín-Baró), sobretudo diante de uma nova 
perspectiva antinaturalizante da Psicologia, do debate sobre o compromisso social, 
desigualdade social e garantia de direitos.
PSICOLOGIA 
SOCIAL 
COMUNITÁRIA
• É um conceito utilizado 
para evocar a integração 
social, a negação da 
exclusão através de 
espaços simbólicos e 
relacionais de livre 
expressão, com o 
reconhecimento e 
valorização da diferença.
• A partir de 1988, com o processo de redemocratização e a construção de 
diversos campos de políticas públicas, a Psicologia (re)desenha a forma 
de atuação.
• Consideramos as Políticas Públicas como um conjunto de ações coletivas 
geridas e implementadas pelo Estado, que devem estar voltadas para a 
garantia dos direitos sociais, norteando-se pelos princípios da 
impessoalidade, universalidade, economia e racionalidade e tendendo a 
dialogar com o sujeito cidadão (CREPOP, 2017).
• Assim, essa Psicologia iniciou seu processo de emancipação nessas ações 
do Estado. Ou seja, a Psicologia ganha outra “roupagem” de atuação no 
Brasil.
TOMA COMO BASE...
• Toma como base Vygotsky, na denominada Psicologia Histórico-Cultural, que são os 
estudos que demonstram a mediação social no desenvolvimento das funções 
psicológicas. 
• Para Oliveira (1997, p. 23), surgem os estudos das funções psicológicas que têm um 
suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral; o funcionamento 
psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre os indivíduos e o mundo 
exterior, as quais se desenvolvem num processo histórico; e o fato de acreditar que a 
relação homem/mundo é uma relação mediada por sistemas simbólicos.
• Fundamenta-se no Marxismo e adota o materialismo histórico dialético como 
filosofia, teoria e método de análise. Nesse sentido, considera o ser humano como 
ativo, social e histórico.
• A sociedade como produção histórica e material, levando em consideração suas 
relações de trabalho e seus efeitos.
• A psicologia Sócio-Histórica não trabalha com essa concepção. Acredita que o 
fenômeno psicológico se desenvolve ao longo do tempo, ou seja:
- Não pertence à natureza humana;
- Não preexiste no ser humano;
- Reflete a condição social, econômica e cultural que vivem os seres humanos.• Reflete e valoriza elementos como Identidade, consciência (enquanto um certo saber 
e não um estado) e atividade.
• Novas perspectivas de metodologia como a Pesquisa-Ação - Essa pesquisa quando 
concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de 
um problema coletivo, gera relacionamento entre os pesquisadores e participantes 
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo 
ou participativo.
• Neutralidade?
PSICOLOGIA E DEMOCRACIA
• Falar em Psicologia é, portanto, claramente considerar aspectos democráticos, a começar 
pelo Código de Ética da profissão, segundo o qual a(o) Psicóloga(o) baseará seu trabalho 
nos valores da Declaração de Direitos Humanos.
• O documento diz que a(o) profissional “considerará as relações de poder nos contextos em 
que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, 
posicionando-se de forma crítica e em consonância” com os princípios do Código.
• Ora, o Estado Democrático só é possível quando se busca o bem comum, de forma que 
garantias e direitos sejam usufruídos por todas as pessoas, sendo o resultado da 
participação popular nas questões que lhe são afetas e do respeito à soberania do povo, à 
cidadania e à ordem constitucional.
• Isso estaria ligado aos processos de subjetivação de uma sociedade, seus modos de ser e 
agir específicos, dentre eles a passividade, o “mutismo” e a pequena participação social e 
política.
PSICOLOGIA
POLÍTICA
• Não sabe-se ao certo onde a corrente se iniciou de fato.
• Na França, pauta-se os autores Émile Boutmy, que publicou em 1901
“Ensaio sobre uma Psicologia Política” e no ano seguinte “Elementos de 
uma Psicologia Política do povo americano”. E em 1910, Gustav Le Bon 
publicou “Psicologia Política e a Defesa da Sociedade” (SILVA, 2005).
• No que tange os EUA, tem sido apontado que, em relação à década de 
1920, Charles Merriam e Harold Lasswell iniciaram o acoplamento entre 
política e psicologia.
