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Controle doenças sistema cultivo protegido

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Controle de doenças em 
sistemas de cultivo 
protegido
• Cultivo protegido x cultivo convencional
• Contaminação do solo
• Sobrevivência de fitopatógenos em cultivo protegido
• Controle das doenças que incidem nos cultivos 
protegidos
• Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em 
cultivos protegidos
• Principais doenças em cultivo protegido
– Alface, melão, pimentão, tomate e pepino
Introdução
• Cultivo de hortaliças em sistema protegido é relativamente recente,
– RS, PR e SP
– Devido às condições adversas de cultivo durante o inverno
• Bons resultados têm sido alcançados,
• Doenças são importantes desafios em cultivos protegidos
– Doenças causadas por agentes bióticos:
• fungos, 
• bactérias, 
• vírus e nematóides,
– Doenças provocadas por fatores abióticos: 
• deficiência ou excesso de nutrientes, 
• fitotoxidez por agrotóxico e 
• luminosidade inadequada
Introdução
• Ocorrência da doença,
• Cultivo protegido, busca-se uma condição ambiental diferente do 
plantio convencional, no sentido de obter
– Vantagens tecnológicas,
– Vantagens econômicas
Patógeno Hospedeiro
Ambiente
Homem
Cultivo Protegido X Cultivo Convencional
• Vantagens do cultivo protegido,
– Maior precocidade,
– Maior tempo de colheita, 
– Maior produtividade,
– Melhor qualidade das hortaliças,
– Proteção contra,
• Granizo, geadas, chuvas e vento
• Limitações
– Aspectos fitossanitários
• Tipo e a espessura do plástico → qualidade e quantidade de 
luz,
– Luz → afeta desenvolvimento da planta / patógenos / vetores
Cultivo Protegido X Cultivo Convencional
• Controle integrado de doenças, não se refere apenas controle da 
população de fitopatógenos e seus vetores, mas:
– Monitoramento correto da irrigação, agroquímicos 
• Rotação de culturas – raramente utilizada cultivo protegido
• Fumigação do solo – mais recomendado
• Cultivo protegido
– Função básica de alterar a condição do ambiente
• Doenças no cultivo protegido
– São mais severas,
• Maior população de plantas,
• Favorável a disseminação e infecção por fitopatógenes da 
parte aérea
• Maior período de molhamento foliar
Cultivo Protegido X Cultivo Convencional
Característica Sistema de cultivo
Protegido Convencional
Temperatura do ar e do solo Maior Menor 
Umidade do ar e do solo Maior Menor 
Presença de ventos Menor Maior 
População de plantas Maior Menor 
Toxidez (fertilizantes e pesticidas) Mais comum Mais rara
Salinização do solo Mais comum Mais rara
Produtividade Maior Menor 
Qualidade visual Maior Menor 
Luminosidade Menor Maior 
Estiolamento de plantas Mais comum Rara 
Precocidade Maior Menor 
Fitopatógenos do solo Mais limitante Menos limitante
Característica Sistema de cultivo
Protegido Convencional
Danos por pragas Maior Menor 
Severidade de doenças foliares Maior Menor 
Incidência de oídios Comum Rara
Volume de inseticidas e acaricidas Maior Menor 
Resistên. de patógenos aos agrotox. Maior probab. Menor probab.
Rotação de culturas Mais viável Mais viável
Presença camada protetora/agrotox. Maior tempo Menor tempo
Excesso de água Mais danoso Menos danoso 
Controle de irrigação Mais preciso Menos preciso 
Inimigos naturais de insetos-pragas Menor nº. Maior nº. 
Controle biológico Maior possibil. Menor possibil.
Manejo integrado Pouco difundi. Mais difundido
Contaminação do solo no cultivo protegido
• Água de irrigação,
• Represas, lagos, riachos e córregos já contaminados,
• Enxurradas – levam hortaliças em decomposição
– Ralstonia solanacearum, Pectobacterium carotovorum, 
nematóides e fungos de solo
• Implementos agrícolas contaminados,
• Carregam propágulos de patógenos:
– Estruturas de fungos, células bacterianas, ovos e juvenis de 
nematóides
• Sementes e mudas infectadas ou infestadas por patógenos
• Infestação do solo no interior da estufa
• Retirada de refugo de plantas, frutos danificados, plantas 
eliminadas 
Evitar a introdução de patógenos na estufa
Sobrevivência de fitopatógenos em cultivo protegido
Doença Patógeno Forma de sobrevivência
Murcha de fusário Fusarium oxysporum Clamidósporos no solo
Podridão de raiz Sclerotium rolfsii Escleródios no solo
Murcha de verticílio Verticillium dahliae Microescleródios no solo
Podridão-esclerotínia Sclerotinia sclerotiorum Escleródios solo/tecidos planta
Tombamento Rhizoctonia solani Escleródios 
Murcha Phytophthora capsici Oósporos solo/tecidos
Podridão de fusário Fusarium solani f.sp.
