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POVOS PRÉ- COLOMBIANOS Profª Raquel Garcia Comunidades organizadas em grandes centros urbanos Duas áreas: Mesoamérica: maias e astecas (atual México e América Central) Região dos Andes: incas (atual Peru, Equador, Bolívia) MAIASMAIAS fontes históricas: arquitetura, pintura, escultura e textos hieróglifos sec. III ao X cidades-Estado independentes sociedade dividida em dois grupos: população comum (agricultura) e setores privilegiados (governantes, guerreiros e sacerdotes) conhecimento matemático e arquitetônico: calendário, agricultura, construções e tributos Hunab Ku: Pai dos Deuses Ixchel: Deusa do amor Politeísmo e sacrifícios não se tem certeza dos motivos de declínio (entre os séculos VII e X) resistência cultural até os dias atuais ASTECASASTECAS civilização que encontrou com os espanhois no séc. XVI absorviam a cultura de outras civilizações cidades-estado no formato de confederação subordinadas economicamente e religiosamente “Tenochtitlán, uma cidade de canais, praças e mercados, pirâmides, templos, palácios, lojas e residências, que começou numa ilha no lago Texcoco e estendeu-se para as praias mais próximas com as quais se comunicava por estradas. Na época da conquista espanhola, ela era uma orgulhosa metrópole de 200 mil habitantes, tão soberba que o conquistador Bernal Diaz del Castillo registrou que mesmo ‘aqueles que estiveram em Roma ou Constantinopla dizem que em termo de conforto, regularidade e população nunca viram algo semelhante" '. (PINSKY, Jaime et al. História da América através de textos. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991. Adaptado). agricultura (milho, feijão, abóbora e pimenta) com técnica da chinampa comério (papel, cerâmica, roupas e objetos de luxo) INCASINCAS Cordilheira dos Andes Machu Pichu mais extenso império da América (início no sec XII) monarquia teocrática: governante adorado como um deus (Sapa Inca) governante também era legislador e comandante supremo do Exército principal atividade econômica: agricultura ayllu: forma de organização da população laços de parenteco, sociais e religiosos curaca (líder da ayllu) dividia as terras e armazenava a produção Os Quipus eram instrumentos utilizados para comunicação e também como registro contábil e como registros mnemotécnicos entre os incas. “Quando os espanhóis chegaram ao Novo Mundo, fizeram o repartimiento, ou seja, a apropriação e distribuição de terras e índios entre os conquistadores. Os espanhóis não tinham a intenção de cuidar da terra, logo precisavam dos conhecimentos e da mão de obra indígenas, e, assim, as propriedades rurais pertencentes ao Sol e ao Inca foram as primeiras a ser repartidas. Os espanhóis também dividiram as terras dos ayllus, condenando o sistema inca de coletividade da terra e abrindo caminho para todos os abusos associados ao sistema de encomiendas18 e reduções.19” PORTUGAL, AR. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 208 p. ISBN 978-85-7983-000-6. por que povos pré-colombianos? “(…) Assim, não pense que foram tirados do poder, os bens e a liberdade (dos indígenas): e sim que Deus lhes concedeu a graça de pertencerem aos espanhóis, que os tornaram cristãos e que os tratam e os consideram exatamente como digo. (…) Ensinaram-lhes o uso do ferro e da candeia (…) Deram-lhes moedas para que saibam o que compram e o que vendem, o que devem e possuem. Ensinaram-lhes latim e ciências, que valem mais do que toda a prata e todo o ouro que eles tomaram. Porque, com conhecimentos, são verdadeiramente homens, e da prata nem todos tiravam muito proveito. (…)” GÓMARA, Francisco López de. História General de las Índias. Coletânea de Documentos para a História da América. São Paulo: CENP, 1978 Dispostas assim as coisas, imediatamente entram no Pátio Sagrado para matar a gente. Vão a pé, levam seus escudos de madeira, e alguns levam os de meta e suas espadas. Imediatamente cercam os que dançam, se lançam ao lugar dos atabaques: deram um talho no que estava tocando: lhe cortaram ambos os braços. Logo o decapitaram: longe caiu sua cabeça cortada. A todos esfaqueiam, lanceiam a gente e lhes dão talhos, com as espadas os ferem. A alguns lhes acometem por detrás; imediatamente caem por terra dispersas suas entranhas. A outros lhes dilaceram a cabeça: lhes cortaram a cabeça, ficou inteiramente em pedacinhos a sua cabeça. Mas a outros lhes deram talhos nos ombros: desmembrados, desgarrados ficaram seus corpos. Àqueles os ferem nas coxas, a estes nas pantorrilhas, e aos demais em pleno abdômen. Todas as entranhas caíram para fora, e havia alguns que ainda em vão corriam: iam arrastando os intestinos e pareciam enredar os pés neles. Ansiosos para se porem a salvo, não achavam para onde dirigir-se. Pois alguns tentavam sair: ali na entrada os feriam, os apunhalavam. Outros escalavam os muros; mas não podiam salvar-se. Outros se meteram na casa comum; ali se puseram a salvo. Outros se meteram entre os mortos fingiram-se de mortos para escapar. Aparentando estar mortos, se salvaram. Mas se no entanto alguém se colocava de pé, o viam e o esfaqueavam. O sangue dos guerreiros como se água fosse corria: como água que se encharcou, e em redor do sangue se lançava ao ar, e das entranhas que pareciam arrastar-se. E os espanhóis andavam em qualquer parte em busca das casas da comunidade: em qualquer parte lançavam estocadas, buscavam coisas: se alguém estivesse oculto ali; por onde andasse, a tudo averiguavam. Nas casas comunais por todas as partes rebuscavam. Portilla, Miguel León - Visión de los vencidos
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