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BASES TÉCNICAS FUNDAMENTAIS DA ENFERMAGEM Profª Elzanice Brandão UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CAMPUS BALSAS EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM ❖Sabe-se que o paciente pode ter as suas condições físicas modificadas a cada momento, por isso é necessário que a enfermagem seja capaz de avaliar detalhadamente as possíveis variações, partindo de um completo exame físico inicial. ❖O exame físico é realizado usando-se instrumentos e técnicas propedêuticas para fazer o levantamento das condições globais do paciente, através de informações significativas para a Enfermagem, capazes de subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente (SOUZA et al., 2016). EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM ❖O exame físico consiste na coleta de dados físicos observados diretamente pela examinadora. ❖o exame físico deve ser iniciado com a inspeção geral do paciente, medidas de peso e altura, sinais vitais e seguir com a revisão sistemática dos sistemas orgânicos. EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM EXAME FÍSICO ❖O Exame Físico, etapa relevante para o planejamento do cuidado do enfermeiro, busca avaliar o cliente através de sinais e sintomas, procurando por anormalidades que podem sugerir problemas no processo de saúde e doença. ❖Deve ser realizado de maneira sistematizada, no sentido céfalo- caudal, através de uma avaliação minuciosa de todos os segmentos do corpo utilizando as técnicas propedêuticas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. EXAME FÍSICO ❖O enfermeiro necessita de recursos materiais, tais como esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, lanternas, otoscópios, luvas de procedimento, dentre outros. ❖Além destes instrumentos básicos para a realização do exame físico, o enfermeiro deve utilizar os órgãos do sentido: visão, audição, tato e olfato para subsidiar o seu plano de cuidar/ cuidado. EXAME FÍSICO ❖OBJETIVOS DO EXAME FÍSICO: ❖Comprovar dados obtidos na entrevista e, eventualmente, acrescentar outras informações; ❖Buscar informações do paciente/cliente/usuário que possam ser uteis à identificação de problema que necessitem de intervenção de Enfermagem; ❖Favorecer o diagnóstico de Enfermagem; ❖Encontrar caminhos que direcionem a prescrição de cuidados de enfermagem OBJETIVOS DO EXAME FISICO ❖Avaliar as condições físicas gerais do paciente e de cada sistema orgânico; ❖Identificar situações de risco à integridade do paciente; ❖Direcionar o aprendizado ao diagnóstico e evolução de enfermagem. ELEMENTOS SEMIOLÓGICOS DO EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO DEVERÁ SER REALIZADO APÓS A ANAMNESE ❖Deverá ser céfalo-caudal; ❖O paciente e o enfermeiro devem estar em posição correta. ❖Deverá complementar o raciocínio crítico do enfermeiro; ❖Deve-se ter cuidado com o ambiente do exame; ❖A iluminação deve ser adequada (luz natural ou artificial de cor branca). ❖Deve ser preservada a privacidade e somente os seguimentos avaliados devem ficar descobertos durante o exame EXAME FÍSICO DEVERÁ SER REALIZADO APÓS A ANAMNESE ❖Seja ético e respeite o método clínico ❖ Seja cortês e olhe para o paciente ❖Preserve regiões onde o cliente esteja queixando-se de dores; ❖O referencial anatômico é fundamental. ❖O paciente tem direito a um acompanhante durante o exame. ❖Cumprimente o acompanhante ❖O enfermeiro deve explicar os seus objetivos e solicitar o seu consentimento PREPARAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO POSICIONAMENTO DO PACIENTE POSIÇÕES PARA O EXAME FÍSICO ✓1 - Posição ortostática: Paciente fica em pé com os pés um pouco afastados um do outro e com os membros superiores estendidos naturalmente junto ao corpo. ✓2 - Posição sentada: O paciente fica sentado numa cadeira na maca ou no leito com as mãos repousando sobre as coxas.; ✓3 - Posição dorsal: O