• As contribuições de Lasswell reconheciam os postulados psicanalíticos e 
se centraram em temas como motivação, conflitos, dinâmica de grupo e 
considerações psicopatológicas que afetavam o comportamento político 
(CAPELOS & DEKKER, 2014).
William McGuire propôs uma historiografia do cruzamento entre psicologia 
e política, discriminando-a em três grandes fases:
1) Nas décadas de 1940 e 1950, onde teria sido dominada pelos temas da 
"personalidade e cultura".
2) A segunda, presente nos anos de 1960 e 1970, teria discutido a questão 
das "atitudes e charme dos eleitores”.
3) Na terceira, predominante das décadas de 1980 e 1990, o eixo teria 
estado direcionado para a "ideologia e a tomada de decisão" 
(MCGUIRE, 1993).
• Há ainda a incidência da quarta fase, onde McGuire estaria presente, mais 
voltada para a dinâmica das relações interpessoais e intergrupais (JOST & 
SIDANIUS, 2004).
• Com apoio de ensaios advindos do final do século XIX e início de XX em muitos 
países latino-americanos, é possível identificar na América Latina 
desenvolvimentos no campo da psicologia política que, ao menos parcialmente, 
poderiam coincidir com os temas identificados por McGuire.
• Em 1978 a Sociedade Internacional de Psicologia Política (ISPP) fora fundada.
• Em 2011 em Medellín, no 33º Congresso Interamericano de Psicologia, se 
organizou a Rede Latino-Americana de Psicologia Política, e um ano mais tarde, 
em Córdoba, a Associação Americana de Psicologia Política (BRUSSINO, 2016).
• Na América latina, destacam-se as produções de Martin-Baró com a corrente da 
Psicologia da Libertação, tal como Alessandro Soares, Salvador Sandoval, 
Domenico Hur, Fernando Lacerda Jr., Flávia Lemos e Silvio Benelli.
• A preocupação desse âmbito da Psicologia se dá, principalmente, da libertação 
dos sujeitos em sociedade a partir da “conscientização”.
• Há aqui, estudos sobretudo diante das normas sociais, leis e participação social e 
construção coletiva.
• Essa visão política reflete, sobretudo, o momento histórico com o qual se está 
vivendo diante do modo com o qual se interpreta o mundo, avaliando processos 
como a cognição social, ou seja, seu sistema de crenças e valores.
• Nos estudos do comportamento social e político, se avalia, inclusive as 
representações simbólicas e emocionais/afetivas.
• Toda ação é política.
• Ou seja, ela é influenciada por uma camada 
de motivações, afetos e formada por um 
âmbito cognitivo enquanto crença.
• O âmbito político transcende o ato 
partidário. Ele significa modo de existência, 
a partir de valores, estruturas sociais, 
instituições e sistemas éticos.
• Tanto em projetos sociais, como em 
planejamentos de vida pessoal não há 
apenas ênfase individualista, mas um 
encaminhamento político.
O quanto de racional há no comportamento social?
O político humano é racional?
O quanto há de racionalidade ou irracionalidade e 
como isso impacta na nossa realidade?
REFERÊNCIAS:
BOCK, Ana Mercês Bahia; GONÇALVES, Maria da Graça Marchina; FURTADO, Odair 
(orgs.) Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: 
Cortez, 2001.
HUR, Domenico Uhng; LACERDA JUNIOR, Fernando (orgs.). Psicologia Política 
Crítica: Insurgências na América Latina. Campinas: Alínea, 2016.
MOSCOVICI, Serge. Representações Sociais: investigações em Psicologia 
Social. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003.
PAULA, Alexandre da S. de; KODATO, Sérgio. Psicologia Social e Representações 
Sociais: Uma Aproximação Histórica In. Revista de Psicologia da IMED, 8(2): 200-
207, 2016.
	Slide 1: 
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5: Ancoragem
	Slide 6: Objetivação
	Slide 7: MAS, O QUE A PSICOLOGIA SOCIAL TEM COM ISSO?
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10: Marcos históricos
	Slide 11: Características científicas
	Slide 12: Em 1875...
	Slide 13
	Slide 14: No brasil...
	Slide 15: Psicologia social comunitária
	Slide 16
	Slide 17: Toma como base...
	Slide 18
	Slide 19: Psicologia e democracia
	Slide 20: Psicologia Política
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27: Referências:

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