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Exame Físico de Grandes Animais - Métodos de exploração

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Felipe Vuicik Exame Físico de Grand Animais
➜ Métod gerais de exploração clínica 
Métodos semiológicos 
Inspeção, palpação, auscultação, percussão e 
olfação ➜ são os sentidos utilizados pelo mv para a 
realização do exame fisico 
Recomendaçõ 
Organização 
Paciência 
Sensatez 
Raciocinio 
Conhecimento 
Ambiente tranquilo 
Material Básico 
Papel e caneta 
Prancheta 
Estetoscópio 
Termometro 
Plexímetro e martelo 
Material para contenção 
Luvas de procedimento 
INSPEÇÃO 
- Uso do sentido da visão para inspecionar o animal 
- Método mais antigo de exploração clica 
- Antecede a anamnese (já visualizamos o animal 
pela superficie corporal) 
- Investiga-se as partes acessíveis em contato com 
o exterior 
Recomendações da Inspeção: 
• Deve-se realizar em local com boa iluminação (luz 
solar, luz artificial branca e de boa intensidade 
• Observação do animal no ambiente de origem 
• Não deve-se precipitar-se 
• Não manuseie o animal antes de uma inspeção 
minuciosa 
A inspeção pode ser dividia entre panorâmica e 
localizada, direta e indireta: 
• Localizada - Atentando-se para alterações em 
uma região específica do corpo (face, Gl. 
Mamária) 
• Panorâmica - animal visualizado como um todo 
• Direta: visualização sobre o corpo do animal 
(pelos, mucosas, movimentos resp. , distensões, 
pele, cicatrizes etc) 
• Indireta (auxilio de aparelhos - esteto, microscópio, 
raios-x, aparelhos de mensuração etc) 
PALPAÇÃO 
Inspeção e palpação são dois procedimentos que 
andam juntos, pois um completa o outro. A 
palpação consiste na utilização do sentido tátil para 
avaliar as características de uma área explorada no 
exame fisico: 
- Sentido tátil ou força muscular (uso das mãos, 
pontas dos dedos, punhos e instrumentos) 
- Obtêm-se informações das estruturas superficiais 
e profundas 
- Identificação de textura, espessura, consistência, 
sensibilidade, temperatura, volume, percepção de 
frêmitos, f lutuação, elast ic idade, edema, 
sensibilidade. 
Palpação direta: contato direto da mão com o 
animal 
Palpação indireta: uso de instrumentos (cânulas, 
instrumentos) 
Tipo de palpação 
• Palpação com a mão espalmada ➝ usa-se toda a 
palma de uma ou de ambas as mãos 
• Palpação com a mão espalmada utilizando 
somente a porção ventral 
• Digito pressão ➝ realizada com a polpa do 
polegar ou indicador (identificar dor, presença de 
edema, circulação cutânea) 
• Punho-pressão (mão fechada) 
• Vitropressão ➝ realizada com uma lamina de 
vidro que é comprimida contra a pele (distinção 
entre Eritreia e purpura). 
• Mão espalmada sobre a tumefação ➝ pesquisa 
de flutuação, aplica-se a palma da mão sobre um 
lado da tumefação enquanto a mão oposta 
• exerce sucessivas compressões perpendiculares à 
superfície cutânea. 
Tip de consiencia 
➝ Mole - estrutura reassume seu formato normal 
após cessar a plicarão da pressão (gordura - macia 
porém flexível). 
➝ Firme - estrutura oferece resistência à pressão, 
mas acaba voltando ao normal com o fim. 
➝ Dura - quando a estrutura não cede por mais 
forte que seja a pressão (ossos, alguns tecidos 
tumorais). 
➝ Pastosa - quando uma estrutura cede facilmente 
a pressão e permanece a impressão do objeto que 
a pressionava mesmo quando cessada a aplicação 
(edema) 
➝ Flutuante - resulta em movimento ondulante 
mediante aplicação de uma pressão alternada 
(acúmulo de líquidos) 
➝ Crepitante - sensação de movimentação de 
bolhas gasosas (ar ou gás no interior do tecido). 
➝ Fremito - “ruído palpável”, ausculta de ruídos 
anormais produzido pelo atrito de duas superfícies 
anormais (roce pleural) ou em alguns casos de 
lesões vasculares acentuadas. 
AUSCULTAÇÃO 
➝ Avalia os ruídos 
➝ Produção espontânea dos órgãos 
➝ Na ausculta o examinador apenas avalia os ruídos 
produzidos pelo próprio corpo, enquanto na 
percussão os ruídos são produzidos pelo próprio 
examinador. 
Tipos de ausculta 
Direta ou imediata: ouvido direito na área examinada 
Indireta ou mediata: uti l izada de aparelhos 
(estetoscópio / foneidoscópio) 
Tip de Ruid: 
Aéreos, hidroaéreos, líquidos e sólidos. 
➝ Líquidos: Produzidos pela movimentação de 
massas líquidas em uma estrutura (sopro anêmico). 
➝ Sólidos: Deve-se ao atrito de duas superfícies 
sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de 
papel (roce pericárdico nas pericardites). 
➝ Aéreos: Ocorrem pela movimentação de massas 
gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar 
pelas vias aéreas). 