paciente fica deitado na maca ou leito com o ventre para cima, membros superiores e inferiores relaxados. POSIÇÕES PARA O EXAME FÍSICO ✓5 - Decúbito lateral esquerdo: O paciente fica deitado com o lado esquerdo para baixo, pernas levemente fletidas, braço esquerdo em abdução, o lado direito para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa. ✓6 - Decúbito ventral: O paciente fica deitado com o ventre para baixo, braços fletidos e mãos sobre a testa. (músculo esquelético) ✓7 - Posição de Litotomia: O paciente fica em decúbito dorsal com as pernas afastadas e joelhos fletidos e pés apoiados sobre a cama. (exame pélvico) EXAME FÍSICO SE DIVIDE EM : ❖Dados objetivos: o que é observável; ❖Dados subjetivos: o que a pessoa afirma.; ❖O exame físico estabelece julgamentos clínicos adequados; ❖O exame físico completo inclui : Peso, altura, sinais vitais e um exame cefalocaldal de todos os sistemas do corpo do paciente. ETAPAS DO EXAME FÍSICO ❖Inspeção: A inspeção consiste no processo de observação. Um exame visual das partes do corpo; ❖Dispor de iluminação adequada. ❖Descobrir a região a ser inspecionada. ❖Ter em mente as características de normalidade da área em questão. INSPEÇÃO ❖O enfermeiro inicia o exame físico pela inspeção que é um procedimento propedêutico baseado no sentido da visão e olfato para averiguar ou inspecionar o aspecto, a cor, a forma, o tamanho e o movimento dos diversos segmentos corporais. ❖Identifica condições clinicas visíveis a olho nu, como lesões cutâneas, cateteres, sondas... INSPEÇÃO ❖Podemos dizer que é a primeira avaliação feita pelo enfermeiro quando entra em contato com o paciente quando consiste numa ampla observação do estado geral do paciente sendo uma visão do conjunto é superficial; ❖Abordando: nível de consciência, estado nutricional, postura, higiene, tipo de fala, modo de andar... ❖A inspeção pode ser: estática e dinâmica. INSPEÇÃO ❖A estática é realizada com o paciente em repouso, observando apenas os contornos anatômicos ou as partes estanques do corpo, como, por exemplo a forma do tórax e a cabeça. ❖Na dinâmica o examinador observa os movimentos de determinado segmento. • Ex: amplitude respiratória, modo de andar... O QUE PRECISAMOS OBSERVAR ? ❖Pele e suas alterações; ❖ Presença de cicatrizes, especialmente de toracotomia, drenagem torácica ; ❖Sistema venoso visível normalmente e circulação venosa colateral; ❖Presença de edema; ❖ Presença de atrofias musculares; ❖ Alteração ósseas e articulares. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ❖Esclarecer ao cliente sobre o procedimento; ❖Respeitar a individualidade expondo apenas a região do corpo a ser examinada (uma de cada vez); ❖Examinar o cliente todo, porem , ater-se a região de maior queixa; ❖Fazer a inspeção no sentido céfalo-caudal; ❖Providenciar boa iluminação; ❖Fechar a porta do quarto ou em caso de enfermaria, colocar biombos PALPAÇÃO ❖Palpação : A palpação envolve o uso do sentido do tato (uso das mãos); ❖Avaliar resistência, elasticidade, aspereza, textura, mobilidade e presença de nódulos e etc., ❖Manobras de compressão e descompressão brusca, o teste será positivo quando houver dor. PALPAÇÃO ❖É baseada no tato e na pressão, especificamente, no toque sobre as superfícies dos segmentos corporais para detectar modificações da textura, volume, forma, espessura, consistência, flutuações, frêmitos, sensibilidade táctil e dolorosa, elasticidade, temperatura, localização dos órgãos, presença de edemas, massas; PALPAÇÃO ❖A palpação pode ser superficial (1 cm) ou profunda (4 cm). ❖A palpação superficial deve preceder a profunda, porque pode provocar deslocamento de líquido, rompimento de tecido ou provocar maciez. ❖Existem varias técnicas de palpação. • ATENÇÃO: Unhas curtas. TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Palpação com uma das mãos sobrepondo-se à outra. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Palpação com a mão espalmada, usando-se apenas as polpas digitais e a parteventral dos dedos. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Palpação usando-se o polegar e o indicador formando uma pinça. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Palpação com o dorso dos dedos ou das mãos. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Digitopressão- realizada com a polpa do polegar ou do indicador. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖ Puntipressão- compressão com objeto pontiagudo em ponto do corpo. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Vitropressão - compressão da pele com uma lâmina de vidro, através da qual se verifica a condição da pele. ❖Difere como exemplo. Eritema de púrpura. Fonte: Murta,2007 TÉCNICAS DE PALPAÇÃO ❖Fricção com algodão - para avaliação de sensibilidade. Fonte: Murta,2007 PALPAÇÃO ❖A palpação recolhe dados através: ❖Do tato - impressões sobre a parte mais superficial da estrutura da pressão - impressões sobre a parte mais profunda. ❖Objetivos: Reconhecimento de modificações relacionadas a: Textura, Espessura, Consistência, Sensibilidade, Volume, Dureza, Flutuação, Elasticidade.... ❖Permite ao enfermeiro, sentir através do tato, as alterações na superfície da pele, ou na profundidade dos planos anatômicos, que não foram passíveis de serem detectadas pela inspeção isoladamente.usando as digitais e o ventre dos dedos PERCUSSÃO ❖Percussão : Consiste em golpear a pele do individuo com toques curtos e firmes para avaliar as estruturas adjacentes ; ❖Os golpes geram uma vibração palpável e um som característico que mostra a localização , o tamanho e a densidade do órgão subjacente; ❖Tem como objetivo avaliar a distensão abdominal , ascite ou massas na região abdominal ; PERCUSSÃO ❖As manobras de percussão direta e indireta são no sentido horário; ❖Podem ser encontrados sons timpânicos, hipertimpânicos , maciços e submaciços. ❖A percussão consiste na utilização do tato e da audição, para provocar e ouvir os sons resultantes de golpes leves, planejados, articulados e direcionados para delimitar órgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. PERCUSSÃO ❖A percussão consiste na utilização do tato e da audição, para provocar e ouvir os sons resultantes de golpes leves, planejados, articulados e direcionados para delimitar órgãos, detectar coleção de líquido ou ar e perceber formações fibrosas teciduais. ❖Esses golpes dão origem a vibrações sonoras que têm características próprias quanto à intensidade, timbre e tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida, e permitem também a obtenção de impressões sobre a resistência que a região golpeada oferece. PERCUSSÃO ❖Podem ser classificados como: som maciço, som submaciço, som abafado, som timpânico, som claro pulmonar (atimpânico), som hiper- ressonante, som hiper-timpânico. Quanto mais densa a área percutida maior será o som, mais breve e menos discernível. ❖O som maciço transmite a sensação de dureza e resistência, é encontrado em regiões desprovidas de ar. É decorrente da percussão de regiões sólidas. EX: fígado, coração, baço e rins. PERCUSSÃO ❖O Som Submaciço é a variação de som maciço, ocorre devida presença de ar em quantidade restrita. EX: parênquima pulmonar e um órgão sólido – infecção de um lobo pulmonar. ❖O Som Timpânico é encontrado em cavidades fechadas, recobertas por membranas flexíveis, que contenham ar. Acompanha a sensação de elasticidade.EX: intestinos e traube (fundo do estômago). ❖O Som Claro Pulmonar é o que se obtêm quando se percute um tórax normal. Depende da presença de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. SONS BÁSICOS DA PERCUSSÃO ❖Timpânico: como um tambor (víscera vazia); ❖Ressonante: oco (pulmão normal) ❖ Hiper-ressonante: pulmão enfisematoso; ❖Maciço: sólido ( fígado); ❖ Submaciço (víscera oca com presença de líquido); ❖Som claro: músculo SONS BÁSICOS DA