cucurbitae
Clamidósporos 
Mofo cinzento Botrytis cinerea Escleróidos/tecidos planta
Murchadeira Ralstonia solanacearum Cél. bact.solo/rizosfera/tecidos
Podridão mole Pectobacterum carotovorum Células bact. solo/tecidos
Cancro bacteriano Clavibacter m. subsp.
michiganensis
Células bact. solo/tecidos
Nematóides galhas Meloidogyne spp. Ootecas/juvenis solo/tecidos
Controle das doenças em cultivo protegido
• Controle preventivo - aplicado antes da implantação da cultura
– Evitar ou reduzir o inóculo inicial, retardando o início da epidemia
Medidas
1. Escolha do local de instalação da estrutura,
2. Plantio em solo livre de patógenos,
3. Emprego de sementes e mudas sadias e certificadas, livres de 
patógenos,
4. Solarização do solo**,
5. Inundação do solo,
6. Desinfestação do solo,
7. Fumigação do solo** - vácuo biológico,
8. Revolvimento do solo seguido de pousio,
9. Rotação de culturas,
10. Emprego de compostos orgânicos,
11. Tratamento de sementes com fungicidas,
12. Tratamento térmico de sementes,
13. Plantio em substratos artificiais esterilizados,
14. Emprego de telado de náilon à prova de insetos vetores,
15. Eliminação de plantas hospedeiras próximo às estufas,
16. Emprego de armadilhas de insetos vetores ao redor e dentro das 
estufas,
17. Eliminação – roguing – de mudas e plantas doentes,
18. Enxertia em cavalo resistente,
19. Emprego de cultivares com resistência vertical,
20. Emprego de implementos agrícolas e ferramentas livres de 
patógenos,
21. Cultivo de plantas armadilhas ao redor da estufa,
22. Destruição de restos culturais de plantios anteriores.
Medidas
– Redução da taxa de progresso da doença
1. Emprego de cultivares com resistência horizontal,
2. Pulverização com fungicidas** - perigoso p/ aplicador
3. Rotação de fungicidas com modo de ação específico e não específico,
4. Evitar montar estufas em regiões sujeitas a nevoeiros,
5. Controle da ventilação no interior das estufas,
6. Descontaminação de ferramentas destinadas a desbrotas e podas,
7. Controle de irrigação** - solo, ar
8. Emprego de vespas parasitóides (Hymenoptera) no controle de 
pulgões vetores de viroses,
9. Pulverização com calda sulfocálcica para controle de ácaros e 
algumas doenças,
10. Nutrição equilibrada das plantas,
11. Escolha de épocas mais adequadas ao plantio,
Ralstonia solanacearum (tomate) < incidência no inverno
12. Emprego de mudas de bandejas que contenham maior volume de 
substrato,
13. Controle da temperatura por abertura e fechamento das cortinas 
laterais**
Oídio (pepino) – seca prolongada,
Míldio – maior molhamento foliar
Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em cultivos 
protegidos
Distúrbio fisiológico Causa 
Maturação irregular Solo salino, ↑TºC
Estiolamento das plantas Excesso N, deficiência luminos.
