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DIREITO – MECANISMO - CONFLITO X DISPUTA Simone Helen Drumond Ischkanian Mecanismo de fuga ou luta: O mecanismo de fuga ou luta, também conhecido como resposta de "fight or flight" em inglês, é uma reação fisiológica do organismo frente a situações de perigo percebido. Essa resposta é uma parte fundamental do sistema nervoso autônomo e é ativada quando o cérebro interpreta uma situação como ameaçadora. Quando o mecanismo de fuga ou luta é acionado, o corpo passa por uma série de mudanças físicas e hormonais preparatórias para enfrentar a situação de perigo ou para escapar dela. Essas mudanças incluem: 1. Aumento da frequência cardíaca e respiratória para fornecer mais oxigênio e nutrientes aos músculos. 2. Dilatação das pupilas para melhorar a visão periférica. 3. Liberação de hormônios como adrenalina e cortisol, que aumentam o estado de alerta e a energia disponível. 4. Redirecionamento do fluxo sanguíneo para os músculos e órgãos vitais, desviando-o de funções não essenciais, como a digestão. 5. Ativação do sistema nervoso simpático, que prepara o corpo para uma resposta rápida e enérgica. Essas mudanças físicas preparam o indivíduo para enfrentar a ameaça (luta) ou para fugir dela (fuga), permitindo uma reação rápida e eficaz diante do perigo percebido. O mecanismo de fuga ou luta é uma adaptação evolutiva que ajudou os seres humanos e outros animais a sobreviverem em ambientes hostis ao longo da história. Conflito X Disputa: O conflito e a disputa são duas situações que envolvem diferenças de interesses, opiniões ou objetivos entre duas ou mais partes, mas têm características distintas: Conflito: O conflito refere-se a uma situação em que há uma oposição de interesses, valores, necessidades ou objetivos entre duas ou mais partes. Pode ocorrer em diversos contextos, como relações pessoais, organizações, comunidades ou mesmo entre países. Os conflitos podem ser de natureza emocional, interpessoal, organizacional, social, político, entre outros. Normalmente, os conflitos envolvem uma divergência de opiniões ou objetivos e podem resultar em tensão, hostilidade, frustração ou até mesmo violência, se não forem gerenciados adequadamente. A resolução de conflitos envolve a identificação das causas subjacentes, a comunicação eficaz entre as partes envolvidas, o reconhecimento das necessidades e interesses de cada parte e a busca por soluções que sejam mutuamente aceitáveis. Disputa: A disputa refere-se a uma competição ou contenda entre duas ou mais partes pelo controle, posse ou obtenção de algo, como recursos, poder, território, reconhecimento, entre outros. Geralmente, as disputas têm um caráter mais objetivo e tangível do que os conflitos, pois envolvem interesses específicos e muitas vezes podem ser resolvidas por meio de negociação, mediação ou arbitragem. As disputas podem surgir em diversos contextos, como relações comerciais, disputas territoriais, competições esportivas, questões legais, entre outros. Embora as disputas possam gerar tensão e conflito, nem sempre são acompanhadas por emoções negativas intensas como raiva ou ressentimento, como muitas vezes ocorre nos conflitos. A resolução de disputas geralmente envolve a busca por um acordo ou compromisso que atenda aos interesses das partes envolvidas, por meio de processos formais ou informais de resolução de disputas. O conflito envolve uma divergência de interesses ou opiniões, o que pode resultar em tensão emocional, a disputa refere-se mais especificamente a uma competição por recursos ou objetivos, que pode ser resolvida por meio de negociação ou outros processos de resolução de disputas. Espiral de conflitos: A Espiral de Conflitos é um modelo teórico que descreve como os conflitos podem se intensificar e se ampliar ao longo do tempo, muitas vezes resultando em escaladas de hostilidade e violência. Esse conceito é amplamente utilizado em estudos de conflitos internacionais, sociologia, psicologia social e outras disciplinas relacionadas. Principais características da espiral de conflitos: 1. Acumulação de tensão: O conflito geralmente começa com a existência de diferenças, desacordos ou interesses conflitantes entre as partes envolvidas. Essas tensões iniciais podem ser causadas por diversos fatores, como competição por recursos, divergências ideológicas, questões territoriais, entre outros. 