➝ Hidroaéreos: Causados pela movimentação de 
massas gasosas em um meio líquido (borborigmo 
intestinal). 
PERCUSSÃO 
É um método físico de exame em que, através de 
pequenos golpes ou batidas, aplicados a determinada 
parte do corpo, torna-se possível obter informações 
sobre a condição dos tecidos adjacentes. 
Objetivos da percussão: 
- Delimitação topográfica dos órgãos 
- Comparação sonora obtida 
Tip de percuão: 
Direta ou indireta: 
➝ Direta ou imediata - Percurssão digital (dedos 
diretamente no animal) 
➝ Indireta - Precurssão digito-digital ou martelo-
pleximctrica (instrumental - percurssão martelo 
-pleximetro) 
Recomendações: 
- praticar e familiarizar com os intsrumentos e 
ruídos 
- Percutir em ambiente silicioso 
- Evitar percutir animais em decúbitos 
- Ter firmeza 
- Ritmo constante (2 toques) 
- Cabo do martelo seguro em sua metade 
- Não se deve limitar em um único ponto 
Tip de sons (obtid com a percuão) 
➝ Claro - se o órgão percutido tiver ar que possa 
se movimentar, produz um som de média 
intensidade, duração e ressonância, que é o som 
claro. É produzido também por gases e paredes 
distendidas. Quanto menos espessos forem os 
tecidos que cobrem o órgão percutido, maior será 
a zona vibratória do mesmo e, portanto, mais alto 
será o som. 
➝ Timpânico - órgãos ocos, cavidades repletas de 
ar ou gases produzem som de maior intensidade e 
ressonância (é o que se houve quando percutimos 
abdômen) 
➝ Maciço - regiões compactas desprovidas 
completamente de ar, produzem som de pouca 
ressonância, curta duração e fraca intensidade. 
➝ Metálico - semelhante ao ruído de uma placa 
metálica, cavidades cheias de ar. 
➝ “Panela rachada”: saída de gas ou de ar contido 
em uma cavidade sob ação de pressão 
OLFAÇÃO 
➝ Uso do olfato do examinador 
➝ Pode-se examinar o ar expirado, excreções e 
transpiração cutânea 
➝ Tecnica simple 
➝ Odor das fezes e urina 
➝ Vacas com acetonemia eliminam um odor que 
lembra o de acetona, hálito com odor urêmico 
aparecem em doentes de uremia e halitose pode 
estar presente em casos de caries dentárias, 
tártaro, afeiçoes periodontais, presença de corpos 
estranhos no esôfago, infecções das vias aéreas, 
alterações metabólicas e afeiçoes no sistema 
digestório. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Devem ser realizados posteriormente ao exame 
fisico para identificar com precisão e rapidez das 
enfermidades 
Servem para complementar os procedimentos 
realizados anteriormente na anamnese e exame 
clinico 
Objetivos: 
- confirmar a ocorrência ou causa de enfermidade 
- Avaliar a gravidade 
- Determinar evolução de uma doença 
- Verificar eficácia de um tratamento 
Alguns exames complementares: 
➝ Punção (centese) exploratória: pesquisa de 
órgãos ou cavidades (uso de trocasse agulha, 
cânula) é retirado material para ser examinado 
➝ Biopsia: coleta de fragmentos tecidos para 
exame histopatológico com a finalidade de 
diferenciação entre inflamação, hiperplasia, neoplasia, 
diferenciar neoplasias benignas e malignas e auxiliar 
na confirmação do diagnóstico de uma dermatopatia. 
➝ Exames laboratoriais: incluem físico-químicos, 
hematológicos, bacteriológicos, parasitológicos e 
determinações enzimáticas (fígado). 
➝ Inoculação diagnósticas: Suspeitando-se de uma 
determinada enfermidade, inocula-se o material 
proveniente do animal doente em animais de 
laboratório, para verificar o aparecimento da doença. 
➝ Testes de alérgenos: avaliam alergias e reações 
anafilactóide por meio da promoção de respostas 
sensíveis nos animaismediante inoculações nos 
tecidos de algum antígeno. 
O exame clínico reúne todas as informações 
necessárias para o estabelecimento do diagnóstico, 
enquanto o exame físico é uma parte do exame 
clínico do animal, resumindo-se à colheita dos 
sintomas e dos sinais por métodos físicos de exame, 
tais como inspeção, palpação, percussão, 
auscultação c olfação. 
O exame clínico é constituído basicamente dos 
seguintes procedimentos: 
1. Identificação do animal ou dos animais (re 
senha). 
2. Investigação da história do animal (anamnese). 
3. Exame Físico: 
 Geral: avaliação do estado geral do animal 
(atitude, comportamento, estado nutricional, estado 
de hidratação, coloração de mucosas, exame de 
linfonodos, etc.) parâmetros vitais (frequência 
cardíaca, frequência respiratória, temperatura, movi 
mentos ruminais e/ou cecais); 
 Especial: exame físico direcionado ao(s) 
sistema(s) envolvido(s). 
4. Solicitação e interpretação dos exames sub 
sidiários (caso necessário). 
5. Diagnóstico e prognóstico. 
6. Tratamento (resolução do problema).

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