Escurecimento dos vasos dos frutos ↓Luminos., ↑TºC, ↑Umidade solo, exc.N, 
defic. K
Podridão apical ↑TºC, Ar seco, alteração umidade solo, 
defic. Ca
Fruto rendilhado ↓Umidade solo, ↑TºC, defic.K
Abortamento de flores, frutos ocos ↑38ºC e ↓13ºC, lumis. defic., exc. N
Morte de meristema apical ↓5ºC, ventos frios, exc. N, K, defic. K, B, Ca
Bifurcação de racimos Deseq. N, Ca, K associado flutuaç. TºC
Lóculo aberto ↑TºC, ↑Umidade, exc. N, defic. B
Tomate
Podridão apical, lóculo aberto
Lóculos abertos, sintoma 
de deficiência de boro
Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em cultivos 
protegidos
Distúrbio fisiológico Causa 
Podridão apical ↑TºC, Ar seco, alteração umidade solo, defic. Ca, salinidade
Aborto floral↑35ºC, presença ventos, lumis. defic., exc. N
Pimentão
https://www.google.com.br/url?url=http://www.orkut.com/CommMsgs%3Fcmm%3D1760723%26tid%3D5610324790793307670%26na%3D2%26nst%3D11&rct=j&sa=U&ei=hvrKUumQIsbukQetu4FI&ved=0CCsQ9QEwAA&sig2=nNkBoS2-qNZVpxOmtPoK5w&q=podrid%C3%A3o+apical+piment%C3%A3o&usg=AFQjCNHyfsnN3OejpLIBxUnXKKfBDhjbpw
Podridão apical e polinização 
deficiente
Deficiência de Ca
Doenças abióticas ou distúrbios fisiológicos em cultivos 
protegidos
Distúrbio fisiológico Causa 
Isoporização interna Exc. N, crescim. vegetativo intenso, defic. B
Necrose interna do fruto ↓TºC
Manchas foliares claras, formato 
irregular
Salinização do solo
Podridão apical Deficiência Ca
Frutos cinturados ↑ e ↓TºC, ↓Umidade, exc, amônia, K. defic. 
Ca, B
Branqueamento de folhas Salinidade do solo, ↑Ca, K, ↓TºC, solos 
cultivados intensamente
Pepino
Distúrbio 
fisiológico
Causa 
Queima dos 
bordos – tip
burn
↑ TºC, deficiência 
Ca, B, manejo 
inadequado de água
Alface
Distúrbio fisiológico Causa 
Rachadura Manejo inadequado da água, adubação 
desbalanceada
Má formação do fruto, frutos 
compridos e defeituosos, má 
cicatrização do “umbigo”
Crescimento vegetativo vigoroso, polinização 
deficiente
Fermentação no interior do fruto Balanço da adubação nitrogenada, manejo 
inadequado da água e da adubação
Melão
Principais doenças em cultivos 
protegidos
Alface
1. Míldio - Bremia lactucae
• Destrutiva - locais muito úmidos
• Variedades com baixo nível de 
resistência,
• Alta densidade de plantio
Controle
• Manter o teor de umidade da estufa entre 40-60%,
• Arejamento da estufa, reduzindo a umidade das folhas,
• Remoção de restos culturais, evitando que as estruturas de 
sobrevivência de uma estação p/ outra,
• Fungicidas registrados – na fase de produção de mudas
Esporângios/esporangióforos-face inferior
2. Tombamento de mudas – Pythium spp., Rhizoctonia solani, 
Phytophthora spp.
• Ocorre na fase de germinação da semente e 
crescimento das mudas, após o transplante,
• Temperaturas superiores 25ºC,
• Alta umidade, solos mal drenados, irrigação excessiva
Controle
• Melhorar o arejamento do solo,
• Evitar alta umidade do solo,
• Tratamento das sementes com fungicidas
Pythium spp.
R. solani.
3. Podridão de esclerotínia – Scletorinia sclerotiorum
• Ampla gama de hospedeiros, produz escleródios, sobrevivendo no 
solo na ausência do hospedeiro,
• Inicia no caule, atingindo as folhas em contato com o solo
Controle
• Evitar irrigação excessiva,
• Adubação orgânica equilibrada, p/ aumentar a atividade microbiana 
do solo,
• Inundação do solo, visando reduzir a população e escleródios no 
solo,
• Solarização do solo / mínimo 60 dias.
4. Septoriose – Septoria lactucae
• Manchas necróticas de tamanho e 
forma irregulares, nas folhas mais 
velhas, na parte mais externa da planta,
• Alta densidade de plantas,
• Excesso de umidade do solo
• Transmissão por sementes
Controle
• Excesso de umidade,
• Evitar alta densidade de plantas,
• Qualidade das sementes 
• Fungicidas na fase inicial de 
crescimento
5. Podridão mole – Pectobacterium spp.
• Apodrecimento mole dos tecidos das folhas
• Alta umidade do solo e ar
Controle
• Preventivo
• Evitar injúrias mecânicas nos tecidos,
• Evitar irrigação excessiva
6. Mosaico da alface – Vírus do mosaico da alface – Lettuce Mosaic 
Virus - LMV.
