Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mecanismos de Patogenicidade Bacteriana Infecção e doença: · Infecção: existência de um microrganismo dentro do corpo da pessoa. · Doença: quando está infectado e está manifestando sinais e sintomas. · O indivíduo pode estar infectado e não estar doente. Microbiota normal: · É uma forma de defesa contra microrganismos patogênicos. · Começa ser adquirida logo no nascimento – um pouco passa da mãe. · São microrganismos que residem no individuo, mas não causam problemas. · Microbiota = flora. · Vai desde o esôfago até o anus. · O local que mais tem microbiota é o colo. · Os gêneros e espécies mudam de local para local, pois cada local tem suas peculiaridades. Es: pH no estomago é alto e no intestino é baixo. · Sistema respiratório superior: Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. aureus, Streptococcus pneumoniae · No pulmão quase não tem microbiota, no trato respiratório superior tem mais do que no inferior. · Em questão de sistema reprodutivo e urinário, a mulher tem mais do que o home – Sthaphylococcus, Micrococcus, Enterococcus, Lactobacillus... Principais mecanismos de defesa: · Nasofaringe: remove partículas com a ajuda dos cílios. · Pele: a microbiota normal inibe infecção. · Acidez estomacal: inibe o crescimento bacteriano. · Microbiota normal: compete com os patógenos no intestino e pele. · Fluxo do trato urinário: previne a infecção. · Muco e cílios que revestem a traqueia: suspendem e deslocam os microrganismos para fora do corpo. · Proteínas sanguíneas e da linfa: inibem o crescimento bacteriano. · Rápida alteração de pH: inibe o crescimento bacteriano. · Células epiteliais: inibem a invasão patogênica e a infecção. Portas de entrada: · Membranas mucosas: mucosa respiratória, trato gastrointestinal, genital... · Pele: vira porta de entrada quando tem alguma lesão, trauma, corte... · Via parenteral: comum em meio hospitalar. Trato respiratório: · Streptococcus pneunoniae – pneumonia pneumocócica. · Mycobacterium tuberculosis – tuberculose. · Bordetella pertussis – coqueluche Trato gastrointestinal: · Shigella spp. – shigelose. · Brucella spp. – brucelose. · Vibrio cholerae – cólera. · Salmonella enterica – salmonelose. · Salmonella typhi – febre tifóide. Trato geniturinário: · Neisseria gonorrhoeae – gonorreia · Treponema pallidum – sífilis. · Chlamydia trachomatis – uretrite não gonocócica. Número de microrganismos invasores: · Quanto mais bactérias, mais grave e mais rápido se instalam. · Quanto mais bactérias são atraídas por determinada porta de entrada, menos bactérias precisam para causar a doença. Patogenicidade bacteriana: 1. Exposição. 2. Adesão – bactéria se adere a pele/mucosa. 3. Invasão – entram no tecido/mucosa. 4. Infecção – multiplicação das bactérias. 5. Toxicidade ou invasividade – causam danos tecidual. 6. Causa a doença – manifestação de sinais e sintomas. Aderência: · Mecanismo para se aderir aos tecidos do hospedeiro em sua porta de entrada. · É necessário que aconteça para a patogenicidade. · Obtida por adesinas ou ligantes – moléculas de superfície do patógeno localizadas na cápsula, pili, fimbrias e flagelos. Como os patógenos bacterianos ultrapassam as defesas do hospedeiro? · Capsulas: protege da fagocitose e aumenta a virulência – Neisseria, Klebisiella, Streptococcus pneumonieae. · Componentes da parede celular: Adesinas, LPS... · Enzimas: protease de IgA – enzima que quebra proteínas de anticorpos. · Variação antigênica: mutação, mudança de epítopos... · Penetração no citoesqueleto das células do hospedeiro: invadir a célula. Como os patógenos bacterianos danificam as células do hospedeiro? · Utilizando nutrientes do próprio hospedeiro. · Dano direto a região da invasão – é a lesão pela própria multiplicação. · Produção de toxinas que são transportadas pelo sangue e linfa danificando sítios distantes do local inicial da infecção – Toxinas: · São substâncias “venenosas”. · O grande problema das toxinas é que são moléculas solúveis que quando caem no sangue vão para vários lugares de forma muito rápida. · Fator primário que contribui para patogenia – tem bactéria que se não tivesse a toxina, não seria patogênica. · Podem causar efeitos graves e fatais – as exotoxinas são mais letais, pois são produzidas e secretadas. · Inibem a síntese proteica, destroem células e vasos sanguíneos, danificam o SNC. · Doenças são causadas pela ingestão de toxinas e não pela infecção bacteriana (intoxicação). · Toxigenicidade: capacidade de produzir toxina. · Toxemia: toxina no sangue. Exotoxinas: · Dose letal: alta. · Produzidas no interior da bactéria e secretadas. · Pode ter em gram-negativas ou positivas. · Produzidas por genes que muitas vezes vem dos plasmídeos. · São solúveis e se difundem rapidamente. · Toxinas A-B: danificadora de membrana e superantígenos. Inibição da síntese proteica. · Doenças causadas por exotoxinas: síndrome da pele escaldada, botulismo, tétano, difteria, cólera, diarreia do viajante. Toxinas A-B: 1. A bactéria produz e libera a exotoxina. 2. O componente B (de ligação) da exotoxina se liga a um receptor da célula do hospedeiro. 3. A exotoxina A-B entra na célula do hospedeiro por endocitose. 4. A exotoxina A-B é envolvida por uma vesícula durante a pinocitose. 5. Os componentes A-B da exotoxina se separam. 6. O componente A altera as funções celulares pela inibição da síntese proteica. 7. O componente B é liberado da célula do hospedeiro. Endotoxinas: · Dose letal: baixa. · Fazem parte da membrana externa da bactéria gram-negativa. · Liberada durante a multiplicação ou quando a bactéria morre. · Causam calafrios, febre, fraqueza, dores, choque ou morte. · Não promovem a formação de antitoxinas. · Salmonella typhy (febre tifoide), Proteus spp. (infecção urinária) e Neisseria meningitides (meningite meningocócica). Endotoxinas e a resposta pirogênica: 1. Um macrófago ingere uma bactéria gram-negativa. 2. A bactéria pe degradada em um vacúolo, liberando endotoxinas que induzem a produção de IL-1 e TNF alfa pelo macrófago. 3. As citocinas são liberadas na corrente sanguínea pelos macrófagos e são transportadas até o hipotálamo, no cérebro. 4. As citocinas induzem a produção de prostaglandinas pelo hipotálamo, alterando o “termostato” corporal para temperaturas mais altas, produzindo febre. 5. Ou seja, o macrófago vai fagocitar uma gram-negativa e a endotoxina pode cair na corrente sanguínea que vai até o hipotálamo, aumenta a liberação de prostaglandina e causa a febre.
Compartilhar