2. Aumento da hostilidade: À medida que as tensões se acumulam, as partes envolvidas podem começar a adotar comportamentos mais hostis, como retaliação, ameaças ou agressão verbal. Essas ações podem alimentar ainda mais o conflito, criando um ciclo de escalada de hostilidade. 3. Percepção de ameaça e insegurança: Conforme o conflito se intensifica, as partes envolvidas tendem a perceber um aumento na ameaça à sua segurança, identidade ou interesses. Essa percepção de ameaça pode levar a respostas defensivas ou agressivas, exacerbando ainda mais as tensões. 4. Escalada de ações e retaliações: À medida que o conflito se intensifica, as partes envolvidas podem adotar medidas cada vez mais extremas em busca de vantagem ou proteção. Isso pode incluir ações como mobilização militar, ataques violentos, embargo econômico, entre outros. 5. Dificuldade de comunicação e negociação: Conforme a hostilidade aumenta, a comunicação entre as partes envolvidas pode se deteriorar, tornando mais difícil encontrar soluções pacíficas e negociadas para o conflito. A falta de diálogo e confiança mútua pode levar a um impasse e perpetuar a espiral de conflitos. 6. Ciclo de retaliação e vingança: Em alguns casos, a espiral de conflitos pode entrar em um ciclo de retaliação e vingança, no qual cada ação agressiva de uma parte é seguida por uma resposta ainda mais agressiva da outra parte. Esse ciclo pode ser extremamente difícil de interromper e pode resultar em escaladas de violência. A Espiral de Conflitos é um modelo que descreve como os conflitos podem se intensificar ao longo do tempo, criando um ciclo de hostilidade e violência que pode ser difícil de quebrar sem intervenção externa ou mudanças significativas nas percepções e comportamentos das partes envolvidas. Processos construtivos e destrutivos: Os processos construtivos e destrutivos referem-se a diferentes formas pelas quais as mudanças ocorrem na superfície terrestre, seja através da formação de novas estruturas (construtivos) ou pela destruição ou remoção de materiais (destrutivos). Esses processos são fundamentais na geologia e na geomorfologia para entender a evolução da paisagem ao longo do tempo geológico. Aqui está uma definição de cada um: Processos construtivos: Os processos construtivos são aqueles que adicionam ou formam novas características na superfície terrestre. Exemplos de processos construtivos incluem sedimentação, deposição de material transportado por água, vento ou gelo, formação de deltas, acumulação de sedimentos em litorais, crescimento de recifes de coral, e atividade vulcânica que adiciona material ao relevo. Esses processos geralmente resultam na criação de novas formas de relevo, como montanhas, vales, dunas, planícies aluviais, entre outros. Processos destrutivos: Os processos destrutivos são aqueles que removem ou destroem material da superfície terrestre. Exemplos de processos destrutivos incluem erosão causada pela ação da água, vento, gelo ou atividade biológica, movimentos de massa como deslizamentos de terra, avalanches e erosão costeira, intemperismo químico que dissolve ou altera rochas, e atividade sísmica que causa terremotos e falhas geológicas. Esses processos muitas vezes resultam na redução do relevo existente, na formação de feições erosivas como cânions, ravinas, eólicas ou feições costeiras, bem como na remoção de material vulcânico. Esses processos, tanto construtivos quanto destrutivos, estão em constante interação e determinam a evolução da superfície terrestre aolongo do tempo geológico. Eles são influenciados por fatores como clima, relevo, tipo de rocha, vegetação e atividade tectônica, e são fundamentais para entender a formação e transformação das paisagens naturais.
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