• Deformação do limbo foliar com crescimento reduzido
• Vírus transmitido por sementes e pulgões
Controle
• Controle químico dos afídeos não 
é suficiente, modo de transmissão 
não persistente
• Cultivares resistentes
Melão
1. Crestamento Gomoso do Caule ou Cancro da Haste –
Didymella bryoniae
• Lesões necróticas nos cotilédones – tombamento de 
mudas,
• Caule e hastes, lesões necróticas, que evoluem p/ 
cancros, c/ exsudação de goma,
• Folhas – lesões circulares, necróticas, que coalescem,
• Infecção das plantas na desbrota – ferramentas 
contaminadas,
• Infecção UR > 90%
Controle
• Cuidados na desbrota, 
• Desisfestação da lâmina cortante 
com hipoclorito de sódio 5%.
2. Míldio – Pseudoperonospora cubensis
• Manchas angulares nas folhas, restrita pelas 
nervuras, coloração amarela na face superior,
• Frutificação na face inferior –
esporângios/esporangióforos – massa pulverulenta 
acinzentada.
• Alta umidade, presença de água livre sobre as folhas
• Temperatura 17-22ºC.
Controle
• Evitar molhar as folhas com a água 
da irrigação,
• Reduzir a umidade relativa do ar,
• Fungicidas ditiocarbamatos 
(Metiram)
3. Míldio pulverulento ou Oídio – Erysiphe 
cichoracearum e Sphaerotheca fuliginea, fase 
iimperfeita Oidium spp.
• Massa pulverulenta de conidióforos e conídios 
sobre folhas, hastes e frutos
• Folhas muito atacadas secam completamente
• Temperatura entre 10-30ºC, ótimo entre 23-
26ºC,
• Baixa umidade do ar - oídio
• Alta umidade - míldio
Controle
• Fungicidas registrados, rodízio de fungicidas 
sistêmicos de grupos químicos diferentes 
intercalados com fungicidas de contato
4. Murcha – Fusarium oxysporum f.sp. melonis e Verticillium dahliae
• Murchas vasculares - clamidósporos e microescleródios, 
permanecendo no solo por vários anos na ausência do hospedeiro
• Murcha de fusário ocorre mais rapidamente,
• Cultivares resistentes
• Murcha de verticílio mais lentamente
4. Murcha – Fusarium oxysporum f.sp. melonis e Verticillium dahliae
Controle
• Enxertia de melão em Cucurbita ficifolia ou Benincasa cerifera –
bons resultados – onera o custo de produção,
• Prevenção – evitar a introdução do patógeno,
• Fumigação, solarização, fungicidas sistêmicos nas mudas – não tem 
proporcionado resultados satisfatórios,
• Medidas culturais: fertilização balanceada, pH em torno de 6,5, 
emprego de compostos orgânicos.
5. Mancha Angular – Pseudomonas syringae pv. lachrymans
• Nas folhas lesões angulares, restritas pela nervuras, coloração 
amarelada, evoluindo p/ cinza-bronzeada 
•Penetração - estômatos
• Temperatura entre 24-28ºC, UR > 90%,
• Disseminação: sementes e respingos/chuva
• Tecidos no centro das lesões - necrosados
Controle
• Aplicação preventiva: fungicidas à base de cobre com mancozeb,
• Medidas culturais: 
• adubação balanceada, 
• sementes e mudas de boa qualidade, 
• manejo da água de irrigação, 
• reduzir excesso de UR do ar
6. Podridão aquosa dos frutos – Acidovorax avenea subsp. citrulli
• Penetração por ferimentos nos frutos, durante a colheita e 
armazenamento
• injúrias provocadas por insetos,
• Decomposição progressivo dos tecidos – podridão mole e aquosa, 
exalando odor desagradável
Controle
• Cuidados durante os tratos 
culturais
• colheita, 
• transporte e
• armazenamento
7. Virose – Vírus do mosaico do mamoeiro (PRSV-W) e vírus do mosaico 
da melância 2 (WMV-2)
• Folhas deformadas, cloróticas, com presença de bolhas e tamanho 
reduzido,
• Internódios curtos, frutos deformados, tamanho reduzido e com mosaico 
e embolhamento,
• Transmissão
• Sementes,
• Tratos culturais,
• Vetores – pulgões gêneros Aphis e Myzus, 
não persistente
Controle
• Sementes sadias,
• Telas de náilon à prova de pulgões
• Cvs. resistentes
• Eliminação de plantas da família das cucurbitáceas
• Épocas de plantio – evitando insetos.