PERCUSSÃO ❖Som Maciço: cabeceira da cama, parede- bloco de madeira ❖Som Pulmonar- colchão de mola, caixa com pedaços de isopor- livro grosso colocado sobre a mesa ❖Som Timpânico- caixa vazia- pequeno tambor TÉCNICAS DE PERCUSSÃO ❖Percussão direta - é realizada golpeando-se diretamente comas pontas dos dedos a região alvo. TÉCNICAS DE PERCUSSÃO ❖Percussão dígito-digital: Executa-se golpeando com a borda ungueal do dedo médio da mão direita na superfície dorsal da 2ª falange do dedo médio ou indicador da outra mão. TÉCNICAS DE PERCUSSÃO ❖Punho-percussão - mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região estudada e averígua-se a ocorrência de sensação dolorosa. TÉCNICAS DE PERCUSSÃO ❖Percussão com a borda da mão - os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, averiguando-se a ocorrência de sensação dolorosa. TÉCNICAS DE PERCUSSÃO ❖Percussão por piparote - com uma das mãos o examinador golpeia o abdome por piparotes, enquanto a outra espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas contra a parede abdominal. AUSCULTA ❖Ausculta: Consiste em ouvir sons produzidos pelo corpo ,podendo ser realizado com o auxilio ou não de instrumental (estetoscópio); AUSCULTA ❖A ausculta é um procedimento que consiste na utilização do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos, que são decorrentes da vibração das suas estruturas na superfície corporal, como na avaliação dos ruídos respiratórios, cardíacos, circulatórios e intestinais; ❖A ausculta direta é executada por aplicação direta da orelha ao corpo.; ❖A que utiliza o estetoscópio é denominada de indireta. AUSCULTA CLASSIFICAÇÃO DOS RUÍDOS RESPIRATÓRIOS ❖À ausculta: ❖ Os sons pulmonares normais são denominados como Murmúrio Vesicular; ❖Os sons pulmonares anormais, também conhecidos como Sons Patológicos ou Adventícios, podem ser: CLASSIFICAÇÃO DOS RUÍDOS RESPIRATÓRIOS ✓a) Roncos (secreção solta em uma área de grosso calibre); ✓b) Sibilos (sons mais agudos comuns em pacientes com asma); ✓ c)Estertores/Creptações (são tipos ruídos ásperos, secreções retidas); ✓d) Estridor (som tipo gargarejo em obstrução de vias aéreas) CARACTERÍSTICAS DOS SONS ❖Frequência - quanto maior, mais agudo ❖Altura - Alto e baixo ❖Qualidade- sopro ou borbulhante ❖Duração- curta, média ou longa. CARACTERÍSTICAS DOS SONS ❖A ausculta é empregada nos pulmões (murmúrios vesiculares); ❖Coração (bulhas cardíacas); ❖Vasos (sopros); ❖Abdome (ruídos hidroaéreos e no intestino) ❖Estomago (peristalte) CLASSIFICAÇÃO DOS SONS ABDOMINAIS ❖Borborigmos: são sons audíveis sem a utilização de estetoscópio; ❖Ruídos Hidroaéreos: Movimento de ar e liquido dentro do intestino audíveis com o estetoscópio ; ❖Podem ser normais ou ausentes, hiperativos ou hipoativos. AUSCULTA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO • REGULAÇÃO NEUROLÓGICA: ❖ Categorias principais de avaliação: Aparência (postura e posição; movimentos corporais; vestuário; asseio e higiene). Comportamento (nível de consciência; expressão facial; fala; humor/afeto); ❖Cognição :(orientação – tempo, lugar, espaço; atenção; memória remota; julgamento). Processos de pensamento (conteúdo do pensamento; percepções); EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO • Níveis de consciência: ❖Alerta: acordado ou facilmente despertado, orientado, completamente consciente de estímulos externos e internos e responde de forma adequada, conduz interações interpessoais significativas. ❖Letárgico/sonolento: não totalmente alerta, dorme se não estimulado, pode ser despertada pelo nome quando pronunciado em voz normal, mas parece sonolento, responde adequadamente às perguntas ou comandos, mas o pensamento parece lento e confuso, desatento, perde a linha de pensamento, os movimentos espontâneos são reduzidos; ❖Estupor ou Semicoma: inconsciente, responde apenas à agitação vigorosa ou à dor, tem resposta motora adequada (retira o membro para evitar a dor), caso contráriopode somente gemer murmurar ou mover sem descanso, mas mantém atividade reflexa; ❖Coma: completamente inconsciente, não responde à dor ou a qualquer estímulo interno ou externo. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO ESCALA DE COMA DE GLASGOW CABEÇA E PESCOÇO ❖Inspeção e palpação do crânio: alterações e assimetrias, avaliação das artérias, presença de lesões; ❖Inspeção e palpação da face: expressão, simetria, edema, sensibilidade dolorosa; CABEÇA E PESCOÇO ❖Inspeção e palpação do pescoço: observar linfadenopatias, glândula tireoide (observar consistência, simetria e presença de nódulos, palpação de artéria carótida, observar ingurgitamento de jugulares); ❖Inspeção: olhos, ouvidos, nariz e garganta alterações; PELE E ANEXOS ❖Inspeção e palpação: cor, áreas com alteração de coloração; temperatura; umidade; turgor; vascularização ou hematomas; lesões (local, tamanho, exsudato, leito da lesão, margem e pele perilesional). Inspeção do cabelo, unhas (formato e contorno, consistência e cor). LESÃO POR PRESSÃO ❖Estágio I: hiperemia localizado, não branqueável, com pele íntegra; ❖ Estágio II: rompimento de epiderme, exposição da derme, flictena rompida ou íntegra; ❖ Estágio III: rompimento de derme, exposição de tecido subcutâneo ou outras estruturas, dependendo do local.; ❖Estágio IV: exposição de tecido muscular, ósseo, tendinoso ou outras estruturas mais profundas que tecido adiposo. Não estagiável: LP em que não é possível observar a profundidade real, por esta estar bloqueada por tecido desvitalizado. ❖Suspeita de lesão tissular profunda: Área localizada, escurecida, com consistência ou temperatura diferenciada do tecido subjacente, pele íntegra. Obs.: Não se classifica UP reversamente; ❖A escala de Braden é adotada nas instituições para avaliação de pacientes adultos, quanto ao risco para desenvolvimento de lesão por pressão (LP). Deve ser aplicada diariamente, no momento do exame físico, quando a inspeção da pele também realizada; LESÃO POR PRESSÃO MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES ❖Inspeção: cor, tamanho, alterações, deformidades, atrofias; ❖Palpação: pulsos (radiais, braquiais, femorais, poplíteas, pediosos); avaliação dos linfonodos, avaliação da temperatura, força muscular, edema (1+ para edema leve até 4+ para edema depressível profundo), perfusão periférica, força e mobilidade avaliar presença de empastamento de panturrilhas. SISTEMA GENITURINÁRIO FEMININO ❖Inspeção: observe a genitália externa, os lábios vaginais e as glândulas uretrais e vestibulares maiores. ❖ Se necessário, use o espéculo para inspecionar o colo do útero e vagina. ❖ PERIANAL: observe presença de fissuras, lesões, hemorroidas. SISTEMA GENITURINÁRIO MASCULINO ❖Inspeção e palpação: palpe o pênis, o escroto, na presença de massa, observe os sinais associados.; ❖Verifique se há hérnia inguinal e/ou linfonodos; ❖Avaliar se os testículos se encontram na bolsa escrotal (muito realizado na pediatria). ELIMINAÇÕES ❖É a perda, saída, eliminação de resíduos e substâncias tóxicas, formadas pelo processo metabólico de suma importância para o organismo; ❖A eliminação é efetuada seletivamente pelos órgãos de excreção: pulmão, rins, pele e intestinos. EVACUAÇÕES ❖A defecação é um ato reflexivo originado pele presença de fezes no reto, os movimentos peristálticos do cólon descendentes, sigmóide e do reto mais o aumento da pressão intra-abdominal do diafragma possibilitam a defecação; ❖Atentar para aspecto, consistência e odor das fezes (líquidas, semipastosas, pastosas, melenas, hematoquesia, presença de muco, etc). DIURESE ❖O aparelho urinário, particularmente os rins, desempenha papel fundamental na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e na eliminação de escórias como uréia, creatinina e ácido úrico; ❖O volume urinário normal num adulto é em torno de 800 a 1.8000 ml de urina em 24 horas. ALTERAÇÕES