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RESUMO SOBRE ARTIGO ACERCA DA TECNOLOGIA DE BIOFLOCOS (BFT) NA AQUICULTURA Coloque aqui seu nome completo KHANJANI, Mohammad Hossein; SHARIFINIA, Moslem. Biofloc technology as a promising tool to improve aquaculture production. Reviews in aquaculture, v. 12, n. 3, p. 1836-1850, 2020. Nos últimos 30 anos a aquicultura tem experimentado um crescimento avassalador, ela se tornou a responsável por mais da metade do fornecimento mundial de pescado e desempenha um papel crucial na segurança alimentar, na geração de renda e no desenvolvimento econômico, especialmente nos países em desenvolvimento. Porém para além de todo esse desenvolvimento que ela vem causando na economia e em aspectos correlacionados, deve ser considerado que para atender à crescente demanda por proteínas aquáticas, como peixes e camarões, é necessário adotar sistemas de produção adequados que possam sustentar densidades populacionais mais altas, manter a qualidade da água e abordar questões de biossegurança e ambientais. Os sistemas intensivos convencionais, como tanques de terra, frequentemente requerem altos volumes de troca de água para manter a qualidade da mesma, resultando em altos custos operacionais e potencial poluição do ambiente devido ao efluente não tratado. Diante desses desafios, a tecnologia de bioflocos (BFT) surge como uma alternativa promissora. A BFT é conhecida por sua alta eficiência hídrica, reduzindo o consumo de água e os lançamentos de efluentes no ambiente, e visa promover formas de deixar a água mais adequada, com qualidade, além de possibilitar a reutilização de água. A implementação bem-sucedida da BFT tem sido observada em vários países, embora o nível de adoção e sucesso possa variar. A BFT pode reduzir os custos de produção, especialmente em espécies como o camarão e a tilápia, além de oferecer benefícios ambientais e de saúde, como a redução da necessidade de antibióticos e melhorias na imunidade dos organismos aquáticos cultivados. Além disso, a BFT otimiza a alimentação e o desempenho de crescimento dos organismos aquáticos cultivados, reduzindo os custos de alimentação e melhorando a conversão alimentar. Isso é possível devido à presença contínua de microrganismos na água, que são pastados pelos organismos cultivados, resultando em uma utilização mais eficiente dos nutrientes e na redução da dependência de fontes tradicionais de alimentação, como farinha de peixe. O artigo de Khanjani e Sharifinia (2020) também destaca aspectos acerca dos benefícios da BFT na aquicultura, segundo os teóricos isso inclui a redução do consumo de água, menor geração de resíduos e aumento da produtividade. Ele utiliza atividade bacteriana para manter a qualidade da água e pode ser economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente aceito. Além disso, o BFT melhora o desempenho reprodutivo e a qualidade da carne de camarão e peixe, fornecendo nutrientes essenciais e melhorando a saúde dos organismos aquáticos. Estudos citados por Khanjani e Sharifinia (2020) mostraram que o BFT pode ser uma solução sustentável para a aquicultura, promovendo práticas de produção mais eficientes e ambientalmente conscientes. A implementação bem-sucedida de sistemas de recirculação de água em aquicultura enfrenta uma série de desafios significativos. Entre eles, a gestão eficaz da qualidade da água é de extrema importância, com parâmetros como pH, alcalinidade e sólidos totais em suspensão (SST) exigindo monitoramento constante para prevenir a acumulação de substâncias nocivas para os organismos cultivados. Além disso, a remoção eficiente de sólidos é crucial para manter a qualidade da água e prevenir problemas de saúde nos peixes, o que muitas vezes requer tecnologias de filtragem avançadas e métodos adequados de descarte de resíduos. Ademais, o projeto adequado do sistema também é essencial, levando em consideração fatores como o tipo de tanque, aeração apropriada e a disposição geral dos componentes para garantir condições ideais para o crescimento dos organismos aquáticos. Outrossim, no tocante a alguns dos desafios é possível destacar a necessidade de pessoal qualificado para lidar com questões operacionais e de gestão, destacando a importância do treinamento adequado para a equipe envolvida na operação desses sistemas, bem como, os altos custos iniciais e a demanda energética significativa associada à aeração intensiva dos sistemas de recirculação representam desafios adicionais, exigindo estratégias para otimizar o uso de energia e reduzir custos operacionais. O estudo conclui pontuando que a gestão da população microbiana também é crítica, pois desequilíbrios podem afetar a qualidade da água e a saúde dos organismos cultivados. Portanto, é essencial o desenvolvimento de ferramentas de monitoramento precisas para controlar e manter uma comunidade microbiana equilibrada em prol de manter uma sustentabilidade e eficiência dos sistemas e de todo o meio com aspectos relacionados à cadeia.
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