Pimentão
1. Requeima ou murcha ou podridão da raiz – Phytophthora capsici
• Clima quente e úmido,
• Solos encharcados
• Murcha repentina e necrose de coloração marrom-escura no colo 
da planta, seguida de morte,
• Presença de mofo branco – esporângios/micélio do fungo –
sobrevivência – restos culturais
• Solos permanecem infectados por 3-5 anos
Controle
• Medidas preventivas
• Plantio em solos não contaminados e bem drenados,
• Cvs. resistentes 
• Evitarexcesso de irrigação
• Fungicidas sistêmicos – não são muito eficientes
2. Oídio – Oidiopsis sicula
• Face superior das folhas – manchas amarelas de bordos 
irregulares,
• Face inferior – micélio pulverulento branco, 
• Desfolha das plantas – redução na produtividade
Controle
• Preventivo 
• Fungicidas – iniciado logo após o aparecimento dos primeiros 
sintomas.
3. Mofo branco – Sclerotinia sclerotiorum
• Condições de alta umidade do solo
• Após a floração - manchas aquosas nas hastes, secam e morrem
• Escleródios no interior das hastes – sobrevivência
• Épocas frias e solo úmido – mais severa
Controle
• Inundação da área, por 30-45 dias,
• Tombamento da leiva, visando o enterrio das camadas superficiais 
do solo – profundidade de 20-25 cm,
• Evitar excesso de umidade do solo,
• Retirada das plantas infectadas.
4. Talo oco e podridão mole – Pectobacterium carotovorum subsp. 
carotovorum, Dickeya chrysanthemi 
• Podridão da medula, necrose nas hastes, nos 
pontos de abscisão das folhas e ramificação das hastes
• Murcha e morte das plantas
• Frutos - podridão mole dos frutos,
• Penetração por ferimentos/insetos, abrasões por 
ventos e carregamento
Controle
• Evitar ferimentos das plantas -implementos agrícolas,
• Controlar a irrigação, evitando solos encharcados
• Controle de insetos que causam injúrias nos frutos,
• Mistura de fungicida cúprico e mancozeb.
Tomate
1. Murcha de fusário – Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici
• Temperatura varia 21-23ºC, ótima 28ºC,
• Amarelecimento das folhas mais velhas, para as mais novas,
• Folhas amarelas em somente um dos lados da planta,
• Vasos lenhosos de cor parda e aparência seca,
• Sobrevive no solo, restos de cultura – clamidósporos
• Disseminação: vento, água de superfície, implementos agrícolas, 
mudas e sementes (micélio dormente ou clamidósporos aderidos)
Controle
• Calagem do solo antes do plantio,
• Fertilização equilibrada,
• Rotação de culturas,
• Emprego de compostos orgânicos
• Cvs. resistentes
2. Murcha de verticílio – Verticillium dahliae
• Temperatura 13-30ºC, ótima 22-24ºC,
• Umidade do solo,
• Sobrevivência – clamidósporos e microescleródios 
no solo
• Murchas inicialmente em um dos lados da planta, 
• Folhas amareladas me forma de V, vértice voltado 
p/ nervura
• Descoloração dos vasos,
Controle
• Rotação de culturas,
• Cvs. resistentes,
• Evitar o plantio em solos infestados
3. Murchadeira ou murcha bacteriana – Ralstonia solanacearum
• Sobrevive no solo, por mais de 5 anos
• Temperatura 26-38ºC
• Alta umidade do solo
• Água de irrigação contaminada – introdução da bactéria
Controle
• Difícil controle
• Evitar a entrada da bactéria nos solos das estufas,
• Cuidado com água de irrigação, sementes e mudas,
• Solo impregnado em implementos agrícolas,
• Rotação de culturas,
• Solarização do solo,
• Plantio em épocas mais frias do ano,
• Evitar o plantio em áreas anteriormente cultivada c/ solanáceas,
• Fumigação não tem propiciado bons resultados – rápida contaminação.