DE ASPECTO DE DIURESE ❖Aspecto normal: deve ser transparente, podendo variar de amarelo claro ao amarelo escuro, conforme esteja diluída ou concentrada; ❖ Hematúria: diurese com aspecto hemático; ❖Colúria: diurese de aspecto chá ou coca-cola devido a presença de bilirrubina na urina, geralmente associada à icterícia; ❖Diurese turva: urina com alteração da cor devido à supersaturação de cristais ou depósitos por infecção; ❖ Piúria: diurese com presença de pus ALTERAÇÕES DO VOLUME URINÁRIO ❖Oligúria (pouca urina) : volume igual ou inferior 400 ml/24h; ❖ Poliúria (urina em excesso): volume igual ou superior 2500 ml/24h; ❖Anúria (ausência de urina): volume igual ou inferior a 100 ml/24h ALTERAÇÕES DA MICÇÃO ❖Polaciúria: aumento da frequência com pequeno volume; ❖ Urgência miccional: necessidade imperiosa de urinar.; ❖Disúria: dor à micção; ❖ Noctúria ou nictúria: predomínio da diurese noturna. ❖Incontinência urinária: perda involuntária da urina; ❖ Enurese noturna: micção durante sono AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM ❖A avaliação inicial do enfermeiro (anamnese e exame físico), deverá ser registrada no prontuário, iniciar anotando data e horário; ❖Anamnese = A anamnese é definida como a primeira fase de um processo, na qual a coleta destes dados permite ao profissional de saúde identificar problemas, determinar diagnósticos, planejar e implementar a sua assistência. AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM ❖Estes podem ser obtidos, utilizando-se: a entrevista, a observação, o exame físico, os resultados de provas diagnósticas, a revisão de prontuário e a colaboração de outros profissionais; ❖Identificação do paciente (ID)- Nome, idade, estado civil, religião, profissão, naturalidade, procedência, escolaridade, diagnóstico médico e motivo do internamento; AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM ❖Histórico de saúde (HS) -(somente no dia da internação) : Descrever: início dos sintomas, tempo de diagnóstico, medicações em uso no domicílio, adesão ao tratamento, protocolos e cirurgias anteriores, internamentos anteriores, outras doenças associadas ao histórico familiar da doença (no caso de doenças crônicas). Uso de álcool, tabaco ou outras drogas, ou seja, realiza todo histórico da doença atual ou pregressa; ❖Exame físico: Exame detalhado céfalo-caudal com foco nas alterações. Descrever a presença de dispositivos; ❖Diagnóstico de Enfermagem :A partir da anamnese e do exame físico, o enfermeiro terá inúmeras informações, que lhe servirão de pistas para identificar os problemas de enfermagem e estabelecer os diagnósticos de enfermagem. Os diagnósticos de enfermagem serão estabelecidos por meio da Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-Internacional); AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM ❖Plano de cuidados : Um conjunto de ações de enfermagem, fundamentado pelos diagnósticos de enfermagem, que auxiliam o paciente a progredir em direção ao resultado desejado, podem ser diretas e indiretas. As prescrições enfermagem são elaboradas a partir dos diagnósticos de enfermagem. ❖ Avaliação: É a avaliação das respostas do paciente, deve-se inserir os Diagnósticos de Enfermagem na primeira avaliação. Nos dias seguintes, deve-se relatar se estão: mantidos, excluídos ou melhorados, ou incluir outro diagnóstico de enfermagem conforme necessidade relacionada às respostas do paciente. ❖ Plano Terapêutico :Realizar as alterações necessárias, conforme a melhora ou piora do quadro anterior apresentado pelo paciente. AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO ❖Estado Geral do Paciente; ❖Estado Mental; ❖Expressão Facial; ❖Sinais Vitais; ❖Pele,cor, umidade,temperatura,textura,turgor,mucosas; ❖Anexos e pele; ❖Abdome; ❖MMSS e MMII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • POTTER, P.A.: PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem.5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2004; • PRADO, M.L. e GELBCKE, F.L Fundamentos de Enfermagem. Florianópolis: UFSC,2002;• Manual do Processo de Enfermagem,UFM/HUJM. • SMELTZER, C.A. et al.Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirurgico.11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2009. • Saberes e Práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem/organização Genilda Ferreira Murta.3. ed ver. e Caetano do Sul, SP: Difusão Editora,2007 Slide 1: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CAMPUS BALSAS Slide 2: EXAME FÍSICO Slide 3 Slide 4: EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM Slide 5: EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM Slide 6: EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM Slide 7 Slide 8: EXAME FÍSICO Slide 9: EXAME FÍSICO Slide 10 Slide 11: EXAME FÍSICO Slide 12: OBJETIVOS DO EXAME FISICO Slide 13 Slide 14: EXAME FÍSICO DEVERÁ SER REALIZADO APÓS A ANAMNESE Slide 15: EXAME FÍSICO DEVERÁ SER REALIZADO APÓS A ANAMNESE Slide 16: PREPARAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO Slide 17: POSICIONAMENTO DO PACIENTE Slide 18: POSIÇÕES PARA O EXAME FÍSICO Slide 19: POSIÇÕES PARA O EXAME FÍSICO Slide 20 Slide 21 Slide 22: EXAME FÍSICO SE DIVIDE EM : Slide 23 Slide 24: ETAPAS DO EXAME FÍSICO Slide 25: INSPEÇÃO Slide 26: INSPEÇÃO Slide 27: INSPEÇÃO Slide 28: O QUE PRECISAMOS OBSERVAR ? Slide 29: CUIDADOS DE ENFERMAGEM Slide 30: PALPAÇÃO Slide 31: PALPAÇÃO Slide 32: PALPAÇÃO Slide 33 Slide 34: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 35: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 36: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 37: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 38: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 39: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 40: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 41: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 42: TÉCNICAS DE PALPAÇÃO Slide 43: PALPAÇÃO Slide 44 Slide 45 Slide 46: PERCUSSÃO Slide 47: PERCUSSÃO Slide 48: PERCUSSÃO Slide 49: PERCUSSÃO Slide 50: PERCUSSÃO Slide 51 Slide 52: SONS BÁSICOS DA PERCUSSÃO Slide 53: SONS BÁSICOS DA PERCUSSÃO Slide 54: TÉCNICAS DE PERCUSSÃO Slide 55: TÉCNICAS DE PERCUSSÃO Slide 56: TÉCNICAS DE PERCUSSÃO Slide 57: TÉCNICAS DE PERCUSSÃO Slide 58: TÉCNICAS DE PERCUSSÃO Slide 59 Slide 60 Slide 61: AUSCULTA Slide 62: AUSCULTA Slide 63: AUSCULTA Slide 64: CLASSIFICAÇÃO DOS RUÍDOS RESPIRATÓRIOS Slide 65: CLASSIFICAÇÃO DOS RUÍDOS RESPIRATÓRIOS Slide 66 Slide 67: CARACTERÍSTICAS DOS SONS Slide 68: CARACTERÍSTICAS DOS SONS Slide 69: CLASSIFICAÇÃO DOS SONS ABDOMINAIS Slide 70 Slide 71: AUSCULTA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Slide 72 Slide 73 Slide 74: EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO Slide 75: EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO Slide 76 Slide 77 Slide 78: ESCALA DE COMA DE GLASGOW Slide 79: CABEÇA E PESCOÇO Slide 80: CABEÇA E PESCOÇO Slide 81: PELE E ANEXOS Slide 82: LESÃO POR PRESSÃO Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86: MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES Slide 87: SISTEMA GENITURINÁRIO FEMININO Slide 88: SISTEMA GENITURINÁRIO MASCULINO Slide 89 Slide 90: ELIMINAÇÕES Slide 91: EVACUAÇÕES Slide 92: DIURESE Slide 93 Slide 94: ALTERAÇÕES DE ASPECTO DE DIURESE Slide 95: ALTERAÇÕES DO VOLUME URINÁRIO Slide 96: ALTERAÇÕES DA MICÇÃO Slide 97: AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM Slide 98: AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM Slide 99: AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM Slide 100 Slide 101: AVALIAÇÃO CLINICA DE ENFERMAGEM Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105: ROTEIRO PARA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO Slide 106: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Slide 107