Pepino
1. Antracnose – Colletotrichum lagenarium, C. orbiculare, C. gloeosporiodis 
f.sp. cubense
• Desfolha precoce e morte das plantas,
• Manchas encharcadas, seguidas de necrose, formando manchas 
circulares, circundadas por um halo amarelado,
• Lesões deprimidas, recoberta c/ massa rosada de 
conídios
Controle
• Sementes sadias e tratadas
• Pulverizações com fungicidas sistêmicos alternados com 
fungicidas de contato
2. Oídio– Erysiphe cichoracearum
• Crescimento branco pulverulento na superfície das folhas e ramos
• Baixa UR e temperatura acima de 25ºC
Controle
• Pulverização com fungicidas 
sistêmicos específicos p/ oídio, 
intercalados c/ fungicidas à 
base de enxofre,
• TºC ↑ 28ºC, enxofre pode ser 
fitotóxico.
3. Míldio – Pseudoperonospora cubensis
• Tecido encharcado, tornando-se necrótico e limita 
pelas nervuras
• Face inferior da folha – frutificações do fungo –
cor verde oliva a púrpura
Controle
• Aumentar a ventilação dentro da estufa, reduzindo 
o período de molhamento foliar,
• Maior espaçamento entre plantas,
• Fungicidas específicos
4. Mancha zonada – Leandria momordicae
• Doença severa, podendo dizimar a cultura em até 1 semana,
• Infecta a folha, podendo ser confundida com a mancha angular
• Conídios
• Lesões pequenas de forma circular a angular, coalescem, tornando-se 
esbranquiçadas e quebradiças,
Controle
• Não há cvs./híbridos resistentes,
• Adubação em cobertura c/ compostos 
orgânicos, visando prolongar o período 
vegetativo das folhas e aumentar sua 
superfície,
• Fungicidas - porém não há controle 
efetivo.
5. Podridão de raízes e do colo – Fusarium solani f.sp.
cucurbitae
• Coloniza o sistema vascular, provocando murcha e 
amarelecimento,
• Plantas jovens - podridão de seedling – podridão do 
hipocótilo/colo.
Controle
• Utilizar nitrogênio na forma de nitrato,
• ajustar o pH do solo 6,5,
• Cvs. resistentes,
• Plantar em áreas livre do patógeno,
• Enxertia sobre porta-enxertos de 
abóboras híbridas e morangas.
6. Mancha angular – Pseudomonas syringae pv. lachrymans
• Lesões encharcadas - manchas angulares delimitadas pelas nervuras.
Controle
• Tratamento de sementes,
• Ventilação dentro da estufa,
• Pulverizações preventivas -fungicidas à base de cobre.
7. Mosaico do pepino – Vírus do mosaico do pepino 
(CMV)
•Áreas de tecido clorótico mescladas c/ áreas 
de tecido verde normal, 
• Internódios curtos, folhas de tamanho 
reduzido,
• Frutos – variação na cor e tamanho
Controle
• Sementes sadias, 
• Controle de pulgões vetores,
• Eliminação de plantas infectadas,
8. Nematóides das galhas – Meloidogyne spp.
• Sintomas de deficiência mineral nas folhas,
• Murcha das plantas nas horas mais quentes,
• Formação de galhas – impedindo transporte de água e nutrientes.
Controle
• Desinfestação dos implementos agrícolas e 
ferramentas,
• Compostos orgânicos no plantio,
• Solarização do solo,
• Enxertia de pepino em abóbora moranga 
9. Mofo branco – Sclerotinia scletotiorum
• Épocas mais frias do ano,
• Alta umidade do solo,
• Formação de mofo branco nas hastes, as quais 
secam e morrem,
• No interior das hastes - escleródios
Controle
• Inundação da área, por 30-45 dias – se viável,
• Tombamento da leiva, enterrando a camada 
superficial do solo à 20-25 cm.
Bibliografia
• Zambolim, L., Costa, H., Lopes, C.A., Vale, F.X.R. Doenças de 
hortaliças em cultivo protegido. In: Zambolim, L., Vale, F.X.R., 
Costa, H. Controle de doenças de plantas hortaliças. Volume 1, 
2000, 443p.
• Zambolim, L., Costa, H., Lopes, C.A., Vale, F.X.R. Doenças de 
hortaliças em cultivo protegido. Informe Agropecuário, v.20, 
n.200/201, p.114-125, set/dez 1999
• Vida, J.B., Zambolim, L., Tessmann, D.J., Brandão Filho U.T., 
Verzignassi, J.R., Caixeta, M.P. Manejo de doenças de plantas em 
cultivo protegido. Fitopatologia Brasileira, v.29, n.4, p.355-372, 
2004

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